O PLÁGIO CONSTITUI CRIME punível com pena de prisão até 3 anos pelo artº197 da lei 16/2008,de 01 de Abril, a mesma que, no seu artº1, ponto 1, refere que estabelece medidas e procedimentos necessários para assegurar o respeito dos direitos de propriedade intelectual.
O artª180, no seu ponto 3, diz: "Presume-se artista,intérprete ou executante,aquele cujo nome tiver sido indicado como tal nas cópias
autorizadas da prestação e no respectivo invólucro ou aquele que for anunciado como tal em qualquer forma de utilização lícita, representação ou comunicação ao público."
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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
AS MULHERES ANDINAS DE CHURUBAMBA
(AVISO: PARA IR LENDO AOS POUCOS E MEDITANDO)
Nos Andes as camponesas semeiam golos
Estas mulheres chegam a levar 5 horas em pé, numa camioneta, para fazerem cerca de 150 Km para um jogo com uma equipa de terras um pouco mais distantes. Outras 5 horas de regresso. Depois há que subir a pé as montanhas até casa... e transportando os filhos. É obra! - Jorge P. GUEDES.
1 -Benedicta Mamani pega numa bola de futebol, na cozinha, e sai a coxear numa manhã gelada de Dezembro. No dia anterior caminhou muito perseguindo as ovelhas que pastavam na montanha e acordou com as barrigas das pernas doridas: está lesionada. A quatro mil metros acima do nível do mar, o frio dos Andes peruanos é um congelador natural. Benedicta Mamani não sabe ler nem escrever, mas sim que o calor é bom para aliviar as dores musculares. Sentada no chão de terra esfrega as pernas com “llantén“, uma planta analgésica que cresce na horta da sua cabana. Não quer perder o jogo-treino daquela manhã: Mamani tem quarenta anos e é avançada da equipa de futebol deChurubamba, uma aldeia de menos de trezentos camponeses, a umas cinco horas ao sul da província de Cuzco, cuja seleccão feminina venceu cinco vezes consecutivas as Olimpíadas do distrito de Andahuaylillas a que pertence. Esta é uma aldeia de casas de adobe que se ergue a meio caminho entre as frias montanhas e o tibio vale de Cuzco, a antiga capital do Império dos Incas.
2 -São seis da manhã e un megafone ligado a uma bateria de automóvel soa na aldeia como um despertador: “Senhoras, chegou a aveia da cidade! Reunião no campo de futebol. Depois jogar-se-á uma partida”. Benedicta Mamani levanta-se, desesperada, e volta à cozinha para pegar numa mão de folhas de coca que leva á boca como se fosse um caramelo. Se viver nas alturas é um desporto arriscado, a coca é o doping do povo: acalma a dor, atrasa a fome, espanta o frio. Quando chegar o efeito desejado, Mamani estará pronta para jogar. Será a sua última partida.
Churubamba significa caracol de terra em quechua, o idioma que falam mais de três milhões de pessoas nos Andes do Peru. Nesta aldeia, o segundo idioma mais divulgado será o futebol.
A paisagem parece uma imitação natural de um grande estádio: as montanhas rodeiam uma planície verde. Aqui não há uma esquadra de polícia, nem uma igreja –nem sequer uma cruz–, mas sim duas balizas de madeira na grande praça-de armas-campo-de-futebol, e em sua volta umas sessenta casas de barro com tectos de palha e uma escola onde se aprende a contar e a ler em quechua. O futebol, idioma universal do entretenimento, chegou a Churubamba muito antes do castelhano, dos livros ou das medicinas. Em alguns lugares do mundo o capitalismo ainda tem velhas novidades para oferecer. Se o resto da Terra fosse plano, Churubamba olharia directamente para os lugares mais altos e isolados do planeta: Wenchuan, na China; Potosí, na Bolívia;Lhasa, no Tibete. Mas o mundo é redondo como uma bola e Churubamba –com a sua equipa de mulheres campeãs– também poderá ser um equivalente feminino de uma selecção dos melhores do mundo do futebol, neste universo de montanhas altas onde também não existem transportes públicos nem sapatos.
