sexta-feira, 27 de junho de 2008
WHISKERS MAGAZINE nº 12 - onde a notícia chega sempre primeiro
CHEGOU 1 DIA MAIS CEDO A SUA REVISTA DESTA SEMANA!
A WHISKERS MAGAZINE, GRATUITA e LIVRE!
1ª Conferência de Imprensa de Scolari em Londres.
Chelsea F.C. News - Mr. Scolari, are you happy now that you came to work in a more developped country?
Scolari - Yes, yes!
TUSA Correspondent in London - Please tell us, why did you sign for Chelsea?
Scolari - Money, money, money.
BBC1 - Mr. Scolari, how come did you punch a player's face right on the pit with everybody watching you?
Scolari - Love. Yes, love!
Sky Sport - When do you intend to start speaking accurate English?
Scolari - Good, yes, love boss.
The Guardian - How do you expect to communicate with the squad while your English is not good enough?
Scolari - Love, ué!
Evening Post - Mr. Scolari, is it true that you advised Ronaldo to move away to join Real Madrid?
Scolari - Boss Chelsea good money Ronaldo Real Madridji . E é tudo, caras, que tá na hora de pegar minha aulinha de Inglêis. LOVE CHELSEA boss good money, yes.
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Publicação nº 594 - O Sino da Aldeia - Jorge P.G.
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junho 27, 2008 -
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terça-feira, 17 de junho de 2008
E ASSIM VAI O MUNDO...
AOS AMIGOS que têm feito o favor de por cá passar:
Os que são professores e especialmente aqueles bafejados com a desdita do cargo de Director de Turma sabem bem o que são os finais de ano lectivo. De ano para ano, as incumbências burocráticas e o número de papéis a preencher aumentam de tal forma que o Director de Turma, hoje, é um Faz-Tudo que por tudo é responsável, mesmo pelas possíveis asneiras de outros. Assim sendo, os níveis da minha paciência estão no ponto mais reduzido do ano. Acresce que tenho que preparar as férias, que são sempre organizadas à nossa maneira, sem agências nem agentes. Apelo à vossa compreensão mas durante algum tempo vou estar mesmo concentrado em outro mundo. Talvez possa publicar alguma coisa e/ou visitar alguém nos próximos dias, mas nada prometo.
UM GRANDE ABRAÇO AOS AMIGOS DO SINO DA ALDEIA e de outros espaços que oriento ou de que sou co-autor.
Até já! Jorge
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Vou contar uma fábula à grega que li recentemente e cujo autor é um brasileiro de quase 60 anos, que começou a sua carreira como office-boy na antiga fábrica da Cica. Formou-se em Administração de Empresas e foi escolhido como um dos 30 Executivos Mais Cobiçados do Mercado em pesquisa do jornal Gazeta Mercantil, em Janeiro de 1999. Foi um dos cinco finalistas do prémio «Top of Mind» em 2005 e 2006 na categoria de Palestrante.
Em 1999, no auge de uma carreira bem-sucedida que o levou à direcção de grandes empresas como a Pepsi, a Elma Chips e a Pullman, Max Gehringer tomou uma decisão raríssima no mundo empresarial: abriu mão do poder e das mordomias de alto executivo para se dedicar a escrever e a fazer palestras pelo Brasil. Foi colunista das revistas Você S.A., Exame e VIP, todas publicadas pela Editora Abril e hoje escreve para a revista Época e Época Negócios, ambas da Editora Globo.
O humor e a sensibilidade dos textos de Max vêm da sua vivência prática num mundo que ele conhece degrau por degrau, desde o seu primeiro emprego, aos doze anos, como auxiliar de limpezas, até o último, como presidente da Pullman. Escritor, colaborador da CBN e Exame, possuindo vasta experiência em gestão empresarial, no ano de 2007 a Editora Globo lançou o livro «O Melhor de Max Gehringer» na CBN - Vol. 1 - Col. Vida Executiva. Actualmente desenvolve palestras motivacionais e de liderança.
Fábula grega em dois actos.
Latrodectus - a célebre viúva-negra Personagens:
o Gafanhoto stressado e a Aranha bem-intencionada.
