sábado, 29 de novembro de 2008
A ORIGEM DO PRESÉPIO
Qual a origem do presépio?
Faz parte do património cultural de cada país a preservação da sua identidade, dos seus valores, das suas tradições. Num contexto de crescente globalização, essa responsabilidade, que cabe a todos nós, surge dificultada pela crescente padronização de comportamentos à escala mundial. Por isso não é de estranhar que a quadra que agora atravessamos tenha sofrido uma tendência, em termos simbólicos e estéticos, a ser dominada por 3 imagens ou ideias chave, de importação estrangeira: o Pai Natal (de origem nórdica), uma árvore enfeitada (de origem germânica) e presentes, muitos presentes (reminiscência das ofertas entregues pelos Reis Magos aquando do nascimento de Jesus). Outros dos símbolos que associamos a esta data é o presépio, uma tradição bem mais antiga em Portugal. O Presépio representa o nascimento de Cristo, e constitui um dos motivos mais notórios da estatuária portuguesa. Algumas notas históricas: A palavra “Presépio” tem origem no hebreu, significando “manjedoura” ou “estábulo”. As primeiras imagens que representam a Natividade, e em que figuram Jesus, Maria e José, encontram-se desde o século VI, em mosaicos, no interior de igrejas e templos. São Francisco começou a divulgar a ideia de criar figuras de barro que representassem o acontecimento, construindo em 1223 o primeiro presépio. A partir dessa altura, a ideia passou para os conventos e casas nobres, com representações cada vez mais luxuosas, algumas consideradas autênticas obras de arte. Num processo de mimetismo, e com as adaptações necessárias às posses de cada casa, os presépios foram-se tornando mais vulgares, mais simples, mais populares. Ao mesmo tempo, foram-se-lhe acrescentando mais figuras: o burro, a vaca, os reis magos, pastores, ovelhas, anjos…
A verdade é que, para Portugal, surgem documentados presépios, ligados a instituições religiosas, no século XVI. A sua generalização acontece no século XVII, sofrendo um forte desenvolvimento no período Barroco, em que grandes barristas como Machado de Castro e António Ferreira executam alguns dos mais ricos e belos exemplares hoje preservados. No século XIX, o presépio começou a ser objecto da arte popular, caindo em desuso a criação destes presépios monumentais. Portanto já sabe… pode tirar do armário aquele presépio que não vê há anos; pode escolher um dos muitos disponíveis no mercado, desde os mais industriais às criações únicas do autêntico artesanato português; ou, se se sentir um artista e gostar de sujar as mãos, leve um pouco de barro para casa. E vai ver que o Natal vai ganhar um pouco do encanto de outros tempos… in BLX -CML
Publicação nº 645 de "O SINO DA ALDEIA" - (1ª publ. in "o Arauto" de 02-12-2006)
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novembro 29, 2008 -
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quarta-feira, 26 de novembro de 2008
LHARANJA DA MDEIRA !
Pretendendo fazer chiste com o autoritarismo evidente de Sócrates, a líder do maior partido da oposição(qual oposição?) não esteve com mais aquelas e proferiu uma frase a propósito da reforma da justiça que muita tinta tem feito derramar: "Seria bom seis meses sem democracia para pôr as coisas em ordem."
Eu não sei se a senhora tem razão ou não, se estava a ironizar ou a falar muito a sério. Nem me interessa, a bem dizer!
O que sei é que com adversários destes, o PM vai partindo o coco a rir. Numa altura de alguma fragilidade do executivo "socretino", com problemas com a educação, com o Banco de Portugal a rever em acentuada baixa as expectativas de crescimento económico e alertando para o muito provável aumento do desemprego em 2009, a ajardinada chefe do PPD/PSD, sigla de que tanto gosta o inefável Santana Lopes, deu ao "inimigo" o que se chama um presente de verdadeira camarada enamorada. Será que o derriço vai acabar em casório?
É que em política, minha senhora, nem as mais pequeninas verdades se podem dizer... ainda não aprendeu?! E agora? Já viu o trabalhão que deu ao Marcelo R. de Sousa para explicar que ... bem, não era exactamente aquilo que... bla-bla-bla-bla-bla-bla...