Benedicta Mamani tem as pernas doridas sobre as suas ojotas, umas sandálias fabricadas a partir dos pneus usados. Agora, por fim, chega ao campo, isto é, à Plaza de Churubamba. Vem a coxear. Veste um traje que ela mesma confeccionou, como costumam fazer todas as mulheres da aldeia. Leva quatro jogos com saias coloridas, uma sobre a outra. Também traz uma blusa branca, uma jaqueta de lã e um chapéu quadrado de abas largas bordado com fios de várias cores e salpicado de lantejoulas. É o equipamento oficial para jogar futebol, e não porque as mulheres de Churubamba gostem de chamar a atenção dos fotógrafos do mundo que vêm à caça de imagens exóticas, mas porque essa é a roupa que elas usam todos os dias.
3 -De 15 em 15 dias, o município do distrito de Andahuaylillas envia a Churubamba uma camioneta repleta de sacos de aveia. Para chegar, o veículo tem de enfrentar precipícios empinados sobre uma estrada enlameada pelas chuvas. Velocidade média: 15 Km/hora.Churubamba só produz batatas, milho e uma ou outra hortaliça, como cenouras e tomates. A chegada do cereal é um momento tão importante que paralisa a aldeia como se fosse um dia de feriado. Os homens deixam a sementeira para carregar a aveia, e as mulheres reúnem-se na praça-campo de futebol para repartir o alimento segundo o número de filhos de cada família. Em Churubamba, o “estádio” é o centro do mundo. A seguir à repartição dos cereais, as mulheres costumam fazer duas coisas: 1 - Discutir assuntos da comunidade 2 - Disputar um encontro de futebol, modalidade que aqui chegou apenas há uma geração atrás.
As mulheres jogam melhor futebol que os homens da aldeia, se jogar melhor significa haver ganho os troféus de cinco olimpíadas num torneio contra outras seis equipas femininas do distrito de Andahuaylillas.
Às vencedoras são entregues“taças”, taiscomo coelhos ou galinhas. Aos seus maridos, que nunca venceram na sua categoria, só lhes resta observá-las de fora e demonstrar o seu orgulho de fãs, numa feliz resignação perante o êxito das esposas.
4 -Mas nesta manhã também há um julgamento na aldeia: uma mulher é acusada de comer demasiada aveia. Chama-se Toribia Ccopa, sofre de obesidade e está sentada sobre as pernas, no centro de un círculo humano de um lado do campo. O julgamento, como todas as decisões na aldeia, será comunitário. Se alguém se casa, a comunidade entrega-lhe um terreno. Quando alguém morre, as suas terras voltam a pertencer à comunidade. Se uma pessoa rouba, a comunidade leva-a ao rio Vilcanota e fá-la reflectir a golpes de chicote. Se se descobre que alguém tem um amante, essa pessoa é expulsa da aldeia. Na assembleia há vinte mulheres e não mais de dez homens.
5 - Alguém acusa. E é Benedicta Mamani.
– Para que comes tu? –diz-lhe em quechua–. Deverias deixar para os pobres.
Ccopa, a acusada, conserva-se calada e baixa a cabeça em sinal de vergonha, fusilada pelas risadas da pequena multidão em redor.
– A burla pode ser um crime terrível numa aldeia de sessenta famílias –dirá depois Martín Pilco, o professor da escola de Churubamba, que compra do seu bolso os lápis necessários. (Pilco é a única pessoa que fala espanhol.) – Essa mulher terá que suportar os escárnios por algum tempo e demonstrar que está disposta a mudar.
A acusada retira-se muito triste para um extremo da praça-campo de futebol, para o que poderia ser o ponto para marcação de pontapés-de-canto, no futebol. O seu destino parece ser o de qualquer jogador no mundo castigado pela sua má conduta: um cartão vermelho.
Segundo a FIFA ( A Federação Internacional de Football Association), quarenta milhões de mulheres praticam futebol oficial em todo o mundo. Mas nem a FIFA conhece Churubamba nem Benedicta Mamani sabe de estatísticas. Nem sequer sabe ler. Enquanto os homens acabam de retirar os sacos de aveia do campo de futebol, ela e outras oito formaram uma equipa e discutem em volta da bola sobre a lesão da sua capitã Benedicta Mamani. O terreno está coberto do mesmo pasto espesso que alcatifa o resto da montanha, e alguns charcos e lodaçais recordam a chuva da noite anterior.
