O PLÁGIO CONSTITUI CRIME punível com pena de prisão até 3 anos pelo artº197 da lei 16/2008,de 01 de Abril, a mesma que, no seu artº1, ponto 1, refere que estabelece medidas e procedimentos necessários para assegurar o respeito dos direitos de propriedade intelectual.
O artª180, no seu ponto 3, diz: "Presume-se artista,intérprete ou executante,aquele cujo nome tiver sido indicado como tal nas cópias
autorizadas da prestação e no respectivo invólucro ou aquele que for anunciado como tal em qualquer forma de utilização lícita, representação ou comunicação ao público."
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sábado, 26 de julho de 2008
TRABALHO DE COMPOSIÇÃO GRÁFICA
Este boneco não é meu!
TRANSPARÊNCIA
Deixo-vos este primeiro trabalho gráfico de raíz terminado ontem. Foi realizado com um programa muito simples, partindo apenas de uma imagem nítida deste belíssimo rosto. Poder-lhe-ia ter chamado "Um retrato diáfano" e pergunto-vos: Quem está por trás da vidraça? Ela, ou nós?
Um abraço. Até mais logo, em Agosto. Jorge
Publicação nº 603 - O Sino da Aldeia - Jorge P.G. Sineiro
Marcha da Paz, na Quinta da Fonte, na qual não esteve presente a comunidade cigana. Portugal sempre foi sítio de tolerância e de boa convivência entre gentes de diferentes cores, credos e costumes. Os portugueses nascidos em Portugal nunca se rebelaram contra quem, vindo de outras terras, aqui veio parar e começou a reconstruir a vida de forma ordeira e honesta.
Os últimos acontecimentos de Loures, seguindo-se a outros ocorridos há bem pouco no Porto, vêm porém levantar o problema que aqui me proponho tratar: a integração ou a multiculturalidade das minorias no país.
Antes de formar opinião sobre tudo o que os jornais e televisões têm anunciado e mostrado sobre os acontecimentos de Loures, dei por mim a reflectir sobre o problema principal: o da falta de políticas reais para a solução de questões que agora começam a assustar as autoridades e a colocar num beco sem saída as autarquias e os seus impreparados dirigentes. Para a opinião públca, normalmente seguidista do que os meios de comunicação veiculam, tudo se resume à revolta contra a situação e a pensar: "felizmente que não vivo num local desses!", enquanto se lamenta a falta de medidas de quem tem por dever a segurança dos cidadãos.
O que sempre aconteceu é que as minorias nunca foram incentivadas no sentido da sua integração na sociedade portuguesa. Tem sido prática política, tida como correcta, uma total abertura à cultura e aos costumes dos povos que cá vivem. Estes, em lugar de procurarem ser mais uns dos habitantes que trabalham e vivem em Portugal, tendem naturalmente a juntar-se em grupos, continuando a processar as vivências e práticas dos seus países de origem. Encontram-se, assim, as mais diversas culturas em Portugal. Repare-se que não existem, praticamente, pretos conduzindo autocarros, táxis, trabalhando na função pública, ou no ensino, ou como empregados de balcão, para citar apenas alguns exemplos. A integração não foi feita devidamente desde que há mais de 30 anos começou a entrada maciça de africanos no país.
Por outro lado, os ciganos não pagam impostos, nem sabem o que é o Fisco, dedicam-se à contrafacção, ao comércio pirata de rua, não pagaram (estes, de Loures) as rendas de 4 (QUATRO) euros mensais das casas que a autarquia lhes arranjou. Quantos portugueses não desejariam essa casas e não as têm com tais benesses?! Pretendem agora outras, que para aquelas não voltam, dizem, enquanto vendem lamúrias sobre a destruição dos plasmas e das consolas dos filhos e exibem os característicos oiros. A autarquia, medrosa e impreparada, não sabe o que há-de fazer. Durante 12 anos não foi capaz de lhes cobrar as rendas! Teria sucedido o mesmo se se tratasse de cidadãos portugueses?
Pois é fácil, se não querem aquelas casas, fiquem na rua! Mas não, perturbando a paz e a ordem públicas nem acampando no jardim da localidade, fazendo dele o seu rincão e levando à interdição e privação de usufruto do mesmo, por todos quantos trabalham e pagam os devidos impostos. A integração tem direitos e deveres. Quem não se integra com maior facilidade deve ser auxiliado a fazê-lo mas nunca deixado em roda-livre como se lhe não fossem igualmente assacados deveres de cidadania. E não se venha com argumentos tolos e demagógicos de que perderão as suas raízes. Os portugueses que há muitos anos emigraram nunca deixaram de comer bacalhau e de ouvir o fado.