Publicação nº 644 de «O SINO DA ALDEIA» - Jorge P.G.Sineiro
Etiquetas: jardim, laranja, madeira, manuela ferreira leite, política
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terça-feira, 25 de novembro de 2008
ESTE ESTRANHO MUNDO VIRTUAL
Meus amigos:
Já me referi a este tema anteriormente. Sempre estive muito pouco convencido da autenticidade dos sentires expressos no mundo da blogosfera. Dei-lhes, por isso, sempre pouca importância e quando lhes dei alguma senti-me estúpido e traído em algumas ocasiões.
Há 3 anos que entrei nestas vidas, levado por ouvir falar em "Blogs" que nem sabia bem o que eram. Aprendi à minha custa a fazer o que hoje sou capaz de vos mostrar e aprendi muito sobretudo em termos de relacionamento com as pessoas. Hoje, acredito mais na nobreza dos sentimentos que muitos têm realmente e independentemente do meio que usamos para os expressar.
ACREDITO NA VOSSA SINCERIDADE!
Quando referi aqui a situação por que passo de momento foi para me justificar da negligência em relação aos espaços de tantos que me responderam com a sua presença e mensagens de solidariedade. Quis tratar todos por igual, não escondendo a informação a nenhum.
Agradeço uma vez mais todas as palavras boas que recebi.
É tempo agora, peço-vos, para que este assunto passe a ser mais reservado. A ele não me irei voltar a referir senão quando tiver uma Boa Notícia para vos dar. Poderão sempre saber sobre a evolução das coisas através do meu e-mail, mas publicamente gostaríamos que não se falasse mais do sucedido. Sei que entenderão este nosso desejo e o irão respeitar.
É hora de sair da fase de estupefacção e de passar a uma outra, de controlo emocional, de racionalidade, de tranquilidade e de luta determinada, sabendo sempre que temos connosco muita gente boa que intercede por nós. É imperioso que do processo agora iniciado faça parte a continuação das actividades normais que tínhamos. Daí, a continuação dos blogues, enquanto houver força de vontade e ânimo suficiente que espero nunca me venha a faltar. Haverá dias mais em baixo, outros mais positivos, talvez os próprios artigos o venham a reflectir. Será natural que assim se passe, creio.
Portanto, meus amigos, confortados com as vossas mensagens, estamos prontos para a batalha. Sempre que quiserem usem o meu e-mail, está bem? Quase todos o têm e os que o não tiverem, peçam-mo nos comentários enviando-me o vosso para resposta.
BEM-HAJAM! UM GRANDE ABRAÇO.
Publicação nº --- de "O SINO DA ALDEIA" - Jorge P.G.
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sábado, 22 de novembro de 2008
AOS AMIGOS... PELOS AMIGOS...
A todos os que aqui têm vindo, e em especial aos que me manifestaram expressamente a sua amizade e solidariedade, digo simplesmente: Obrigado, Bem-Hajam!
A vida, por vezes, parece que nos quer testar as capacidades de amar, de sofrer, de resistir, de combater contra inimigos traiçoeiros e difíceis de vencer. Num momento, o céu azul cobre-se das mais cinzentas nuvens e uma tempestade ameaça, ainda ao longe, mas que nos parece tão perto que sentimos até os seus efeitos antes mesmo que se produzam com danos graves. São momentos complicados e pelos quais alguns de vós certamente já passaram. A saúde, meus amigos, sobretudo a dos que são a nossa segunda pele e segunda carne, é realmente o maior Bem que podemos possuir. Nada vale, nada mais interessa, quando ela abandona os nossos corpos ou os dos nossos entes mais queridos. E é na luta que é necessário empreender de imediato que nos apercebemos de tanta coisa supérflua, acreditem.
Peço-vos desculpa pela negligência em relação à maioria de vós e aos vossos trabalhos. Apresento razões de fundo para a justificar, pois levei um abanão muito intenso a que só agora parece que consigo principiar a reagir. Não estou doente, eu. Dói-me o peito por quem amo, é só.
Um grande abraço.
A vós, e também por vós, dedico estas palavras e este trabalho realizado em hora difícil: dois cartoons não desenhados por mim, que sou muito mau para o desenho, mas com total concepção e montagem das imagens e do texto. Que vos agradem estes curtos diálogos entre o DOG, um cão muito ingénuo, e a esperta e vivida abelha BEEZY.
