O PLÁGIO CONSTITUI CRIME punível com pena de prisão até 3 anos pelo artº197 da lei 16/2008,de 01 de Abril, a mesma que, no seu artº1, ponto 1, refere que estabelece medidas e procedimentos necessários para assegurar o respeito dos direitos de propriedade intelectual.
O artª180, no seu ponto 3, diz: "Presume-se artista,intérprete ou executante,aquele cujo nome tiver sido indicado como tal nas cópias
autorizadas da prestação e no respectivo invólucro ou aquele que for anunciado como tal em qualquer forma de utilização lícita, representação ou comunicação ao público."
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terça-feira, 17 de junho de 2008
E ASSIM VAI O MUNDO...
AOS AMIGOS que têm feito o favor de por cá passar:
Os que são professores e especialmente aqueles bafejados com a desdita do cargo de Director de Turma sabem bem o que são os finais de ano lectivo. De ano para ano, as incumbências burocráticas e o número de papéis a preencher aumentam de tal forma que o Director de Turma, hoje, é um Faz-Tudo que por tudo é responsável, mesmo pelas possíveis asneiras de outros. Assim sendo, os níveis da minha paciência estão no ponto mais reduzido do ano. Acresce que tenho que preparar as férias, que são sempre organizadas à nossa maneira, sem agências nem agentes. Apelo à vossa compreensão mas durante algum tempo vou estar mesmo concentrado em outro mundo. Talvez possa publicar alguma coisa e/ou visitar alguém nos próximos dias, mas nada prometo.
UM GRANDE ABRAÇO AOS AMIGOS DO SINO DA ALDEIA e de outros espaços que oriento ou de que sou co-autor.
Até já! Jorge
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Vou contar uma fábula à grega que li recentemente e cujo autor é um brasileiro de quase 60 anos, que começou a sua carreira como office-boy na antiga fábrica da Cica.
Formou-se em Administração de Empresas e foi escolhido como um dos 30 Executivos Mais Cobiçados do Mercado em pesquisa do jornal Gazeta Mercantil, em Janeiro de 1999. Foi um dos cinco finalistas do prémio «Top of Mind» em 2005 e 2006 na categoria de Palestrante.
Em 1999, no auge de uma carreira bem-sucedida que o levou à direcção de grandes empresas como a Pepsi, a Elma Chips e a Pullman, Max Gehringer tomou uma decisão raríssima no mundo empresarial: abriu mão do poder e das mordomias de alto executivo para se dedicar a escrever e a fazer palestras pelo Brasil. Foi colunista das revistas Você S.A., Exame e VIP, todas publicadas pela Editora Abril e hoje escreve para a revista Época e Época Negócios, ambas da Editora Globo.
O humor e a sensibilidade dos textos de Max vêm da sua vivência prática num mundo que ele conhece degrau por degrau, desde o seu primeiro emprego, aos doze anos, como auxiliar de limpezas, até o último, como presidente da Pullman. Escritor, colaborador da CBN e Exame, possuindo vasta experiência em gestão empresarial, no ano de 2007 a Editora Globo lançou o livro «O Melhor de Max Gehringer» na CBN - Vol. 1 - Col. Vida Executiva. Actualmente desenvolve palestras motivacionais e de liderança.
Fábula grega em dois actos.
Latrodectus - a célebre viúva-negra Personagens:
o Gafanhoto stressado e a Aranha bem-intencionada.
Cena um:
O Gafanhoto tenta convencer a Aranha de que um colega de trabalho dos dois, o Camaleão, é um hipócrita de primeira.
- Esse Camaleão é um fingido, Aranha, sempre mudando de cor conforme a ocasião.
- Mas essa não será só a natureza dele, Gafanhoto? Ele não foi criado desse modo?
- Nada! Antigamente, ele fazia o mesmo que nós, dava no duro para ganhar a vida. Depois, ficou esse artista em tempo integral, sempre escondido atrás de disfarces e artimanhas.
- Mas por que motivo ele faria isso?
- Para tirar proveito da situação. Ele fica ali, na moita, com aquela cara inofensiva, mas, na primeira oportunidade, abocanha os descuidados.
- Ena, é verdade. Eu que passo horas tecendo a minha teia, com o maior desvelo…
- E eu, que fico a saltar de um lado para outro sem parar?! É por isso que vivo stressado. Se me distraio, o Camaleão solta a língua e pega-me.
- É mesmo. Se você não me abre os oito olhos, eu nunca teria pensado nisso.
- Por que você é simples e bem-intencionada. Sabe como se chama ao que o Camaleão está a fazer? Competição desleal no local de trabalho!
- Faz sentido. Você é um sábio, Gafanhoto.
- Obrigado, Aranha. Mas o ponto é que não podemos, nunca, confiar no Camaleão.
- Será que não haveria um jeito de neutralizá-lo?
- Bom, para benefício mútuo, eu acho que tenho um plano infalível.
- Tem? – Perguntou o gafanhoto.
- Tenho. Escute.
Cena dois:
O Gafanhoto aproxima-se para escutar o plano da aranha e enrosca-se na teia. Imediatamente ela o pica e começa a embrulhá-lo para o almoço.
- O que está a fazer, Aranha? Nós não somos colegas e parceiros?
- Não leve a mal, meu caro Gafanhoto, mas essa é a lei aqui da selva: boa intenção é uma coisa e prioridade pessoal é outra…
Conclusão minha : O senhor Gehringer não terá chegado longe por acaso. Ele sabe do que está a falar!