O PLÁGIO CONSTITUI CRIME punível com pena de prisão até 3 anos pelo artº197 da lei 16/2008,de 01 de Abril, a mesma que, no seu artº1, ponto 1, refere que estabelece medidas e procedimentos necessários para assegurar o respeito dos direitos de propriedade intelectual.
O artª180, no seu ponto 3, diz: "Presume-se artista,intérprete ou executante,aquele cujo nome tiver sido indicado como tal nas cópias
autorizadas da prestação e no respectivo invólucro ou aquele que for anunciado como tal em qualquer forma de utilização lícita, representação ou comunicação ao público."
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quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
GRANDES FITAS PARA VER EM 2009
Para o Réveillon e o dia de Ano Novo apresento propostas diversas mas da melhor qualidade cinematográfica.
(ESTREIAM HOJE num cinema perto de si) Desde o filme infantil até à película erótica de conteúdo sério, há boas fitas para todos os gostos. Apreciem e sejam felizes!UM BOM ANO!
OS TELETUBBIES - Infantil
BACCHUS, O FILHO DE JÚPITER - Cultural/Histórico
NEM O DIABO OS QUER - Comédia Trágica
A MÚMIA - Terror
A FREIRA NA SUBCAVE - Drama Erótico
UM ANO FELIZ PARA TODOS
Publicação nº 659 de "O SINO DA ALDEIA" - Jorge P.G.Sineiro
E mais um Natal passou. Muito em breve, já hoje ou amanhã o mais tardar, jornais, rádios e TVs abdicarão de notícias e programas de festas natalícias, sessões com meninos a cantar ao Menino Jesus e a pedir pelos pobrezinhos deixarão de ir para o ar, reportagens com os "sem-abrigo" ficarão para o próximo Dezembro, a fome e as imagens de miséria humana nas guerras terão apenas espaço em pequenos apontamentos semanais ou mensais, festas para angariação de verbas para os necessitados ficarão a aguardar por nova oportunidade para se fazer demagogia. Em breve, muito breve mesmo, teremos a apologia das festas de fim-de-ano, o apelo à diversão sem controlo de gastos, a publicidade tomará conta das pantalhas da televisão anunciando bailes de réveillon óptimos e a preços módicos. Os políticos retornarão para contar espingardas e prometer o que sabem não vir a cumprir. Tudo voltará a ser o que sempre foi. A mentira pegada continua.
Hoje mesmo, também eu, darei início à apresentação de filmes que estarão em cena em 2009. Este que agora vos deixo é uma co-produção luso-indiana que prevejo como um grande sucesso de bilheteira. Trata-se de "O LIBERTINO", a saga de um homem que nunca se cansa da luxúria e dos ditos grandes prazeres da vida. Nos principais papéis de mais esta produção de J. Sineiro poderemos ver Peter Flopes, nome artístico português já consagrado, e a revelação Maria Lisboa - a "mocinha" por quem o libertino nutre uma paixão especial. Podendo ser catalogada como uma comédia/drama, a fita fará decerto soltar muitas lágrimas, provocando risos e choros à boa maneira do cinema nacional e do indiano. - J. Sineiro, produtor.
Publicação nº 657 de "O SINO DA ALDEIA" - Jorge P.G. Sineiro
Há cerca de uma hora atrás, eram então umas 17:00, o Sol noticiava online: "O primeiro-ministro recebeu hoje um cheque-prenda no valor de cerca de 2550 para gastar na loja Fashion Clinic. Foi a prenda de Natal dos membros do Governo, que entregaram o voucher no almoço que se seguiu ao Conselho de Ministros.
Recorde-se que, no início deste mês, José Sócrates foi eleito pelo diário espanhol El Mundo como o 6º homem mais elegante." - helena.pereira@sol.pt
Eu sei que eles são seus subordinados e eu apenas um fã. Ainda assim, não me contive. Roupinhas... trazem adereços... e então, pensei, pensei... e não posso deixar de lhe enviar mais este presentinho - um Socratwatch onde se poderá rever cada vez que vir as horas. Para que continue na moda, um fashionable entre os fashionables, sim porque os portugas pobrezinhos vestem e cheiram mal ... Haja alguém assim bonito que bem represente o país das mentiras, pois então!
Para o Senhor Presidente, um bonezinho desportivo e um bolo-rei
Para Srª Ministra da Educação, um saquinho bonitinho e uma caneca para o cafezinho
Para a Srª Drª Manuela, um Topo Gigio
Para o Dr. Paulo Portas um cavalinho-de-pau e uma espada de brincar
Para o Camarada Jerónimo, uma fatiota, um bigode e um penteado como ele gosta
Para o Dr. Louçã, uma imagem sua ao colo de sua mãe espiritual
São presentinhos modestos mas são do coração. Um Bom Natal a todos eles!
