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quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007
Lenda da Bezerra de Monsanto
R.da N.Srª do Castelo
Em tempos muito antigos, após um prolongado cerco a Monsanto, os seus defensores desesperavam de se livrar do inimigo e encaravam com tristeza e mágoa a humilhação de uma próxima rendição pela fome. Da grande quantidade de viveres com que se haviam refugiado no Castelo restava apenas uma bezerra e uma Quarta de trigo. Foi então que uma mulher se lembrou de dar o trigo à bezerra e de a atirar do alto do castelo aos sitiantes que no fundo da encosta esperavam a hora da rendição dos corajosos defensores da aldeia. A bezerra, ao rebentar lá em baixo, mostrou o trigo com que a haviam alimentado, para conseguirem convencê-los de que se achariam bem abastecidos e consequentemente da inutilidade do assédio, quando de facto se achavam já em tempo de grandes privações. Enganado por este estratagema, o chefe inimigo, já cansado do longo assédio, manda levantar o cerco deixando os monsantinos em paz.
Pote de barro da Festa das Cruzes
Para comemorar este facto ainda hoje os rapazes e as raparigas de Monsanto, envergando fatos antigos, sobem ao Castelo acompanhados de muito povo, cantando e dançando ao som do harmónio e dos adufes e glorificando a Divina Santa Cruz. Das suas muralhas lançam um pote de barro, caiado de branco e enfeitado de flores, símbolo da bezerra dos seus antepassados. Também nesse dia as raparigas levam nas mãos bonecas feitas de trapos, as "marafonas" vestidas à moda antiga. Simbolizam, para uns, as mulheres de Monsanto dançando e cantando após a libertação do cerco e para outros as reminiscências de um culto pagão muito antigo. Esta festa realiza-se no dia de Santa Cruz (3 de Maio) se for Domingo, ou no Domingo seguinte em caso contrário.
Marafonas
As marafonas são um tipo de artesanato muito típico de Monsanto. São boneca de trapos, com traje regional, sem olhos, nem boca, nariz ou ouvidos. Uma espécie de semi-deusa, à qual se apela à protecção nas trovoadas e que para outros populares tem, igualmente, a função de protecção à felicidade conjugal. Ligadas a Maia*, deusa da fecundidade dos pagãos, as marafonas têm um vestuário de cores garridas que forra uma cruz de madeira, e que os monsantinos supõem terem o poder de afastar as trovoadas. *Na mitologia grega, MAIA, mãe do deus Hermes e a mais importante das "irmãs" (representadas pela constelação das Pléiades) deu origem ao nome deste mês. Maia, também chamada de MAIUS pelos romanos, era a deusa do calor vital, da sexualidade e do crescimento. Neste mês, em homenagem à deusa Maia (deusa do fogo que regia o calor vital e a sexualidade), era permitida uma certa liberdade sexual. Posteriormente, na igreja católica esta data foi dedicada a Maria, a rainha do céu e, em lugar dos rituais sexuais da fertilidade, declarou-se Maio como o mês dos casamentos.