sábado, 31 de maio de 2008
WHISKERS MAGAZINE nº 9 - onde a notícia chega sempre primeiro
A BLOGOSFERA E OS BLOGUISTAS TAMBÉM EXISTEM PARA ISTO. Já depois de terminada a edição nº 9 da WHISKERS, fiquei a saber que a nossa amiga brasileira Elisabete Cunha foi vítima, ontem à tarde, de um assalto no seu carro no decurso do qual recebeu um tiro num ombro quando tentava defender-se dos meliantes. Pede a sua irmã que façamos uma corrente pela sua total e rápida recuperação. Como podia eu negar tal corrente?! PELA SAÚDE DA ELISABETE! O seu blogue é o "Encanto" e está aí ao lado na lista dos blogues por onde vou passando.
Deixo-vos agora com a WHISKERS desta semana, porque, embora triste, The Show Must Go On.
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PÁGINA INFANTIL - «A MALDIÇÃO DAS 3 LARANJAS» Era uma vez, há muitos, muitos anos, ainda a TV era a preto-e-branco e os computadores uma miragem, um imenso laranjal onde viviam felizes as laranjinhas que então medravam e vitaminavam o reino. Esse laranjal situava-se no palácio do rei, incontestado e amado por seus súbditos, respeitado mesmo pelos reinos vizinhos. Porém, num dia cinzento de Dezembro, el-rei se finou, vítima da queda do corcel alado em que viajava para falar ao povo numa grande cidade do reino. A partir de então, o laranjal, de viçoso e produtivo, passou a produzir laranjinhas cada vez mais raquíticas e desprovidas de sumo, de pele manchada por estranhas rosetas e com espinhos nascendo nos ramos outrora vigorosos e lisos onde os passarinhos cantavam alegres de manhã ao pôr-do-sol. A tudo o povo assistia sem poder compreender o que estava a acontecer àquele belo laranjal que lhes servira de esperança em nunca passar fome e sede. À cadeira do poder real foram subindo outros reis e novas cortes se constituindo. Cada um deles prometera voltar a dar ao laranjal os apetecíveis e sumarentos frutos de outras épocas. Foi voando o tempo e crescendo a praga, porém. Nada nem ninguém conseguia devolver às laranjinhas a frescura e saudável aspecto dos tempos de el-rei Primeiro. Cresciam mirradas e os espinhos e rosetas tornavam-nas imprestáveis para consumo do povo. Chamados mágicos e adivinhos, um houve que um dia descobriu que, no meio do laranjal, havia crescido uma rosa, recoberta de espinhos e sem cheiro que a denunciasse aos tratadores da corte. - Foi ela que contaminou o vosso laranjal, afirmou o adivinho. A maldição de que sofre veio dela e agora, pouco ou nada poderá fazer-se.
Tocou o sino a rebate o sineiro, correu o arauto anunciando as más novas ao povo que, distraído com novas promessas e aventuras, às palavras do arauto fez orelhas moucas. Já não era só o laranjal que sofria com a praga mas toda a população do reino. Conduzidos então por um tirano mentiroso mas hábil, os súbditos não mais quiseram saber do laranjal, abandonado e transformado aos poucos num jardim de espinhos e rosas desbotadas, sem préstimo nem beleza.
Até que um dia, três laranjas sobraram, (e não quatro, como por vezes se dizia, pois que a pretensa quarta nem se via de tão pequena): uma, já carcomida pelos anos, de pele rugosa e seca; outra, que estivera para cair já por várias vezes mas que conseguira manter-se agarrada à árvore por finos mas resistentes lios; e uma terceira, mais nova de aspecto e menos manchada pela maldição das rosetas, mas ainda assim demasiado jovem para lograr deitar sumo. As três teimavam em querer dizer que, então, sim, chegara a hora de recuperarem a força dos dias lindos do laranjal. Ninguém nelas acreditou. O povo entretinha-se com futebóis e novelas de alcova, de pouco mais se queixando do que do custo galopante do alimento para os cavalos, enquanto as rosas que todo o território contaminavam pareciam olhar desdenhosamente para aquelas tolas e mirradas laranjitas, contemplando do alto a populaça que marchava a pé para o trabalho.
Amaldiçoadas, também as três acabariam por fenecer à medida que o reino ia sendo trespassado pelo habilidoso tirano a novos e poderosos senhores que, de longe, tudo comandavam de facto há já tempos. Historinha de Jorge P.G.
EXTRA
Publicação nº 586 - O Sino da Aldeia - Jorge P.G.
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maio 31, 2008 -
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quinta-feira, 29 de maio de 2008
NO MUNDO DA FANTASIA - FADAS E ELFOS
Elas fazem parte da nossa infância e mesmo da criança que em nós nunca cresceu. São as fadas, esses seres fantásticos que os mais velhos temiam chamar pelos seus nomes, acreditando que estes invisíveis seres eram avessos a deixar-se descrever e catalogar com muita precisão.
Tinkerbell, a companheira do Peter Pan criado pelo romancista e dramaturo escocês Sir James Matthew Barrie e que a Disney tornou a mais famosa das fadas.
Fadas e elfos, seus companheiros masculinos, reflectem os nossos medos e as nossas esperanças e vivem no coração das crianças, nas lendas locais, no folclore e nos contos fantásticos que as longas tradições dos nossos antepassadoos nos legaram. Vivem no seio da Natureza, selvagem de preferência, onde são hóspedes e guardiões. Fadas e elfos distinguem-se de acordo com os países e as culturas em que habitam. Os franceses são muito cartesianos neste assunto, e para eles, as fadas são sempre do sexo feminino, ao contrário dos elfos. Já nos países anglo-saxões uma "fairy" tanto pode ser uma pequena fada, como um duende, um gnomo, um elfo. Para eles, elfos e fadas têm a mesma origem e, por isso, é legítimo empregar ambos os termos, sem distinguir sexo ou aparência. Mas, o que é uma fada? Existem vários tipos: do tamanho e aparência de humanos, distinguindo-se destes apenas pela sua enorme beleza sobrenatural e mágicos poderes; outras têm corpo, rosto e tamanho de crianças de seis a dez anos; e há as que têm tamanhos minúsculos e corpos translúcidos geralmente com asinhas de borboleta ou libélula, com uma pele colorida, em tons pastel, confundindo-se com as flores e as plantas de que são guardiãs. As de aparência humana são o reaparecimento das antigas deusas pagãs, como Afrodite ou Vénus. Encarnam a mulher ideal e personificam a alma que assola o coração do homem. São uma espécie de sacerdotisas, as grandes feiticeiras da Idade Média, tornadas intocáveis pelos seus poderes mágicos. As pequenas fadas são manifestações do mundo da poesia, da fantasia, do imaginário, a menos que sejam espíritos dos bosques e das flores, os espíritos dos elementos que povoam a Natureza. A literatura da Idade Média ensinou-nos que elas têm uma singular beleza e aquelas vestes longas e coloridas a branco, azul, dourado e sobretudo verde, sempre com aquela varinha mágica com uma estrela, símbolo do seu poder fantástico. Seduzem os corações tanto das crianças quanto dos homens, que por elas se perdem de amores. A fada assim descrita parece-se mais com a princesa dos contos que o herói deve conquistar e desposar.Os elfos são espíritos dos elementos do ar, ligeiros e diáfanos, com o poder de voar por entre as folhagens das árvores. Vestem-se totalmente de verde para melhor se confundirem com as folhagens e tocam uma música maravilhosa deixando o vento soprar nos ramos das árvores. Tal como as fadas, são dotados de poderes sobrenaturais e são mensageiros entre este e o Outro Mundo. Próximos dos anjos pelas suas funções e manifestações, de corpos finos e quase imateriais que os podem levar a aparecer e desaparecer a cada momento, estão no centro do antigo paganismo. Tal como as suas companheiras fadas, desempenham um papel no equilíbrio, saúde e desenvolvimento das plantas. Procuram a luz do sol e adoram música de sons suaves, harmoniosos, apaziguadores.
