O PLÁGIO CONSTITUI CRIME punível com pena de prisão até 3 anos pelo artº197 da lei 16/2008,de 01 de Abril, a mesma que, no seu artº1, ponto 1, refere que estabelece medidas e procedimentos necessários para assegurar o respeito dos direitos de propriedade intelectual.
O artª180, no seu ponto 3, diz: "Presume-se artista,intérprete ou executante,aquele cujo nome tiver sido indicado como tal nas cópias
autorizadas da prestação e no respectivo invólucro ou aquele que for anunciado como tal em qualquer forma de utilização lícita, representação ou comunicação ao público."
E pronto, já começou. Durante duas semanas as estradas do país vão ficar mais coloridas com as bandeirinhas dos partidos candidatos e o Senhor Manuel do Café Central da terra do dia, escolhida pelos senhores da política, lá vai servir uns cafezinhos a mais às sorridentes comitivas.
Viseu já reviu o Paulinho das Feiras a distribuir beijinhos às mulheres do povo e a visitar mais um centro de velhinhas, uma das quais, no final, e quando lhe perguntaram se sabia quem era "aquele senhor", respondeu: "Oiço muito mal!" E risos estalaram na sala.
A camarada Ilda foi para a baixa de Coimbra interromper alguns namoricos que por lá arrulhavam, falando-lhes da educação que a CDU defende. "Ya, minha, numa boa!", terá relançado a esperança da candidata numa juventude mais aguerrida e militante.
Por Tomar, O Portas à esquerda perguntou a uns quantos putos de boca aberta e ar de sono se não achavam que deviam poder votar aos 16 anos. Daqui a dois já terá ganho mais uns votozinhos...
Rangel, o anafado candidato de D. Manuela, iniciou o périplo por Paredes, acho, onde uma plateia de 180 almas o teve de aturar por dever ao respeito pelo líder do partido da terra que, decerto, tanto os ajudou a arranjar emprego para os seus filhos e netos.
Todos começaram a Volta a Portugal por terras lusitanas. Todos, menos um, o partido do Senhor Primeiro-Ministro. Estas eleições não são para a Europa? Pois então! Vá de levar o vital equipamento a tiracolo e rumar a Espanha, que já é Europa, coño! E foi bonito de se ver os Pê-Ésses ibéricos juntos iniciando os festejos. SOCAS E O SAPATEIRO, lado a lado, num festival de autêntico lomo ibérico, com o português a mostrar ao outro a equipa do Obama contratada para o promover. "ESTÁS VIENDO, ZAPATERO? COM ESTA EQUIPA NO VOY PIERDER, PÁ" "JAMÉ", grasnou lá de trás o GordoLino. E Zapatero, lembrando-se do significado de su nombre, lá teve que dançar uma sevillana com socas... para provar que um sapateiro tem por dever de ofício consertar calçado. Y olé!
Não conheço pessoalmente nem Manuela Moura Guedes nem Marinho Pinto, os quais saúdo com o boneco de hoje.
O que deles sei é-me dado pela imagem pública que apresentam. Ela, há muitos anos, ele há muito poucos. Curiosamente, os dois gostam de ser directos, frontais, sendo capazes de se envolverem numa boa polémica.
Manuela foi, por pouco tempo, deputada eleita nas listas do CDS. Conhecerá razoavelmente, como ex-deputada mas também como jornalista de peso na TVI, os bastidores do poder e as negociatas de corredor da Assembleia. Gosta de entrevistas fortes, marcadas por um diálogo vivo com o entrevistado, à boa maneira americana do "jornalismo de intervenção". Contra isso, nada tenho, até porque sempre defendi que o jornalista a sério tem que colocar as questões que o povo colocaria no seu lugar, se soubesse e/ou pudesse.
