terça-feira, 27 de novembro de 2007
A Rabindranath Tagore, poeta da minha juventude!
Nasceu e morreu em Calcutá (1861-1941). Foi sem dúvida o maior poeta moderno da Índia e o génio mais criativo da renascença indiana.
Além de poesia, Tagore escreveu canções (letras e melodias), contos, novelas, peças de teatro (em prosa e verso), ensaios sobre diversos temas incluindo críticas literárias, textos polémicos, narrativas de viagens, memórias e histórias infantis: O Jardineiro, O Carteiro do Rei, e Pássaros Perdidos.
Deixou-nos mais de 3 mil poemas em bengali e mais de 2 mil canções e uma extensa obra em prosa de que se destacam 8 novelas e meia centena de ensaios e contos.
Gitanjali (1912), tradução e interpretação de uma obra poética em Bengali do original de 1910, fez com que Tagore ganhasse o Prémio Nobel de Literatura em 1913.
DE GITANJALI(Uma das poesias)
Deixa a cantilena, o cântico
e a recitação de contas de rosário!
A quem veneras neste recanto
solitário e escuro dum templo de portas fechadas?
Abre teus olhos e vê
que teu Deus não está diante de ti!
Ele está onde o agricultor está lavrando o chão duro
e onde o pedreiro está rachando pedras.
Ele está com eles no sol e na chuva,
e sua roupa está coberta de poeira.
Remove teu manto sagrado
e como Ele desce para o chão empoeirado!
Libertação? Onde se encontra essa libertação?
Nosso mestre assumiu pessoalmente com alegria
os vínculos da criação;
Ele está vinculado a nós para sempre.
Sai de tuas meditações
e deixa de lado tuas flores e o incenso!
Que mal há
se tuas roupas ficam gastas e manchadas?
Encontra-o e fica com Ele
na faina e no suor de tua face.
Publicação nº 504 - J.G
Sino tocado em
novembro 27, 2007 -
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