O PLÁGIO CONSTITUI CRIME punível com pena de prisão até 3 anos pelo artº197 da lei 16/2008,de 01 de Abril, a mesma que, no seu artº1, ponto 1, refere que estabelece medidas e procedimentos necessários para assegurar o respeito dos direitos de propriedade intelectual.
O artª180, no seu ponto 3, diz: "Presume-se artista,intérprete ou executante,aquele cujo nome tiver sido indicado como tal nas cópias
autorizadas da prestação e no respectivo invólucro ou aquele que for anunciado como tal em qualquer forma de utilização lícita, representação ou comunicação ao público."
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quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
GOVERNO REMENDADO
Atenção! Este filme saíu de cartaz mas a saga continua.
Em finais de 2007 os meios de comunicação começaram a falar de uma mais ou menos costumeira remodelação governamental que haveria de ter lugar logo que passadas as festas. Correndo Janeiro para o fim, quando já muito poucos ou ninguém esperava, o PM dá guia de marcha relativamente a dois ministros. Aproveita bem o discurso de Cavaco Silva que, ao que já consta, terá sido motor fundamental do desejo de saída de Correia de Campos, livrando-se de um elemento que estava a assumir demasiado protagonismo e a baixar-lhe os índices de popularidade. Tenta assim calar "a revolta do país", dando-nos uma nova figura que já afirmou estar de acordo com a política seguida, ao mesmo tempo que também se disse adepta do SNS.
Qualquer coisa não estará bem explicada nestas afirmações de Ana Jorge! Tendo feito parte da equipa de Maria de Belém e defendida por esta, recebe igualmente palavras de apreço do Bastonário da Ordem dos Médicos. Ver-se-á o que vai trazer de bom para o país.
Na boleia, José Sócrates faz transportar a ex-titular da pasta da cultura, uma pessoa sem o mínimo peso político, apagada, sem brilho de nenhuma espécie, substituindo-a por figura de maior relevo no currículo e nos contactos profissionais, muito ao nível da banca e das grandes empresas, que tem tido ao longo da vida. Ganha o PM um ministro com peso político, senhor de aspecto sério e trabalhador, culto, bem-falante, com provas dadas na defesa dos direitos cívicos e tudo isto a um ano e meio de eleições.
Uma vez mais, Sócrates demonstrou estar atento ao poder e saber jogar cartadas no momento que escolhe, não quando os Media mais o anunciavam. Com esta acção cirúrgica, terá ganho alguns pontos junto das populações menos esclarecidas, «o ministro odiado foi "corrido"!» - pensarão estes.
Na verdade, o governo sofreu apenas dois remendos, ficando ainda muitos buracos a céu aberto, por onde passa o frio que todos sentimos. Maria de Lurdes Rodrigues, Mário Lino, Manuel Pinho, para só falar destes, continuam para nos enregelar os ossos. A comunicação social vai entreter-se por uns tempos a remexer e esmiuçar o caso que Ana Jorge tem em tribunal, falando menos dos tristes capítulos de total inépcia do sistema de saúde actual. Grande parte dos futuros votantes irá seguir apaixonadamente esta nova novela nacional.
Sócrates prosseguirá impante e vencedor, olhado por muitos como alguém firme, determinado, que está atento à opinião do povo e que é suficientemente humilde para reconhecer os erros e lhe fazer a vontade. Como gostava eu que assim fosse! Na minha perspectiva, José Sócrates é esperto e revelou-se de novo, um político hábil. Nada mais do que isto.
As autoridades de saúde do Brasil começaram domingo a distribuir milhões de preservativos para combater a propagação da SIDA e de outras doenças sexualmente transmissíveis durante os cinco dias de festejos do Carnaval.
O Governo conta distribuir perto de 19,5 milhões de preservativos até ao fim do Carnaval, 6 de Fevereiro, segundo anunciou a Agência Brasil.