A questão põe-se, então, mais na forma e no estilo de Moura Guedes do que nas perguntas que faz. No último programa do Jornal de Sexta na TVI, Manuela excedeu-se claramente, transformando uma entrevista de estúdio numa troca azeda de argumentos de café. Os seu olhares agressivos para o Bastonário, a provocação de inferir das suas palavras que ele, então, seria igualmente "um bufo", a continuada procura ao longo dos mais de 9 minutos de "espectáculo" de o atacar, sim, mais do que o ouvir, acabaram por irritar Marinho Pinto levando-o a perder a tramontana e a exibir, a propósito da entrevistadora, um paleio de aljube nada próprio de um Bastonário da Ordem. ( CLIQUE SE QUISER VER O VÍDEO DE PARTE DA ENTREVISTA)
Evidentemente que a entrevista serviu os propósitos de ambos, mas não contribuiu minimanente para o esclarecimento dos espectadores. Agradou, por certo, aos mesmos que ficam embasbacados a ver uma pessoa que desmaia na rua, ou a assistir a um acidente de automóvel ou a uma emocionante cena de pancadaria. Com estas actuações as audiências do "Jornal da Manuela" terão tendência a aumentar e Marinho Pinto, com mais uma representação do género, verá sem dúvida nenhuma aumentado o seu apoio entre os milhares e milhares de advogados pobres e de gente do povo que adora ver alguém a "falar grosso" aos poderes instalados, mesmo que nada entenda do que se está a tratar.
Marinho Pinto tirou o curso e foi professor do ensino secundário, como tantos outros que conheci. Dele sei que foi subindo a pulso, sem protecção de patronos ricos e bem instalados. Concorreu a Bastonário e venceu. Foi eleito pelos seus pares. E porquê? Porque são mais os advogados pobres, os remediados e os desempregados ou a recibos verdes do que os donos dos escritórios que precisam do Estado e dos grandes grupos económicos para os servirem e deles se servirem e aumentarem o poder dos seus lobbies.
Sobre Marinho Pinto, ouvi de José Miguel Júdice , um dos "tubarões", e em plena televisão ( CLIQUE SE QUISER VER O VÍDEO ), o que nunca pensei que fosse ouvir: chamou-lhe Mussolini, Chávez, demagogo, populista gordo, com boa tribuna e capaz de dizer o que a Comunicação Social gosta de ouvir. Afirmou ainda, e pediu que registassem mesmo o que ia dizer, que Marinho Pinto iria ser o candidato da esquerda às próximas presidenciais. Júdice, que já era muito rico antes de ser advogado, mas que hoje o é muito mais, desempenhou até há poucos anos o cargo de Bastonário da Ordem.
Qual a diferença entre as verborreias de um e de outro?
Nota final: Não sei se Marinho Pinto é um ponta-de-lança de Sócrates, ou não. Nem me interessa, porque a mim não iria nunca fazer alterar o que penso sobre o Primeiro-Ministro actual. Mas que põe o dedo na ferida de muitos advogados "da alta" habituados ao gozo de actuar em roda-livre e de fazerem na Assembleia as leis que mais lhes interessam, lá isso é indesmentível. E incomoda os Júdices de Portugal, de que maneira!
Em Manuela e Marinho mudaria eu o estilo, a forma, mas aproveitaria sempre para me concentrar no conteúdo das suas apresentações.
(PERDÃO, POSTOS PARA EXERCER A DEDICAÇãO À RES PUBLICA)
A BI-CANDIDATA
"Cumigo, o Puôrto num bai ser botado ó rio, carago!"
A EX-PROFESSORINHA
O seu gosto pela dança e pelo mundo do espectáculo vem dos tempos dos bailes de garagem, em que Ditinha já era estrela remexendo-se ao ritmo das músicas ye-ye dos early sixties.
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São ambas falsas loiras e mulheres de múltiplos talentos. ELISA e EDITE: uma, Ferreira como o Porto; a outra, Estrela de um firmamento onde caras novas bonitas não abundam.
Impressionado, quicá, pelas decorativas senhoras de Zapatero e de Berlusconi, bem procurou o grande líder descobrir figurantes apelativas para modernizar e europeizar as autárquicas do verão. Segundo fontes próximas do filho do tio, Rita Pereira ainda foi contactada pelo PM, uma contratação sensacional que, porém, não terá sido cancionada pela sua putativa dama. Para já, foi o que conseguiu. Balzaquianas que ainda se apresentem em alguma boa forma e com imagem e sorriso televisivos, plastificados ou naturais.
Mas não desesperem a Rita Pereira, a Soraia Chaves, a Carla Matadinho, a Marisa Cruz, ...
A vossa hora há-de chegar, queridas !
Elisa, que até possui aquele sotaquezinho do nuorte, promete estar com os dois pés na CMP e não governar com os pés, como o Rio. Mas, se algo correr mal, fica-se pelo Parlamento europeu que também é bom, embora mais longe dos netinhos.