Publicação nº 655 de "O SINO DA ALDEIA" - Jorge P.G. Sineiro
Santana Lopes já tem alinhavado o seu programa de candidatura à Câmara de Lisboa, que integra várias ideias do passado,... mas inclui algumas novidades, comouma rede de túneis atravessando a capital. - Notícia "SOL" de hoje, 20 Dez. 2008
Publicação nº 654 de "O SINO DA ALDEIA" - Jorge P.G.Sineiro
Às 15:54 de hoje caiu-me no prato da sobremesa esta notícia do JN do Porto. Titulava assim o matutino nortenho na sua edição online: «Rui Rio: Governo toma portugueses por "lorpas"». E acrescentava algumas palavras do rio saído do leito que acusava o governo de "fazer dos portugueses lorpas" ao anunciar "dia sim, dia não" apoios de milhões para "tudo e mais alguma coisa", mas sem conseguir incutir confiança no país. "Vamos acumular dívida pública que vai ser paga pelas gerações futuras, já que os investimentos não vão ser pagos para o ano nem daqui a três anos, sê-lo-ão daqui a oito, dez, doze anos", declarou Rui Rio.
"É isto que as pessoas não vêem e para o que o PSD deve estar permanentemente a alertar", acrescentou o dirigente social-democrata, referindo que "quando o Governo iniciou funções a crise não era tão profunda, mas encontrou-se um responsável, 'a herança'".
"Depois houve outro responsável pela crise, o preço do petróleo, e quando esta justificação se esgotou, porque hoje está mais barato, veio o argumento da crise internacional", prosseguiu Rui Rio.
"Todos os argumentos são parcialmente verdadeiros", sublinhou, assinalando que houve muitos erros do Governo, como sucedeu com os professores, "com quem tem lidado de forma desastrosa e não actuando de forma capaz". - in DN
ORA VEJAMOS: O que diz Rio que não saibamos todos e há muito mais tempo do que ele? Que papel tem desempenhado o seu partido, "o maior da oposição"? Que oposição tem feito? Quem é que mandou carregar sobra a população nas "manifestações da ponte 25 de Abril"? Quem era o Primeiro-Ministro do então apelidado Cavaquistão? O que fez a actual desastrosa líder do PSD quando foi ministra da Educação? Tratou bem os professores? Não dei por isso! Afinal, por quem nos toma o PSD?
TRISTES RETRATOS DA OPOSIÇÃO
É salutar que a nossa memória colectiva seja avivada para que não se embarque nos contos de adormecer destas sereias, venham elas de um rio ou do Atlântico...
Só a junção de esforços de cabeças pensantes de uma esquerda dispersa é que nos poderá salvar de novo período porventura ainda mais escuro. Que Manuel Alegre tenha visto chegada a hora de usar o milhão de votos que angariou nas últimas presidenciais. Ramalho Eanes conseguiu em pouco tempo um resultado espectacular quando decidiu fundar um partido. As pessoas da esquerda humanista e responsável existem em Portugal. Precisam de quem as una e de alguém em quem acreditem e as faça crer que, apesar de tudo, o país não está completamente perdido. FORA COM OS INTRUJÕES!
Publicação nº 651 de "O SINO DA ALDEIA" - Jorge P.G.
A maior prova viva, e à solta, da promiscuidade entre a política e o mundo subterrâneo do futebol está aí e tem um nome: João Valle e Azevedo. Estávamos em 1997 e o clube dos "seis milhões de adeptos" via renascer uma onda sem par de esperança no regresso das antigas noites de glória à Catedral da Luz. Em Outubro, foi eleito Presidente um advogado de Lisboa pouco conhecido nos meios da bola, mas com nome feito na praça. Com uma campanha à americana, feita de grandes frases e bombásticas promessas, Valle e Azevedo depressa se tornou no Messias para os adeptos do Glorioso, bem como para os vendedores de papel dos diários desportivos. Este homem fora, em jovem, colaborador político de Pinto Balsemão e apresentava-se como um advogado de negócios vencedor, especializado na chamada engenharia financeira e em economia internacional de off-shore, possuindo um admirável discurso populista e mobilizador do proletariado mais básico, no fundo a grande massa adepta do SLB.
Durante o tempo do seu mandato, uns dois ou três anos, comprou e vendeu mais jogadores do que o clube contrataria normalmente em três ou quatro épocas; rasgou contratos assumidos por anteriores direcções e assinou outros "muito mais vantajosos"; afrontou o Poder futeboleiro do inimigo das Antas; prometeu a Lua e, mais do que isso, "um Benfica a jogar à Benfica". Até o azul de que vestiu os jogadores em dada altura era, segundo ele conseguiu fazer o seu povão acreditar, um "azul à Benfica". Empolgante e inabalável haveria de ser o caminho benfiquista com o grande novo timoneiro da nau encarnada.
