O PLÁGIO CONSTITUI CRIME punível com pena de prisão até 3 anos pelo artº197 da lei 16/2008,de 01 de Abril, a mesma que, no seu artº1, ponto 1, refere que estabelece medidas e procedimentos necessários para assegurar o respeito dos direitos de propriedade intelectual.
O artª180, no seu ponto 3, diz: "Presume-se artista,intérprete ou executante,aquele cujo nome tiver sido indicado como tal nas cópias
autorizadas da prestação e no respectivo invólucro ou aquele que for anunciado como tal em qualquer forma de utilização lícita, representação ou comunicação ao público."
This work is licensed under a Creative Commons License.
sábado, 30 de maio de 2020
AS PIN-UP GIRLS E A SENSUALIDADE PERMITIDA (parte3 - conclusão)
OS GRANDES ILUSTRADORES
Muitos nomes fizeram a história das pin-ups, mas alguns
ilustradores destacam-se como os mais populares da história das musas de papel.
ALBERTO VARGAS: Peruano, mudou-se para os Estados Unidos em
1916. Vargas era filho de fotógrafo e desenhava para cartazes de teatro de
revista e filmes de Hollywood. Ficou famoso por desenhar musas como Marilyn
Monroe e Ava Gardner. As suas pin-ups são conhecidas como “Vargas Girls” e foram
publicadas, inicialmente, na década de 40, pela revista “Esquire. Considerado
por muitos coleccionadores como o maior ilustrador de pin-ups da história,
Vargas morreu em 1982, quando as garotas de papel já tinham perdido o glamour.
GEORGE PETTY: Outro rei das pin-ups, o norte-americano
George Petty começou a carreira como fotógrafo. No final da década de 20 abriu
um estúdio e começou a criar. A sua primeira pin-up, a “Petty Girl”, foi
inspirada nas figuras da mulher e da filha do artista, e ilustrou a capa da
revista “Esquire” em 1933. Daí para calendários e propagandas foi um pequeno
salto. O ilustrador morreu em 1975.
GIL ELVGREN: Considerado injustamente por muito tempo como
um artista meramente comercial, o trabalho do norte-americano é hoje exposto em
galerias de todo o mundo. Gil Elvgren começou a ilustrar pin-ups na década de
1930 e só parou 40 anos depois. A fama de comercial deve-se ao facto de que a
maioria dos seus desenhos foi criada para ilustrar campanhas publicitárias,
como as propagandas da Coca-Cola e de marcas de cigarros. As pin-ups de Elvgren ilustravam
principalmente calendários. O artista morreu em 1980.
HAJIME SORAYAMA: O artista japonês é considerado o grande
génio da ilustração da actualidade. Graças às suas pin-ups futuristas, as divas
de papel foram ressuscitadas. Pela sua criatividade e pelos traços ousados,
Sorayama é comparado a Alberto Vargas. Misturando realidade e ficção, o
ilustrador criou, em 1979, o termo “Sexy Robot”, referindo-se às mulheres-robôs
sensualíssimas que serviram de inspiração para muitos quadrinistas
contemporâneos. Entre outros trabalhos, Sorayama desenha para a revista
masculina “Penthouse”.
AS PIN-UPS e a SENSUALIDADE PERMITIDA - (nº2 de 3)
Nos anos 70, com a banalização do nu em revistas e filmes
eróticos e pornográficos, as "meninas de papel" perderam força e foram substituídas por
mulheres de carne e osso. Mas desde o final da década de 90, as pin-ups
voltaram a mexer com a líbido masculina por resgatarem um importante elemento
do fetiche: o mistério.
Musas de várias gerações, as pin-ups ainda hoje são objecto
de culto por adoradores do estilo além, é claro, de serem muitas vezes imitadas.
Afinal, são sempre uma óptima referência no mundo da moda, no cinema, nos
traços, nos trejeitos e em tudo o que diz respeito à sensualidade. A musa loura
(Marilyn Monroe) perdia em popularidade para a ruiva Rita Hayworth, a número
dois na lista da preferência dos soldados da Segunda Guerra. Uma foto da eterna
Gilda vestida com uma camisa de noite transparente foi transformada em desenho e invadiu
os acampamentos. Nem Marilyn nem Rita, porém, conseguiram suplantar a lendária
Betty Grable, a mulher que colocou as pernas no seguro no valor de US$ 1
milhão. Ela foi a pin-up mais famosa da história posando em fato-de-banho com
um sorriso convidativo, transformando-se na amante imaginária predilecta dos
soldados.