–Quando era menina –diz a “ponta-de-lança”– nem as mulheres nem os homens jogavam futebol em Churubamba.
6 -A história começou no ano do Campeonato Mundial em Espanha, em 1982. Os habitantes de Churubamba escutavam as notícias através dos rádios de pilhas, e alguns desciam mesmo das montanhas para ver os jogos em televisores das cidades vizinhas. Assim, no regresso à sua comunidade, olharam com fome de golos o campo da praça de armas e ali colocaram balizas de madeira com a ajuda de sacerdotes da igreja de Andahuaylillas, que viram nesta modalidade un remédio para reduzir alguns problemas da aldeia. O alcoolismo, por exemplo, um vício barato que havia sobrevivido desde a época das fazendas. No Peru, os fazendeiros eram senhores feudais sem título nobiliárquico e muitas vezes pagavam o trabalho dos camponeses como lhes apetecia. Por exemplo, com álcool. Chegaram então a Reforma Agrária, a repartição das terras, a propriedade para os camponeses... E também o futebol.
Benedicta Mamami era uma menina nessa época e recorda-se que a sua avó, já uma ansiã, ainda aprendeu a pontapear a bola e a beber menos antes de falecer.
Foto: Um jovem espectador observa as senhoras da comunidade a jogar futebol no campo vizinho.
Uns tempos depois, durante os anos 90, Alberto Fujimori foi um Presidente peruano que, com a desculpa de reduzir as estatísticas de pobreza nas zonas rurais do país, abraçou uma campanha para estirilização das mulheres. O seu plano chegou a Churubamba.O professor Pilco diz que quando uma mulher chegava ao hospital de Andahuaylillas para se tratar de uma dor de estômago, era atendida mas para além do tratamento do mal de que padecia, laqueavam-lhe as trompas ou introduziam-lhe um T de cobre. Outras vezes, os enfermeiros acorriam às aldeias mais longínquas fazendo operações imediatas. O resultado foi que nessa década a pobreza continuou a ser a mesma, mas nasceram menos pobres. –Tivémos que encerrar a escola porque não havia alunos –lembra o professor.
Não é difícil imaginar o castigo da esterilização forçada numa aldeia onde as mulheres são criadas para ter filhos e estes são criados para trabalhar a terra. A elas sobrava tempo livre e este está na origem de todos os jogos. No relato do professor, as mulheres começaram a jogar futebol simplesmente porque tinham sobra de tempo.
O que se sabe ao certo é que 150.000 mulheres foram esterilizadas, segundo a “Defensoría del Pueblo”, mas estes são números referentes a todo o Peru: não eram todas futebolistas nem viviam numa aldeia onde o centro do mundo é um campo de futebol, como em Churubamba.
Um dado certo é que em 1999, a Igreja Católica da zona organizou um campeonato desportivo no qual deviam participar todas as aldeias de camponeses das montanhas e dos bairros de Andahuaylillas. “Críamos que o desporto era uma forma de construir pontes com essas povoações afastadas”, diria depois o pároco dessa cidade. Dessa vez, os sacerdotes propuseram que os homens competissem em futebol e as suas mulheres em voleibol. Elas afirmaram que também sabiam pontapear uma bola e conseguiram que a categoria feminina fosse reconhecida. De seguida ganharam o campeonato feminino, e assim começou esta imagem de invencibilidade.