A ex-professorinha rosa, como prémio dos bons serviços prestados à educação, vai candidatar-se a habitar a casa bonita de Sintra, onde poderá finalmente acabar com as filas do IC17 e praticar políticas inclusivas entre os bons rapazes da zona, pondo assim ponto final aos assaltos nos combóios da linha, nos bancos, gasolineiras, habitações, escolas, automóveis, crianças e velhinhas.
A ambas, e em desconto dos nossos pecados, O Sino da Aldeia deseja os maiores sucessos.
Não me surpreendeu em nada o final do tabu de Alegre.
Há muito que se percebia que o que estava em causa era uma negociação interna entre ele e Sócrates. Tendo por fim convencido o chefe do PS de que levaria com ele um número de votos significante, Alegre arrancou-lhe o que no fundo sempre pretendeu, uma troca entre votos não seguros na futura Assembleia da República por um apoio do PS nas próximas presidenciais. Restará saber se a jogada de Alegre lhe vai trazer proveitos ou consumar em definitivo a reforma política doirada agora iniciada com esta decisão. É que, mesmo que Sócrates não lhe roa a corda, o que está longe de constituir um dado adquirido, é muito difícil saber-se quantos do 1 milhão de eleitores que o apoiaram voltarão a repetir esse suporte. Eu, que votei em Alegre, não o farei da próxima vez.
Pelo que este homem algum dia representou para a instauração de um regime democrático no país, só espero que não desça ao ponto de termos que o ver rastejar ao lado de Sócrates nas campanhas eleitorais que por aí virão. Em nome de um minimo de decência da política.
Princesa D.Isabel, pintada em 1868 por Édouard Vienot Aproveitando uma ausência do pai, D. Pedro II, em tratamento na Europa, a princesa Isabel, com a regência em mãos, assinou em 13 de Maio de 1888 a LEI ÁUREA, pondo fim oficial à escravatura no Brasil que durava há três séculos.
Desde a década anterior que se desenvolvia no país uma forte campanha abolicionista, mas na verdade o empenho pessoal da princesa é que levou à aprovação da lei. A filha de D.Pedro foi a primeira senadora brasileira e a primeira mulher Chefe de Estado no continente americano, definindo-se como uma política liberal das três vezes que assumiu a regência.
Mas antes, já D.Isabel tinha lutado pela aprovação da Lei do Ventre Livre, que visava "considerar de condição livre os filhos de mulher escrava que nascerem desde a data desta lei", e há muito que finaciava com o seu próprio dinheiro a alforria de muitos escravos e o Quilombo do Leblon, que teve como seu idealizador o português José de Seixas Magalhães, um rico e moderno comerciante que comprou uma quinta na zona sul do rio e na qual cultivava camélias brancas, a flor-símbolo da abolição.
Mas o fim da escravatura teve um preço alto pago pela família real. Caída uma das derradeiras bases de sustentação da monarquia, a república viria a ser proclamada cerca de um ano e meio depois, cumprindo-se assim as palavras proféticas do Barão de Cotegipe que havia dito a D. Isabel: "Vossa alteza libertou uma raça, mas perdeu o trono". Muito por causa da abolição dos escravos, as ideias republicanas depressa conquistaram as elites económicas brasileiras.
Mas será que, hoje, o dia 13 de Maio é celebrado no país como data-símbolo da abolição? Não será tanto assim, ao que julgo.
Aspecto de um quilombo Com efeito, o 13 de Maio tem vindo a perder importância desde os anos 70 do séc. XX, quando os movimentos negros brasileiros decidiram instituir um "Dia da Consciência Negra", o 20 de Novembro, para salientar o papel dos próprios negros no processo da sua emancipação, através da celebração do dia da execução de Zumbi dos Palmares - assassinado em 20 de Novembro de 1695 quando era um dos maiores símbolos de resistência negra contra a exploração do povo preto pelos colonizadores.
Para muitos negros, o 13 de Maio seria uma data representativa da abolição, sim, mas como um acto de "generosidade" da elite branca que fez da princesa a personagem principal da libertação dos escravos. Ao contrário, o 20 de Novembro, homenageando Zumbi e o quilombo de Palmares, é um símbolo da resistência e da combatividade dos negros, que, de facto, não aceitaram passivamente a escravidão.
