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O artª180, no seu ponto 3, diz: "Presume-se artista,intérprete ou executante,aquele cujo nome tiver sido indicado como tal nas cópias
autorizadas da prestação e no respectivo invólucro ou aquele que for anunciado como tal em qualquer forma de utilização lícita, representação ou comunicação ao público."
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segunda-feira, 13 de abril de 2009
BISPO ALEMÃO LIGA OS CRIMES NAZIS COM O ATEÍSMO
De um artigo assinado por Markus Becker na revista alemã "DER SPIEGEL", deixo este apontamento, naturalmente traduzido e adaptado com rigor.
Num sermão pascal que originou fortes críticas, o bispo católico de Augsburg relacionou com o ateísmo os crimes cometidos pelos regimes nazis e comunistas, tendo grupos ateístas reagido com fúria e acusado o clérigo de reescrever a História.
Ontem, domingo de Páscoa, o bispo Walter Mixa lançou um aviso sobre o crescimento do ateísmo na Alemanha. "Onde quer que Deus seja negado ou combatido em breve tanto as pessoas como a sua dignidade serão negadas e tomadas em desconsideração", afirmando ainda: "...uma sociedade sem Deus é o Inferno na Terra", citando o autor russo Fyodor Dostoyevsky : "Se Deus não existir, tudo é permitido".
De um modo ainda mais controverso, acentuou que os regimes sem Deus do nazismo e do comunismo, com os seus campos penais, polícias secretas e assassínios em massa, provaram de uma forma terrível a desumanidade da prática do ateísmo e as "perseguições especiais" de que cristãos e a Igreja sempre foram alvo nesses regimes.
Rudolf Ladwig, presidente da International League of Non-Religious and Atheists(IBKA) baseada na Alemanha, comentou que as palavras do bispo fazem parte de "uma estratégia de longo prazo da Igreja para desculpabilizar a história da sua própria instituição no que diz respeito ao fascismo". "A ditadura nazi teve como alvos os comunistas, social-democratas, liberais, sindicalistas, judeus, ciganos da Europa, homossexuais, diminuídos físicos, inválidos e outros", disse Ladwig. "Não houve de maneira nenhuma a ditadura de um dedicado movimento ateísta. A resistência do interior das igrejas surgiu unicamente de acções individuais".
O filósofo Michael Schmidt-Salomon, líder do grupo non-profit humanista 'Giordano Bruno Foundation', criticou igualmente o bispo de forma áspera. "Se nos recordarmos que durante a época nazi eram precisamente os judeus os acusados por não possuírem um Deus, ver-se-á quão pérfido é o raciocínio de Mixa", salientando ainda que as associações de livres-pensadores foram desmanteladas pelos nazis e os ateístas por eles perseguidos. E foi mais longe o filósofo Schmidt-Salomon, quando salientou que a ideologia nazi fora largamente baseada em tradições cristãs, explicando que a evidência para esta afirmação se podia encontrar no próprio "Mein Kampf" de Hitler e em outros escritos nazis. "Na sua maioria, os membros da elite nazi viam-se a si mesmos como bons cristãos", rematou Schmidt-Salomon.
COMENTÁRIO BREVE:
Nos últimos tempos vêm-se sucedendo as tiradas mais bombásticas por parte de membros da Igreja Católica de Roma. O bom senso, o recato, a promoção da pacificação entre os homens, o perdão pelos actos mais impuros, em suma, a observância rigorosa dos ensinamentos de Cristo por parte dos seus proclamados discípulos na Terra parece começar a não ser palavra de ordem no seio do Vaticano, ou então grassa a indisciplina entre os seus ministros. Depois, lá vêm as desculpas, as excomunhões, a política papal de consertar as redes na praia. Mas o que está dito, está dito, e foi afirmado por um alto membro da hierarquia, com a provável interiorização do conceito por alguns milhares de fiéis. Uma vez mais.