Jovem mostra drogas e armas na zona leste de S.Paulo
A campanha Control Arms promove este mês uma Exposição Internacional de fotos que retratam os problemas provocados pelas armas no mundo.
A exposição, chamada
Sem fronteiras, Sem Limites, estará em cartaz em São Paulo a partir desta terça-feira, dia três, e em Londres a partir de amanhã, dia cinco. Estarão expostos trabalhos dos principais fotógrafos de conflitos no mundo inteiro.
A Control Arms é uma iniciativa internacional conjunta
da organização humanitária britânica Oxfam Internacional,
da Amnistia Internacional e
da International Action Network on Small Arms.
A campanha visa conciencializar o mundo para os efeitos da proliferação das armas de fogo e luta por um controle mais rígido sobre o comércio, por meio da assinatura de um tratado internacional.
No período das exposições, líderes mundiais vão-se reunir na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York para analisar a assinatura desse tratado.
Menino soldado Esta imagem mostra um 'soldado' de 14 anos que participa dos combates territoriais entre o Azerbeijão
e a Arménia. Segundo as estimativas, existem cerca de 300 mil crianças soldados em conflitos em todo o mundo, tanto em exércitos regulares como em grupos guerrilheiros. (foto: Zed Nelson, 1993)
Entre as fotos da exposição estão os trabalhos de fotógrafos brasileiros, mostrando os efeitos da violência no Rio de Janeiro e São Paulo.
Segundo a Control Arms, o Brasil tem o maior número absoluto de mortes por armas de fogo no mundo.
Estatísticas mostram que mil pessoas são mortas todos os dias no mundo como resultado da violência armada. Existem munições suficientes em circulação para disparar pelo menos duas vezes sobre cada pessoa.
Libéria. Estas são jovens combatentes do governo em Ganta, Libéria. A relação entre mulheres e armas é complexa. Algumas mulheres e crianças acreditam que possuir uma arma pode ser uma forma de protecção e de obtenção de um status mais elevado. Mas essa é uma ilusão, pois muitas das combatentes sofrem abusos e são forçadas a cometer abusos. (foto: Teun Voeten, 2003) A mostra inclui trabalhos dos jornalistas (fotógrafos) mais famosos, entre eles Guy Tillim, Andrew Testa, Jenny Matthews, Tuen Voeten e Zed Nelson.
Jorge G. 04.10.2006