É preciso ter a coragem política que não tem havido. As pessoas que dispararam com as armas que a polícia só agora descobriu têm rosto e têm nome. Sejam ciganas, pretas ou abexins, praticaram actos ilícitos pelos quais têm de ser responsabilizadas, sob pena de qualquer dia um outro grupo descontente resolver vir para as ruas e violentamente querer impor as suas vontades. Mas não, algumas das que se envolveram nos tiroteios vêm agora reclamar novas casas, fazendo parte das 53 famílias que tal pretendem.
Tudo se resume a uma questão de autoridade pública, de segurança. Que cada vez é menor! E o Estado, essa figura abstracta mas que nos representa a todos, não pode demitir-se de uma das suas primordiais funções: zelar pela segurança de bens e pessoas.
WHISKERS MAGAZINE nº 15 - onde a notícia chega sempre primeiro
Para ver o fato de banho de Hipócrates, bastar-lhe-á clicar sobre o selo da Tasca, numa iniciativa da sua WHISKERS, sempre à frente nas tecnologias e serviços informáticos de ponta.
E HOJE, AINDA TERÁ AQUI a entrevista possível com o menino vitimizado por triciclojacking, a nova modalidade de assaltos chegada a Portugal antes mesmo que outros sequer se lembrem !
A nossa repórter, também detentora do Mestrado em Educação Infantil pela Universidade Livre de Setúbal, conseguiu uma curta entrevista com o menino vítima de triciclojacking, durante o dia, em pleno jardim da Rotunda da Boavista, no Porto.
Ainda apresentando no rostinho as marcas das lágrimas vertidas, o Nandinho não quis a princípio falar. E só a custo de uma difícil negociação com a nossa representante que se saldou pela oferta ao menino de 6 pastilhas elásticas Gorila, 2 Chocapic, 2 paus de algodão doce, 5 chupa-chupas sabores diversos e 1/2 Kg de marshmellows só dos rosadinhos, foi então possível ouvir-lhe algumas palavras.
O Nandinho, conhecido entre os amigos por Tixeirinha dos tixiclos, pois dedica-se ao aluguer do seu triciclo entre a pequenada da zona,respondeu-nos assim:
- Whiskers: O que fazia o menino quando os homens maus o assaltaram?
- Nandinho: Tab'à 'spera de clientes.
- Whiskers: Clientes? Quer dizer, dos amiguinhos, não é?
- Nandinho: Xim, pode xer, xão amiguinhos cando me pagam bem o aulugué do tixiclo...
- Whiskers: O menino é tão engraçado! Então aluga o triciclo, é?
- Nandinho: Pois, a bida tá cara! Xá biste o prexo dos doxes que me compaste?
- Whiskers: Hehehe!... Muito bem, Nandinho, mas pode contar-me o que se passou no assalto?
- Nandinho: Oia, xá não me lembro bem, o chicolate é que costuma fajer muito bem à mimóira.
- Whiskers: (conhecedora do mundo das crianças, a nossa Mestra-repórter havia-se prevenido) Vá, aqui tem um chocolatinho, seu maroto!
- Nandinho: Ponto! Xá me lembei axim de repente. Eu taba aqui com o leteiro na mão e vieram os homes. Dixeram: Dá cá o tixiclo, ó puto!!
- Whiskers: ...e então, e então, Nandinho?
- Nandinho: Guitei...GUITEI... acudam, ó da garda, tou a xer axaltado e tal... mas ninguém ligou, tabam todos com muita prexa e corriam dali pa fora. Então, enxi-me de coagem, que eu xou muito balente, e dixe a eles: Ó homes, inda bou xer ministro das finanxas cando for do bosso tamanho, e depois bão ber canto vos custa o tixiclo. Ai, bão, bão...
- Whiskers: E eles, o que fizeram?
- Oia, não ligaram e lebaram o meu tixiclo...
- Whiskers: Mas o menino está sentado num... então não é o mesmo?
- Nandinho: Não! Eu taba aqui a chorar cando aparexeu um menino que me debia já 2 aulugués e eu penxei axim: Porreiro, pá! E dixe a ele: paxa pa cá o tixiclo que com os juros já nem chega pa pagar o que me debes.
- Whiskers: E o seu amiguinho, aceitou?
- Nandinho: Oia, oia! Que remédio tinha xe não axeitar! Contaba ao meu pimo e o irmão dele ficaba xem a mota!
- Whiskers: Pronto, meu querido, estou satisfeita com a entrevista, Muito obrigada e, olha, toma cuidado, sim?!
- Nandinho: Tá! Oia, num queres xaber mai nada? Por dois xicolates podia cuntar-te aquela do...