Com o passar dos séculos, o povo dos elfos e o dos homens afastaram-se um do outro, evoluindo em universos separados que só excepcionalmente se encontram. O pacto com as forças invisíveis foi quebrado: um pacto que outrora unia o homem aos espíritos, aos deuses e à natureza. Diz-se que um dia esse pacto será refeito e os elfos sairão dos seus esconderijos subterrâneos e estabelecerão uma nova aliança com os homens, no seio de uma Natureza reencantada. A fadas são os agentes da fecundidade, do poder, da realização plena do ser. São os símbolos da nossa evolução e realização pessoal, mas símbolos que agem e são eficazes. Mesmo se invocadas em vão nunca deixam de responder. Mas no fundo elas só nos ajudam a realizar o único objectivo que nos deverá interessar: sermos nós próprios. Para alcançarmos essea finalidade derradeira, bastar-nos-á abrir a porta que nos levará ao reino encantado: O reino das fadas e dos elfos.
Fontes: - Dubois, Pierre, "La grande encyclopédie des fées" - Hoëbeke,1996 - Scott, Michael, "Irish folk & fairy tales", Warner Books,1989 - Texto traduzido e adaptado através de Brasey, Édouard, "Fées et Elfes",Editions Pygmalion, 1999 Fotos: Colhidas na Net
Publicação nº 585 - O Sino da Aldeia - Jorge P.G.
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segunda-feira, 26 de maio de 2008
OS LIVROS - DOS COPISTAS À INTERNET
PEÇO DESCULPA AOS HABITUAIS AMIGOS DO SINO DA ALDEIA, MAS HOJE UM PROBLEMA DE SAÚDE IMPEDE-ME DE VOS RESPONDER OU VISITAR. FOI COM ALGUM SACRIFÍCIO QUE PUBLIQUEI ESTE NÚMERO, E AINDA ASSIM, SÓ PORQUE ESTAVA EM PARTE JÁ ALINHAVADO. AGRADECIDO PELA VOSSA COMPREENSÃO E FICA A PROMESSA DE QUE LOGO QUE POSSA RETOMAREI A HABITUAL ACTIVIDADE DE RESPOSTAS E VISITAS. ENTRETANTO, O MEU AGRADECIMENTO PELO VOSSO GENEROSO INTERESSE PELA MINHA SAÚDE. BEM-HAJAM!
Foi há já mais de 36 anos(!), mais precisamente em 15 de Novembro de 1971, que nasceu o microprocessador. Na revista Electronic News a firma «Intel» anunciou então "um computador microprogramável num chip". O inventor, Marcian E. "Ted" Hoff, teve a ideia de associar num minúsculo suporte todos os circuitos que constituem um computador. Este microprocessador 4004, com um tamanho de 3,2 mm, era capaz de efectuar até 60 mil operações por segundo. Entrou-se definitivamente na era dos computadores. A partir dessa altura, a evolução tem sido o que sabemos e hoje acontece que a informação está ao alcance de dois ou três toques nas teclas de um computador. Os livros, que até então armazenavam a informação e veiculavam a cultura, começam agora a ser artigos de culto e de prazer, mas não indispensáveis para se poder ler uma obra ou consultar uma enciclopédia. Uma tipografia posterior a Gutenberg, de cerca de 1530. Pois os livros, que sempre existiram como fontes essenciais da transmissão de conhecimentos, tiveram um avanço extraordinário quando Johannes Gensfleisch, que ficou conhecido como Gutenberg inventou a impressão, criando a primeira tipografia, em meados do séc. XV. Gravador em madeira, Gutenberg conseguiu aperfeiçoar um método de gravação à base de caracteres móveis em chumbo. Com a impressão por este método, os homens descobriram uma forma barata de leitura e também a utilidade de mecanizar o trabalho manual. Imagine-se o que terá sido, na época, poder-se ler algo que não tivera de ser copiado à mão durante longas e longas horas. Que avanço extraordinário para o ensino, para a cultura!
No início da Idade Média os livros eram fabricados um a um em mosteiros especializados, como se poderá ver no excelente filme "O Nome da Rosa", de Jean-Jacques Annaud. A partir dos anos 1200, os mosteiros passaram a entregar esta actividade a oficinas de laicos instaladas perto das universidades. Os copistas recopiavam os textos com uma caneta de pena de ganso sobre as folhas de pergaminho ou de papel, a partir de um original, enquanto os iluministas ornamentavam as páginas com delicadas miniaturas em cores vivas. À l’occasion du premier Mai, fête de l’amour, on se rend en cortège dans la forêt voisine pour cueillir des rameaux. «Le Dieu d’Amour est coutumier À ce jour, de fête tenir, Pour amoureux cœurs fêter Qui désirent de le servir ; Pour ce fait les arbres couvrir De fleurs et les champs de vert gai, Pour la fête plus embellir, Ce premier jour du mois de Mai » (ballade de Charles d’Orléans, citée par Jean Dufournet). Les musiciens annoncent les festivités. Les nobles coiffés de couronnes de feuillages parcourent la campagne. En tête Jean de Bourbon, gendre du duc de Berry, en tenue rouge, blanc et noir. Derrière lui, des jeunes femmes en longues robes vertes, la livrée de Mai. Au-dessus des arbres, on distingue une somptueuse résidence, sans doute le Palais de la Cité, à Paris. O "canto do cisne" das iluminuras foi "Les Très Riches Heures", um trabalho encomendado aos irmãos de Limbourg, Paul, Jean e Herman, pelo duque Jean de Berry, um dos irmãos do rei Charles V. Tratava-se de um «Livro de Orações», que foi realizado desde 1410 até... 1485! Tendo os irmãos falecido no mesmo ano do seu mecenas, em 1416, o trabalho passou por outros iluministas como Barthélémy d'Eyck, da Flandres, e Jean Colombe, estabelecido na Savóia. A obra ficou pronta justamente quando eclodiu a técnica de impressão da oficina de Gutenbeg, razão pela qual foi, digamos, a última e igualmente a mais célebre das iluminuras ocidentais, já que os artistas iranianos ainda prolongaram esta arte até ao séc. XVII. O manuscrito está hoje conservado no belíssimo Musée Condé, em Chantilliy.