Betty também foi actriz e chegou a protagonizar, em 1944, um
filme chamado “Pin-up Girl”, no qual interpretava uma dançarina. O sucesso dos
cartões e calendários estimulou editores a lançar revistas especializadas, as
chamadas “Girlie Magazines”. Publicações como Esquire, Yank, Wink, Beauty
Parade, Whisper e Eyful exibiam pin-ups vestidas de coristas, marinheiras,
enfermeiras e outros uniformes-fetiches, desenhadas ou fotografadas.
A música Lili Marlene ou Lili Marleen, em alemão, foi sem
dúvida a canção mais popular da 2.ª Guerra Mundial e tornou-se o hino extra-oficial
dos soldados de infantaria de ambos os lados. Os soldados nostálgicos eram
levados às lágrimas pela voz da, até então, desconhecida cantora Lale Andersen,
que se tornou uma estrela internacional.
No entanto, a cantora mais famosa a cantar a música foi
Marlene Dietrich. A letra foi originariamente escrita em 1915 na forma de um
poema por um soldado alemão da Primeira Guerra chamado Hans Leip.
Posteriormente publicado numa colectânea da sua poesia em 1937, as metáforas e
a emoção do poema chamaram a atenção de Norbert Schultze, que o transformou em
música em 1938. Lili Marleen tornou-se uma canção de guerra quando foi
transmitida por uma rádio alemã em Belgrado e foi captada pelos soldados
alemães do Afrika Korps. Rommel gostou tanto da música que solicitou à Radio
Belgrado que a incorporasse na sua programação, no que foi atendido. A canção
era tocada às 21:55 todas as noites imediatamente antes do fim das
transmissões. A enorme popularidade da versão alemã induziu a criação de uma
apressada versão em inglês escrita pelo compositor britânico Tommie Connor em
1944 e transmitida pela BBC para as tropas aliadas.
AS PIN-UP GIRLS E A SENSUALIDADE PERMITIDA (parte 1 de 3)
Quando o nu feminino ainda era considerado um tabu, surgiram
nos Estados Unidos as pin-ups, modelos desenhadas por talentosos artistas O
software disponível então era constituído por lápis e papel. Até hoje, essas
garotas mexem com o imaginário dos homens.
No final do século 19, o teatro de revista vivia o seu auge
e transformou dançarinas em estrelas, fotografadas para revistas, calendários, anúncios,
cartões e maços de cigarros, mas foi somente na década de 40 que começaram a
dominar não apenas a imaginação dos homens, mas também as portas dos armários e
as paredes dos quartos de milhares de admiradores dessa nova onda de
"sexualidade permitida".
Foi justamente esta a origem do nome PIN-UP: o acto de
pendurar as ilustrações em algum lugar. Na Segunda Guerra Mundial eram
carinhosamente chamadas "a arma secreta", usadas para acalmar os
anseios dos soldados nas frentes de batalha.
Numa época em que mostrar simplesmente as pernas era atitude
indecente, fotografias de mulheres nuas poderiam significar atentado ao pudor.
O modo de satisfazer a solidão dos soldados e a curiosidade dos adolescentes
era fabricar modelos de lápis e tinta, que reproduziam o padrão de beleza
considerado ideal: seios fartos, pernas cheias, cinturinha de vespa.
Tornaram-se uma espécie de troféu pela guerra vencida.
Depois, com os avanços do cinema o termo pin-up acabaria difundindo-se e
transformando-se, passo a passo, no que viria a ser nos nossos dias, a grande
indústria do sexo.
Desenhadas muitas vezes a partir de fotografias, as pin-ups invadiram o planeta
com as suas poses sensuais, porém sem vulgaridade. Com formas generosas, não
enfrentavam as pressões da magreza nem a consequente anorexia. Elegantes, elas
ocupavam o seu espaço numa linha entre o ingénuo e o diabólico, trajando duas
peças, meias com ligas e corpetes com decotes enormes. O conceito clássico de
uma pin-up é ser sexy e ao mesmo tempo inocente, estar vestida, mas em alguma
posição ou situação que revele sensualmente partes do corpo, sem querer, por
acaso.
Só isso já era suficiente para alimentar a fantasia masculina.
Uma verdadeira pin-up jamais pode ser vulgar ou oferecida, pode somente ser insinuante,
convidativa.