Esta a história do primeiro triciclojacking de que há notícia em Portugal. Uma inocente criança, brincando aos negócios num jardim de uma grande cidade, à luz do dia, foi assaltada para lhe levarem o seu principal amigo de diversões. Assim vai o crime no país.
Da Rotunda da Boavista para a redacção da Whiskers Magazine, Sandra Cedo Feita.
DA HIBERNAÇÃO DE UM PROF. À PARTIDA DE MECA, NUM DIA 16 DE JULHO
Há duas tardes que não faço outra coisa que não seja dormir. É uma espécie de hibernação d'après-midi, nada premeditada, mas real e incontrolável. Diria que o final dos relatórios mil me deixou de adrenalina esgotada no depósito. Assim, creio que será esse o motivo de estar com uma letargia nada habitual. Como os gatos, vou dormitando e acordando, nem mesmo sabendo ao certo se hoje seria Quarta ou Quinta-Feira, como há bem pouco quando descerrei as cortinas e revi o mundo. Sinto, então, uma estranha sensação do dever não cumprido. Acho que não respondo a quem devo nem visito quem merece. Vejo-me ingrato e incomodado, e para reagir escrevo o que aqui fica. Afinal, os desprezíveis papéis até me faziam bem!
Bom, mas para que este escrito não pareça uma mea culpa proferida em público confessionário, sempre deixo alguma coisinha que espero seja prestável. Só um pouco do tanto que haveria para contar.
Pois bem!
Hoje é o dia 16 de Julho, ao que o calendário me informou, e nesse dia do ano de 622 produziu-se um acontecimento na península arábica que veio a fazer surgir uma religião de vocação universal, o Islamismo, isto a creditar na maioria dos historiadores, já que estas datas encerram sempre uma boa dose de incertezas. A partida de um punhado de fugitivos do oásis de Meca em direcção a um oásis vizinho foi, com efeito, o início de uma era.
Maomé na Gruta das Revelações - Gravura turca do séc. XV Tudo terá sido iniciado por um homem, nascido 52 anos antes, de uma família de mercadores árabes de Meca, MAOMÉ. Segundo os dizeres, este havia recebido uma revelação do Deus Único (Allah em árabe). Tal como se conta que ocorreu com Jesus, não tardou que os seus primeiros discípulos fossem objecto de violências da parte dos mercadores de Meca, os quais se aproveitavam com lucro dos peregrinos que chegavam de toda a península para adorar os ídolos e a pedra sagrada do santuário, a Kaaba. Receavam eles que a profecia de Maomé pusesse fim a essas peregrinações.
Ora, após ter pensado em deixar Meca pelo oásis de Taïf, uns cem Km a sul, Maomé foi contactado pelos discípulos originários de Yathrib, uma outra cidade oásis situada 400 Km ao norte de Meca.
A 23 de Junho de 622, em Aqaba, hoje uma importante estância balnear da Jordânia nas margens do Mar Vermelho, os representantes de Yathrib assinaram com o Profeta um pacto de aliança aceitando acolher os discípulos de Meca, num total de 70 pessoas. Pouco depois, o prório Maomé decidiu empreender a viagem para Medina com um grupo de fiéis seguidores. A partida teve lugar, no maior segredo, justamente no dia 16 de Julho de 622 segundo reza a maioria dos historiadores, repito. De acordo com a tradição fixada bem mais tarde pelo califa Omar, este acontecimento foi designado em árabe pela palavra hijra, a Hégira como o conhece o mundo ocidental, e que significa «fuga»,«emigração» se he dermos um sentido mais lato.
Gravura do túmulo de Maomé, em Medina
E para não me alongar mais neste escrito, apenas refiro ainda que também por decisão do mesmo califa Omar o ano da Hégira marca o princípio oficial do Islamismo, a nova religião que o Profeta difundiu entre as bases. O seu nome e o dos fiéis vêm de uma expressão árabe que significa: «remeter-se a Deus».
WHISKERS MAGAZINE nº 14 - onde a notícia chega sempre primeiro
A OUTRA FACE DO DESPORTO
(excerto retirado dos interiores da WHISKERS MAGAZINE nº 14)
"... e é o desporto que vamos tendo. Na actual conjuntura, entende o Governo que não se deve intrometer nas trapalhadas do futebol português. Laurentino Dias e Gilberto Madaíl preferem um diálogo aberto, mostrando assim a outra face do futebol português!
WHISKERS MAGAZINE nº 13 - onde a notícia chega sempre primeiro
Antes de férias, a WHISKERS volta a fazer-lhe companhia à Sexta-Feira. Neste número, pode ficar a par das últimas notícias de que os outros, como sempre, nem suspeitam...
