O PLÁGIO CONSTITUI CRIME punível com pena de prisão até 3 anos pelo artº197 da lei 16/2008,de 01 de Abril, a mesma que, no seu artº1, ponto 1, refere que estabelece medidas e procedimentos necessários para assegurar o respeito dos direitos de propriedade intelectual.
O artª180, no seu ponto 3, diz: "Presume-se artista,intérprete ou executante,aquele cujo nome tiver sido indicado como tal nas cópias
autorizadas da prestação e no respectivo invólucro ou aquele que for anunciado como tal em qualquer forma de utilização lícita, representação ou comunicação ao público."
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quarta-feira, 20 de janeiro de 2021
Nos últimos dias Portugal tem registado cerca de 200 mortos atribuídos à Covid-19, ou seja, a cada hora uma média de 9 pessoas partem como consequência da doença provocada pelo SARS-CoV-2 que já matou mais de 2 milhões no mundo.
Não estarão estes últimos números de mortes ligados à selecção que os hospitais se vêem já obrigados a fazer? Agora, sim, a situação está a ficar sombria, e com a total irresponsabilidade de alguns e as medidas brandas implementadas morrerão mais uns milhares, 15/20/25 mil? nos próximos 2 meses. Não o podemos ignorar nem devemos esconder ou camuflar.
Fechem as escolas, senhores no poder, abram hospitais de campanha, recorram ao privado com requisição civil se necessário for, aumentem o número de profissionais de saúde, não vacinem pessoas acima dos 75 anos ou com patologias graves sem uma indicação clara do médico que acompanha o doente e conhece o seu historial clínico (olhem para a Noruega que não escondeu o que aconteceu por lá), não vacinem a eito mas com critérios rigorosos.
E melhorem a qualidade da informação do que acontece nos hospitais com a verdade nua e crua - a mensagem não está a passar devidamente -, proíbam de vez os jantares e festas dos políticos e limitem as cerimónias religiosas que ninguém morre por não ir à missa mas pode morrer se lá for.
Controlem a sério a entrada no país sobretudo de pessoas vindas de países onde está disseminada a nova estirpe do vírus, como o Reino Unido, ajam por antecipação e não por reacção, tenham coragem e planeiem as formas de combate com todo o rigor e sem tibiezas nem medos politiqueiros. Basta de amadorismos.
E, sobretudo, não dêem ao povo a ideia de que o governo não sabe o que anda a fazer. O poder tem de se revelar com maturidade, profundidade, responsabilidade.
Sejam absolutamente credíveis para que não haja tanta gente irresponsável nas suas práticas diárias.
- texto de Jorge PG na ortografia anterior ao chamado A.O./1990
Com a 1ª linha de 11,2 Km a ser inaugurada em 1935, entre Sokolniki e Park Kultury, o Metro moscovita, com uma extensão de 380km, apresenta hoje 14 linhas e cerca de 250 estações que servem mais de 7 milhões de pessoas por dia, funcionando das 05:30 até à 01:00 da noite.
Com todas as indicações em russo, como de resto se verifica por toda a parte, entrar no Metro de Moscovo pode constituir uma interessante aventura para quem nada conheça da língua.
O preço de uma passagem simples para se deslocar por toda a cidade é de ₽57 (€0,64) ou de ₽40 (€0,45) só para a Zona Central com o карте Тройка (Cartão Troika). Os bilhetes simples permitem trocar de composição quantas vezes se quiser, sem limite de distância nem de tempo desde que se não saia para o exterior. Uma passagem para 60 viagens com o cartão Troika custa 1970 rublos (€22,06) e para um mês, mas não mais do que 70 viagens, custa 2.900 rublos (€32,47).Também existe a possibilidade de comprar um bilhete diário por cerca de €3,00 ou de 3 dias por cerca de €5,00. Depois, poder-se-á viajar para qualquer estação, em qualquer das múltiplas linhas e durante o tempo que se quiser, desde que se não saia para o exterior.
É permitido fotografar, embora uma boa foto seja difícil de obter devido ao aglomerado de gente sempre presente.
A estação de Komsomolskaya, projectada em 1852 por Alexei Shchusev, obteve o 1º prémio na New York World's Fair em 1938. Naturalmente destinada a servir de estação de comboios, como tantas outras em diferentes países, esta belíssima jóia do actual Metro tem as paredes e os tectos decorados com mosaicos representando cenas de paradas militares e de figuras da história russa. E para além destas cenas, são de pasmar os pesados candelabros, os estuques e o chão de mármore. De particular interesse, um mosaico de uma parada na Praça Vermelha que tem sido “alterada” ao longo dos últimos tempos para remover Stalin, Beria e Khrushchev, quando estes caíram em desgraça.
