O PLÁGIO CONSTITUI CRIME punível com pena de prisão até 3 anos pelo artº197 da lei 16/2008,de 01 de Abril, a mesma que, no seu artº1, ponto 1, refere que estabelece medidas e procedimentos necessários para assegurar o respeito dos direitos de propriedade intelectual.
O artª180, no seu ponto 3, diz: "Presume-se artista,intérprete ou executante,aquele cujo nome tiver sido indicado como tal nas cópias
autorizadas da prestação e no respectivo invólucro ou aquele que for anunciado como tal em qualquer forma de utilização lícita, representação ou comunicação ao público."
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quinta-feira, 28 de maio de 2020
AS PIN-UPS e a SENSUALIDADE PERMITIDA - (nº2 de 3)
Nos anos 70, com a banalização do nu em revistas e filmes
eróticos e pornográficos, as "meninas de papel" perderam força e foram substituídas por
mulheres de carne e osso. Mas desde o final da década de 90, as pin-ups
voltaram a mexer com a líbido masculina por resgatarem um importante elemento
do fetiche: o mistério.
Musas de várias gerações, as pin-ups ainda hoje são objecto
de culto por adoradores do estilo além, é claro, de serem muitas vezes imitadas.
Afinal, são sempre uma óptima referência no mundo da moda, no cinema, nos
traços, nos trejeitos e em tudo o que diz respeito à sensualidade. A musa loura
(Marilyn Monroe) perdia em popularidade para a ruiva Rita Hayworth, a número
dois na lista da preferência dos soldados da Segunda Guerra. Uma foto da eterna
Gilda vestida com uma camisa de noite transparente foi transformada em desenho e invadiu
os acampamentos. Nem Marilyn nem Rita, porém, conseguiram suplantar a lendária
Betty Grable, a mulher que colocou as pernas no seguro no valor de US$ 1
milhão. Ela foi a pin-up mais famosa da história posando em fato-de-banho com
um sorriso convidativo, transformando-se na amante imaginária predilecta dos
soldados.
Betty também foi actriz e chegou a protagonizar, em 1944, um
filme chamado “Pin-up Girl”, no qual interpretava uma dançarina. O sucesso dos
cartões e calendários estimulou editores a lançar revistas especializadas, as
chamadas “Girlie Magazines”. Publicações como Esquire, Yank, Wink, Beauty
Parade, Whisper e Eyful exibiam pin-ups vestidas de coristas, marinheiras,
enfermeiras e outros uniformes-fetiches, desenhadas ou fotografadas.
A música Lili Marlene ou Lili Marleen, em alemão, foi sem
dúvida a canção mais popular da 2.ª Guerra Mundial e tornou-se o hino extra-oficial
dos soldados de infantaria de ambos os lados. Os soldados nostálgicos eram
levados às lágrimas pela voz da, até então, desconhecida cantora Lale Andersen,
que se tornou uma estrela internacional.
No entanto, a cantora mais famosa a cantar a música foi
Marlene Dietrich. A letra foi originariamente escrita em 1915 na forma de um
poema por um soldado alemão da Primeira Guerra chamado Hans Leip.
Posteriormente publicado numa colectânea da sua poesia em 1937, as metáforas e
a emoção do poema chamaram a atenção de Norbert Schultze, que o transformou em
música em 1938. Lili Marleen tornou-se uma canção de guerra quando foi
transmitida por uma rádio alemã em Belgrado e foi captada pelos soldados
alemães do Afrika Korps. Rommel gostou tanto da música que solicitou à Radio
Belgrado que a incorporasse na sua programação, no que foi atendido. A canção
era tocada às 21:55 todas as noites imediatamente antes do fim das
transmissões. A enorme popularidade da versão alemã induziu a criação de uma
apressada versão em inglês escrita pelo compositor britânico Tommie Connor em
1944 e transmitida pela BBC para as tropas aliadas.