Notícia Lusa
Estudantes cortam acesso à Universidade
À volta de 40 estudantes de Coimbra protestam debaixo de chuva
Estudantes universitários cortaram hoje, em Coimbra, o principal acesso à Universidade, em protesto contra a "tendência privatizadora da acção social educativa, o desemprego, a falta de recursos e o processo de Bolonha".
O corte da rua Padre António Vieira, que liga a Avenida Sá da Bandeira à Universidade, ocorreu ainda antes das 11h00, debaixo de chuva intensa, com a concentração de 40 estudantes, aproximadamente, em plena via, onde foram colocadas três secretárias com cadeiras e um cartaz gigante.
Os alunos distribuíram panfletos aos transeuntes, com explicações sobre o protesto estudantil e informações relativas a cada curso da Universidade.
Segundo Fernando Gonçalves, presidente da Associação Académica de Coimbra, a iniciativa pretende alertar para quatro pontos: "A tendência privatizadora da acção social educativa, os elevados valores das propinas (920,16 euros) - a que se juntam as despesas com alojamento (2.100 euros anuais) e a alimentação social (780 euros anuais) - que podem ser agravados com o Processo de Bolonha, e a falta de emprego para os licenciados".
A decisão de encerrar o principal acesso à Universidade foi tomada em Assembleia Magna, na madrugada de 10 de Outubro, por mais de 300 estudantes.
Para esta sexta-feira está prevista a realização de um debate e reflexão sobre o 20 de Outubro de 2004, dia em que a polícia carregou sobre os alunos que se manifestavam no Pólo II contra o aumento de 150 por cento nas propinas, que foram então fixadas pela Universidade em 850 euros. Com Lusa
Publicação nº 109 - Jorge G