WHISKERS MAGAZINE - A ÚNICA REVISTA que não cede à inflacção.
AS XXIX OLIMPÍADAS a um mês e uma semana de distância
Os Jogos Olímpicos de Verão de 2008, os Jogos da XXIX Olimpíada, estão aí à porta, entre 8 e 24 de Agosto, com a cerimónia de abertura marcada para as 8:08 da noite, sendo que o número 8 tem um significado de prosperidade na cultura chinesa. Quando e como é que tudo começou?
Foi no ano de 776 a.C. que se realizaram os primeiros Jogos Olímpicos da História. O nome veio do local onde se disputaram, um santuário consagrado a Zeus, o rei dos deuses. Mas antes da inauguração desses primeiros jogos, já os gregos tinham tradições de disputas semelhantes realizadas em diferentes santuários. Eram organizadas para reaproximar os gregos entre si e para suspender as guerras entre cidades, celebrar a glória de um guerreiro morto em combate ou para honrar um cidadão virtuoso (um justo). A duração era variável. De um dia, os Jogos passaram a cinco e, depois, a sete. A organização era confiada a magistrados chamados Helanódicos, que velavam pelo respeito das regras e vigiavam o treino dos atletas.
O local das competições estava rodeado de diversos templos, o mais renomado dos quais era o consagrado a Zeus, com uma estátua monumental do escultor Fídias (séc-V a.C.), constituída por uma estrutura em madeira revestida a ouro e marfim, de que aqui deixo uma reprodução gráfica num desenho de Maarten van Heemskerck.
Ainda se pode ver o lugar onde se desenrolavam as provas, numa região de bosques verdejantes a oeste do Peloponeso. Quatro santuários se distinguiam, distribuindo recompensas simbólicas aos vencedores. Entre eles Olímpia, onde recebiam uma coroa com ramos de oliveira entrançados, Delfos com uma coroa de louros, Nemeia com uma de raízes de aipo e Corinto com uma coroa de pinheiro.
Nos santuários menores, os vencedores eram recompensados com presentes de grande valor, pelo que os Jogos atraíam verdadeiros profissionais, no fundo análogos aos nossos actuais desportistas de alta competição que, de amadores, apenas têm o nome.
Em Olímpia chegavam a ter cerca de 40 mil espectadores, e apenas uma mulher, a sacerdotisa do santuário local, tinha direito a assistir, já que os jogos estavam interditos às mulheres, mesmo como meras espectadoras.
Conta-se que uma delas, Kallipatera, foi uma excepção à regra. Era da famíla (filha?) de Milo de Crotone, seis vezes vencedor dos Jogos, e quis assistir sob um disfarce masculino às evoluções de seu filho de que ela própria havia seguido os treinos. Pois tendo este ganho uma prova, Kallipatera deixou cair a túnica com a emoção, revelando o sexo. Em atenção à sua família prestigiosa não foi punida mas, depois dela, foi decidido que os treinadores se deveriam apresentar nus à semelhança dos atletas.
E apenas para terminar, que o escrito começa a alongar-se, deixo outras curiosidades de forma breve. Os competidores apresentavam-se nus e com o corpo untado de óleo, que eliminavam rapidamente, tal como a areia, assim que terminavam as provas. Estas eram acompanhadas por um tocador de flauta que marcava o ritmo dos exercícios como o lançamento do disco ou as provas do pentatlo.
A pista de corridas era muito mais larga do que a actual e nela podiam competir ao mesmo tempo vinte corredores.Interessante ainda será saber-se que as provas se dividiam segundo a idade dos participantes e eram de 3 tipos: musical, gímnico e hípico. A competição musical, que mais tarde passou a ser um concurso independente, consistia na récita de poemas de Homero acompanhados pelo som de uma cítara.
Os Jogos de Olímpia e todos os outros foram abolidos pelo imperador romano Teodosius I no ano de 393, depois de mais de mil anos de existência, por influência do bispo de Milão, Santo Ambrósio, que queria assim acabar com os rituais pagãos e uma certa violência que sempre se instalava durante as competições.
Só em 1896 é que o barão Pierre de Coubertin reavivou a tradição olímpica ao inaugurar em Atenas os primeiros J. O. da Era Moderna, com a esperança de que contribuíssem, tal como os seus antecessores, para uma aproximação entre os povos. O certame durou 10 dias com a presença de 285 atletas de 13 países.
Hoje, 2008, pergunto-me onde estão os ideais olímpicos retomados por Coubertin há 112 anos!
Texto de Jorge P.G. Fontes: textos avulsos de Homant, Y.; http://www.bbc.co.uk/schools/ancientgreece/classics/olympics/intro.shtml (Site que aconselho vivamente aos mais novos)