Cena um: O Gafanhoto tenta convencer a Aranha de que um colega de trabalho dos dois, o Camaleão, é um hipócrita de primeira.
- Esse Camaleão é um fingido, Aranha, sempre mudando de cor conforme a ocasião.
- Mas essa não será só a natureza dele, Gafanhoto? Ele não foi criado desse modo?
- Nada! Antigamente, ele fazia o mesmo que nós, dava no duro para ganhar a vida. Depois, ficou esse artista em tempo integral, sempre escondido atrás de disfarces e artimanhas.
- Mas por que motivo ele faria isso?
- Para tirar proveito da situação. Ele fica ali, na moita, com aquela cara inofensiva, mas, na primeira oportunidade, abocanha os descuidados.
- Ena, é verdade. Eu que passo horas tecendo a minha teia, com o maior desvelo…
- E eu, que fico a saltar de um lado para outro sem parar?! É por isso que vivo stressado. Se me distraio, o Camaleão solta a língua e pega-me.
- É mesmo. Se você não me abre os oito olhos, eu nunca teria pensado nisso.
- Por que você é simples e bem-intencionada. Sabe como se chama ao que o Camaleão está a fazer? Competição desleal no local de trabalho!
- Faz sentido. Você é um sábio, Gafanhoto.
- Obrigado, Aranha. Mas o ponto é que não podemos, nunca, confiar no Camaleão.
- Será que não haveria um jeito de neutralizá-lo?
- Bom, para benefício mútuo, eu acho que tenho um plano infalível.
- Tem? – Perguntou o gafanhoto.
- Tenho. Escute.
Cena dois: O Gafanhoto aproxima-se para escutar o plano da aranha e enrosca-se na teia. Imediatamente ela o pica e começa a embrulhá-lo para o almoço.
- O que está a fazer, Aranha? Nós não somos colegas e parceiros?
- Não leve a mal, meu caro Gafanhoto, mas essa é a lei aqui da selva: boa intenção é uma coisa e prioridade pessoal é outra…
Conclusão minha : O senhor Gehringer não terá chegado longe por acaso. Ele sabe do que está a falar!
Publicação nº 593 - O Sino da Aldeia - Jorge P.G.
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junho 17, 2008 -
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sábado, 14 de junho de 2008
WHISKERS MAGAZINE - nº 11
Os nossos repórteres bem tentaram, esforçados e profissionais como sempre. Mas desta vez nem a Whiskers conseguiu furar o voto de silêncio dos marchantes. Todos responderam: «Só falo do meu futuro depois do Europeu!»
Assim sendo, aqui vos deixamos mais umas fotos dos interiores... da revista.
Publicação nº 592 - O Sino da Aldeia - Jorge P.G.
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junho 14, 2008 -
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quinta-feira, 12 de junho de 2008
12 de JUNHO de 1898 - A PRIMEIRA INDEPENDÊNCIA DAS FILIPINAS
Exactamente há 110 anos deu-se a proclamação da primeira independência das Filipinas no termo de um levantamento contra a Espanha, potência colonial na altura. Em memória deste acontecimento, o 12 de Junho é hoje O Dia Nacional do País.
A rebelião do arquipélago contra o governo espanhol havia sido encorajada secretamente pelos Estados Unidos, que tinham entrado em guerra contra Espanha umas semanas antes... mas sem que tivessem intenção de libertar de facto as Filipinas.
BREVE HISTÓRIA DAS FILIPINAS
O arquipélago manteve-se à margem das grandes civilizações até à sua ocupação pela Espanha no século XVI, no reinado de Filipe II, o mesmo que viria a ser Filipe I de Portugal por breves anos, e que deu ao território ocupado o seu próprio nome. Os colonizadores introduziram então a religião católica, fazendo das Filipinas o principal estado cristão da Ásia. Durante a época colonial, as terras eram distribuídas oficialmente a particulares espanhóis e à Igreja. A administração provinha do vice-rei do México, o que tornava as Filipinas uma colónia de outra colónia!
