sexta-feira, 1 de dezembro de 2006
A. Litvinenko - Part II
From the San Francisco Chronicle: Russia -- the usual suspected assassin; Kremlin denies all, everybody shrugs. Whether the Russian government is really behind the death of former KGB officer Alexander Litvinenko, 21st century Russia still looks like the kind of country that would assassinate its adversaries James Bond-style by slipping radioactive polonium-210 into their sushi.
After all, a former KGB spy holds the nation's highest office [President Vladimir Putin]. Former intelligence operatives are senior Cabinet members. The state controls virtually every media outlet. Many who, like Litvinenko, dare to criticize the government are intimidated, imprisoned or exiled. Some are murdered, their cases unsolved.The Kremlin obstructs the work of international civil liberties watchdogs and silences domestic adversaries who criticize human rights abuses, particularly in the war-torn republic of Chechnya.
Given this record, it is not surprising that many people have been quick to pin the blame on the Kremlin, even though the Kremlin's many accusers have offered no evidence of its guilt, said Sarah Mendelson, an expert on Russia at the Center for Strategic and International Studies in Washington. Tradução:Do San Francisco Chronicle: Rússia, o habitual suspeito-assassino; o Kremlin desmente tudo, e toda a gente encolhe os ombrosEsteja, ou não, o governo russo envolvido na morte do antigo agente do KGB - A. Livtinenko, a Rússia do séc. XXI ainda parece o tipo de país bem capaz de assassinar os opositores, em estilo James Bond, misturando polónio-21o radioactivo nos seus sushi.Afinal de contas, um ex-agente KGB chefia o mais alto Gabinete da nação ( o Presidente Vlademir Putin). Antigos operacionais dos serviços de espionagem são membros destacados do Gabinete. o estado controla virtualmente todos os outlets da informação. Muitos dos que, como Litvinenko, ousam criticar o governo são intimidados, presos ou exilados. Alguns, assassinados, e as suas mortes são casos não resolvidos.O Kremlin faz obstrução aos observadores internacionais dos direitos civis e silencia os opositores internos que criticam abusos de direitos humanos, particularmente na República da Tchechénia despedaçada pela guerra.Perante este quadro, não é de admirar que muita gente tenha sido rápida a apontar culpas ao Kremlin, ainda que os múltiplos acusadores não tenham apresentado provas da sua culpabilidade, diz Sarah Mendelson, uma perita em assuntos russos do Centro de Estratégia e Estudos Internacionais de Washington.A este artigo do San Francisco Chronicle, acrescento o seguinte, escrito pelo seu autor em português do Brasil:
Vingança maligna O ex-agente secreto Alexander Litvinenko, ex-KGB atual FSB russa, não foi o único envenenado nos anos recentes. Antes de ser abatida a balas, a jornalista Anna Politkovskaya foi envenenada – embora tenha sobrevivido. O seu editor, Yuri Shchekochikhin, foi assassinado faz três anos. Envenenado. Há dois anos, foi a vez de Viktor Yushchenko, então candidato anti-Kremlin ao governo da Ucrânia. Sobreviveu mas as cicatrizes o acompanharam. A relação entre a FSB, inimigos políticos e veneno tem sido constante nos últimos anos. Litvinenko, antes de morrer por veneno radioativo, disse que seu algoz era ninguém menos que o presidente russo Vladimir Putin. Como a estas alturas o ex-espião era cidadão britânico e como o assassinato se deu em Londres, o governo de Tony Blair está agindo com toda a cautela que a diplomacia exige. Litvinenko era ligado a Boris Berezovsky, um poderoso magnata aliado de Putin que terminou perdendo as empresas, forçado a vender tudo, após seu então amigo ter alcançado a presidência. É negócios, política e alguma promiscuidade mafiosa à moda russa. Embora Berezovsky, que também vive no exílio londrino, odeie Putin – e mesmo que este sentimento seja mútuo – não quer dizer que o presidente russo esteja matando gente na terra alheia. Afinal, a Ucrânia é bem perto e os outros casos de envenenamento foram dentro da Rússia. É difícil desfiar a meada que diz quem é inimigo de quem quando negócios, política, máfia, polícia, serviço secreto e grupos de extermínio se confundem. Até porque os serviços secretos de Ucrânia, Geórgia, Chechênia, Rússia e tantos nas redondezas são profundamente ligados ainda, herança dos tempos da KGB. Nada tão simples: em meados deste ano, o Congresso aprovou uma lei que autoriza o governo a agir além das fronteiras russas contra extremistas. Outra lei classificou como extremistas, bem, qualquer um que seja por demais crítico do governo. Quer dizer, se Putin assina a ordem, a FSB mata quem quiser no estrangeiro. E, sim, Berezovsky discretamente, e Litvinenko, verborragicamente, estavam entre os principais críticos de Putin no exterior. O problema que o Kremlin tem é este. Faz-se uma lei que autoriza a morte e, meses depois, um dos críticos mais chatos e pertinentes – que nem tinha tanta credibilidade assim – morre. Fosse na Rússia, e na Rússia estas coisas acontecem faz tempo, ninguém ligava. Mas em Londres, logo em Londres, é problema. Mesmo que Putin seja inocente e outros dos inimigos de Litvinenko sejam os responsáveis, fica ruim para ele. Putin é cria da KGB. De inocente, não tem nada. Publicado por Pedro Doria - 28/11/06 12:01 AM Conclusões a tirar ? Cada um que tire as suas! Para mim, a resposta está nos olhos de Putin.- Jorge G
Publicação nº 178 - jorgg
Sino tocado em
dezembro 01, 2006 -
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