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quarta-feira, 8 de outubro de 2008
JÁ NÃO HÁ MILAGRES COMO OS DE ANTIGAMENTE !
Em Itália, como cá, a tradição diz-nos que há terras conhecidas pelos milagres. O mais famoso talvez seja o de San Gennaro, em Nápoles, que ainda no último Setembro se voltou "a produzir" com a liquefacção do sangue do patrono, San Gennaro, na Catedral da cidade, e perante o fogo de artifício lançado pelos devotos no exterior do templo.
FONTANA DEI QUATTRO MORI, em MARINO Agora, em Marino, uma localidade de cerca de 40 mil almas da província de Roma, no centro de Itália, tudo levava a crer que um milagre houvesse ocorrido. No último domingo, durante a abertura da 84ª edição da Festa da Uva de Marino, onde de resto é produzido um branco DOC de excelente qualidade, assistiu-se a um número completamente fora do programa e tomado por milagre pelos primeiros observadores... e provadores. Das torneiras de muitas casas saía, na realidade, vinho fresquinho e borbulhante em vez da previsível e retemperadora água. MILAGRE, gritou-se por minutos em muitos lares!
Porém, também os milagres andam adulterados e apesar de ser mesmo vinho branco bem clarinho que jorrava das torneiras, tal deveu-se a um engano dos funcionários responsáveis pelo abastecimento das fontes da terra que abriram a conduta errada e fizeram com que o vinho, tradicionalmente jorrado através da "Fontana dei Quattro Mori" durante esta Festa da Uva, passasse a a ser canalizado para os canos de água domésticos. E assim, as pessoas que de copo na mão aguardavam o verter generoso do néctar de Baco, ficaram literalmente de boca sêca. O programa das Festas prevê que, a uma certa hora, da Fontana dei Quattro Mori deixe de sair água e passe a ser vinho o líquido que alivia a sede. Desta vez, contudo, no momento estabelecido, era a água que continuava a jorrar límpida e do vinho nem aroma nem sombra.
Após uns telefonemas de quantos em suas casas bebiam vinho da torneira, em poucos minutos o problema ficou resolvido. Descartado o milagre, finalmente, entre uns belos nacos de enchidos, o povo pôde saborear o D.O.C. "dei Castelli Romani". Os visitantes da Feira quase não deram conta do sucedido mas, em casa, quem se preparava para usar água teve a surpresa do "milagre" mal sucedido, como a "Signora Anna", que esteve prestes a lavar o chão com vinho não fosse o cheiro a álcool se elevar do pavimento.
Texto: Jorge P.G. Fonte: "Il Messaggero" de 8/10/08