Publicação nº 642 de "O SINO DA ALDEIA" - Jorge P.G.Sineiro
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terça-feira, 18 de novembro de 2008
A COMISSÃO DE SÁBIOS
Na sua rubrica semanal de comentador da RTP1, António Vitorino, o sorridente membro do PS, a propósito do conflito ministério da educação/professores afirmou: "Seria bom que começássemos a pensar na possibilidade de haver uma comissão independente inspirada no modelo inglês, um grupo de sábios, pessoas que fossem aceites pelos dois lados e que aceitassem fazer uma avaliação da avaliação".
Vitorino considerou ainda que existem em Portugal imensas pessoas com capacidade para integrar esse tal "Grupo de Sábios" e que desta forma seria possível introduzir "um pouco de independência e de razoabilidade a um conflito que, já se percebeu, está prisioneiro de muitas paixões".
Mais uma comissão "for the boys"? Para os sábios, of course!
Publicação nº 641 de "O SINO DA ALDEIA" - Jorge P.G. Sineiro
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domingo, 16 de novembro de 2008
O NOSSO LEPRECHAUN
Hoje, domingo, trago um pouco de cultura. Acho que já aqui me referi aos Leprechauns, mas terá sido há tanto tempo que por certo poucos se lembrarão.
Estes diminutos homenzinhos aparentemente velhos fazem parte das lendas irlandesas. O nome pode derivar do irlandês leath bhrogan (sapateiro), se bem que as suas origens possam assentar em luacharma'n (pigmeu).
A "família" dos leprechauns parece dividir-se em dois grupos distintos: os leprechauns e os cluricauns. Estes, são os que vemos nas festas de St. Patrick, sempre de copo de cerveja na mão e meio-embriagados. São criaturas que roubam ou "pedem emprestado" quase tudo, criando uma desordem total nas adegas e nas despensas durante as horas de escuridão. Poderão ainda guardar ovelhas, cabras, cães e mesmo aves domésticas, montando neles à noite e viajando pelo país fora.
Já os LEPRECHAUNS propriamente ditos têm sido apontados como guardadores de um antigo tesouro que teria sido deixado pelos dinamarqueses quando estes atacaram e invadiram a Irlanda, enterrando-o então em jarras ou em potes. Esta parece ser uma razão para os leprechauns evitarem o contacto com os humanos, os quais olham como criaturas tontas e instáveis. Se são apanhados por um mortal prometem-lhe grande riqueza se os deixarem partir em liberdade. Trazem sempre à cintura duas bolsas de couro. Numa, há um escudo de prata e uma moeda mágica que volta sempre à sua posse de cada vez que a usam. Na outra, transportam uma moeda de oiro de que se servem para tentar subornar com vista à saída de situações difíceis. Extremamente astutos, nunca se pode tirar os olhos de cima deles, pois têm a capacidade de desaparecer num breve instante.
Uma antiga lenda diz que está um tesouro escondido no final do arco-íris, ou seja, onde este toca o solo. Dos Leprechauns, conta-se que escolhem exactamente as cores do arco-íris para esconderem os seus próprios tesouros nos locais em que elas atingem o solo.
Diversos objectos com a figura de um destes minúsculos Leprechauns, desde magnetes a chaveiros, são vendidos por toda a Irlanda, funcionando assim como um elemento de exportação em prol do "tesouro" do país. Também tenho os meus, claro: um lápis, um íman no frigorífico e um chaveiro de pendurar atrás da porta.
Lembrei-me, então, e vá lá saber-se porquê, de criar este Vítor - o Leprechaun Lusitano, dando à cultura um pouco de humor que adoça sempre a sua aquisição. Espero que gostem e que tenham Um Bom Domingo!
Texto e Imagem: Jorge P.G.Sineiro Fontes: próprias, e também colhidas em irelandseye.com
Publicação nº 640 de "O SINO DA ALDEIA" - Jorge P.G.Sineiro
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novembro 16, 2008 -
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sexta-feira, 14 de novembro de 2008
... E O PÚBLICO TOCOU O SINO DA ALDEIA !