Os mosteiros e os ateliers laicos cobravam, assim, a preços de ouro os manuscritos que lhes eram encomendados por burgueses ricos ou membros da realeza. Porém, no séc. XV, na época de Gutenberg, a cópia de manuscritos já não satisfazia as necessidades de leitura e de aprendizagem de um número crescente de estudantes e eruditos que existiam na Europa. Com o seu sócio Johann Fust, Gutenberg fundou em Mayence um atelier de tipografia e ao cabo de um intenso labor, conseguiu em 1455 a Bíblia "de quarenta-e -duas linhas", que ficou conhecida pela Biblia de Gutenberg. Deste primeiro livro impresso saíram algumas dezenas de exemplares, tendo de imediato recolhido um êxito fantástico, que se viria a repetir com muitas outras obras.
A tipografia difundiu-se, então, com tal rapidez e aceitação por toda a Europa que é difícil não a compararmos ao sucesso hodierno da Internet. Calcula-se que 15 a 20 milhões de livros tenham sido imprimidos ainda antes da entrada do séc. XVI (num total de mais de 30 mil edições). Desse número, 77% eram escritos em latim e cerca de metade era de carácter religioso. Tinham na altura o nome de incunábulos (do latim incunabulum, que significa 'berço').
Com esta expansão da leitura, naturalmente que os homens começaram a conhecer e a interrogar-se sobre muito do que apenas alguns iluminados sábios e clérigos lhes haviam transmitido como verdades absolutas. A instrução e o espírito crítico desenvolveram-se obviamente.
Assim, não é de admirar que meio século após a invenção da imprensa se tenha vindo a produzir a primeira grande fractura intelectual na cristandade ocidental com a Reforma de Lutero e o emergir do protestantismo. Texto: Jorge P.G. Fontes: Innovations et vie quotidienne - A. Larané : Fotos: Google, Net.
Publicação nº 584 - O Sino da Aldeia - Jorge P.G.
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maio 26, 2008 -
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sábado, 24 de maio de 2008
WHISKERS MAGAZINE nº 8 - onde a notícia chega sempre primeiro
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DAS PÁGINAS INTERIORES, APRESENTAMOS...
O VERDADEIRO CULPADO DA CRISE, ESSE FENÓMENO TÃO LUSITANO. OS LEITORES MAIS FIÉIS DA WHISKERS SABEM BEM O QUANTO SE ESFORÇAM OS NOSSOS REPÓRTERES, POR ENTRE MIL PERIGOS E PRIVAÇÕES, PARA QUE VOCÊ SAIBA SEMPRE A ÚLTIMA VERDADE ANTES QUE OS OUTROS SEQUER SUSPEITEM.
Pois bem, O VERDADEIRO CULPADO DA NOSSA CRISE, INSTITUIÇÃO LUSA DE RENOME, FOI.... O ALFONSO VI DE CASTELA E LEÃO !
Homem de poucas falas, várias manhas e muitas mulheres, o Bravo terá casado umas cinco vezes e ficado noivo uma outra, para lá de ter tido diversos affaires fora do santo matrimónio. Ele foi uma pequena da Aquitânia, a Inês, a quem deu um chega-p'ra lá quando descobriu que era estéril; negociou o noivado com a Águeda da Normandia, que era filha do William I da Inglaterra, mas que, ao que se sabe, até morreu com o desgosto de pensar que tinha de casar com ele, pois parece que gostava era de outro, mais moço, que o Alfonso já entrara nos entas... enfim, era aquilo a que se chama em bom português... um "putanheiro"! Depois da Inês, foram mais 4 os casamentos: Com a Constança da Borgonha, a Berta do mesmo sítio, uma Isabel que seria de Sevilha e ainda a Beatriz, provavelmente também da Aquitânia, ou não, e com a qual casou aos 69 anos, um antes de se finar e deixar as moçoilas descansar, coitadas das criadas e das aias do palácio...
Pois bem, mas o que mais nos interessa foi o affaire do macharrão com uma pequena galega, trigueira e fogosa, de boas cores e ancas largas, uma tal Ximena Moniz, desconhecendo nós se o pai era açoriano, ou não. Bom, mas dessa Ximena teve ele duas filhas: a Elvira, de Castela; e uma outra que nos haveria, a nós, portugueses, de vir a dar cabo da vida - A TERESA de Leão, que haveria de se casar com um fidalgo falido da Borgonha, um tal Henrique, e com o qual veio a produzir aquele ambicioso pedaço de mau génio que foi o Afonso Henriques, o que tem hoje um estádio de futebol em Guimarães, como decerto saberão os queridos leitores da nossa WHISKERS.
Ora, esta Teresa, a quem o filho Afonsinho mandou dar uma volta ao bilhar grande sem mais aquelas, juntamente com o seu conde francês, era como já referimos uma bastarda do tal ALFONSO VI, o vovô de quem o Afonso Henriques herdou o talento para se apoderar de um bom pedaço de chão, tornando assim Portugal o primeiro país independente da História europeia. Fê-lo à custa de muito porfiar, caçando galegos, castelhanos, amigos do pai e da mãe, o que viesse... finava-se, e fazendo acordos à direita e à esquerda com nobres das cidades de Portucale, dando igualmente umas boas moedas de oiro quando era mesmo preciso corromper alguém. Com este modus faciendi, lá seguiu o menino Afonso de espada em riste no seu caminho de Conquistador.
A mãe Teresa nem sabia com quem se havia metido quando procurou puxar para a Galiza as terras situadas a sul. E assim, fruto talvez de um complexo de Édipo mal resolvido, e porque Freud ainda não havia nascido, o Afonsinho decidiu levar por diante aquela sua mania de bater em quem o contrariasse quanto à sua fixação de ter um território próprio. Coisas de jovem!...
VEJAMOS, ENTÃO, EM JEITO DE CONCLUSÃO: Não tivesse o Alfonso de Castela e Leão andado a fornicar com a Ximena galega, já a Teresa bastarda, que el-rei Alfonso conseguiu impingir ao fino franciú Henrique da Borgonha, não teria vindo ao mundo e, assim, o Afonsinho nunca teria sonhado sequer em existir para vir fundar Portugal e dar, então, início à CRISE. QUEM É, POIS, O VERDADEIRO CULPADO DA CRISE, QUEM É?!
Texto: Repórter TUSA/SINO de serviço (eu) Fontes: todas as de água pura Fotos: colhidas aqui e ali, à má-fila
Publicação nº 583 - O Sino da Aldeia - de Jorge P.G.
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maio 24, 2008 -
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quinta-feira, 22 de maio de 2008
INTERLÚDIO MEDIEVAL - JONGLEURS E TROVADORES
Por muitos designada como "a época das trevas", em minha opinião a Idade Média foi uma época riquíssima em que o Homem começou a desenvolver as mais diversas manifestações culturais, fazendo-o criar ou recriar inúmeros textos, representações, instrumentos musicais, e levando-os ao conhecimento das populações das terras aonde se deslocavam. Diria, antes, que foi uma era de cultura itinerante. Alguns deles eram os chamados jongleurs e também os trovadores, dos quais aqui falo de forma resumida, já que as fontes para detalhadamente conhecer são hoje em grande número e se encontram ao alcance de qualquer um. O termo jongleur apareceu pela primeira vez em textos do séc.IX, mas foi sobretudo nos sécs. XII e XIII que se sitou a sua Idade de Ouro. O jongleur era um músico ou um poeta, mas podia igualmente ser actor, dançarino, acrobata ou exibidor de animais. Tratava-se, acima de tudo, do homem que divertia o público.
