Comecei a escrever aqui em 10 de Junho de 2006. A primeira publicação foi extraída e adaptada de um artigo do “Courrier Internacional” a que dei o título de “O Sino de Colombo”. Tive, então, a alegria de receber um comentário. De alguém que até hoje se tem mantido fiel ao hábito de me enriquecer com os seus comentários.
Depois, e até hoje, o bebé foi crescendo. Estará agora pronto para a luta pela vida; sorrindo aos aplausos, reflectindo sobre as críticas sãs, aprendendo, talvez ensinando, alertando, tropeçando em alguns obstáculos, levantando-se de seguida, teimoso e persistente, honesto para consigo próprio e leal para com os amigos.
É a estes que dedico esta edição nº 100.
Cem, não será mais que um número redondo, habitualmente marco de comemorações.
O que importa é que em quatro meses, muitas matérias foram tratadas. Do humor à literatura, aqui vos deixei nomes e factos com o propósito de lhes emprestar a minha fraca voz para se tornarem conhecidos, ou recordados, pelos que visitam “O Sino da Aldeia”. Por cá passaram acontecimentos do dia, crítica social, pedaços de História, de Pintura, das Religiões, do Mundo em que vivemos. Poetas famosos ou menos conhecidos, tradução de textos de origem espanhola, italiana, francesa, inglesa, alemã, adaptação do português do Brasil,…
Sempre a defesa da língua portuguesa, do bem falar e escrever em português, foram um dos pontos fundamentais deste trabalho. Apresento as devidas desculpas quando não fui capaz de o fazer bem.
Ao Sino chegaram as mais variadas contribuições. Cada um dos novos amigos que fiz trouxe-me a colaboração honesta que pôde e quis transmitir. Todos foram, e são, importantes. Todos me fazem continuar, com redobrado prazer.
Cerca de 2.800 “toques” em pouco mais de 120 dias são mais do que esperava quando comecei. E fica-se um pouco perplexo quando, neste mundo da blogosfera, vemos que, por qualquer motivo, tivemos presenças de lugares tão distantes. Aqui chegaram desde a China, Turquia, Irão, Costa Rica, México, Bielorússia, Bolívia, Emiratos Árabes, República Checa, Suécia, Índia, Nicarágua, Roménia, Singapura, Áustria, Noruega, Argentina, ANGOLA,… para lá dos mais numerosos Portugal, Brasil, Estados Unidos, Canadá, Itália, Espanha, Reino Unido, União Europeia (sem indicação do país), Alemanha, Turquia, Peru,…num total de 41 países.
Percebem agora a razão de, por vezes, aqui deixar artigos escritos em outras línguas? E tenho indicações que me levarão a tentar, sempre que houver oportunidade, e à semelhança do que ontem fiz com a entrevista a Karim Aga Khan IV, publicar com possibilidade de se ler a versão em Inglês ou em outra língua.
É que as línguas são factores extremamente importantes na aproximação dos povos!
A todos, um grande e sentido agradecimento pela vossa prestimosa colaboração ou, mesmo, pela mera leitura do que vou escrevinhando.
Jorge G – publicação nº 100, em 13 de Outubro de 2006