Assim, e pouco a pouco, o Dia Nacional da Consciência Negra tem vindo a ganhar maior suporte, tendo-se tornado mesmo Feriado em mais de 200 municípos brasileiros, incluindo o maior de todos, São Paulo.
Historicamente, o Dia da Abolição merece ser comemorado, a Lei Áurea serviu para libertar 700 mil escravos que ainda existiam no Brasil em 1888 e proibir a escravidão no país mas, à parte esse importantíssimo facto, a verdade é que a abolição não resolveu questões essenciais sobre a inclusão dos negros libertos na sociedade brasileira. Depois da lei da libertação, o Estado brasileiro republicano não tomou medidas que favorecessem a sua integração social, abandonando-os à sua sorte.
A importância de um facto histórico varia muito com a época em que o mesmo é analisado. É assim a História.
Fontes:
- Silva, Eduardo - "As camélias do Leblon e a abolição da escravatura", Companhia das Letras, ed. 2003
- Barman, R. J. - "Princesa Isabel do Brasil", Unesp, ed. 2005.
Texto: Jorge P.G., 13 Maio 2009
NOTA ADICIONAL :
Quilombos eram uma espécie de bairros onde os escravos africanos fugidos se refugiavam, aos quais mais tarde se juntaram vários tipos de marginalizados pela sociedade da época. Várias cidades no Brasil são originárias de quilombos formados no período colonial e imperial. Palmares é uma região localizada no interior do estado de Alagoas. O quilombo de Palmares foi arrasado pelo bandeirante Domingos Jorge Velho, em 1696. Mais tarde, surgiu a vila, depois actual cidade de Palmares no mesmo local.
Curiosamente, a mais antiga canção conhecida no Brasil é de finais do século XVII e é atribuída a membros do Quilombo dos Palmares. A letra que aqui reproduzo foi extraída de um antigo disco de 78 rpm da violeira nordestina Stefana de Macedo, gravado em Outubro de 1929.
DANÇA do QUILOMBO dos PALMARES
Refrão
Folga nego, branco não vem cá Se vié, pau há de levá
I Sinhô já tá drumindo Nego qué é batucá Nego tá se divertindo De minhã vai trabaiá (2x)
II Nego geme todo dia, Nego panha de sangrá Dando quase seis da noite Panha nego a batucá (2x)
III As corrente tão batendo, As brieta chocaiando Sangue vivo tá corando, E nego tá batucando (2x)
IV Nego rachou o pé, De tanto sapatiá Tão cantando, tão gemendo, Nego qué é batucá (2x)
V Quando rompe a madrugada Geme tudo nos açoite Nego pega nas enxada E o batuque é só de noite (2x)
Em 10 de Maio de 1857, os Cipaios, soldados indianos dos exércitos britânicos, recusaram-se a empregar cartuchos suspeitos de conter gorduras animais. Foi o início da principal insurreição contra o domínio britânico e que ficou na História como A REVOLTA DOS CIPAIOS.
No começo do séc.XIX, a "Honorável Companhia das Índias Orientais" dominava sem entraves os principados do sub-continente indiano. O imperador de Dehli, herdeiro da prestigiosa dinastia mogol, mais não era do que um fantoche nas mãos dos generais governadores.
A mesquita de Meerut, onde se terão reunido alguns amotinados em 1857 A submissão dos príncipes indianos, tanto os hindus como os muçulmanos, era feita com soldados indígenas - os cipaios - e financiada com um imposto sobre os próprios indianos!... Nos anos 1850, as tropas indígenas elevavam-se a mais de 250 mil cipaios, enquanto que o exército regular - o Queen's Regiment - não passava de 35 mil homens europeus.
Então, em Março de 57, correu o rumor de que a untura usada pelos novos cartuchos era feita de gorduras animais, segundo uns extraída de vacas e de acordo com outros, proveniente de porcos. Esses cartuchos tinham de ser rasgados com os dentes para serem descapsulados antes do seu emprego. Isso só pôde, claro, indignar e eriçar os soldados indígenas, tanto os hindus, que veneram a vaca, como os muçulmanos, que não podem tolerar o contacto com o porco. E, a 10 de Maio, 85 cipaios que se haviam recusado a utilizar os referidos cartuchos, foram condenados a dez anos de trabalhos forçados. No dia seguinte, a revolta ganhou corpo e alastrou-se ao regimento que se amotinou e marchou sobre Dehli, tendo a prestigiosa capital mogol sido conquistada sem combate.
