Nos últimos dias Portugal tem registado cerca de 200 mortos atribuídos à Covid-19, ou seja, a cada hora uma média de 9 pessoas partem como consequência da doença provocada pelo SARS-CoV-2 que já matou mais de 2 milhões no mundo.Não estarão estes últimos números de mortes ligados à selecção que os hospitais se vêem já obrigados a fazer? Agora, sim, a situação está a ficar sombria, e com a total irresponsabilidade de alguns e as medidas brandas implementadas morrerão mais uns milhares, 15/20/25 mil? nos próximos 2 meses. Não o podemos ignorar nem devemos esconder ou camuflar.
Fechem as escolas, senhores no poder, abram hospitais de campanha, recorram ao privado com requisição civil se necessário for, aumentem o número de profissionais de saúde, não vacinem pessoas acima dos 75 anos ou com patologias graves sem uma indicação clara do médico que acompanha o doente e conhece o seu historial clínico (olhem para a Noruega que não escondeu o que aconteceu por lá), não vacinem a eito mas com critérios rigorosos.
E melhorem a qualidade da informação do que acontece nos hospitais com a verdade nua e crua - a mensagem não está a passar devidamente -, proíbam de vez os jantares e festas dos políticos e limitem as cerimónias religiosas que ninguém morre por não ir à missa mas pode morrer se lá for.
Controlem a sério a entrada no país sobretudo de pessoas vindas de países onde está disseminada a nova estirpe do vírus, como o Reino Unido, ajam por antecipação e não por reacção, tenham coragem e planeiem as formas de combate com todo o rigor e sem tibiezas nem medos politiqueiros. Basta de amadorismos.
E, sobretudo, não dêem ao povo a ideia de que o governo não sabe o que anda a fazer. O poder tem de se revelar com maturidade, profundidade, responsabilidade.
Sejam absolutamente credíveis para que não haja tanta gente irresponsável nas suas práticas diárias.
- texto de Jorge PG na ortografia anterior ao chamado A.O./1990