O PLÁGIO CONSTITUI CRIME punível com pena de prisão até 3 anos pelo artº197 da lei 16/2008,de 01 de Abril, a mesma que, no seu artº1, ponto 1, refere que estabelece medidas e procedimentos necessários para assegurar o respeito dos direitos de propriedade intelectual.
O artª180, no seu ponto 3, diz: "Presume-se artista,intérprete ou executante,aquele cujo nome tiver sido indicado como tal nas cópias
autorizadas da prestação e no respectivo invólucro ou aquele que for anunciado como tal em qualquer forma de utilização lícita, representação ou comunicação ao público."
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sexta-feira, 6 de março de 2009
A BIBLIOTECA DE ALEXANDRIA ( do nascimento ao calvário ) Parte II
ATENÇÃO, ESTA É UMA VERSÃO ANTI-ÁRABE. OUTRAS HÁ,
MENOS ABONATÓRIAS PARA O OCIDENTE.
Os homens não aprendem. Em 1992, a importante Biblioteca de Sarajevo ficou neste estado depois de um bombardeamento. A ofensiva seguinte, a mais séria de todas, parece ter sido realizada pela Imperatriz Zenóbia. Ainda desta vez a destruição não foi total, mas livros importantes desapareceram. Conhecemos a razão da ofensiva que lançou depois dela o Imperiador Diocleciano ( 284-305 d.C.) . Documentos contemporâneos estão de acordo a este respeito. Diocleciano quis destruir todas as obras que davam os segredos de fabricação do ouro e da prata, ou seja, todas as obras de alquimia, pois pensava que se os egípcios pudessem fabricar à vontade o ouro e a prata, obteriam assim meios para levantar um exército e combater o império. Filho de escravos, foi proclamado imperador em 17 de setembro de 284. Era, ao que tudo indica, um perseguidor nato, e o último decreto que assinou antes de sua abdicação em Maio de 305, ordenava a destruição do cristianismo. Diocleciano foi de encontro a uma poderosa revolta do Egipto e iniciou em Julho de 295 o cerco a Alexandria. Tomou a cidade e nessa ocasião houve massacres inomináveis. Entretanto, segundo a lenda, o cavalo de Diocleciano deu um passo em falso ao entrar na cidade conquistada e este interpretou tal acontecimento como uma mensagem dos deuses que lhe mandavam poupar a cidade. A tomada de Alexandria foi seguida de pilhagens sucessivas que visavam acabar com os manuscritos de alquimia. Todos os encontrados foram destruídos. Continham, ao que parece , as chaves essenciais da alquimia que nos faltam para a compreensão dessa ciência , principalmente agora que sabemos que as transmutações metálicas são possíveis . Não possuímos nenhuma lista dos manuscritos destruídos , mas a conta-se que alguns deles eram obras de Pitágoras, de Salomão ou do próprio Hermes. É evidente que isto deve ser tomado com relativa confiança. Seja como for, documentos indispensáveis davam a chave da alquimia e estão perdidos para sempre.
Mas a biblioteca continuou. Apesar de todas as destruições sistemáticas que sofreu, ela prosseguiu a sua obra até que os árabes a arrasassem completamente. E se os árabes o fizeram , sabiam por que motivo o faziam. Já haviam destruído no próprio Islão - como na Pérsia - grande número de livros secretos de magia, de alquimia e de astrologia. A palavra de ordem dos conquistadores era: "não há necessidade de outros livros , senão o Livro" , isto é, oAlcorão. Assim, a destruição de 646 d.C. visava não propriamente os livros malditos, mas todos os livros. O historiador muçulmano Abd al-Latif ( 1160-1231 ) escreveu : "A biblioteca de Alexandria foi aniquilada pelas chamas por Amr ibn-el-As, agindo sob as ordens de Omar, o vencedor". Esse Omar opunha-se, aliás, a que se escrevessem livros muçulmanos, seguindo sempre o princípio: "o livro de Deus é-nos suficiente". Era um muçulmano recém-convertido, fanático, odiava os livros e destruiu-os muitas vezes porque não falavam do profeta. É natural que terminasse a obra começada por Júlio César, continuada por Diocleciano e outros. Se documentos sobreviveram a esses autos-de-fé, foram cuidadosamente guardados desde 646 d.C. e não mais reapareceram. E se certos grupos secretos possuem actualmente manuscritos provenientes de Alexandria, dissimulam-no muito bem.
Retomemos, agora, o exame desses acontecimentos à luz da tese que sustentamos : a existência desse grupo a que chamamos "Homens de Negro" e que constitui uma organização visando o aniquilamento de determinado tipo de saber. Parece evidente que tal grupo se desmascarou em 391 depois de procurar e sistematicamente fazer desaparecer as obras de alquimia e magia e também que tal grupo nada teve a ver com os acontecimentos de 646 : o fanatismo muçulmano foi suficiente. Em 1692 foi nomeado para o Cairo um cônsul francês chamado M. de Maillet que assinalou que “Alexandria é uma cidade praticamente vazia e sem vida. Os raros habitantes, que são sobretudo ladrões, encerram-se nos seus esconderijos. As ruinas das construcções estão abandonadas.” Parece provável que, se livros sobreviveram ao incêndio de 646, não estavam em Alexandria naquela época; trataram de evacuá-los.
A partir daí, fica-se reduzido a hipóteses. Fiquemos nesse plano que nos interessa, isto é, o dos livros secretos que dizem respeito às civilizações desaparecidas, à alquimia, à magia ou às técnicas que não mais conhecemos. Deixaremos de lado os clássicos gregos, cuja desaparição é evidentemente lamentável. Voltemos ao Egipto. Se um exemplar do Livro de Toth existiu em Alexandria, César apoderou-se dele como fonte possível de poder. Mas o Livro de Toth não era certamente o único documento egípcio em Alexandria. Todos os enigmas que se colocam ainda sobre o país teriam, talvez , solução, se tantos documentos egípcios não tivessem sidos destruídos. E entre eles, eram particularmente visados e deveriam ser arrasados, no original e nas cópias, e depois os resumos, todos aqueles que descreviam a civilização que precedeu o Egipto conhecido. É possível que alguns traços subsistam, mas o essencial desapareceu e essa destruição foi tão completa e profunda que os arqueólogos racionalistas defendem, agora , que se pode seguir no Egipto o desenvolvimento da civilização do neolítico até às grandes dinastias, sem que nada venha provar a existência de uma civilização anterior. Assim, também a História, a Ciência e a situação geográfica dessa civilização anterior nos são totalmente desconhecidas. Formulou-se a hipótese de que se tratava de uma civilização de Negros. Nessas condições, as origens do Egipto deveriam ser procuradas em África . Talvez tenham desaparecido em Alexandria, registos, papiros ou livros provenientes dessa civilização desaparecida. Foram igualmente destruídos tratados de alquimia, os mais detalhados, aqueles que permitiriam realmente obter a transmutação dos elementos. Foram destruídas obras de magia, tais como as provas do encontro com extraterrestres do qual Bérose falou, citando os Apkallus. Foram destruídos . . . Mas como prosseguir enumerando tudo o que ignoramos ! A devastação tão completa da biblioteca de Alexandria é, certamente, o maior sucesso dos Homens de Negro.
- Extraído e adaptado de "Os Livros Malditos", de Jacques Bergier
Publicação nº 699 de "O SINO DA ALDEIA " - Jorge P.G.