Os monges budistas encabeçam os protestos contra o regime militar. O exército carrega. Os mortos vão sendo divulgados: um jornalista japonês que fotografava foi morto.
O principal veículo de comunicação internacional para relato do que se está a passar em Myanmar (antiga Birmânia) foi hoje interrompido.
Quem o afirmou foi o responsável local das telecomunicações, segundo o qual a interrupção foi causada por "um dano num cabo submarino" . Depois de dois dias de intensa repressão dos militares sobre os manifestantes em protesto, o principal canal de difusão de informações e de fotografias dos dissidentes birmaneses desapareceu.
Entretanto, os grupos editoriais decidiram suspender as suas publicações por causa do agravamento da situação em Rangoon, a principal cidade do país, e onde é impossível assegurar a distribuição dos jornais.
A decisão é "voluntária", disse um responsável pelo sector. Três dias após o início da repressão, o "stop" da junta militar birmanesa às ligações Internet no país, pretende calar os blogues que desde há dias fazem circular em todo o mundo notícias e fotos dos protestos em Myanmar e da violência do exército.
Amordaçar a Net constitui o melhor meio de silenciar os protestos e os contactos entre os dissidentes.
"Burmese journals suspend publication due to government demands
Sep 28, 2007 (DVB)–Many privately-owned weekly news journals in Burma have decided to stop publication in protest at official demands to publish pro-government propaganda.
Burmese authorities are ordering the publications to print articles written by state media and other stories blaming the All Burma Student’s Democratic Front and the National League for Democracy for the protests.
“They are forcing us to publish their announcements and propaganda in our publications and we can’t let them do that to us,” said a Rangoon journalist.
Kumudra, Seven Days, Pyi Myanmar and many other news journals have decided to stop or suspend publication, and have already informed the censor board of their decision. Rather than give the real reason for their decision, they blamed the ongoing instability which is preventing journalists from being able to go out and report.
The journalist said that reporters from the weekly journals were this morning invited by information minister brigadier-general Kyaw Hsan to a domestic media informational tour to be organised by the censor board. Those who wanted to attend were asked to put their names on a list.
The journalist compared the current situation with that during the 88 uprising.
“In 88 journals published news about the riots and shootings, but it is not as easy to do that now. The situation has changed – soldiers are shooting at everything now – so we can’t do it,” said the journalist." -
http://english.dvb.no/news.php?id=481Reporting by Nay Htoo
Em Myanmar, neste momento, pratica-se a mais primária repressão sobre a liberdade de opinião e expressão. - J.G.
Publicação nº 469 - Jorge G.