O PLÁGIO CONSTITUI CRIME punível com pena de prisão até 3 anos pelo artº197 da lei 16/2008,de 01 de Abril, a mesma que, no seu artº1, ponto 1, refere que estabelece medidas e procedimentos necessários para assegurar o respeito dos direitos de propriedade intelectual.
O artª180, no seu ponto 3, diz: "Presume-se artista,intérprete ou executante,aquele cujo nome tiver sido indicado como tal nas cópias
autorizadas da prestação e no respectivo invólucro ou aquele que for anunciado como tal em qualquer forma de utilização lícita, representação ou comunicação ao público."
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quarta-feira, 18 de outubro de 2006
Faltam os olhos…
Já muitos se têm perguntado. Chegou agora a minha vez. Para quê manter um blogue? Esta recente possibilidade de comunicação à distância que tem crescido no mundo de uma forma galopante nos últimos tempos, será motivada pelos mais diversos factores. Desde a necessidade de aproveitar um meio rápido de transmissão de ideias e informações, à libertação de um ego que, por não ser pequeno, pretende a leitura e a aprovação, a admiração, de quem lê. No mundo bloguístico, encontramos todo o género de autores e todos os tipos de leitores/comentadores ou não. Há os que escrevem para si próprios sem cuidar da clareza e do presumível interesse geral da mensagem, como também existem os que ambicionam abrir caminhos para reflexão, maior informação e troca de ideias. Existem os que usam os blogues como um elemento de catarse das suas inquietações e os que mais não pretendem que fazer ouvir a sua voz, sobre temas que lhes suscitam uma investigação ou uma opinião que querem partilhar com os possíveis leitores, dos quais esperam um retorno construtivo e enriquecedor. Ao longo dos meses vai-se estabelecendo uma bem curiosa relação entre pessoas que se não conhecem pessoalmente e delas se vão construindo imagens físicas e psicológicas, com base no que escrevem. Imaginamo-las novas ou mais velhas, altas ou baixas, mais gordas ou magras, louras ou morenas, sinceras ou bajuladoras, leitoras atentas ou superficiais, conhecedoras dos temas ou não,… Enfim, à distância, elaboramos delas a imagem que nos forneceram apenas através do que quiseram escrever. Fazem-se amigos virtuais, desfazem-se por vezes amizades que julgávamos sólidas, habituamo-nos a visitar certos amigos feitos e a sermos visitados por eles. Mas toda esta forma de comunicação enferma de um mal sem cura. Não vemos os olhos uns dos outros. E é nos olhos, amigos, que se desvanecem as dúvidas. Só os olhos podem explicar o que fica mal entendido, deformado pelas palavras que nunca os poderão substituir. Nos olhos se vêem os verdadeiros amigos e só através deles me conformo a perdê-los!