Já a palavra trovador provém do antigo provençal «trobador» : trouveur, aquele que encontra, que descobre, que cria. O trovador tinha, assim, por função criar as obras (textos ou música e texto) que o jongleur representava, cantava e tocava junto dos espectadores.
A vida de um jongleur era, naturalmente, uma vida nómada e dependente acima de tudo do seu sucesso. no melhor dos casos, podia ser contratado por um Senhor, que lhe assegurava a vida e a alimentação.
Ora, até ao séc.XII, os espectáculos eram essencialmente de dramas litúrgicos que se representavam nas igrejas. As mulheres estavam excluídas e eram os homens que interpretavam os seus papéis.
Pouco a pouco, os espectáculos começaram a ser levados para a rua. O jongleur começou a percorrer a Europa e a transportar a obra do trovador de cidade em cidade, de castelo em castelo, de corte em corte.
No séc.XII, estes artistas eram considerados como inquietantes marginais pelo homem do povo, chocado este com as suas vidas amorosas; e também pela Igreja, que lhes reprovava ligações consideradas turvas com o mundo animal e um mau uso da língua e do corpo. No séc. XIII, contudo, o aparecimento das ordens mendicantes cujos membros eram pregadores itinerantes que viviam de esmolas e que a certos olhares levavam uma vida comparável à dos jongleurs, preparou a integração destes na sociedade. A partir deste mesmo século, os jongleurs tiveram que usar obrigatoriamente roupas de cores garridas, assemelhando-os à categoria dos reprovados e dos excluídos. As vestes distinguiam-nos do resto das pessoas "honestas" e caracterizavam-se pelas riscas ou padrãos meio-raiados (associados à ideia de desordem e de transgressão) e pelas cores, com a predominância do vermelho e do amarelo. A simbologia das cores Vermelho - força, coragem, generosidade, caridade; mas também: orgulho, crueldade e cólera. Amarelo - riqueza, nobreza, fé (para o doirado); mas também: falsidade, traição, avareza, inveja, traição, preguiça. Verde - beleza, juventude, vigor: mas igualmente: desordem, loucura, infidelidade, avareza. Azul - lealdade, justiça, sabedoria, ciência, segurança, fidelidade; mas de igual modo: tontice, bastardia. Branco - pureza, castidade, esperança, eternidade, justiça; mas igualmente: morte, desespero, ambiguidade. Preto - humildade, paciência, penitência; mas também: desespero, luto, morte. TEXTO DE: Jorge P.Guedes Fontes: - Les jongleurs en France au Moyen-Age E.Faral Editions Honoré Champion, Paris, 1910, 1964 - La Vielle et l'épée, Troubadours et politique en provence au XIIIe siècle M. Aurell Aubier-Montaigne, 1989 - Michel Pastoureau, La symbolique des couleurs - Aucassin et Nicolette Edition bilingue de Philippe Walter Editions Gallimard, 1999 Fotos: colhidas nas mesmas fontes.
Publicação nº 582 - O Sino da Aldeia - Jorge P.G.
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maio 22, 2008 -
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segunda-feira, 19 de maio de 2008
S. IVO - SAINT YVES HÉLORY, de KERMATIN
Não sendo dado a santos e festas de carácter religioso, tal não me impede de gostar de conhecer o pensamento de outras gentes e de outros tempos. Sempre me impressionaram os santos homens, aqueles que se despojaram dos seus bens materiais em prol dos desfavorecidos pela sorte e pelas condições de nascimento. San Francesco de Assisi é, como já o revelei, o meu homem santo mais amado, pela sua vida exemplar em favor das criaturas da terra, fossem seres humanos, animais ou plantas.
Mas hoje, dia 19 de Maio, outra figura grande do mundo eclesiástico católico trago à vossa leitura.
Trata-se de Saint Yves Hélory, São Ivo, nascido em Minihy-Tréguier, na Bretanha, em 1253, no tempo de Louis IX, rei de França que igualmente viria a ser canonizado no reinado de seu neto, Filipe o Belo, após ter falecido na oitava cruzada.
S.Ivo era filho de fidalgo e fez brilhantes estudos de Direito civil, Direito canónico, Filosofia e Teologia, em Orléans e Paris, para onde viajou com 14 anos. Foi ordenado sacerdote e durante quatro anos foi juiz eclesiástico na diocese de Rennes. Tendo herdado o solar de Kermatin de seus pais, ali residia e colocou-o à disposição dos pobres, dos anciãos e das crianças órfãs, fazendo-o funcionar como hospital, espaço de recolhimento de idosos e orfanato. São Ivo atendia gratuitamente os mais desfavorecidos, dando-lhes orientação jurídica para que os seus direitos fossem respeitados e opunha-se aos abusos da cobrança indevida de impostos pelos senhores feudais.
Segundo documentos contemporâneos de São Ivo, este, por vezes, recuperava pelas próprias mãos animais e rendas levados pelos senhores feudais como pagamento de impostos. Conta-se também um caso paradigmático do seu amor pela justiça e pelos pobres, que passo a citar: Um dia livrou uma pobre mulher da prisão, quando lhe faltava apenas o veredicto final. Dois farsantes haviam-lhe entregue uma mala com ouro e dinheiro, para que a guardasse e somente a entregasse na presença de ambos. Passados uns dias, os ladrões levaram adiante o seu plano: o primeiro conseguiu que a mulher lhe entregasse a mala e o segundo levou-a a tribunal, acusando-a de roubo. Compadecido, S.Ivo foi ao tribunal e afirmou: "Esta mulher sabe onde se encontra a mala e está disposta a exibi-la". Pediram então que ela a mostrasse. Santo Ivo acrescentou, então: "Uma vez que a acusada somente pode devolver a mala na presença dos dois interessados, fica o demandante obrigado a apresentar o seu companheiro neste tribunal...
Chamado "O Advogado dos Pobres", este homem, que entrou para a Igreja aos 31 anos de idade, já antes era amado e visto por toda a Bretanha como um santo. É patrono dos advogados, dos juízes e das crianças abandonadas, tendo falecido aos 50anos, em 1303, rezando a missa da Ascensão. Na liturgia católica é mostrado segurando um livro, com um anjo perto da cabeça e um leão a seus pés. Foi canonizado em 1347.
Sanctus Yvo erat Brito, Advocatus et non latro, Res miranda populo.
São Ivo era bretão, Advogado e não ladrão, Coisa admirável para o povo.
Fontes e fotos: Encyclopédie Larousse e vários sites da Net.
Texto: Jorge P.G.
Publicação nº 581 - O Sino da Aldeia - Jorge P.G.
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sábado, 17 de maio de 2008
WHISKERS MAGAZINE nº 7 - onde a notícia chega sempre primeiro
DIFÍCIL FOI, MAS PARA A WHISKERS NÃO HÁ IMPOSSÍVEIS QUANDO SE TRATA DE SATISFAZER OS SEUS FIÉIS LEITORES. AQUI TÊM, POIS, A PEQUENA ENTREVISTA COM O DR. WIDEMOUTH!