Pois enquanto o ministro da Saúde afirmou que "a sociedade tem que perceber a importância da prevenção e que perto de 600 mil brasileiros são portadores de VIH, dos quais 200 mil estão a ser tratados", responsáveis da Igreja católica no Brasil opuseram-se ao programa dos preservativos, bem como a outro plano de distribuição da pílula do dia seguinte durante o Carnaval na cidade do Recife. "A Igreja nada tem contra o divertimento durante o Carnaval, mas a banalização da sexualidade é algo que não podemos tolerar", afirmou o Bispo António Augusto Dias Duarte, da Comissão da Vida e da Família, na Conferência Nacional de Bispos Brasileiros. E ainda acrescentou: "Tais iniciativas apenas servirão para diminuir a inibição e encorajar comportamentos promíscuos".
As Nações Unidas aplaudiram o programa de tratamento da SIDA no Brasil, que consiste na distribuição gratuita de medicamentos anti-retrovirais que aumentam significativamente a esperança de vida.
O meu comentário: Uma vez mais, a Igreja católica mostrou estar mais preocupada com a defesa do "sexo apenas no seio do santo matrimónio", fechando olhos à realidade e perdendo mais uma oportunidade de se juntar à luta contra a proliferação da doença. Num país onde se sabe que a Igreja tem uma enorme influência junto das populações menos cultas e avisadas, a sua atitude presta um péssimo serviço aos mais desfavorecidos e mais crentes.
O governo esteve muito bem, mostrando que compreende a realidade e que conhece bem o povo e os excessos do calor das folias carnavalescas, impossíveis de controlar. Preventiva e pedagógica, para ter menos a remediar, é como classifico a atitude avisada e inteligente dos responsáveis pela saúde dos brasileiros e de quem lá passe o Carnaval.
Nunca fui um consumidor do "Expresso" por razões que nada têm que ver com a maior ou menor qualidade do jornal ao longo dos anos, e já lá vão uns decénios. Fundamentalmente, sempre me irritei ao ver os intelectualóides pequeno-burgueses endinheirados da minha área de residência, em Lisboa, passarem as manhãs de Sábado no Café Califa (passe a publicidade) lendo, ou fingindo ler, aquelas folhas enormes que mais pareciam lençóis de papel. Era "bem" ler o Expresso. Conferia o Dr. no tratamento e fazia voltar cabeças quando um qualquer sotôr pedia mais um croquete. "É para já, sotôr - apressava-se o "mainato". O jornal sofreu várias remodelações e, hoje, com um formato que até é elogiado, mantém-se como um semanário de referência e conserva muitos leitores. Desses, e de outros, já que a "democratização" do Expresso se foi fazendo nos últimos tempos. A necessidade de vender bem assim mandou.
Há, no entanto, no nº do passado Sábado, 19 de Janeiro, um artigo referente a vencimentos de professores que informa mal ou, melhor, que causará perplexidade em quem fizer contas e falta à verdade. Reparemos, então, no artigo, com parangonas de primeira página:
"Profs perderam 12% do salário em 8 anos"
"O Expresso divulga quanto a inflação rouba aos funcionários públicos, do Presidente aos contínuos. Os professores recebem menos €357,40"- (sub-título)
"Os funcionários públicos estão a perder poder de compra desde 1999, quando tiveram pela última vez aumentos acima da inflação. Diplomatas e professores do básico e secundário são os mais prejudicados pela contenção salarial no Estado. Se tivessem sido, pelo menos, compensados pela subida dos preços receberiam hoje mais 504 e 357 euros, respectivamente. Valores que representam mais de 12% dos seus vencimentos brutos mensais. Nos cargos políticos, as perdas são de 10,9%, mas atingem montantes superiores. Cavaco recebe menos 789 euros, Sócrates perde 591 euros e cada deputado é afectado em 394 euros por mês. "
Vejamos então: Que ganho menos do que ganhava há 8 anos... sei eu muito bem! Que sejam, hoje, menos 357 euros/mês do que seriam se me tivessem actualizado vencimentos de acordo com a inflacção também admito perfeitamente, mesmo sem fazer contas. Mas, dizer-se num jornal consagrado que 357 euros correspondem a mais de 12% do meu rendimento bruto mensal é mentir e dar a ideia, a quem fizer umas continhas rápidas, de que o meu vencimento bruto anda na casa dos 3 000 euros! Era bom... mas não é assim. Um professor licenciado do ensino básico e secundário, a meio da carreira mas no mínimo com uns 20 anos de serviço, tem um vencimento bruto mensal entre os 1 700 e os 1 900/2 000 euros, bem longe das contas do Expresso. Por estas e outras é que ainda há quem pense que somos uns lordes!
