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segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007
Tombouctou - uma das 7 novas maravilhas?
No século XII, Tombouctou encontrava-se no trajecto das quatro mais importantes rotas de caravanas que abasteciam o mundo árabe e que atravessavam o Oriente Médio, chegando até Espanha. A acumulação de riqueza transformou-a, naquela altura, num dos mais ricos locais do mundo. Esta situação permitiu que aí se estabelecesse uma das primeiras universidades da história da humanidade, a famosa universidade islâmica, denominada Sankoré alcorânica, na qual mais de 20 000 estudantes estudavam Direito, Medicina, Retórica, etc. Actualmente, subsiste em forma de mito, assemelhando-se assim a uma outra Antiga Maravilha, os Jardins Suspensos da Babilónia.
À primeira vista, a cidade parece adormecida debaixo da poeira das dunas vizinhas, como que congelada no tempo. Depois, vai-se revelando a quem se dá à tarefa de a explorar: um mercado colorido, mesquitas históricas e outros vestígios de uma época em que Tombouctou era uma grande cidade do mundo.No Islão, ela é uma cidade santa. Segundo a lenda, 333 santos lá se encontram enterrados, alguns desde há mais de mil anos. Para os crentes, o seu espírito protege a cidade do mal.
É incrível, mas esta grande mesquita de terra ainda se mantem de pé apesar dos seus 682 anos! Foi Mansa Moussa, imperador do Mali, que ordenou a sua edificação no regresso de uma peregrinação a Meca. A mesquita de Djingareiber deve a sua vida ao clima seco do Sahara.
Tombouctou é um emaranhado de ruas de areia. Ao acaso, os visitantes cruzam-se com grupos de cabras, com um dromedário ou com uma mulher como esta que lava o arroz para a refeição da noite.
As famílias pobres habitam em tendas e fabricam tijolos com terra argilosa, água e palha com os quais são construídas as casa dos mais ricos.
Nos sécs. XV e XVI Tombouctou era a Oxford de África. Mais de 20 mil estudantes lá ficavam, vindo alguns até de Bagdad. A maioria frequentava a Universidade de Sankoré, que hoje serve de mesquita.
O mercado situa-se a 20 Km a sul da cidade, na margem direita do rio Níger e os “marchants” e clientes da outra margem chegam de piroga.
Entre os Touaregs do Sahara, não são as mulheres mas sim os homens que escondem a cara. O véu é uma protecção contra o mal, mas também contra as queimaduras do sol e da areia do deserto.
Desde há séculos que o sal faz viver os mercadores. Os blocos da “rocha branca” provêm da mina de Taoudenni, ao norte e a 16 dias de dromedário, e chegam à cidade sob a forma de barras amarradas às costas dos animais.
Tombouctou banha-se na poeira do deserto, mas aqui e ali podem ver-se antenas nos telhados, só então nos lembrando que estamos no séc.XXI.
Fontes: International Herald Tribune,Canada; "The new seven wonders" - Publicação nº 281 - jorgg