quinta-feira, 8 de maio de 2008
O MUSÉE RODIN, em PARIS
AUGUSTE RODIN nasceu em 12 de Novembro de 1840 em Paris, no nº3 da rue de l'Arbalète. Aos 10 anos começou a desenhar e aos 14 frequentou uma escola especial de Desenho e Matemáticas, a Petite École. Descobrindo a escultura aos 15, fazendo as primeiras esculturas na cozinha da sua mãe com a massa com que ela fazia o pão e deixou a Petite École e tentou a admissão na Escola de Belas-Artes na qual foi reprovado por 3 vezes. Mas Rodin nunca mais parou no seu caminho pelas estradas das Artes, tendo trabalhado como assistente para decoradores e ornamentalistas. Mais tarde, já com 35 anos, viajou para Itália onde estudou a obra de Michelangelo e aos 49 anos tornou-se membro fundador da Societé Nationale des Beaux-Arts. Seguiram-se então os seus grandes trabalhos, que hoje podemos apreciar em Londres, Copenhaga ou, fundamentalmente, em Paris, no Musée d'Orsay e ainda em dois museus com o seu nome: um, em Meudon, onde Rodinadorava viver, e o outro no coração da capital, no 77 da rue Varenne - o Hôtel Biron, no qual o escultor chegou a passar algumas temporadas e que foi aberto ao público em Agosto de 1919, ou seja, quase dois anos após a sua morte, como Musée Rodin.
Dez anos antes, o velho artista lutara com o governo pela sua abertura, tendo feito várias doações ao Estado em contrapartida de que o magnífico edifício setecentista não fosse destruído, mas sim que albergasse um museu da sua obra. Doou, assim, o seu espólio, correspondência e peças de arte até que em 1916 o governo aceitou converter o palacete no que é hoje e que nos permite observar, quer nos belos interiores, quer nos cuidados jardins que o rodeiam, um significativo número de peças que nos dão a verdadeira dimensão de Auguste Rodin. Aberto ao público em 1919, desde então têm sido inúmeros os esforços no sentido de restaurar a mansão no seu esplendoroso estilo rococó, recriando grande quantidade de elementos decorativos que haviam sido vendidos pelas zelosas Dames du Sacré-Coeur aquando da sua posse pela Igreja.
Entre tantas obras famosas como O Pensador, as Portas do Inferno, Balzac, Les Bourgeois de Calais, Camille Claudel-La valse, em mármore ou em bronze, destaco aqui uma escultura que prende qualquer um. Trata-se de "LE BAISER". "O BEIJO" - O casal entrelaçado representa Paolo e Francesca, os heróis de Dante. Esta primeira versão foi exibida em 1887 e baptizada com esse nome pelos críticos. O seu sucesso foi tal que o Estado encomendou um mármore para a Exposição Universal de 1889. Porém, a obra só veio a ser exposta em 1898, ao mesmo tempo que "Balzac", e também em 1900. Actualmente existem duas réplicas de mármore expostas em Londres e em Copenhaga e as inúmeras reduções em bronze editadas pela Fundição Barbedienne.
O que é mais curioso é que, para Rodin, tratava-se de uma obra de inspiração académica e não deixa de ser irónico que "Le Baiser" incarne, hoje, o símbolo máximo da escultura do artista.
EM PARIS, NÃO DEIXE DE VISITAR ESTE MUSEU!
Fontes: várias Texto do autor, Jorge P.G.
Publicação nº 576 - O Sino da Aldeia - Jorge P.G.
Sino tocado em
maio 08, 2008 -
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