Quanto aos diplomatas, ignoro se os números serão, ou não, os correctos, mas acredito sem grandes reservas que estejam certinhos! Uma vez mais, façam-se (bem) as contas!
Já agora, na mesma edição, podemos ver o PGR e o director da PJ, quinta-feira, dia 17, à saída d'"O Solar dos Presuntos", do Evaristo, depois de uma almoçarada de rodovalho e lampreia. E, aí sim, o Expresso esteve bem, "quem os visse não diria que Pinto Monteiro e Alípio Ribeiro estiveram em guerra por causa dos gangues do Porto", o tema do almoço que fonte próxima da PGR classificou da seguinte forma: "O encontro foi muito útil”. O EXPRESSO deveria ter apurado quantos professores viu no Solar dos Presuntos. É que, se ganhássemos 3 mil por mês, haviam de ver se eu também não ia até lá... de vez em quando.
Sem mais comentários da minha parte! - Texto de Jorge G.
Soube hoje que este homem, aos 73 anos, anunciou que pretende fazer uma tournée pelo Canadá, Estados Unidos e Europa. Cohen é talvez o maior cantautor de música ligeira do presente. Sempre avesso a grandes entrevistas ou manifestações sociais, preferindo viver na pacatez do seu mundo, tendo mesmo um retiro próprio num mosteiro Zen, há cerca de 15 anos que se tem limitado a algumas furtivas aparições e em trabalhos de estúdio. Anunciou agora, surpreendentemente, uma tournée pela América do Norte e pela Europa, desejando eu que chegue a Portugal. Necessariamente com uma voz diferente, mais falando do que cantando, irá espalhar a sua poesia e a sua música pelos palcos onde vier a actuar. Será, porventura, a última oportunidade para escutarmos os seus versos, cantados ou falados pouco me importa.
Foto de há cerca de 20/25 anos atrás Leonard Norman Cohen, nasceu em Montreal, Canadá, a 21 de Setembro de 1934 . Iniciou a sua carreira publicando o primeiro livro de poesia em 1956 e o primeiro romance 7 anos depois. Foi, portanto, na Literatura que deu os primeiros passos para uma longa caminhada pelos domínios literários e musicais. Seguindo o grande desenvolvimento da indústria musical no início dos 60s, Cohen tornou-se um dos mais distinguidos e carismáticos escritores de canções do passado séc.XX Musicalmente, as suas primeiras canções abordavam a folk music, tanto pela melodia como pelos instrumentos empregues, mas a partir dos anos 70 o seu trabalho mostra a influência de vários tipos de música popular e da chamada "música de cabaret". Desde os anos 80, canta tipicamente num registo de voz baixo, contando as suas composições com sintetizadores e o suporte de coros femininos. Emocionalmente fortes e com letras complexas, as canções de Leonard Cohen devem mais ao jogo metafórico das palavras do que às convenções da "arte das cantigas", frequentemente explorando os temas da religião, do isolamento, do sexo e das complexas relações interpessoais.
Cohen nasceu no meio de uma família judia da classe média de ascendência polaca. O seu avô materno fora Rabi. "Disseram-me que eu era descendente de Aarão, o grande padre." - afirmou numa entrevista. Aprendeu a tocar guitarra ainda muito jovem, tendo então formado um grupo de country-folk chamado "The Buckskin Boys". O seu pai, que Leonard adorava, deixou-lhe uma modesta herança pecuniária, mas suficiente para lhe permitir prosseguir livremente o seu caminho de ambições literárias durante algum tempo, sem ter que se arriscar à ruína económica. Hoje, Cohen é um ícone da música de texto ou, se quisermos, da poesia musicada. "Because of" traz-nos um cantor de voz já velada mas, nas palavras, o mesmo Cohen de sempre. (Texto de Jorge G.)
Hoje andei revivalista. Não sei se por sonhos escondidos ou desejos de um novo paladino, aguçados pelas notícias e artigos de jornais. Talvez no meu subconsciente se tenha formado, durante a noite, uma figura justiceira em defesa do meu país. Talvez os livros lidos em criança, ou os episódios da Disney vistos nos anos 60, ou ambos, me tenham visitado erguendo-se da indelével memória dos tempos. Mas ele, "o raposo justiceiro", veio até mim montado no seu inseparável Silver.