Ora, a 7 de Julho de 1892, Andres Bonifacio fundou a Katipunan, primeira organização independentista de peso que lançou uma insurreição em Agosto de 1896 abafada, no entanto, uns meses depois. Andres Bonifacio foi morto por um rival, Emilio Aguinaldo(na foto), que tomou a chefia dos independentistas.
Surgiu então a guerra hispano-americana em 1898. Os Estados Unidos prometeram ajuda às Filipinas, pelo que estas alinharam ao lado dos americanos e proclamaram a independência do país.
No dia 1º de Maio, a esquadra americana do Pacífico, sob as ordens do Comodoro Dewey, entrou nas águas do porto de Manila destruindo a frota espanhola do Almirante Montojo sem sofrer uma única baixa! Tal fez com que uns meses mais tarde os espanhóis abandonassem o arquipélago.
Após este êxito tão fácil, o presidente americano William McKinley enviou uma armada de mais de cem mil homens para tomar posse das Filipinas... e reduzir a cinzas as promessas feitas aos independentistas.
Após a partida dos espanhóis, Emilio Aguinaldo havia convocado um congresso nacional para estabelecer as bases fundadoras da nova República. Porém, depois do Tratado de Paris que lhes entregou as antigas colónias espanholas, os americanos recusaram-se a reconhecer a independência filipina, contrariamente ao que haviam prometido.
Aguinaldo apercebeu-se então de que tinha sido vítima de uma fraude e a 4 de Fevereiro do último ano do séc XIX voltou-se contra os novos colonizadores, que reagiram violentamente e cuja repressão ocasionou cerca de 200 mil vítimas!
Até que, em 1902, finalmente, os Estados Unidos concederam a eleição de um Parlamento filipino. A autonomia veio a ser acordada apenas em 1934 e a independência tornou-se efectiva só em 1946, após uma fortíssima ocupação japonesa. Fontes: Savès, J. - "Crépuscule de l'empire espagnol"(traduzido e adaptado por Jorge P.G.) Imagens: colhidas na fonte e na Net.
Publicação nº 592 - O Sino da Aldeia" - Jorge P.G.
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junho 12, 2008 -
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segunda-feira, 9 de junho de 2008
O TRABALHO
POIS É, NO ANO PASSADO, SÓ ME LEMBREI JÁ ERA DIA 18! Mas este, vá lá, não me esqueci... O Sino da Aldeia faz dois anos, nesta 3ª feira, dia 10 de Junho. Como não ligo a comemorações, apenas deixo aqui uns foguetes no ar, que não tenho tempo para mais. Obrigado a todos os que ajudaram a manter o blogue durante estes 731 dias. UM ABRAÇO. - Jorge, o sineiro.
Meus amigos, chega de Futebol, Fado, Fátima e Forrobodó, a nova trilogia de 4 elementos oferecida ao povo. É tempo de vos convidar a que Não trabalhem. E para dar o exemplo, fui ao meu antigo Ab Initio e de lá retirei esta reflexão que vos convido a comentar. Boas criações e boa semana de Não-trabalho! - Jorge
"O trabalho foi aquilo que o homem achou de melhor para nada fazer da sua vida. Mecanizou, quando se tratava de inventar uma constante vivacidade. Privilegiou a espécie à custa do indivíduo, como se fosse preciso, para perpetuar o género humano, uma pessoa renunciar à fruição de si mesma e do mundo produzindo a sua própria desumanidade. O estado planetário de ruína, isto a que conduziu a transformação da natureza humana numa matéria morta, mereceria ilustrar, nos futuros museus da barbárie arcaica, a salutar advertência: «Aprendam a criar, nunca trabalhem!»" in A Economia Parasitária, Raoul Vaneigem Desenhos de Roland ROURE
Publicação nº 591 - O Sino da Aldeia - Jorge P.G./o sineiro
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junho 09, 2008 -
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sábado, 7 de junho de 2008
WHISKERS MAGAZINE nº 10 - onde a notícia chega sempre primeiro
Publicação nº 590 - O Sino da Aldeia - Jorge P.G.
