O PLÁGIO CONSTITUI CRIME punível com pena de prisão até 3 anos pelo artº197 da lei 16/2008,de 01 de Abril, a mesma que, no seu artº1, ponto 1, refere que estabelece medidas e procedimentos necessários para assegurar o respeito dos direitos de propriedade intelectual.
O artª180, no seu ponto 3, diz: "Presume-se artista,intérprete ou executante,aquele cujo nome tiver sido indicado como tal nas cópias
autorizadas da prestação e no respectivo invólucro ou aquele que for anunciado como tal em qualquer forma de utilização lícita, representação ou comunicação ao público."
This work is licensed under a Creative Commons License.
sábado, 31 de maio de 2008
WHISKERS MAGAZINE nº 9 - onde a notícia chega sempre primeiro
A BLOGOSFERA E OS BLOGUISTAS TAMBÉM EXISTEM PARA ISTO.
Já depois de terminada a edição nº 9 da WHISKERS, fiquei a saber que a nossa amiga brasileira Elisabete Cunha foi vítima, ontem à tarde, de um assalto no seu carro no decurso do qual recebeu um tiro num ombro quando tentava defender-se dos meliantes. Pede a sua irmã que façamos uma corrente pela sua total e rápida recuperação.
Como podia eu negar tal corrente?! PELA SAÚDE DA ELISABETE!
O seu blogue é o "Encanto" e está aí ao lado na lista dos blogues por onde vou passando.
Deixo-vos agora com a WHISKERS desta semana, porque, embora triste,
The Show Must Go On.
---»«---
---«»---
PÁGINA INFANTIL - «A MALDIÇÃO DAS 3 LARANJAS»
Era uma vez, há muitos, muitos anos, ainda a TV era a preto-e-branco e os computadores uma miragem, um imenso laranjal onde viviam felizes as laranjinhas que então medravam e vitaminavam o reino. Esse laranjal situava-se no palácio do rei, incontestado e amado por seus súbditos, respeitado mesmo pelos reinos vizinhos. Porém, num dia cinzento de Dezembro, el-rei se finou, vítima da queda do corcel alado em que viajava para falar ao povo numa grande cidade do reino. A partir de então, o laranjal, de viçoso e produtivo, passou a produzir laranjinhas cada vez mais raquíticas e desprovidas de sumo, de pele manchada por estranhas rosetas e com espinhos nascendo nos ramos outrora vigorosos e lisos onde os passarinhos cantavam alegres de manhã ao pôr-do-sol. A tudo o povo assistia sem poder compreender o que estava a acontecer àquele belo laranjal que lhes servira de esperança em nunca passar fome e sede. À cadeira do poder real foram subindo outros reis e novas cortes se constituindo. Cada um deles prometera voltar a dar ao laranjal os apetecíveis e sumarentos frutos de outras épocas. Foi voando o tempo e crescendo a praga, porém. Nada nem ninguém conseguia devolver às laranjinhas a frescura e saudável aspecto dos tempos de el-rei Primeiro. Cresciam mirradas e os espinhos e rosetas tornavam-nas imprestáveis para consumo do povo. Chamados mágicos e adivinhos, um houve que um dia descobriu que, no meio do laranjal, havia crescido uma rosa, recoberta de espinhos e sem cheiro que a denunciasse aos tratadores da corte. - Foi ela que contaminou o vosso laranjal, afirmou o adivinho. A maldição de que sofre veio dela e agora, pouco ou nada poderá fazer-se.
Tocou o sino a rebate o sineiro, correu o arauto anunciando as más novas ao povo que, distraído com novas promessas e aventuras, às palavras do arauto fez orelhas moucas. Já não era só o laranjal que sofria com a praga mas toda a população do reino. Conduzidos então por um tirano mentiroso mas hábil, os súbditos não mais quiseram saber do laranjal, abandonado e transformado aos poucos num jardim de espinhos e rosas desbotadas, sem préstimo nem beleza.
Até que um dia, três laranjas sobraram, (e não quatro, como por vezes se dizia, pois que a pretensa quarta nem se via de tão pequena): uma, já carcomida pelos anos, de pele rugosa e seca; outra, que estivera para cair já por várias vezes mas que conseguira manter-se agarrada à árvore por finos mas resistentes lios; e uma terceira, mais nova de aspecto e menos manchada pela maldição das rosetas, mas ainda assim demasiado jovem para lograr deitar sumo. As três teimavam em querer dizer que, então, sim, chegara a hora de recuperarem a força dos dias lindos do laranjal. Ninguém nelas acreditou. O povo entretinha-se com futebóis e novelas de alcova, de pouco mais se queixando do que do custo galopante do alimento para os cavalos, enquanto as rosas que todo o território contaminavam pareciam olhar desdenhosamente para aquelas tolas e mirradas laranjitas, contemplando do alto a populaça que marchava a pé para o trabalho.
Amaldiçoadas, também as três acabariam por fenecer à medida que o reino ia sendo trespassado pelo habilidoso tirano a novos e poderosos senhores que, de longe, tudo comandavam de facto há já tempos.