O ZORRO!
Personagem criada por um americano do Illinois (1883-1958), Johnston McCulley, um popular escritor de ficção dos anos 20/40, repórter no "The Police Gazette" e oficial das relações públicas do exército durante a Grande Guerra, O ZORRO lutava pela justiça por trás de uma máscara e usando uma capa preta, vingando de noite as injustiças na sua terra, na Califórnia mexicana. Era o alter ego do lânguido caballero Don Diego de la Vega que lia poesia na sua mansão de rico señor bem-formado e recatado cidadão. Em contraponto, Zorro era o herói sem medo que cavalgava no escuro para defender os injustiçados e combater as prepotências do poder.
Cartaz do filme "A Marca do Zorro", 1920, com Douglas Fairbanks senior
De 1919 até hoje, a lenda do Zorro foi sofrendo mudanças através dos vários filmes e séries televisivas. Mas aqui não vou dar conta dessas alterações. Apenas me importo em recordar o herói, referindo que o seu criador - Johnston McCulley, muito provavelmente encontrou inspiração no livro "The Scarlet Pimpernel" ( O Pimpinela escarlate )de 1905, uma novela romântica de amor, traição e intriga, da autoria da Baronesa Orczy.
A pimpinela
" The leaders of the French Revolution seek the answer to this pressing question. An Englishman known only by the name the Scarlet Pimpernel has helped scores of French aristocrats to escape from France and thereby avoid the guillotine. The Scarlet Pimpernel is a man of many disguises who is always one step ahead of his enemies. He has a band of 19 loyal followers who help him rescue the French aristocrats. All of his messages to his associates are always signed with the drawing of the Scarlet Pimpernel. ...Only his closest allies know his true identity: Sir Percy Blakeney. Sir Percy Blakeney is one of the richest men in England; he is unusually tall and very richly dressed... "
As semelhanças com o herói Zorro são evidentes. A florinha humilde dos campos britânicos, a Pimpinela, foi substituída por uma espada que rasga as injustiças, deixando em três traços o sinal do Zorro.
Agradeço a paciência que tiverem a ler estas palavras. Procurarei ser breve.
Há cerca de 1 ano e meio que aqui cheguei. O mundo dos blogues era, então, um perfeito buraco negro para mim. Caí muitas vezes nos erros mais primários que qualquer um comete quando começa e vai aprendendo sozinho com as asneiras técnicas cometidas. Fui-me sempre levantando e fazendo dessas quedas degraus necessários para a aprendizagem das coisas básicas. Fi-lo pelo muito prazer que sentia em comunicar, em transmitir ideias e conceitos, saberes adquiridos e/ou propostas de aquisição de mais conhecimentos. E fi-lo sempre com dedicação e o maior empenho num trabalho que quis essencialmente útil e honesto. Sempre afirmei que partiria como cheguei, em silêncio, sem lamentos inúteis e, muito menos, chorados. Os blogues que administro deixariam de estar no ar no dia em que não me restasse qualquer prazer na sua manutenção. Detesto rotinas e obrigações que não sejam as estritamente necessárias na vida.
Pois chegou o momento de reduzir substancialmente a minha participação neste mundo. Não, não é partir de vez, ainda! Antes, uma última tentativa de reganhar uma boa dose do prazer perdido nos últimos tempos. Fadiga, desilusão, falta de outras actividades a que me dedicava antes, são alguns dos motivos.
Ao longo destas 500 e tal postagens muita gente aqui veio. Uns ficaram, outros partiram, outros ainda mantêm-se sistematicamente como "visitantes não-comentadores", coisa que sinceramente nunca entendi muito bem nem vejo com bons olhos. Há os que apenas comentam se eu for comentar nos seus blogues, ainda que me não interesse o assunto. Não o fiz nunca, nem farei. Encaro esta actividade como um livre exercício de escrita e de troca de opiniões. Quando apeteça ou quando se justifique aos olhos de quem escreve ou lê. Esse é o único compromisso! Não sou de elogios de circunstância e detesto que mos façam. Deixei isto bem claro em diversas ocasiões. Não faço dos blogues uma Feira de Vaidades nem de Virtudes. É ridículo e infantil pensar-se que andamos aqui para exibirmos os nossos dotes.