Porém, caído em desgraça pela falta dos resultados anunciados, a sua boa estrela foi empalidecendo e Valle e Azevedo foi apeado do cadeirão. Os "índios" da tribo correram com ele, que passou de deus a renegado. Principiaram então os seus encontros e desencontros com a justiça, curiosamente apenas depois de deixar de ser o Presidente de 6 milhões de portugueses!
Continuou a encher páginas e telejornais, mas desta feita para se lhe conhecerem as tropelias, os desvios à lei, os julgamentos, as condenações. Recordista de "tempo em liberdade", com uns 30 segundos da mesma antes de ser preso de novo, Azevedo cumpriu pena por alguns dos crimes provados. Emigrou para Inglaterra, onde encontrou lugar à sua altura de grande gestor de negócios. Portugal inteiro pôde ver a maravilhosa casa onde residia, num dos bairros mais chiques de Londres, e a limousine em que se deslocava com chauffeur à ordem. Mas foi igualmente noticiado que, afinal, havia mais crimes que lhe eram imputados no país que o viu nascer e que durante o seu mandato como Presidente do Benfica nunca o incomodara.
Pedida a sua extradição a Londres, de lá não vieram sinais absolutos de um "sim". O homem voltou a dar entrevistas à Comunicação Social portuguesa e numa, célebre, à TV, afirmou claro e bom som: "Sou um perseguido pela justiça portuguesa como não há outro ! Nunca a ela fugi e não será agora que o farei, mas é indecorosa esta perseguição que me fazem." Queria ele dizer: Só eu?! Porquê só eu? E os outros?
O certo é que dele se sabe pouco actualmente para além de que contra si terá sido emitido um novo mandado de captura e a extradição concedida, segundo os jornais. Viverá ainda em Londres? Na Grã-Bretanha? Onde pára, afinal, Valle e Azevedo? Estará ele, bom cristão e artesão, a fazer brinquedos na Loja do Pai Natal? O homem é, mesmo, um fenómeno! E nem me dou ao trabalho de ir ver quem era o Primeiro-Ministro (Guterres, ao que julgo), o Ministro da Justiça, o Chefe das polícias, o Secretário de Estado do Desporto,... nos tempos do reinado valliano. Para quê?! Os animais são todos iguais, só que (durante uns curtos períodos de anos) uns são mais iguais do que outros. - George Orwell
Nota 1 - Afinal, não resisti e fui informar-me de quem mandava na época. O Primeiro-Ministro era, realmente, Guterres. E nesse ano de 1997 houve uma remodelação no Governo: António Costa passou a Ministro dos Assuntos Parlamentares (23 de Novembro); Jorge Coelho na Administração Interna; Pina Moura na Economia; Veiga Simão na Defesa Nacional; Ferro Rodrigues passou a acumular a pasta do Emprego e, "last but not the least"... José Sócrates tornou-se Ministro Adjunto do Primeiro-Ministro. Saíram António Vitorino, Maria João Rodrigues, Augusto Mateus e Alberto Costa. António Vitorino demitiu-se depois de ter sido acusado de irregularidades fiscais na aquisição de um imóvel.
Nota 2 - Perante os múltiplos e bem actuais casos de suspeição de fraudes de que vamos tendo informação, cabe-me perguntar se Valle e Azevedo não terá razão quando diz que o escolheram para bode expiatório de todos os crimes de colarinho branco do país.
Publicação nº 650 de "O SINO DA ALDEIA" - Jorge P.G.
