Há cerca de mil anos, o iraquiano natural de Basra (Bassorá)
Abu Ali al-Hasan Ibn Al-Haitham (
Alhazen em termos ocidentais), físico e matemático e um dos pioneiros da Óptica depois de Ptolomeu, notou que o cérebro humano é capaz de reter, por um instante, a imagem que os olhos acabaram de ver. Oitocentos anos depois, o belga
Joseph-Antoine Plateau construiu um aparelho em que a sucessão rápida de figuras dava a sensação de que elas se mexiam. Nascia assim o desenho animado.
Em 1906 o produtor americano
J. Stuart Blackton criou, ainda na época do cinema mudo, a animação de três minutos
Humorous Phases of Funny Faces, em que um
cartunista desenha rostos que ganham vida.
Em 1914,
Winsor McCay montaria
Gertie the Dinosaur, consolidando assim o nascimento de um novo tipo de entretenimento.
Em 1919 Otto Messmer apresentou o primeiro astro dos desenhos animados, o Gato Félix. Em Feline Follies e Musical Mews, o gato chamava-se Master Tom. O sucesso fez com que participasse, já com o seu nome famoso, numa nova produção no mesmo ano, Adventures of Felix.
A ligação de som e imagem evoluiu, em 1924, com o clássico de Disney
O Vapor Willie, a terceira aparição do
Mickey Mouse no cinema.
E nos anos 30, para promover as suas músicas, a
Warner fez desenhos animados com som.
Bosko foi a primeira personagem dos
Looney Tunes. Depois viriam
Gaguinho (1935),
Patolino (1937) e o
Pernalonga (1940), entre tantos outros.
Nos anos 40 William Hanna e Joseph Barbera deram à luz a série Tom & Jerry, considerada uma das melhores de sempre de desenhos animados .
Chegados os anos 60, Hanna e Barbera, já donos de seu próprio estúdio, criaram a primeira série animada a fazer sucesso no horário nobre da TV americana, Os Flintstones, deliciosa trama de uma família da Idade da Pedra.
Em 1985 Matt Groening criou para o programa The Tracey Ullman Show vinhetas com uma família amarela e esquisita. Dois anos depois, Os Simpsons iniciavam uma carreira de enorme sucesso, com 29 Emmy Awards nas 19 temporadas ininterruptas apresentadas na TV.
Finalmente, refiro que em 1991 foi estreada a versão dos estúdios Disney de "A Bela e o Monstro", baseado na história de um príncipe amaldiçoado a ter a aparência de uma fera (the beast) até aprender a amar e a ser amado. O filme usou técnicas de computador para criar efeitos inéditos, sendo até hoje o único animado a concorrer ao Oscar de Melhor Filme.
Valeu a pena recordar?
Publicação nº 539 - J.G.