Vou, em resumo, reduzir a minha participação. Aqui e em vossas casas. Não estranhem, pois!
Muito obrigado e um abraço a todos os que ainda vêm por bem!
Até quando quisermos.
Jorge Guedes
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Eu bem não queria, mas é inevitável deixar aqui também a minha ideia, já que toda a gente tem opinião sobre o que é melhor em matérias de aeroportos!
De repente, e à semelhança de deus-pai, temos um país de uma espécie de engenheiros, e de ambientalistas. Todos informados e verdes, naturalmente! Ora assim sendo, por que não hei-de também de me armar em perito ?
A princípio era a Ota. Prometeram aos autarcas e empresas da região o Eldorado portuga. Uma nova cidade ia nascer, bem asfaltadas vias rodoviárias, comércio vivo, o renascer da indústria de oeste, emprego, desenvolvimento local. Pegaram no que tinha sido mais ou menos aprovado por anteriores governos e ... Ota é que era, jamé em Alcochete, um deserto, como mandaram palrar ao inefável ministrolino acobertado pelo senhor das engenhocas.
Levantaram-se vozes discordantes, ouviram-se a posteriori os técnicos que não haviam sido ouvidos, as coisas chegaram aos ouvidos do Reich, em Bruxelas, e este, informado dos impactos ambientais e dos avultados fundos a conceder, mandou fazer meia-volta.
Agora, é Alcochete a melhor solução. Mais rápida, mais barata, mais eficaz, mais tudo! Não duvido que a Ota fosse ainda pior! Mas já hoje, e segundo a Lusa, "a Sociedade Portuguesa do Estudo das Aves (SPEA) considera extremamente preocupante do ponto de vista ambiental, da conservação da natureza e da biodiversidade a decisão do Governo de construir o novo aeroporto de Lisboa em Alcochete."
Ora aí está! Alimentando-se nos arrozais, há uns passarocos que vão ficar sem papinha. Não, dizem os peritos. Desviam-se os arrozais e as aves podem continuar tranquilas nos seus habituais trajectos e repastos.
Muita confusão para a minha cabecinha de comum mortal!
O que eu penso, e desde sempre, é que a Portela está muito longe de se esgotar na sua funcionalidade e operacionalidade. Bastará, e apenas quando necessário, desviar de Alverca para outra base, Beja por exemplo, material e instalações e ali fazer um novo aeroporto de suporte à Portela.
Claro que não haverá novas construções de cimento, nem especulações imobiliárias, nem dinheiritos por fora. e até compreendo que isso é "chato" para quem já vai fazendo as continhas a umas maquias fáceis.
Mas é claro que eu não percebo nada disto e claro é que não sou ministro!
Nos primeiros tempos da democracia francesa, no séc.XIX, o direito de voto estava reservado aos proprietários de sexo masculino. Considerava-se que as mulheres, os criados e os pobres, atendendo à sua dependência económica, não estavam em situação de exercer uma livre escolha. Os militares também estavam excluídos desse direito mas por razões diferentes (Não era desejável que tomassem partido nas lutas políticas). Apenas em 17 de Agosto de 1945- ou seja, uns meses depois das mulheres- é que eles obtiveram o direito de voto... O que se passava em França acontecia em outros países ocidentais onde a democracia já existia.
Os primeiros votos femininos, porém, vamos encontrá-los uns séculos antes, imagine-se, na História da Córsega, no tempo em que esta ilha era governada pelos genoveses. As mulheres votavam em assembleias locais e esse seu direito foi confirmado pela Constituição de Pascal Paoli, em 1755, sendo depois abolido aquando da anexão francesa da Córsega. As primeiras mulheres que obtiveram para sempre o direito a votar foram as habitantes do Estado americano de Wyoming, em 1869, seguindo-se-lhes as neo-zelandesas em 1893, as australianas em 1902, as finlandesas em 1906, e ainda as norueguesas em 1913.
