O PLÁGIO CONSTITUI CRIME punível com pena de prisão até 3 anos pelo artº197 da lei 16/2008,de 01 de Abril, a mesma que, no seu artº1, ponto 1, refere que estabelece medidas e procedimentos necessários para assegurar o respeito dos direitos de propriedade intelectual.
O artª180, no seu ponto 3, diz: "Presume-se artista,intérprete ou executante,aquele cujo nome tiver sido indicado como tal nas cópias
autorizadas da prestação e no respectivo invólucro ou aquele que for anunciado como tal em qualquer forma de utilização lícita, representação ou comunicação ao público."
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quarta-feira, 29 de outubro de 2008
RECORDANDO JOAN MIRÓ
Ao ler sobre a abertura em Novembro de uma Exposição de obras de Joan Miró no Museum of Modern Art(MoMA) de New York, apeteceu-me encher este espaço das cores alegres e formas irreverentes do artista.
Miró, catalão de Barcelona, onde nasceu em 1893, tendo falecido em 1983 em Palma de Mallorca, foi desde sempre um dos meus pintores preferidos. Artista da rebelião, do inconformismo perante a arte aquietada dos bem instalados na vida, as suas obras estão povoadas de um univero fantástico de seres e de símbolos, misturando as cores exuberantes dos fauvistas, o imaginário da arte popular da Catalunha, a liberdade de espaço dos cubistas, o anárquico mundo do dadaísmo e a imaginação sonhadora do surrealismo. Tocando todas estas correntes de vanguarda da época, a sua obra teve sempre um cunho individual que procurava a inspiração no mundo dos sonhos. Lembrando os garatujos das crianças, os seus seres são porém maduramente pensados e partem da realidade para a deformar e dela eliminar os elementos não essenciais. A partir dos finais da década de 20, Miró começou a introduzir materiais baratos e comuns nos seus trabalhos, utilizando cordas, cartão, e outros acessórios vulgares, e realizando assim colagens e têxteis.
«La bailarina española», 1928 Oleo sobre uma tábua e colagem de uma folha de lixa De 2 de Novembro até 12 de Janeiro de 2009, o MoMA de New York abrirá ao público a Exposição "Joan Miró: Pintura y Antipintura, 1927-1937", inspirada na ideia do artista de "matar a arte" e que, de acordo com a organização, "oferece um olhar pelo interior do surrealismo do maior e mais lírico dos pintores-poetas".
"Trata-se da primeira exposição de um museu que investiga o famoso pensamento de Miró de querer "asesinar el arte" e que, segundo os peritos, nasceu nele durante a década de trinta do sec. XX como um acto pessoal de rebeldia contra a arte burguesa vista como instrumento de propaganda e de identidade cultural entre as classes acomodadas. O MoMA reuniu noventa pinturas, desenhos, colagens e diferentes objetos que o artista criou durante uma década de transformações para ele", como indica o próprio museu nova-iorquino. Entre as obras estarão vinte nunca vistas nos Estados Unidos, como o célebre "La bailarina española", de 1928, cedido para esta ocasião pelo Centro Pompidou de Paris. Datadas entre 1927 e 1939, incluem também a singular "Naturaleza muerta con zapato viejo" (1937), descrita pelos experts como "alucinante".
«Naturaleza muerta con zapato viejo», 1937
Texto : Jorge P.G. Fotos : El Pais e Net Fontes : várias