sábado, 24 de maio de 2008
WHISKERS MAGAZINE nº 8 - onde a notícia chega sempre primeiro
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DAS PÁGINAS INTERIORES, APRESENTAMOS...
O VERDADEIRO CULPADO DA CRISE, ESSE FENÓMENO TÃO LUSITANO. OS LEITORES MAIS FIÉIS DA WHISKERS SABEM BEM O QUANTO SE ESFORÇAM OS NOSSOS REPÓRTERES, POR ENTRE MIL PERIGOS E PRIVAÇÕES, PARA QUE VOCÊ SAIBA SEMPRE A ÚLTIMA VERDADE ANTES QUE OS OUTROS SEQUER SUSPEITEM.
Pois bem, O VERDADEIRO CULPADO DA NOSSA CRISE, INSTITUIÇÃO LUSA DE RENOME, FOI.... O ALFONSO VI DE CASTELA E LEÃO !
Homem de poucas falas, várias manhas e muitas mulheres, o Bravo terá casado umas cinco vezes e ficado noivo uma outra, para lá de ter tido diversos affaires fora do santo matrimónio. Ele foi uma pequena da Aquitânia, a Inês, a quem deu um chega-p'ra lá quando descobriu que era estéril; negociou o noivado com a Águeda da Normandia, que era filha do William I da Inglaterra, mas que, ao que se sabe, até morreu com o desgosto de pensar que tinha de casar com ele, pois parece que gostava era de outro, mais moço, que o Alfonso já entrara nos entas... enfim, era aquilo a que se chama em bom português... um "putanheiro"! Depois da Inês, foram mais 4 os casamentos: Com a Constança da Borgonha, a Berta do mesmo sítio, uma Isabel que seria de Sevilha e ainda a Beatriz, provavelmente também da Aquitânia, ou não, e com a qual casou aos 69 anos, um antes de se finar e deixar as moçoilas descansar, coitadas das criadas e das aias do palácio...
Pois bem, mas o que mais nos interessa foi o affaire do macharrão com uma pequena galega, trigueira e fogosa, de boas cores e ancas largas, uma tal Ximena Moniz, desconhecendo nós se o pai era açoriano, ou não. Bom, mas dessa Ximena teve ele duas filhas: a Elvira, de Castela; e uma outra que nos haveria, a nós, portugueses, de vir a dar cabo da vida - A TERESA de Leão, que haveria de se casar com um fidalgo falido da Borgonha, um tal Henrique, e com o qual veio a produzir aquele ambicioso pedaço de mau génio que foi o Afonso Henriques, o que tem hoje um estádio de futebol em Guimarães, como decerto saberão os queridos leitores da nossa WHISKERS.
Ora, esta Teresa, a quem o filho Afonsinho mandou dar uma volta ao bilhar grande sem mais aquelas, juntamente com o seu conde francês, era como já referimos uma bastarda do tal ALFONSO VI, o vovô de quem o Afonso Henriques herdou o talento para se apoderar de um bom pedaço de chão, tornando assim Portugal o primeiro país independente da História europeia. Fê-lo à custa de muito porfiar, caçando galegos, castelhanos, amigos do pai e da mãe, o que viesse... finava-se, e fazendo acordos à direita e à esquerda com nobres das cidades de Portucale, dando igualmente umas boas moedas de oiro quando era mesmo preciso corromper alguém. Com este modus faciendi, lá seguiu o menino Afonso de espada em riste no seu caminho de Conquistador.
A mãe Teresa nem sabia com quem se havia metido quando procurou puxar para a Galiza as terras situadas a sul. E assim, fruto talvez de um complexo de Édipo mal resolvido, e porque Freud ainda não havia nascido, o Afonsinho decidiu levar por diante aquela sua mania de bater em quem o contrariasse quanto à sua fixação de ter um território próprio. Coisas de jovem!...
VEJAMOS, ENTÃO, EM JEITO DE CONCLUSÃO: Não tivesse o Alfonso de Castela e Leão andado a fornicar com a Ximena galega, já a Teresa bastarda, que el-rei Alfonso conseguiu impingir ao fino franciú Henrique da Borgonha, não teria vindo ao mundo e, assim, o Afonsinho nunca teria sonhado sequer em existir para vir fundar Portugal e dar, então, início à CRISE. QUEM É, POIS, O VERDADEIRO CULPADO DA CRISE, QUEM É?!
Texto: Repórter TUSA/SINO de serviço (eu) Fontes: todas as de água pura Fotos: colhidas aqui e ali, à má-fila
Publicação nº 583 - O Sino da Aldeia - de Jorge P.G.
Sino tocado em
maio 24, 2008 -
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