Na Grã-Bretanha, as reivindicações feministas tiveram um espectacular desenvolvimento após a criação do Movimento das "Sufragistas" por Emeline Pankhurst(45 anos), em 1903. E em 21 de Junho de 1908, 250 mil manifestaram-se em Hyde Park, Londres.
As manifestações tomaram mesmo um carácter por vezes violento, como aconteceu com a morte de Emily Wilding Davison no "derby" de Epson, em 1913, quando a manifestante se lançou para debaixo dos cascos do cavalo do rei George V !
As reivindicações crescentes alcançaram finalmente um êxito parcial depois do Natal de 1918, quando foi dada a concessão do direito de voto às mulheres maiores de... 30 anos. Esta semi-vitória das britânicas marcou o início de um movimento de emancipação mundial, vindo no seguimento do papel activo das mulheres na vida social durante a Grande Guerra. Mesmo o próprio Papa Benedito XV a 15 de Julho de 1919, se pronunciou a favor. E nos Estados Unidos, a ratificação da 19ª Emenda à Constituição, em 26 de Agosto de 1920, alargou o direito de voto à totalidade das americanas. Até as turcas foram reconhecidas como votantes em 1934, curiosamente por iniciativa de um ditador, Moustafa Kemal, (se bem que o facto não tenha trazido consequências na prática de um autoritarismo extremo do seu regime!)
Fica aqui este registo e recordo, no nosso país, os seguintes factos:
1 - Por decreto de 3 de Novembro de 1910, com a Lei do Divórcio, é que se admitiu, pela primeira vez, o divórcio e o crime de adultério passou a ter o mesmo tratamento quando cometido por mulheres ou homens.
2 - Em 1911 as mulheres adquiriram o direito de trabalhar na Função Pública. A médica Carolina Beatriz Ângelo, viúva e mãe, votou nas eleições para a Assembleia Constituinte, invocando a sua qualidade de chefe de família. (A lei é posteriormente alterada, reconhecendo apenas o direito de voto a homens.)
3 - Em 1926 as mulheres passaram a poder leccionar em liceus masculinos.
4 - 1931 Expresso reconhecimento do direito de voto às mulheres diplomadas com cursos superiores ou secundários (Decreto com força de lei n.º 19694, de 5 de Maio de 1931) - aos homens continuou a exigir-se apenas que soubessem ler e escrever.
5 - 1967 - Entrada em vigor do novo Código Civil. Segundo este, a família é chefiada pelo marido, a quem compete decidir em relação à vida conjugal comum e aos filhos.
6- 1968 - Lei nº 2 137, de 26 de Dezembro de 1968, que proclama a igualdade de direitos políticos do homem e da mulher, seja qual for o seu estado civil. Em relação às eleições locais, permanecem, contudo, as desigualdades, sendo apenas eleitores das Juntas de Freguesia os chefes de família.
7 - 1969 Foi introduzido na legislação nacional o princípio "salário igual para trabalho igual" (Decreto-Lei n.º 49 408, n.º 2, de 24 de Novembro de 1969 – art.º16º.). A mulher casada pode transpor a fronteira sem licença do marido (Decreto-Lei n.º 49 317, de 25 de Outubro de 1969).
8 - 1974 Revolução de 25 de Abril. Instauração da Democracia.
Três diplomas abrem o acesso das mulheres, respectivamente, a todos os cargos da carreira administrativa local (Decreto-Lei n.º 251/74, de 12 de Junho), à carreira diplomática (Decreto-Lei n.º 308/74, de 6 de Julho) e à magistratura (Decreto-Lei n.º 492/74, de 27 de Setembro).
Abolidas todas as restrições baseadas no sexo quanto à capacidade eleitoral dos cidadãos (Decreto-Lei n.º 621/A/74, de 15 de Novembro).
Primeira mulher ministra: Eng. Maria de Lourdes Pintasilgo, na pasta dos Assuntos Sociais.
Convocados muitos mais, só estes couberam na pira nacional!
REMETENTE: PORTUGAL
DESTINATÁRIO: BELZEBU - LÁ EM BAIXO, nº 666
Faltou informar que a maioria destes bonecos não é da minha autoria. Pertencem, como achei que bem se perceberia nas imagens, ao Blogue www.wehavekaosinthegarden.blogspot.com a cujo autor expresso as minhas desculpas por não o ter revelado antes.