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junho 07, 2008 -
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quarta-feira, 4 de junho de 2008
VENEZA - BEBA ÁGUA DAS FONTES !
Se há algo que muito dificilmente faltará em Veneza é a água, e as entidades oficiais estão agora a convidar os turistas a que encham as suas garrafas plásticas com a água fresquinha das inúmeras fontes da cidade. Segundo li no The Guardian e confirmei no El Mundo, espanhol, a partir de hoje, dia 5 de Junho, numa praça próxima da Piazzale Roma, aonde chega a maioria dos turistas, estes são recebidos com a oferta de um kit que consiste de uma garrafa vazia de água e um mapa indicativo das 122 fontes de Veneza onde poderão enchê-la e reenchê-la com água boa e gratuita.
As garrafas serão etiquetadas com a análise química do precioso líquido que corre das fontes venezianas e as autoridades locais classificam como "água super-segura", sendo ainda veiculadoras do slogan: "Não me deite fora, reutilize-me !".
As autoridades locais calculam em 18 a 19 milhões o número de visitantes anuais de Veneza. Muitos vagueiam pelas suas praças e ruelas debaixo de um sol abrasador. Mas os milhões de garrafas plásticas deixadas pelos turistas aumentam grandemente os já acentuados problemas da gestão dos resíduos na cidade.
O tema foi inicialmente abordado pela Igreja católica. Em Fevereiro, o patriarcado de Veneza apelou aos fiéis para que rejeitassem as águas minerais descartáveis, acrescentando o centro de vida da diocese que o objectivo deveria ser "reavivar o sentido de responsabilidade pela salvaguarda da criação".
Os italianos sãp os maiores consumidores de água engarrafada do mundo, de acordo com o Washington DC-based Earth Policy Institute. Em 2006, ingeriram uma média de 246 litros por pessoa, o que era mais do que a média dos Emiratos Árabes Unidos ou o México.
Assim, a Câmara de Veneza espera que esta campanha dê frutos junto dos habitantes e dos turistas, especialmente numa altura em que a economia italiana está a desacelerar. As autoridades referem ainda que a água corrente custa apenas 9 cêntimos por litro.
Este projecto, custeado pela edilidade, está a ser montado para que coincida com o Dia Mundial do Meio Ambiente das Nações Unidas, se bem que este ano a principal finalidade dessa iniciativa seja a redução das emissões de carbono.
Não sendo Lisboa, ou o Porto, cidades de mil e uma fontes com água de alta qualidade, como Veneza, ou Roma, por exemplo, que tal seguirmos este bom exemplo de real acção em defesa do meio ambiente, começando pela melhoria acentuada da qualidade da nossa água corrente? É que os bons exemplos devem ser seguidos sem complexos, senhores autarcas das grandes cidades portuguesas! Os maus é que não! Publicação nº 589 - O Sino da Aldeia - Jorge P.G.
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junho 04, 2008 -
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segunda-feira, 2 de junho de 2008
UMA GRANDE E ESQUECIDA TRAGÉDIA MARÍTIMA
Foi no mar Báltico que, no dia 30 de Janeiro de 1945, se chorou uma das maiores catástrofes marítimas da História, senão mesmo a maior delas, e que provocou cerca de 10 mil vítimas. Na Suiça, um alemão chamado Wilhelm Gustloff tinha sido levado à chefia do Partido nazi local, após as suas demonstrações de enorme zelo anti-semita, tendo sido morto em 1936, na localidade de Davos, por um jovem activista judeu, David Frankfurter. Hitler decidiu, então, baptizar com o seu nome, Wilhelm Gustloff, um navio que estava a ser construído e em fase de acabamentos.
O Wilhelm Gustloff no cais de Gotenhafen
O «Wilhelm Gustloff» foi lançado à água a 7 de Maio de 1937 na presença da viúva do herói e de Adolf Hitler.
Tratava-se de um paquete de cruzeiro de grandes dimensões(208x24metros), concebido para o transporte de 1865 pessoas, e sem classe de luxo, contrariamente aos hábitos da época. Até finais dos anos 30 fez vários cruzeiros, constituindo um orgulho para a Alemanha nazi.