Pode clicar sobre a imagem para a ver aumentada
No seu Caderno «P2» da edição de 12 de Novembro, o matutino "O Público" publicou um excerto do artigozinho aqui escrito na véspera e que ainda poderão ler integralmente nesta página.
Para tal fui alertado por um amigo do Sino, o Rei dos Leittões , sem o qual ficaria na total ignorância do facto. Não sou leitor habitual de jornais e nem sequer sabia da existência desta secção de "O Público".
Venho agora aqui, fundamentalmente, para corrigir a citação do jornal.
O título usado pelo jornalista é da sua inteira responsabilidade, como é da minha o corpo do excerto por ele seleccionado.
Encimei o escrito com as palavras: "ALEGRE, O DESPERTAR DO GUERREIRO?" a que logo se seguiu uma imagem montada por mim de um Manuel Alegre feito Robin dos Bosques com arco e flechas.
Portanto, não escrevi que ele é "a derradeira cabeça pensante que resta", mas sim que TALVEZ o seja, como aliás logo se pode ler no início da citação. E, já agora, bem poderia o jornal ter gasto mais uma meia dúzia de linhas transcrevendo íntegralmente o texto de opinião.
Ora, isto é importante porquê?
Logo, porque me fez saber que há este espaço dado às opiniões dos bloguistas n'O Público.
Depois, é de saudar a sua existência, ainda que se não conheçam (eu, pelo menos desconheço), quais os critérios de selecção dos blogues apresentados. Seria salutar conhecê-los até para que se não pense que por detrás das escolhas possam estar quaisquer orientações políticas, ou de outra ordem.
Finalmente, e voltando ao escrito no Sino da Aldeia, é bom que estejamos bem atentos na observação de que o que escrevemos, e "O Público" dá à estampa sem pedir licença, foi integralmente respeitado pelos responsáveis da Secção "Blogues em Papel".
É que todos nós sabemos dos perigos que um excerto pode comportar quando maliciosamente manipulado, o que SINCERAMENTE NÃO ME PARECE TER SIDO O CASO EM APREÇO.
Curiosamente, dois dias depois, António Costa veio dizer, no programa "A quadratura do Círculo" que há um perigo real do PS perder a maioria absoluta, afirmando: "...parte importante do eleitorado do PS está em rotura com o partido face a esta questão da Educação", criticando porém Manuela Ferreira Leite pois "não se pode dizer que este modelo não serve sem apresentar outro".
Sendo para mim evidente o oportunismo da contestação do PSD, estaria tentado a concordar em absoluto com o edil de Lisboa, não fosse esta avaliação de desempenho imposta aos professores tão desequilibrada e disparatada como é.
Parece-me, pois, que o homem que era "o grilo falante" de Sócrates, a sua consciência política sempre ao ouvido, deu um exemplo de que talvez Alegre não seja a única cabeça pensante, afinal.
Atirado por Sócrates para a Câmara de Lisboa, por razões que poderão ainda vir a perceber-se, António Costa fez claramente um ALERTA PÚBLICO ao seu chefe partidário.
SERÁ QUE ESTE AINDA O ESCUTA?
Texto: Jorge P.G.Sineiro
Imagem: P2 de «O Público» Publicação nº 639 de "O SINO DA ALDEIA" - Jorge P.G.Sineiro
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quarta-feira, 12 de novembro de 2008
OS CALOTEIROS
«Qual é o valor da dívida do Ministério da Saúde?» foi esta a pergunta lançada em uníssono pela oposição na comissão para a discussão do Orçamento de Estado para este sector.
Ana Jorge limitou-se a dizer «não sei», acrescentando que a resposta poderia ser dada pelo secretário de Estado, que está mais a par dessas coisas das verbas.
Os jornalistas interpelaram, então, Francisco Ventura Ramos que respondeu assim: «basta fazer as contas para saber o montante das dívidas».
Confrontada com a frase do seu secretário, a ministra da Saúde afirmou: «A resposta está dada !»
Ahahahahahahah!...
Fontes: TSF on line Foto: J.Sineiro Prod. Gargalhada: J.P.G. Sineiro
Publicação nº 638 de "O SINO DA ALDEIA" - Jorge P.G.Sineiro
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terça-feira, 11 de novembro de 2008
ALEGRE, O DESPERTAR DO GUERREIRO?
