O PLÁGIO CONSTITUI CRIME punível com pena de prisão até 3 anos pelo artº197 da lei 16/2008,de 01 de Abril, a mesma que, no seu artº1, ponto 1, refere que estabelece medidas e procedimentos necessários para assegurar o respeito dos direitos de propriedade intelectual.
O artª180, no seu ponto 3, diz: "Presume-se artista,intérprete ou executante,aquele cujo nome tiver sido indicado como tal nas cópias
autorizadas da prestação e no respectivo invólucro ou aquele que for anunciado como tal em qualquer forma de utilização lícita, representação ou comunicação ao público."
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sábado, 3 de fevereiro de 2007
Breaking news e "Södertälje - Porto de abrigo sueco"
Bagdad: atentado em mercado faz 121 mortos (act.)A explosão de um camião-bomba causou hoje pelo menos 121 mortos e 226 feridos num movimentado mercado no centro de Bagdad, disse a polícia. Um camião armadilhado conduzido por um terrorista explodiu perto do mercado de Sadriya, na margem oriental do Rio Tigre, tendo morrido pelo menos121 pessoas e ficado feridas outras 226. Vários edifícios ficaram fortemente danificados pela explosão e desmoronaram-se, segundo testemunhas locais. Foi o atentado mais mortífero em Bagdad desde o início deste ano, depois de em 22 de Janeiro dois automóveis armadilhados terem explodido apenas com alguns segundos de intervalo perto do mercado popular de Haraj, também na margem oriental do Tigre, causando 88 mortos e mais de 160 feridos. Este novo atentado ocorre numa altura em que as autoridades iraquianas e o exército dos Estados Unidos se preparam para lançar um novo plano de seguran ça para a capital, onde diariamente se verificam actos de violência. Mais de 16.800 civis foram mortos em Bagdad em 2006, de acordo com as Nações Unidas. 03-02-2007 17:19:47 - Notícia SIC
Ilustração de Oscar Astromujoff
Para onde vão os iraquianos refugiados?
Têm-se deslocado às centenas de milhar para países vizinhos, fugindo do caos. Taghreed Ewas, engenheiro químico de 34 anos, saído do país após ameaças de morte e ter escapado a uma tentativa de rapto, afirmou: “O Iraque está morto”. Mas este jovem foi um dos que decidiram refugiar-se longe da região. Vive actualmente em Södertälje, uma pequena cidade industrial, a cerca de de 30 Km a sudoeste de Stockholm, onde habitam e trabalham muitos outros iraquianos. São cada vez mais os que vêm para a Europa, nomeadamente para a Suécia. No ano passado, 8.351 iraquianos pediram asilo a este pais, mais 2.330 do que no ano anterior. Taghreed Ewas foi um dos que fugiram com o auxílio de passadores pelo norte do Iraque e pela Turquia, tendo deixado para trás uma grande parte da sua família, mas não sem esperança de um dia poder regressar. “Lá, cada dia é pior do que o anterior”, declarou no centro de imigrados de Södertälje. O que torna a Suécia o destino europeu mais atractivo para estes refugiados é o carácter liberal das suas leis de asilo político e imigração. Cerca de 45% dos 16.261 iraquianos que buscaram refúgio na Europa vieram para a Suécia. Outra razão é o facto de 80 mil dos seus compatriotas lá viverem, formando a segunda comunidade de imigrantes do país, depois dos finlandeses. Em Södertälje, existe não apenas a principal fábrica do construtor automóvel e aeronáutico SAAB, como uma próspera comunidade iraquiana, cujos membros são, na maioria, cristãos. Ewas decidiu para lá ir porque o seu irmão já aí vivia. Mas no Centro de Acolhimento de Imigrantes da pequena cidade, a situação é muito complicada. “Estamos sob pressão”, diz a directora Catharina Helling. O número de empregados do centro triplicou num só ano e o município tem dificuldades em encontrar professores de sueco. Cada vez mais os recém-chegados trazem recordações muito dolorosas do Iraque e, apesar do centro ter contratado dois tutores para auxiliar os refugiados, a Srª Helling, a directora, entende que muitos deles precisam de um muito maior apoio. Entre as mulheres o medo continua a existir, como no caso de Nooralhuda, de 63 anos, que chegou a Södertälje no final de 2005. Recusa-se a dizer o seu apelido, porque continua a “viver com medo”. Saiu de Bagdad depois do rapto da filha e das três netas de tenra idade, no ano anterior. Poucos dias depois do rapto, foi atacada em casa e os vizinhos convenceram-na a tentar fugir. Vive hoje na cidade sueca com o filho e a família. “Não há esperança para o Iraque. Quanto a mim, o meu único desejo é saber que a minha filha e netas estão vivas e poder ajudá-las a vir para aqui para a Suécia”, diz Nooralhuda.
Estas são as realidades da vida de muitos dos foragidos do terror em que vive actualmente o povo do Iraque.- Jorge G
Fonte: International Herald Tribune - Texto de Jorge G - Publicação nº 279 - jorgg