A WHISKERS pesquisou, viajou e conseguiu especialmente para si umas breves palavras do homem que transformou a D. Manuela M.G.
Vencendo as barreiras do intenso controlo dos aeroportos americanos e algum racismo que por estas bandas ainda existe, a nossa equipa de reportagem nos Estados Unidos, com o correspondente John Bettencourt dos Passos Dias de Mota como head de reportagem, chegou à fala com o famoso plastificador. No 123º andar de um dos arranha-céus de New York, o diálogo, curto, aconteceu. Na nossa frente o Dr. J.P. Widemouth. Alto, de olhos azuis penetrantes e de crânio vitimado por alopecia precoce, como nos relatou off the record. Aqui fica a entrevista, traduzida já.
Whiskers - Dr. Widemouth, obrigado por aceder a esta breve entrevista. Já conhecia Mrs. Moura Guedes?
Dr. Widemouth - Yes, sim, ...fala pouquinha portuguese! hehehe!... SIm, conhecia-a pois em minha casa em New York estamos sempre com a TVI sintonizada. Somos todos muito fans de "Morangos Silvestres"!
Whiskers - Mas a Mrs. Moura Guedes não entrava nessa série! Ela é jornalista!
Dr. Widemouth - Of course! Mas também a via no Jornal da Noite, quando ela aparecia, claro! Vi-a umas três vezes no ano passado. E conhecia, sim, o Moniz, que tem muita família em Boston e vem frequentemente aqui aos States.
Whiskers - Ah, quer dizer que foi ele que lhe pediu para observar a esposa?
Dr. Widemouth - Não, não. Foi ela mesma que me telefonou. É muito independente!
Whiskers - O que fez, afinal, ao rosto da Manuela?
Dr.Widemouth - Tudo, my friend. Retirei o que lá havia e coloquei cerca de 2 Kg de material no seu interior. Desde o botox, ao silicone, e à argamassa pura e dura , reconstruí, reconstruí, reconstruí...
Whiskers - Pode dizer-nos qual foi a primeira reacção da paciente quando se viu ao espelho?
Dr. Widemouth- Posso. Olhou-se no espelho e de súbito pretendeu beijar-me.
Whiskers - ??????
Dr. Widemouth - É verdade, mas não deixei! Receei que o seu natural entusiasmo me engolisse.
Whiskers - Para finalizar, diga-nos por favor o que pensa do resultado final da sua intervenção.
Dr Widemouth - O melhor possível. Tirei pele aqui e acrescentei ali, enchi os lábios e esvaziei as coxas, repuxei a pele das maçãs do rosto e aumentei a grossura dos lábios, tirei um pouco da zona abdominal e acrescentei-a às pálpebras, e sobretudo cuidei imenso do nariz, para o qual fiz uma redução da orelha esquerda que acrescentei à asa direita do nariz, tornando-o mais simétrico.
Whiskers - Satisfeito, pois, com a sua obra...
Dr. Widemouth - Of course I am! Mrs. Moura Guedes é agora uma nova pessoa, com a juventude a rebentar-lhe no rosto...
Com as nossas desculpas pelo atraso, a que de resto somos alheios, motivado por um pequeno incêndio de uma cortina a bordo do avião-charter da Tap proveniente de Caracas e no qual viajava o nosso repórter de imagem, Paulo Tugão, aqui fica a edição nº7 da WHISKERS MAGAZINE, aquela onde você é informado sempre antes que os outros suspeitem sequer.
Publicação nº 580 - O Sino da Aldeia - Jorge P.G.
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maio 17, 2008 -
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quarta-feira, 14 de maio de 2008
VOOS FRETADOS E FRETES - Os jornais inventam cada uma...
O assessor do PM dirigiu-se discretamente até junto dos refastelados homens de negócios que viajavam a bordo do Airbus-Tap com a comitiva de S.Exª o Primeiro Ministro : - Os senhores importam-se que Sua Excelência fume? Logo se ouviu um coro uníssono: NÃO! Era o que mais faltava! Então as leis não são iguais para todos, ora essa! Então, retirando-se, o assessor diligente aproximou-se do seu Senhor Primeiro Ministro, segredando-lhe algo como : - Levou uma nega, Senhor Primeiro Ministro. Mas deixe que eu falo com o comandante, sem o seu cigarrinho é que V.Exª não ficará, e logo depois de jantar tão agradável e saboroso! Eu cuido do assunto, se me permitir.
E assim foi. Da assistente de bordo, o assessor passou à chefe de cabina, que o levou junto do co-piloto, que por sua vez alertou o comandante. Este, desagradado, mas porque se tratava de um desejo do senhor Primeiro Ministro afirmou: - Olha, eles que fumem, mas ao menos que o façam aqui junto do cockpit, mas sem cá entrarem! A notícia foi levada rapidamente ao assessor que ainda mais velozmente a divulgou a Sua Excelência, que já ardia com o desejo por satisfazer. De seguida, Sua Excelência voltou-se para o seu ministro que já fora apanhado a 240 km/hora numa auto-estrada sem que nada de aborrecido lhe tivesse acontecido e disse-lhe: - Porreiro, pá, já podemos fumar, bora aí pa trás daquelas cortinas ali à frente! A fumarada subiu nos ares e alguns empresários, boquiabertos, chegaram mesmo a dizer baixinho: - Isto é uma pouca vergonha, mas eu venho é para fazer negócios, não para arranjar problemas!
Mais tarde, já nem eram necessárias as cortinas, pois todo o avião sabia que havia uns meninos a fumar às escondidas com a fumaça de fora e o cheirinho inconfundível a cigarro ardente.
Chegado o avião ao destino, porém, e instado pelos jornalistas, Sua Excelência reconheceu o erro, pediu desculpas e prometeu que não voltaria a fumar. JAMÉ!
Esta historinha é obra de ficção e da delirante mente do seu autor, pretendendo contar a versão para adultos daquela outra bem conhecida do Quinzinho que era muito gorducho e foi apanhado a comer a marmelada às escondidas. Qualquer semelhança com uma história relatada nos jornais e que estes afirmam ter ocorrido com o PM de Portugal na sua viagem à Venezuela é mera coincidência. Podia lá ser verdade o PM que proibiu o fumo em recintos fechados ser apanhado a fumar num avião, fosse ele fretado ou sem frete?
É que a Lei n.º 37/2007 de 14 de Agosto É BEM CLARA, e não seria nunca S. Excª o PM a desrespeitá-la em público, apenas por a desconhecer, como relataram os órgãos de informação presentes.