Manuel Alegre falou à TSF sobre os últimos acontecimentos da Educação e disse estar farto de «pulsões e tiques autoritários», farto daqueles que «não têm dúvidas, nunca se enganam e pensam que podem tudo contra todos». Mostrando-se «chocado» com a reacção da ministra da Educação à manifestação de sábado, o dirigente do PS considera que Maria de Lurdes Rodrigues foi «inflexível», utilizando uma linguagem imprópria e incompatível com a cultura democrática.
«Como reformar a Educação sem ou contra os professores?» é a pergunta que Alegre lança, afirmando que «passar de um laxismo anterior a um excesso de burocracia e facilitismo não é solução».
Alegre realça ainda que governar para as estatísticas não é reformar, considerando que se discute tudo menos o essencial, numa referência aos programas e conteúdos do ensino.
«Saber ouvir e dialogar» é o que o deputado reclama, porque - sublinha - as reformas da Educação «não se fazem tapando os ouvidos aos protestos e às críticas». - in TSF
ORA FINALMENTE! ESCUTARAM-SE DELE AS PALAVRAS EXACTAS QUE HÁ MUITO SE IMPUNHA OUVIR.
Alegre, talvez a última das "cabeças pensantes" do velho Partido Socialista, morto Sottomayor Cardia, semi-reformado Soares, e tendo-se afastado, desencantados, ao que julgo, António Barreto e Medeiros Ferreira, deu finalmente um sinal marcante de vida em defesa da Cultura e da Educação em Portugal. Só lhe fica bem.
Manuel Alegre arrecadou cerca de 1 milhão de votos nas últimas eleições presidenciais e desiludiu muita gente, fazendo uma oposição pífia às prepotências e à pesporrência do líder do Partido que ele, Alegre, sempre se recusou a abandonar à gula insaciável dos lobos novos. Preferiu, aparentemente, ficar e lutar lá dentro pelos ideais de um velho Partido Socialista que sempre se revelara humanista e dialogante. Mas tem-se deixado tratar por Sócrates como um velho e romântico tonto, que até dá jeito deixar falar de vez em quando para que pareça que existe no PS pluralismo de opiniões e respeito pelas mesmas.
O "direito à indignação" que Soares defendia ficou agora retratado nas palavras do seu antigo companheiro e amigo, hoje ambos desavindos para mal da nossa democracia.
Bom seria que Mário Soares, apesar da idade, pudesse prestar um favor último ao país que sonhou juntamente com Alegre e outros companheiros de luta, pronunciando-se sobre esta escabrosa e pecaminosa política educacional que irá seguramente arrastar Portugal, já nesta e nas próximas gerações, para se tornar num beco mal afamado da Europa.
Texto e imagem de Jorge P.G.
Publicação nº 637 de "O SINO DA ALDEIA" - Jorge P.G.
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segunda-feira, 10 de novembro de 2008
O GRANDE LEILÃO
NÃO PERCA O GRANDE LEILÃO! ABRIU HOJE E MANTER-SE-Á ENQUANTO HOUVER TRALHA PARA VENDER!Publicação nº 636 de "O SINO DA ALDEIA" - Jorge P.G.Sineiro Etiquetas: O grande leilão
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sábado, 8 de novembro de 2008
PACOTE SANTANA KELLOGG'S
Santana anunciado em pacote do PSD
A candidatura de Santana Lopes à Câmara de Lisboa vai ser anunciada por Manuela Ferreira Leite juntamente com outras candidaturas do PSD e não de forma isolada. Este é mais um ponto que já foi acertado entre ambos.
Falta apenas saber se será em conjunto com os candidatos a outras capitais de distrito ou se com os candidatos a outras câmaras da área metropolitana de Lisboa.