HOJE,23 de Janeiro de 2011 -que me dizem ser data importante- DEDICO AOS TRAFULHAS DO MEU PAÍS ESTES VERSOS DE JORGE DE SENA, CULTURALMENTE ASSASSINADO EM PORTUGAL ANTES E APÓS O SEU DESAPARECIMENTO FÍSICO
Capital: São Tomé Superficie:964 km2. A Ilha de São Tomé tem 854 km2 e a do Príncipe 110 km2. Os ilhéus das Rolas, das Cabras e das Pedras Tinhosas são de pequenas dimensões. Localização: As ilhas de São Tomé e do Príncipe ficam situadas a cerca de 300 km da costa Ocidental de África, sendo atravessadas pelo Equador. Habitantes: 175.883 habitantes Moeda:Dobra Esperança de vida: 65 anos Taxa de mortalidade infantil: 57/1000 nascimentos (dados de 2001) Recursos naturais: pesca, energia hidráulica e petróleo Exportações: cacau, café e óleo de para para Holanda (30,1%), Polónia (11,8%), Canadá (9,7%), Alemanha (7,5%), Filipinas (7,5%), Espanha (7,5%), Bélgica (6,5%), França (4,3%) e Portugal (4,3%). Importações: maquinaria e equipamentos eléctricos, produtos alimentares e produtos petrolíferos de Portugal (51,4%), Alemanha (10,1%), Reino Unido (7,6%) e Bélgica (6,3%). Língua Oficial: Português
História Desconhece-se a data exacta em que os portugueses descobriram São Tomé e Príncipe. A versão corrente é que teria sido descoberto por João de Santarém e Pêro Escobar, em 1470, a encargo do mercador Fernão Gomes, arrendatário dos direitos reais do exclusivo do comércio da costa da Guiné, em contrapartida da obrigação de descobrir 100 léguas de costa por ano, a sul da Serra Leoa. A primeira ilha a ser descoberta terá sido S. Tomé (1470), e no ano seguinte a de Ano Bom e a do Príncipe, a que chamaram Santo Antão. A ocupação não foi imediata, só em 1493 se começaram a fixar os primeiros colonos, tendo-se dedicado ao cultivo da cana-do-açúcar importada da Madeira. No século XVI desenvolvem-se grandes plantações de açúcar, para as quais são importados dezenas de milhares de escravos do continente africano. As ilhas de S. Tomé e Príncipe chegam a contar com cerca de 60 engenhos de açúcar. O séculos XVI é marcado pela revolta dos escravos angolanos, ainda hoje verdadeiros símbolos desta região de África. Estas ilhas assumem uma enorme importância estratégica para os portugueses, como ponto de escala nas rotas de navegação, mas também para o próspero comércio de escravos do Congo e Angola. No século XIX desenvolvem-se as culturas do café e do cacau, criando-se grandes plantações. O primeiro é introduzido em 1800, e o segundo em 1822, como simples planta ornamental. O cultivo intensivo do cacau só se iniciou em grande escala a partir de 1851, para o que muito contribuiu o mestiço João Maria de Sousa e Almeida. A cultura do cacau acabou por rapidamente suplantar todas as outras. A abolição da escravatura, em 1869, à semelhança do que acontecia por todo o mundo não acabou com o trabalho de escravo. Os escravos passam a ser denominados "contratados". Milhares de africanos, sobretudo de Cabo Verde, Angola e Moçambique são forçados a trabalhar para os grandes proprietários. Durante décadas a questão origina campanhas internacionais contra esta nova forma de escravatura. Surgiram revoltas contra o colonialismo dos portugueses, nomeadamente contra as atrocidades e abusos praticados pelos grandes proprietários das plantações . As últimas greves ocorreram em 1972-73. Entre as acções repressivas ficou tristemente célebre a chacina que, em Fevereiro de 1953, realizou o governador do território, coronel Carlos Sousa Gorgulho, na qual pereceram cerca de mil pessoas. O principal problema da ilha, sobretudo a partir do século XIX foi a distribuição muito desigual da terra. De um lado tínhamos grandes plantações extremamente lucrativas, e do outro, uma agricultura de subsistência. As primeiras pertenciam a um grupo reduzido de proprietários, que na sua maioria nem sequer residiam nas ilhas. Em 1950-1955, por exemplo, aos nativos (52% da população) pertenciam menos de 1% dos totais dos produtos ricos que estavam