Após a tomada, também, de Lucknow, hoje capital de Uttar Pradesh, o mais populoso estado da Índia, o pânico cresceu em Bombaim, Madras e... Londres. Mas a velha política britânica de "dividir para reinar" trouxe os seus frutos: Os Sikhs do Penjab não nutriam a mais pequena simpatia pelo imperador mogol, e os hindus do sul da península preferiram esperar antes de escolher o campo de batalha.
Reconquista de Lucknow pelos britânicos, 1858 A reconquista dos territórios perdidos não foi tarefa leve para com os que se insurgiram. Dehli tombou em Setembro do mesmo ano de 1857, o imperador foi preso e os seus três filhos sumariamente executados. E em Março do ano seguinte, os britânicos tornaram-se novamente os senhores de todo o estado de Lucknow.
Cipaios abatidos com balas de canhão
A repressão foi feroz. Os prisioneiros, executados com balas de canhão despedaçando-lhes os corpos.
Para evitar uma nova insurreição semelhante, Londres aboliu o regime de delegação à East Indian Company. A Índia tornou-se oficialmente uma colónia da Coroa administrada desde a capital britânica em Inglaterra.
No 1º dia de 1877, por sugestão do Primeiro-Ministro Benjamin Disraeli, a rainha Victoria foi proclamada Imperatriz das Índias, tendo-se dado o início do British Raj(o Império britânico, em anglo-hindu), que durou até 1947 quando o British Indian Empire foi dividido em dois estados soberanos: a União Indiana (mais tarde, República da índia) e o Domínio do Paquistão (depois, República Islâmica do Paquistão, da qual a parte mais oriental, mais tarde ainda, se tornou a República Popular do Bangladesh). Do antigo Império britânico resultou também, em 1937, a colónia separada de Burma, que ganhou a sua independência em 1948.
Fontes: de um artigo de G. Vital-Durand, traduzido e adaptado por Jorge P.G.
- Bater teclas - Escrever sobre política - Denunciar plágios de que pessoa amiga está a ser vítima - Especular sobre o caso Maddie - Avivar o pânico sobre a Gripe A, ex-Gripe Suína - Recomendar o excelente vídeo-documentário "A 11ª Hora", produzido e apresentado pelo Leonardo di Caprio, que mostra o que é a Terra e como pode bem vir a ser daqui a uns poucos de anos
Fico-me pela letargia e pelo revivalismo aplicado ao Presente Um bom dia de sono a todos! Uaaah!.....
O NOVO ARTISTA PORTUGUÊS DA PASTA MEDICINAL COUTO
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Este homem não usava bigode e tinha o cabelo todo branco, tão branco que amiúde era confundido e insultado. Chamavam-lhe Teixeira dos Santos e a sua vida era um inferno de cada vez que ia à bola ou ao shopping da zona. Mas descobriu então o poderoso Restaurador Simplex e desde então tornou-se um cidadão feliz e já deixou crescer o bigode tão português e cuja ausência tanto o agredia na sua profunda lusitanidade. Se bem que, por vezes, ainda o tomem pelo Presidente da Câmara de Viseu, o coro de impropérios diminuiu acentuadamente e já não querem agredi-lo nem cuspinhá-lo.
Em Singapura, a cidade das mil facetas, terá lugar em 5 de Junho, por ocasião do Dia Mundial do Ambiente, o Concerto da Geração Verde (the Green Generation Concert), um evento para recordar a importância de uma consciência ambiental colectiva. Ocorrerá nos Jardins Botânicos de Singapura, um oásis de beleza verde do Jardim Nacional das Orquídeas, onde são cultivados mais de 2 mil tipos, entre os quais a variedade denominada «Vanda Miss Joaquim» (assim mesmo!), que é a flor nacional do país.
Os Jardins Botânicos são o emblema da face verde de uma cidade que, para além dos arranha-céus futuristas, oferece múltiplos espaços caracterizados pela sua natureza luxuriante que lhe valem o epíteto de "Cidade dos Jardins".