Por outro lado, e num momento em que falta apenas o anúncio oficial por parte da líder do PSD, Santana Lopes não exclui o cenário de uma coligação com o CDS na capital. Mas fá-la depender de uma conversa prévia com a direcção nacional do partido.
in "SOL"
Publicação nº 635 de "O SINO DA ALDEIA" - Jorge G.Sineiro
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terça-feira, 4 de novembro de 2008
USA - LET THE ISSUES BE THE ISSUE
Após os resultados eleitorais: Apesar do desejável ser que as políticas dos candidatos se sobrepusessem à sua côr, duvido que a recordação de imagens como esta, independentemente da excelente campanha de Obama, não estivesse presente nas cabeças e nos corações dos inúmeros negros, mulatos, mestiços e índios dos Estados Unidos no momento do voto. Em 1705, uma lei da Virgínia, declarava os negros, mulatos e índios como "um bem património" dos brancos. Hoje, um deles preside ao "mundo".
4 de Novembro é o dia de todas as decisões quanto ao novo Presidente dos Estados Unidos. Tendo apostado com reservas em Obama desde a sua vitória entre os democratas, mais convictamente o fiz quando McCain cometeu aquele que terá sido, porventura, o maior erro da sua candidatura: a chamada à liça da Srª Palin.
Hoje, os americanos dirão se a suposta abertura do país ao reforço da sua apregoada condição de sociedade não-reacista se concretiza. Tudo leva a crer que sim, que a América terá pela 1ª vez um Presidente que não é de raça branca.
Nos últimos dias de campanha, uma onda de posters assolou New York. Neles está escrito "LET THE ISSUES BE THE ISSUE" entre as fotos dos candidatos com as raças trocadas, num curioso e meritório apela ao voto pelas ideias e não pelas cores de Obama e McCain. O Sr. Tor Myhren, director criativo da companhia publicitária dos posters não obteve porém o desejado êxito, já que a maioria dos cartazes foi arrancada por coleccionadores que passavam pelas ruas da cidade.
Alguns sobraram, no entanto, sendo publicados por exemplo pelo Daily Telegraph londrino da ontem e do qual retirei a 1ª imagem. A ousadia levou-me a recriar o poster, procurando dar aos dois políticos umas feições mais marcantes das suas raças trocadas. Que as políticas dos candidatos sejam, realmente, o importante na escolha!
imagem thecoolhunter.net
A mesma imagem modificada por mim
Publicação nº 634 de "O Sino da Aldeia" - Jorge P.G.
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novembro 04, 2008 -
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domingo, 2 de novembro de 2008
CASAS À TARZAN NA MODA!
A Baumraum, uma empresa alemã, lançou há muito poucos anos um novo tipo de casas em harmonia com a Natureza. Munindo-se de técnicos necessários ao projecto, como arquitectos paisagistas, técnicos de madeiras e imaginosos artesãos, meteu mãos à obra de construir casas em árvores, como nos habituámos a ver nos filmes do Tarzan. Nos tempos actuais, porém, a tosca habitação do lendário nomem-macaco da nossa infância tem outro tipo de comodidades e de preocupações.
Cada projecto desenvolve-se individualmente e leva em conta preocupações de ordem ambiental, tipo e condições da estrutura das madeiras e tudo o mais que for necessário para que cada casa esteja em perfeita harmonia entre o Homem e a Natureza e não cause danos ao meio ambiente.
As casas são fabricadas nos mais diversos tipos e tons de madeira, que é certificada, e à escolha do futuro morador. Alguns projectos envolvem verdadeiras manobras de perícia para que as árvores não sejam danificadas e fiquem plenamente integradas nas próprias residências. Cada parte é pré-fabricada numa oficina, sendo depois todas reunidas e montadas de uma só vez.
Poderão já integrar móveis, uma mini-cozinha, luz, aquecimento, e mesmo sistemas de som multimedia. A segurança, das casas e das árvores, é assegurada por tirantes e cordas, ou por palanques e pilastras sempre que não possam ser completamente encaixadas nos troncos. Mas não são apenas locatários individuais os proprietários das ecológicas moradias. Em todo o mundo muitas empresas e hotéis, por exemplo, utilizam já as criações da Baumraum.
Não me constando que possuam elevador, estas habitações são definitivamente o retorno do Homem às árvores e ao convívio íntimo com a Natureza. Nota:(Baum = árvore + Raum = espaço, lugar).
Publicação nº 633 de "O Sino da Aldeia" - Jorge P.G.Sineiro
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novembro 02, 2008 -
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