Como dizem os moscovitas, o seu Metro é o Palácio do Povo.
Assim,tomar o Metro em Moscovo é fazer uma visita a um autêntico museu subterrâneo,assemelhando-se muitas estações a verdadeiros palácios, sendoKomsomolskaya, Arbatskaya e Mayakovskaya, três das mais belas de todas.
<--- Arbatskaya
Mas o Metro de Moscovo serve igualmente de base para músicos de rua à procura de vender a sua música abrigados dos dias de intenso frio nas ruas, prostitutas que aguardam clientes, e street performers que, no agasalho do Metro, comercializam a sua arte.
Moscovo é, cada vez mais, uma metrópole imensa de gigantescos contrastes.
E, ao lado do fausto zelosamente conservado de outros tempos, dentro das carruagens são comuns cenas como as que se seguem.
Um "STALIN", sentado tranquilamente numa carruagem
Paul Verlaine(1844-1896), exerceu influência decisiva no desenvolvimento do simbolismo e abriu novos caminhos para a poesia francesa. Com Mallarmé e Baudelaire, formou o grupo dos chamados poetas decadentistas.
Verlaine, que afirmou: "De la musique avant toute chose", escreveu aos 22 anos "Chanson d'Automne", publicado no seu livro Poèmes Saturniens (Poemas Saturninos), de 1866. A música está de tal forma entranhada neste poema, que traduzi-lo para o português parece tarefa impossível.
Chanson d'Automne - Léo Ferré
CHANSON D'AUTOMNE
Les sanglots longs
Des violons
De l'automne
Blessent mon coeur
D'une langueur
Monotone.
Tout suffocant
Et blême, quand
Sonne l'heure,
Je me souviens
Des jours anciens
Et je pleure.
Et je m'en vais
Au vent mauvais
Qui m'emporte
Deçà, delà,
Pareil à la
Feuille morte.
Atrevido, mesmo sabendo que lhe vou retirar musicalidade e beleza, meti-me a traduzir o poema, juntando a minha a tantas outras tentativas de dizer Verlaine em português. A tradução de um poema é quase um sacrilégio. Que me perdoe o poeta!- Jorge G.
CANÇÃO DO OUTONO
Os soluços finos
Dos violinos
De outono
Ferem-me em dor
De um langor
Monótono
E sufocando,
Pálido, quando
Soa a hora,
Então relembro
Em morno choro
Dias de outrora
Fraco o alento,
Parto em mau vento
Que me leva ou traz
De cá p’ra lá
Tal como à
Folha morta faz
Fez no passado Domingo, dia 10, 92 anos! Foi em 10 de Janeiro de 1929 que o desenhador belga Georges Rémi (21 anos), mais conhecido pelo pseudónimo de Hergé (das suas inicias do apelido e do 1º nome R.G.), publicou a primeira aventura de Tintin e Milou - «Tintin au pays des Soviets», que se queria abertamente anticomunista, seguindo assim a linha do jornal "Vingtième Siècle" e do seu director.
Eterna testemunha do seu tempo, o jovem repórter do "Petit Vingtième", um suplemento do católico e conservador "Vingtième Siècle", foi transportado em folhetins a visitar o país dos soviéticos...
Mais tarde, Tintin encontrará os famosos capitão Haddock, o professor Tournesol, a Mme Castafiore, o general Tapioca, os detectives Dupont e Dupond e tantos outros que fizeram a delícia de gerações.
Nunca li o Tintin em meados dos anos 60, nem leio ainda hoje, com olhos políticos. Para mim e, por certo, para milhões de admiradores das aventuras deste fenómeno de popularidade, Tintin apenas foi um herói do seu tempo que nos fez rir e sonhar com os lugares que visitou em serviço.
- Texto: Jorge P. Guedes
- Imagem no topo: mural na Estação do Métro de Stockel, em Bruxelles
Ao longo destes quase 15 anos, o Sino teve altos e baixos nas ligações que estabeleceu, fez amigos que ainda perduram e outros dos quais não há notícia, perdeu imagens por encerramento de sites onde eram alojadas, percorreu arrelias do início pois era um mundo novo que eu estava longe de dominar, mas sobreviveu no tempo.
O seu lema, "porque avisar é preciso", encerra o objectivo principal com que foi criado e gerido. Nunca fui pai que o abandonasse, sempre lhe disse até breve e com ele me correspondi, a ele fui buscar algumas publicações e imagens, em silêncio nos continuámos a comunicar. É hora de o vestir com roupa nova, de adolescente à beira dos 15 anos, de lhe emprestar a experiência colhida por mim em outros lugares e aventuras. Porque o amor pelos blogues nunca perdeu a cor.