Após a declaração de guerra de 1939, foi transformado em navio-hospital e serviu para o repatriamento dos feridos da campanha da Noruega de 1940. De seguida, foi atracado ao cais do porto de Gothenhafen(Prússia oriental), onde o utilizaram desde então como caserna flutuante.
No começo do ano de 1945, raros eram aqueles que alimentavam ainda ilusões sobre o andamento da guerra. Na Alemanha oriental, uma multidão de refugiados civis e militares fugia do avanço dos exércitos soviéticos. Muitos deles haviam sido colocados a bordo do paquete que levantou âncora do porto de Gotenhafen na manhã de 30 de Janeiro. Esperavam poder atingir Hamburg, ainda liberto de qualquer ocupação. Da lista oficial constavam 6 050 pessoas a bordo: membros da tripulação, soldados e refugiados. No entanto, este número era bastante superior, passando mesmo das 8 000 pessoas e, segundo recentes pesquisas de Heinz Schon, este avançou mesmo com a soma de 10 050 passageiros! Passageiros do paquete num cruzeiro em 1938
Os submarinos russos estavam assinalados desde a primeira noite. Três deles foram localizados e considerados como sendo «sem risco». Um quarto, o S-13, sob o comando de Alexander Marinesko, ficara no raio de Turku, na Finlândia, sem se juntar à sua esquadra. O comandante era tido como homem difícil de controlar, levado pelo vodka e pelas mulheres.
Após alguns dias de patrulha, lançou cabo em Leninegrado, avançando a informação de que tinham "cruzado as águas próximas do covil fascista, mas nenhum dos seus cães ousou mostrar-se".
No navio, na noite de 30 de Janeiro, um marinheiro surgiu com uma mensagem via-rádio na qual se informava que uma formação de draga-minas fazia rota na direcção do Wilhelm Gustloff. Imediatamente o comandante ordenou que se acendessem fogos de posição para evitar uma colisão - sendo que, na realidade, os obstáculos assinalados não existiam.
Por infelicidade para o paquete, o submarino S-13 encontrava-se na altura em patrulhamento a poucas milhas do local e o seu oficial-de-dia logo assinalou a presença dessa inesperada proa. Marinesko fez armar quatro torpedos chamados «Pela mãe-pátria», «Por Staline», «Pelo povo soviético» e «Por Estalinegrado».
Dois dos torpedos, pelo menos, atingiram a casa das máquinas e em menos de uma hora o orgulhoso paquete dos nazis foi inundado, ocasionando o pânico geral.
Segundo o testemunho de Ursula Resas, as mulheres abandonavam os filhos para escaparem mais rapidamente e os marinheiros, de pistola em punho, reservavam o acesso às escadas para os escaleres de salvação às mulheres e crianças.
O mecânico Johann Smrczek tinha atingido a ponte superior fazendo escalada sobre os feridos da frente oriental. "Foi lá que me dei conta do drama que se desenrolava na parte de baixo. Através dos vidros blindados, não conseguia ouvi-los gritar, mas as pessoas estavam apertadas como sardinhas em lata e a coberta inferior inundada já de água até meio. E vi clarões de tiros, matando os oficiais as suas próprias famílias." - afirmaria depois o mecânico. 996 sobreviventes foram recolhidos por navios que acorreram à tentativa de salvamento.
Esta catástrofe de amplitude sem precedentes foi mantida numa quase ignorância, no meio de tantas outras tragédias vividas pelos refugiados alemães da Europa central e oriental nessa época.
Para além disso, o extermínio dos Judeus, tornado público na mesma altura, fez tornar quase ridícula, por comparação, qualquer referência aos sofrimentos dos alemães dentro do seu próprio país. Mas eles aconteceram, também.
Fontes e Fotos: - Grass, Günther - "Im Krebsgang" (Steidl Verlag, Gengen 2002). - Vital-Durand, G. - "Le torpillage du Wilhelm Gustloff"
- Adaptação de Jorge P.G.
Publicação nº 587 - O Sino da Aldeia - Jorge P.G.
Sino tocado em
junho 02, 2008 -
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