A Lei n.º 37/2007 de 14 de Agosto, que todos temos de cumprir num estado de direito como o nosso, começa com a seguinte introdução: "Aprova normas para a protecção dos cidadãos da exposição involuntária ao fumo do tabaco e medidas de redução da procura relacionadas com a dependência e a cessação do seu consumo. A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte: .................. O seu artº 4º - Proibição de fumar em determinados locais - diz assim: Ponto 1 — É proibido fumar: a) "Nos locais onde estejam instalados órgãos de soberania, serviços e organismos da Administração Pública e pessoas colectivas públicas"
e o Ponto 2 do mesmo artigo reza: 2 — "É ainda proibido fumar nos veículos afectos aos transportes públicos urbanos, suburbanos e interurbanos de passageiros, bem como nos transportes rodoviários, ferroviários, aéreos, marítimos e fluviais, nos serviços expressos, turísticos e de aluguer, nos táxis, ambulâncias, veículos de transporte de doentes e teleféricos."
Nas excepções, tratadas no artº 5º, não surge qualquer referência a situações de "a pedido do cliente, se poder fumar em voos fretados", conforme argumentou a TAP dos fretes, ainda e sempre pela leitura dos jornais. Texto de Jorge P.G.
Publicação nº 579 - O Sino da Aldeia - Jorge P.G.
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maio 14, 2008 -
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domingo, 11 de maio de 2008
PINTURA CONTEMPORÂNEA DO TIBETE - 2
Quando aqui publiquei trabalhos do pintor tibetano Galsang Tsering, logo prometi que mais artistas dessa recôndita região do mundo haveria de divulgar. Pois a hora chegou, e neste cinzento domingo lisboeta de Maio, deixo-vos a arte e a cor de mais um artista tibetano contemporâneo, que é uma pintora desta vez - Dekyi Yangjin.Membro da "Sichuan Provincial Association of Fine Artists", Dekyi Yangjin nasceu em 1971 e formou-se no «Departamento de Belas-Artes da Escola Tibetana Provincial de Sichuan» em 1990. Trabalhou entre 90 e 97 para uma Secção de Artes da Perfeitura autónoma de Sichuan e em 98 passou a colaborar com a exposição provincial apostada na criação de pinturas tradicionais do Tibete. Ainda em 1998, Dekyi Yangjin estudou na Classe sénior de Gongbi ( pintura realista chinesa tradicional caracterizada pelo fino traço a pincel e por uma grande atenção aos pormenores) sponsorizada pelo «Instituto Central de Belas-Artes».
Muitas das suas obras são vencedoras de prémios, incluindo Sakyamuni que foi recolhida pela «China Art Gallery de Beijing (Pequim)»; Wind-Like Soul; Purity; Childhood Dream; Blessings Atop the Mountain e Padmasambhava que foram exibidas na «Exposição de Pintura Tibetana em Garze»; Beautiful Shanba que venceu o «First-Grade Award» na «3ª Exposição de Trabalhos de Belas-Artes», em Sichuan, e foi exibida na «Exposição de Pintura Extraordinária Tibetana de Garze» durante o «5º festival de Arte Chinesa»; Wind-Like Soul, vencedora do «White Flower Award» numa Exposição de Belas-Artes organizada pelo Development of Fine Arts of National Minorities e ainda vencedora do Prémio de bronze do certame; e Impact of Force and Purity, igualmente obra vencedora de um prémio extraordinário no «5º Festival de Arte Chinesa». Beautiful Shanba La
Childhood Dream
Wind God
Publicação nº 578 - O Sino da Aldeia - Jorge P.G.
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maio 11, 2008 -
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sábado, 10 de maio de 2008
WHISKERS MAGAZINE nº 6 - onde a notícia chega sempre primeiro
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Das páginas do interior, esta semana destacamos o caso das VACAS LOUCAS: Estamos em condições de afirmar que o insólito aconteceu. Vacas loucas têm atacado ultimamente alguns bloguistas.
Contactadas as autoridades e os atingidos, uns e outros nos afirmaram que a doença alastra e que já nem os espaços da blogosfera são poupados pelas vacas doentes. O delegado de saúde afirmou mesmo: "Sabemos das ocorrências e estamos a tomar as medidas que se impõem, tais como uma hipótese de vacinação da população e a importação de um poderoso anti-vírus, que não está fora de causa apesar dos elevados custos para os cofres do Estado."
Já Santinho Constipado, bloguista vítima da doença, salientou: " Nunca esperei que uma actividade que tinha como divertimento me fosse causar estes ataques de vómitos e de riso convulso à mistura, motivados por vacas. Quero parar e não consigo !"
Os nossos repórteres, entretanto, conseguiram apurar que a doença terá sido introduzida no nosso país por um vírus proveniente de terras do Norte de África e que rapidamente se alastrou a grande parte do território por simples email contaminado. As vacas loucas costumam atacar mais pelo anoitecer, preferindo o homem em relação à mulher. Entre os efeitos da doença, contam-se fortes ataques de riso à mistura com vómitos, náuseas e fortes displasias dos maxilares provenientes dos acessos incontroláveis de riso. Aguarda-se, entretanto, a chegada de uma equipa de veterinários ingleses habituada a lidar com as vacas infectadas. Em antecipação à vinda dos cientistas britânicos, a WHISKERS deslocou-se à Grã-Bretanha e soube que o Medical Research Animal Center (MRAC) de Manchester está firmemente empenhado em auxiliar os portugueses na erradicação da doença, que costuma atacar mais as vacas velhas e imprestáveis para cobertura.
Uma notícia WHISKERS, especialmente para si e antes que os outros saibam.
Publicação nº 577 - O Sino da Aldeia - Jorge P.G.
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maio 10, 2008 -
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quinta-feira, 8 de maio de 2008
O MUSÉE RODIN, em PARIS
AUGUSTE RODIN nasceu em 12 de Novembro de 1840 em Paris, no nº3 da rue de l'Arbalète. Aos 10 anos começou a desenhar e aos 14 frequentou uma escola especial de Desenho e Matemáticas, a Petite École. Descobrindo a escultura aos 15, fazendo as primeiras esculturas na cozinha da sua mãe com a massa com que ela fazia o pão e deixou a Petite École e tentou a admissão na Escola de Belas-Artes na qual foi reprovado por 3 vezes. Mas Rodin nunca mais parou no seu caminho pelas estradas das Artes, tendo trabalhado como assistente para decoradores e ornamentalistas. Mais tarde, já com 35 anos, viajou para Itália onde estudou a obra de Michelangelo e aos 49 anos tornou-se membro fundador da Societé Nationale des Beaux-Arts. Seguiram-se então os seus grandes trabalhos, que hoje podemos apreciar em Londres, Copenhaga ou, fundamentalmente, em Paris, no Musée d'Orsay e ainda em dois museus com o seu nome: um, em Meudon, onde Rodinadorava viver, e o outro no coração da capital, no 77 da rue Varenne - o Hôtel Biron, no qual o escultor chegou a passar algumas temporadas e que foi aberto ao público em Agosto de 1919, ou seja, quase dois anos após a sua morte, como Musée Rodin.
Dez anos antes, o velho artista lutara com o governo pela sua abertura, tendo feito várias doações ao Estado em contrapartida de que o magnífico edifício setecentista não fosse destruído, mas sim que albergasse um museu da sua obra. Doou, assim, o seu espólio, correspondência e peças de arte até que em 1916 o governo aceitou converter o palacete no que é hoje e que nos permite observar, quer nos belos interiores, quer nos cuidados jardins que o rodeiam, um significativo número de peças que nos dão a verdadeira dimensão de Auguste Rodin. Aberto ao público em 1919, desde então têm sido inúmeros os esforços no sentido de restaurar a mansão no seu esplendoroso estilo rococó, recriando grande quantidade de elementos decorativos que haviam sido vendidos pelas zelosas Dames du Sacré-Coeur aquando da sua posse pela Igreja.