Ao rever esta imagem não resisti. Fez-me regressar à minha universidade de há 30 anos e aos suores frios que Goethe nos fazia passar com o seu "Fausto". Porém, logo outra lembrança mais terna se associou: a de um poema do grande escritor, aprendido, decorado e recitado em cima de uma cadeira no então novíssimo Liceu de D.Pedro V, ali pertinho de Sete-Rios ainda cheirando a animais do Zoo quando o vento estava de feição. O 13, da praça do Chile para Carnide, tinha paragem e mudança de guarda-freio e condutor bem pertinho da porta principal do Jardim Zoológico de Lisboa, à época um local de romaria para quem vinha à capital e alegria certa da criançada. Às vezes, a troca de turno demorava uns minutos. Das janelas do carro-eléctrico as cabeças voltavam-se, embora os habituais utentes soubessem que nem um animal seria avistado. Escondidos pelas sebes e árvores, só do lado da Estrada de Benfica por onde carrilava o 1 para Benfica era possível vislumbrar algum. Foi então nessa época de estudante finalista do Liceu que o dedicado Dr. Cidreiro Lopes nos iniciou nas andanças da Literatura alemã. Foi por ele que acedi a expor-me em público e a dizer o tal poema de Goethe - "Erlkönig", o Rei dos Álamos. É o relato intenso, trágico, da viagem de um pai, numa noite de vento, transportando bem aconchegado e agasalhado junto ao peito um filho menino pequeno doente, numa cavalgada em busca de auxílio. Ao longo do poema, pai e filho vão dialogando. Um, com palavras de visões provocadas pelo delírio da febre e da morte que se lhe vai revelando na forma do Rei dos Álamos, de coroa e cauda, e que o vai tentando ao falar-lhe das maravilhas que o esperam se aceder a ir com ele. O pai, a cada revelação do menino, ternamente lhe diz que tudo o que vê faz parte da Natureza, é o vento que rumoreja por entre as folhas...é o nevoeiro baixo que deturpa a realidade... E a morte continua, ao longo do poema a puxar o rapazinho, a anunciar-lhe que sua filha o esperava para cantar e dançar para ele... São oito quadras de intensidade narrativa crescente até ao desenlace final, trágico. À beira da chegada a criança morre nos braços do pai.
Goethe, Johann Wolfgang von Erlkönig
Wer reitet so spät durch Nacht und Wind? Es ist der Vater mit seinem Kind; Er hat den Knaben wohl in dem Arm, Er faßt ihn sicher, er hält ihn warm. -
Mein Sohn, was birgst du so bang dein Gesicht? - Siehst, Vater, du den Erlkönig nicht? Den Erlenkönig mit Kron und Schweif? - Mein Sohn, es ist ein Nebelstreif. -
"Du liebes Kind, komm geh mit mir! Gar schöne Spiele spiel ich mit dir; Manch bunte Blumen sind an dem Strand; Meine Mutter hat manch gülden Gewand."
Mein Vater, mein Vater, und hörest du nicht, Was Erlenkönig mir leise verspricht? - Sei ruhig, bleibe ruhig, mein Kind! In dürren Blättern säuselt der Wind. -
"Willst, feiner Knabe, du mit mir gehn? Meine Töchter sollen dich warten schön; Meine Töchter führen den nächtlichen Reihn und wiegen und tanzen und singen dich ein."
Mein Vater, mein Vater, und siehst du nicht dort Erlkönigs Töchter am düstern Ort? - Mein Sohn, mein Sohn, ich seh es genau; Es scheinen die alten Weiden so grau. -
"Ich liebe dich, mich reizt deine schöne Gestalt; Und bist du nicht willig, so brauch ich Gewalt." - Mein Vater, mein Vater, jetzt faßt er mich an! Erlkönig hat mir ein Leids getan! -
Dem Vater grauset's, er reitet geschwind, Er hält in Armen das ächzende Kind, Erreicht den Hof mit Mühe und Not; In seinen Armen das Kind war tot.
Em 2003, nos jardins do Castelo de Heidelberg, dera-se o meu último reencontro com Goethe.
Hoje, a imagem do cavaleiro, reconciliou-me com o escritor e revelou-me jovem.
Publicação nº 649 de "O SINO DA ALDEIA" (1ª publ. - 13.08.2006 in antigo blogue Recantos da Terra) -Jorge P.G.
Em Londres, onde se encontravam durante a Segunda Grande Guerra os chefes da Resistência, procurava-se então um indicativo musical para a emissão do programa "HONRA E PÁTRIA" da BBC. Emmanuel d'Astier de la Vigerie sonhava com um canto que se tornasse a "Marselhesa" da Resistência. "Só se ganha uma guerra com canções...É preciso um cântico que tenha o ar de vir dos maquis* ", disse ele. *maquis era o tipo de terreno, no sul de França, onde se escondiam os guerrilheiros da Resistência e que também ficaram conhecidos por este nome.
Na época, uma jovem música de origem russa, Anna Marly, interpretava com sucesso em clubes da cidade uma canção de lamento que falava de luta e de um corvo. Ouvindo-a, o escritor-jornalista Joseph Kessel ficou seduzido. Pouco depois, reuniu-se com a cantora, com o seu sobrinho Maurice Druon e mais uns amigos num hotel dos arredores de Londres e, em 30 de Maio de 1943, o pequeno grupo apresentou um texto escrito num simples caderno de escola intitulado«LES PARTISANS. CHANT DE LA LIBÉRATION».
Este texto, distribuído de pára-quedas pelos aviadores britânicos e transmitido de boca em boca veio a tornar-se efectivamente o Cântico dos Partisans,o HINO da Resistência francesa e europeia ao nazismo.
Fonte: Fédération Nationale des Déportés et Internés Résistants et Patriotes.