SINGAPURA, país, que a capital tem o mesmo nome, significa literalmente "cidade do leão". Um pouco mais pequena do que a Madeira, esta ilha, mais algumas pequenas ilhotas sem importância de maior, fica encravada entre a Malásia e a gigantesca Indonésia, das quais está separada por estreitos, no extremo sul da península malaia, tendo contudo uma taxa de alfabetização superior à das suas vizinhas e pouco inferior à do europeu Portugal.
Tendo sido, em séculos mais remotos, um importante porto e centro de comércio da zona, passou a domínio inglês em 1819 até há apenas 50 anos atrás, quando no ano de 1959 obteve a autonomia e passou a fazer parte da Commonwealth. Unindo-se depois à Federação da Malásia em 1963, veio a separar-se desta em 1965 para ser um estado independente.
Sendo uma República Parlamentar, Singapura possui um dos aeroportos com maior tráfego da Ásia e mesmo do mundo. Com um crescimento do PIB de 8,5% ao ano, há dez anos, e uma taxa de desemprego a rondar os 1,7% em 2008, revelando nos últimos dez anos um exponencial crescimento nas exportações (artigos electrónicos, orquídeas, artigos petrolíferos refinados no país, produtos petroquímicos,...)enquanto reduziu as importações, o pequeno país é um dos que apresentam maior força de trabalho e de progresso em todo o mundo.
Curioso como, sendo um país de grande cultivo da beleza natural, tem como suporte da sua florescente economia, o fabrico de produtos altamente poluentes. CONTRASTES BRUTAIS DA NOSSA CIVILIZAÇÃO INDUSTRIAL!
FREI JOÃO SEM-CUIDADOS - Um conto popular português
O rei ouvia sempre falar em frei João Sem-Cuidados como sendo um homem que não se afligia com coisa nenhuma deste mundo: - Deixa estar, que eu é que te hei-de meter em trabalhos! Mandou-o chamar à sua presença e disse-lhe: - Vou dar-te uma adivinha e se dentro de três dias não me souberes responder, mando-te matar. Quero que me digas: 1º- Quanto pesa a lua?; 2º- Quanta água tem o mar?; 3º- Que é que eu penso?
Frei João Sem-Cuidados saiu do palácio atrapalhado, pensando na resposta que havia de dar a cada uma das perguntas. O seu moleiro encontrou-o no caminho e estranhou ver o frade tão macambúzio e de cabça baixa. - Olá, Frei João Sem-Cuidados, então porque é que está tão triste? - É que o rei disse-me que me mandará matar se dentro de três dias não lhe disser quanto pesa a lua, quanta água tem o mar e o que é que ele pensa!
O moleiro desatou a rir e disse-lhe que não estivesse em cuidados e que lhe emprestasse o hábito de frade, que ele iria disfarçado e haveria de dar boas respostas ao rei. Passados três dias, o moleiro, vestido de frade, foi pedir audiência ao rei. Este perguntou-lhe: - Então, quanto pesa a lua? - Saberá Vossa Majestade que não pode pesar mais de um arrátel, pois todos dizem que ela tem quatro quartos. - É verdade. E agora: quanta água tem o mar? - Isso é muito fácil de saber. Mas como Vossa Majestade só quer saber a água do mar, é preciso primeiro mandar tapar os rios, porque sem isso nada feito. O rei achou bem respondido mas, zangado por ver o frade a escapar-se às dificuldades, tornou: - Agora, se não souberes o que eu penso, mando-te matar! O moleiro, então, respondeu: - Ora, Vossa Majestade pensa que está a falar com Frei João Sem-Cuidados e está mas é a conversar com o seu moleiro! Deixou cair o capucho de frade e o rei ficou pasmado com a esperteza dele.
Esta e muitas outras histórias passavam de boca em boca no tempo em que a electricidade não fora ainda inventada.
ELES AÍ ESTÃO! UNS JÁ ARMADOS E A CAMINHO DA PRAÇA DO MUNICÍPIO CAMUFLADOS PELA VERDURA AMBIENTE. OUTRO, UM BOMBEIRO DE RESERVA, AGUARDA DISCIPLINADAMENTE A POSTOS PELA GUIA DE MARCHA DO COMANDANTE COSTA.
O SINO DA ALDEIA APRESENTA AS PRIMEIRAS FOTOS DA ANTECÂMARA DA BATALHA, CAPTADAS NO JARDIM DO CAMPO GRANDE E NO QUARTEL DOS BOMBEIROS SABOTADORES DO LARGO DO RATO.