Entre tantas obras famosas como O Pensador, as Portas do Inferno, Balzac, Les Bourgeois de Calais, Camille Claudel-La valse, em mármore ou em bronze, destaco aqui uma escultura que prende qualquer um. Trata-se de "LE BAISER". "O BEIJO" - O casal entrelaçado representa Paolo e Francesca, os heróis de Dante. Esta primeira versão foi exibida em 1887 e baptizada com esse nome pelos críticos. O seu sucesso foi tal que o Estado encomendou um mármore para a Exposição Universal de 1889. Porém, a obra só veio a ser exposta em 1898, ao mesmo tempo que "Balzac", e também em 1900. Actualmente existem duas réplicas de mármore expostas em Londres e em Copenhaga e as inúmeras reduções em bronze editadas pela Fundição Barbedienne.
O que é mais curioso é que, para Rodin, tratava-se de uma obra de inspiração académica e não deixa de ser irónico que "Le Baiser" incarne, hoje, o símbolo máximo da escultura do artista.
EM PARIS, NÃO DEIXE DE VISITAR ESTE MUSEU!
Fontes: várias Texto do autor, Jorge P.G.
Publicação nº 576 - O Sino da Aldeia - Jorge P.G.
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maio 08, 2008 -
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terça-feira, 6 de maio de 2008
O SENHOR DE MATOSINHOS - A FESTA E A LENDA
O Senhor de Matosinhos, festa a que não faltava na meninice guiado por minha avó, abriu em 1 de Maio e durante 18 dias a Câmara Municipal espera atingir o número de um milhão de visitantes. O orçamento para a edição deste ano anda pelos 300 mil euros e quem visitar o concelhopode contar com a mais variada oferta: música, conferências,exposições, feiras de artesanato e da loiça, fogo de artifício, passeios, concursos, apresentação de livros, desporto, animação de rua, entre muitas outras actividades e em diversos espaços da cidade. A igreja do Senhor de Matosinhos apresenta esta fachada de grande beleza concebida por Nicolau Nasoni.
Uma das preocupações na organização deste evento foi, segundo o vereador da Cultura, “manter a origem religiosa das Festas”. Fernando Rocha destaca, por conseguinte, a decoração das flores na Igreja Matriz, a procissão do Senhor de Matosinhos e a Eucaristia no Feriado Municipal, a 13 de Maio, que atraem milhares de visitantes todos os anos. Trata-se de uma das mais populares festas do norte do país e o culto do Senhor de Matosinhos espalhou-se mesmo até ao Brasil, sobretudo a Minas Gerais para onde o levaram portugueses emigrantes da região à volta do Porto.
Ao Senhor de Matosinhos está associada uma lenda que cito de seguida. LENDA DO SENHOR DE MATOSINHOS Segundo a tradição, a imagem do Senhor de Matosinhos é uma das mais antigas de toda a cristandade. A lenda diz que esta imagem foi esculpida por Nicodemos, que assistiu aos últimos momentos de vida de Jesus, sendo por isso considerada uma cópia fiel do seu rosto. Nicodemos esculpiu mais quatro mas esta é considerada a primeira e a mais perfeita. A imagem é oca porque nela Nicodemos teria escondido os instrumentos da Paixão e, nesses tempos de perseguição, os objectos sagrados eram escondidos ou atirados ao mar para escaparem à fogueira. Nicodemos atirou a imagem ao mar Mediterrâneo, na Judeia, e esta foi levada pelas águas, passou o estreito de Gibraltar e veio dar à praia de Matosinhos, perdendo na viagem um braço. A população de Bouças (no passado sede do concelho a que Matosinhos pertencia) ergueu-lhe um templo e designou a imagem por Nosso Senhor de Bouças, venerando-a durante 50 anos pelos seus muitos milagres. Mas um dia, andava uma mulher na praia de Matosinhos a apanhar lenha para a sua lareira, quando encontrou um pedaço de madeira que juntou aos restantes. Em casa, lançou-o ao fogo mas este pedaço saltou da lareira não só da primeira, mas como de todas as vezes que ela o tentava queimar. A sua filha, muda de nascença, fazia-lhe gestos desesperados para transmitir qualquer coisa e, por fim, balbuciou, perante o espanto da mãe, que o pedaço de madeira era o braço de Nosso Senhor das Bouças. Assombrada pelo milagre a população verificou que o braço se ajustava tão bem à imagem que parecia que nunca dela se tinha separado. No século XVI, a imagem foi mudada para uma igreja em Matosinhos, construída em sua honra, ficando a ser conhecida por Nosso Senhor de Matosinhos. Publicação nº 575 - O Sino da Aldeia - Jorge P.G.
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maio 06, 2008 -
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segunda-feira, 5 de maio de 2008
KARL MARX - 5 Maio 1818 emTrèves (Renânia-Alemanha) - 14 Março 1883 em Londres
De Marx, que aqui mostro numa fotografia de 1870, muitos sabem que foi o teorizador que inspirou os socialistas de todo o mundo durante mais de um século, com a sua obra "Das Kapital".
Faz hoje 190 anos que nasceu, na Renânia, filho de uma família burguesa endinheirada, sendo o seu pai um advogado judeu, filho de um rabino e convertido ao protestantismo. Desde muito cedo convencido dos seus excepcionais dotes intelectuais, o jovem estudou filosofia e deixou-se impregnar das ideias então muito em voga de Georg Wilhelm Friedrich Hegel, que esteve na origem da dialéctica, um utensílio conceptual de que Karl Marx se serviu durante toda a vida. Muito jovem, com 24 anos, abandonou os estudos e tomou a direcção de uma gazeta liberal, a Rheinische Zeitung de Köln (Colónia). Deu-se aqui o início das suas dificuldades materiais, tendo emigrado para Paris com a mulher, Jenny von Westphalen, uma amiga de infância que lhe deu vários filhos dos quais apenas três filhas lhe sobreviveram. Na capital francesa conheceu Bakounine e Proudhon, teóricos da rveolução social, e sobretudo tornou-se amigo de Friedrich Engels. Este, filho de ricos industriais e dois anos mais novo, permitiu a Marx consagrar-se em pleno aos seus trabalhos intelectuais.
Em 1845, em Bruxelas, os dois amigos publicaram em conjunto Die deutsche Ideologie , em que apresentavam pela primeira vez a teoria do materialismo histórico. E no início de 1848, Marx condensou o essencial do seu pensamento num opúsculo publicado com Engels e destinado a servir de programa a um pequeno partido, a Liga dos Comunistas. Nesta obra, que teve por nome «O Manifesto do Partido Comunista». Marx previa, digamos, a chegada do "paraíso na terra" depois do proletariado operário abater a burguesia e pôr termo à luta de classes por que se regera sempre a História desde a origem da humanidade.