na base das exportações da ilha (cacau, café, oleaginosas, quina, canela, banana). Esta situação acabou por se tornar insustentável. No quadro da resistência contra o colonialismo português, em 1960 é fundado o Comité de Libertação de S. Tomé e Príncipe, transformado em 1972, num Movimento de Libertação (MLSPT). Após a independência, em 1975, foi instaurado um regime monopartidário. Nesta altura as roças foram nacionalizadas, provocando a saída de 4 mil portugueses. As estruturas económicas são desta forma seriamente afectadas. O período de 1975 a 1989 é de uma grande conflitualidade, sucedendo-se as tentativas de golpes de Estado. Em 1980 foram solicitados a entrar no país cerca de 2.000 angolanos, conselheiros soviéticos e cubanos . O desmoronar da Ex-União Soviética, a partir de 1989, provoca o fim dos apoios internacionais deste regime. Em 1990 é aprovada uma nova constituição multipartidária pondo fim ao regime anterior monopartidário. As tentativas de golpes de estado não terminaram. Em 1995, um grupo de oficiais das forças armadas volta a apoderar-se do poder. Esta situação de conflitos latentes acaba por depauperar a frágil economia do país. Problemas cuja solução ainda tarda em ser encontrada. in "Lusotopia"
Jorge P.G. - Republicação de 02.12.2006 escrito em "Recantos da Terra"
Vocês sabem, sobretudo os mais antigos, os mais insistentes, os mais amigos, que sempre procurei fazer posts como quem faz um filho. Primeiro desejado, depois querido, seleccionada a mãe e acarinhada esta ao longo do parto. Um post tem de resultar de um desejo a dois, que se une, que se reune e que finalmente se revela ao mundo, sendo ele parte do nosso rosto e parte de nosso amor. Depois, quando é lido, glosado, comentado, talvez divulgado, a sua pertença é do mundo, de quem o lê e acarinha, ajuda a criar, a fazer crescer e a torná-lo algo de bom e de útil. Escrever, por escrever, é fazer um filho sem gosto, sem alma, sem desígnios nem grande convicção com o seu êxito futuro. Fazê-lo assim é enganarmo-nos, e aos outros, é sermos progenitores mas não pais, meros actores mas não autores, pais, criadores.
Os filhos que fiz foram os que transmitiram sempre a verdade do meu actual pensamento. Vocês sabem, sentem, não se deixam iludir.
Sim, perante os amigos que me têm apoiado e visitado com encorajamentos e fazendo-me sentir a cada dia que passa que a minha vida tem de continuar.
Actualmente, ando assoberbado com muita coisa e a minha cabeça parece um torvelinho de ideias que têm que assentar de vez. Hei-de visitar-vos, como merecem. Aos poucos e poucos vou sendo iluminado por um farol. Nada de preocupações de maior comigo, posso pedir-vos isto?
Esta cantiga que, confesso, me era desconhecida representa a experiência vivida de um grande compositor e poeta. Pode conter palavras amargas mas não deixa de apelar à solidariedade e à seriedade com que devemos viver, doando-as aos nossos filhos e assim ajudar a perpetuar a mensagem. A plena maturidade de um dos maiores da música em Portugal, que a maioria dos "miúdos" nem conhece! - J.P.G.
"DIE POESIE IST DAS ECHT ABSOLUT REELLE. DIES IST DER KERN MEINER PHILOSOPHIE.
JE POETISCHER, JE WAHRER. " - ( A POESIA É O AUTÊNTICO REAL ABSOLUTO. ISTO É O CERNE DA MINHA FILOSOFIA. QUANTO MAIS POÉTICO, MAIS VERDADEIRO. ) - Novalis
Enjeito o vento sempre que haja vento Quero-o só quando não o posso ter Na areia da praia outro mar invento
As ondas lhe agito quanto eu quiser
Não quero a luz que me faz despertar Quero-a só quando a noite vencer Um simples farol no céu a brilhar
É luz que basta pra não me perder
Desejo o vento se o vento não vem Na luz me não vejo não sei quem sou Sei só que sinto não oiço quem vem
Nas asas do tempo ao vento me dou
Com ele queria eu ir perder-me de mim Brincar com as nuvens em correrias Só queria soprar um belo jardim Falar c'o sol e acender os dias
-Um poema de Jorge P.G. (2007)
Publicação nº 800 e tal de "O SINO DA ALDEIA" - Jorge P.G