No 1º de Maio de 1886, a pressão sindical permitiu que cerca de 200 mil trabalhadores americanos obtivessem o reconhecimento da jornada de 8 horas por parte da maioria dos patrões Foi a recordação desse dia que levou os europeus, uns anos depois, a instituirem a Festa do Trabalho. Mas não foi fácil nem isenta de vítimas essa luta.
No decurso do 4º Congresso da American Federation of Labor, em 1884, os principais sindicatos dos Estados Unidos tinham-se dado dois anos para imporem ao patronato uma limitação de 8 horas de trabalho diário e escolheram exactamente o dia 1 de Maio por ser nessa data que muitas empresas americanas iniciavam o seu ano fiscal.
Chegado o Maio de 1886, muitos trabalhadores de imediato viram os patrões satisfazerem a sua reivindicação mas outros, à volta de 340 mil, menos afortunados, tiveram de fazer greve.
A revolta de Haymarket Square, em Chicago, no momento da deflagração da bomba
- 4 de Maio de 1886
Dois dias depois, a 3 de Maio, uma manifestação ocasionou 3 mortos entre os grevistas da Companhia McCormick Harvester, em Chicago. No dia seguinte houve uma marcha de protesto e no final da tarde, com a manifestação a dispersar-se, não restavam mais de umas 200 pessoas para um semelhante número de polícias. Foi então que explodiu uma bomba diante das forças da ordem causando uma quinzena de mortos entre as fileiras policiais, daqui resultando o julgamento de três sindicalistas anarquistas e a condenaçãoa prisão perpétua. Outros cinco foram enforcados em 11 de Novembro, apesar das provas não serem concludentes.
Curiosamente, estes episódios que na Europa serviram de modelo para a instituição do «Dia do Trabalho» em 1 de Maio, não foram os que deram origem ao “Labor Day” americano. Este, antes se deve a uma greve de ferroviários que em 1894 tinham pretendido apoiar os operários da Pullman, eles próprios em greve contra o patronato. Ora, o Presidente americano Grover Cleveland não hesitara em enviar 12 mil soldados contra os grevistas, tendo dois homens sido mortos nos confrontos em Kensington, perto de Chicago. A greve foi então declarada como finda a 3 de Agosto e os trabalhadores da Pullman comprometeram-se a não mais se sindicalizarem.
Vendo os cidadãos americanos indignados pelos métodos brutais do presidente Cleveland, os eleitos da Câmara dos Representantes, em Washington, votaram a proposta de um dia feriado em honra dos trabalhadores. O próprio presidente assinou o projecto-lei apenas seis dias após a intervenção do exército, na esperança de se fazer reeleger naquele mesmo ano… o que de resto não conseguiu.
Litografia de Granjouan, 1906
Hoje, são inúmeros os países onde a data é celebrada em nome do trabalho e dos trabalhadores, mas não em todos.
Apenas a título de exemplo, sabe-se que no Reino Unido é na primeira segunda-feira de Maio que se faz o “bank holiday”, o feriado local, para que assim haja todos os anos lugar a um dia sem trabalho no mês de Maio.
Interessante também é saber-se que nos Estados Unidos e no Canadá a Festa do Trabalho é celebrada na 1ª segunda-feira de Setembro, já que os poderosos sindicatos americanos, como o AFL-CIO, não quiseram alinhar com os europeus de orientação marxista, se bem que alguns sindicatos do Québec tenham optado pelo 1º de Maio em solidariedade com os seus homólogos europeus.
Ainda curioso é o que ocorre no Paraguai onde, em 2002, o Chefe de Estado tentou instituir o modelo britânico, tendo a opinião pública rejeitado essa reforma, pelo que continua a ser em 1 de Maio que se festeja «el día del trabajador» e mantendo-se ainda o costume dos patrões convidarem os empregados para um “asado”, ou seja uma espécie de barbecue.
Os japoneses não celebram a Festa do Trabalho mas sim a primeira semana do mês de Maio, dita “Semana Dourada”, e que proporciona diversas festividades e dias feriados.
E, na Holanda e Suiça, 1 de Maio é laboral, ainda que algumas multinacionais concedam o dia ao pessoal em nome da Festa do Trabalho.