De 1849 até à sua morte, em 1883, estabeleceu-se em Londres onde viveu em precárias condições finaceiras. Ganhava a vida vendendo artigos e publicando obras teóricas de abordagem difícil. O auxílio material de Engels permitiu-lhe, ainda assim, satisfazer as suas inclinações pela boa mesa e boa bebida e manter em segredo um filho que a fiel governanta lhe dera.
Karl Marx extasiou-se com o papel de primeiro plano que o proletariado alemão foi chamado a desempenhar na revolução mundial e inquietava-se com a ameaça que a Rússia obscurantista fazia pesar sobre ela.
Quando, em 1859, Charles Darwin expôs a sua teoria da selecção natural relativa às espécies vivas, Marx procurou entrar em contacto por carta com ele a fim de obter uma validação científica para a sua própria teoria da luta de classes.
Em 1864, redigiu os estatutos da Associação Internacional dos Trabalhadores ( a 1ª Internacional) e três anos mais tarde saíu o primeiro tomo de «Das Kapital». Os dois seguintes foram publicados por Engels já depois da morte de Marx, em 83. Alguns anos antes de partir, em 1875, tivera a amargura de ver as suas teses sobre a «ditadura do proletariado», segundo ele indispensável para a chegada do comunismo, serem rejeitadas em favor de uma via democrática e reformista preferida pelos socialistas alemães reunidos em Gotha.
Tido hoje em dia como algo obsoleto, até pela queda dos regimes que se reclamavam de marxistas, o «materialismo histórico» de Marx e Engels continua porém a inspirar certos círculos políticos que insistem em reduzir todas as apostas sociais, culturais e políticas às questões económicas.
Fontes: J. Savès, in "Heródoto".(adaptação livre de minha autoria)
Publicação nº 574 - O Sino da Aldeia - J.P.G.
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maio 05, 2008 -
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domingo, 4 de maio de 2008
O PRIMEIRO SELO POSTAL
Numa época em que escrever aos amigos, ou às mães, por exemplo, através da tradicional carta com um selo colado, que muitos recortavam ou arrancavam a golpes de bafo quente e de vapor de água para coleccionar, começa a ser coisa do passado, não resisto a trazer aqui um artigo que li de Joseph Savès e que traduzi e adaptei.UM INVENTOR DE CORAÇÃO SENSÍVEL O selo postal nasceu em Londres, fará na próxima 3ª feira 168 anos.
Antes de 6 de Maio de 1840, era habitual que o porte das cartas fosse pago pelo destinatário e em função da distância. Ora, a crermos numa piedosa lenda, terá acontecido que num dia de 1837 um professor "d'avant-garde", Rowland Hill (42 anos), viu uma jovem a chorar convulsivamente depois da passagem do carteiro. Explicou-lhe, então, que tivera de recusar uma carta do amado por falta de dinheiro para pagar o porte.
O imaginativo Rowland, que tinha acesso aos meandros do governo, redigiu um memorando que transmitiu ao Primeiro-Ministro, Lord Melbourne. Nesse texto, intitulado Postal Reform; its Importance and Practibility (Reforma Postal - a sua importância e exequibilidade), propõe o pre-pagamento do porte com um preço idêntico qualquer que fosse a distância dentro do país, quantia que seria garantida por um selo colado e obliterado para que a sua reutilização não fosse possível.
A Reforma Postal foi inscrita no orçamento do Parlamento em Agosto de 1839. Mr. Hill colocou a sua ideia em prática com o concurso de artistas e de milhares de correspondentes anónimos que lhe faziam as mais diversas sugestões. Nasceu assim o «PENNY BLACK», o primeiro selo que permitia que, por 1 penny, pudesse ser enviada uma carta com o peso máximo de 14 gramas. De imediato foi coroado de sucesso porque mostrava, sobre um fundo negro, o bonito perfil da Rainha Victoria aos 15 anos, mas sobretudo porque simplificava o envio do correio e o tornava mais barato.
Os primeiros selos não possuíam serrilhas e tinham de ser cortados à tesoura pelos carteiros. O «Penny Black» não continha a indicação do país e a sua difusão, bem como a expansão dos Correios, foram facilitadas pela aparição dos caminhos de ferro. SUCESSO MUNDIALOs cantões suiços de Zürich e de Genève, assim como o império do Brasil, cedo adoptaram também o selo postal, em 1843, enquanto os filatelistas franceses tiveram de esperar um pouco mais pela chegada da Segunda República em 1848.
Em Portugal, o primeiro foi um selo de 5 reis de 1853 com a figura de D. Maria, tendo-se em 2003 assinalado os 150 anos com uma edição comemorativa através da série de D.Maria.
O primeiro selo francês foi emitido em Janeiro de 1849 por iniciativa do director geral dos Correios de França, o agitador republicano Étienne Arago, irmão mais novo do grande físico e astrónomo francês François Arago que ocupou o cargo de primeiro-ministro da França durante um mês e meio, entre 10 de Maio de 1848 a 24 de Junho de 1848. Trazia o perfil de Ceres, a deusa romana das colheitas, e o seu valor era de 20 cêntimos para uma carta com menos de 7,5 gramas, válido para todo o território francês.
Em Dezembro de 1848 foi eleito para a Presidência da República o príncipe Louis-Napoléon Bonaparte. O sobrinho de Napoléon 1er viu como o selo poderia bem servir a popularidade do chefe do estado, através da difusão do seu retrato por toda a parte. Não tardou, então, a substituir o perfil da deusa Ceres pelo seu próprio. Será que muito em breve os selos acabarão de vez tendo, por isso, Sócrates de se apressar? Publicação nº 573 - O Sino da Aldeia - J.P.G.
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maio 04, 2008 -
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sábado, 3 de maio de 2008
WHISKERS MAGAZINE nº 5 - onde a notícia chega sempre primeiro
Das páginas interiores, apresentamos "Mme SARKOZY, A primeira dama de França"
Publicação nº 572 - O Sino da Aldeia - J.P.G.
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maio 03, 2008 -
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quinta-feira, 1 de maio de 2008
1º de MAIO - A FESTA DO TRABALHADOR
Não, amigos, não vou escrever um longo escrito sobre o 1º de Maio. Muitos de vocês o fizeram, certamente, e nem sequer tenho a certeza de que seria lido na íntegra por todos, dada a extensão do que haveria a dizer. Cumpro o meu Dia, o Vosso Dia, não trabalhando. Apenas deixo algumas imagens que penso poderem ilustrar a história desta Festa . UM BOM DIA PARA TODOS!
Haymarket Square, 4 de Maio de 1886, Chicago, quando rebenta uma bomba que vitimou mais de uma dúzia de polícias que controlavam uma manifestação de trabalhadores e no seguimento da qual foram condenados a prisão perpétua 3 sindicalistas e outros 5 enforcados uma semana depois.
Litogafia de Granjouan, de 1906, para o "L'assiette au beurre"
Os sindicatos franceses unidos para um desfile no 1º de Maio de 1936 (foto dos arquivos nacionais franceses)
Lisboa, 1º de Maio de 1974, o primeiro em liberdade, quando o povo saíu à rua pensando então que seria assim o futuro.
Publicação nº 571 - O Sino da Aldeia - J.P.G.
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maio 01, 2008 -
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