O PLÁGIO CONSTITUI CRIME punível com pena de prisão até 3 anos pelo artº197 da lei 16/2008,de 01 de Abril, a mesma que, no seu artº1, ponto 1, refere que estabelece medidas e procedimentos necessários para assegurar o respeito dos direitos de propriedade intelectual.
O artª180, no seu ponto 3, diz: "Presume-se artista,intérprete ou executante,aquele cujo nome tiver sido indicado como tal nas cópias
autorizadas da prestação e no respectivo invólucro ou aquele que for anunciado como tal em qualquer forma de utilização lícita, representação ou comunicação ao público."
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sexta-feira, 30 de novembro de 2007
Por fim, o Museu Nacional de Arte Antiga terá a sua 3ª tela de Giovanni Tiepolo
Talvez a notícia interesse tanto, hoje, como interessou aos governos ao longo dos últimos 68 anos. Trata-se de um quadro agora adquirido pelo Estado português, em leilão, por 1,5 milhões de euros.
Giovanni Battista Tiepolo, um bem-nascido veneziano dos finais do Séc XVII(1696), foi um mestre consagrado na arte decorativa da época, alcandorando-se a grande símbolo da cultura barroca veneziana, até fora da própria Veneza. As suas telas estão espalhadas pelas melhores galerias e museus mundiais. Querendo saber algo mais sobre este "Deposição de Cristo no Túmulo", também designado como "Enterro do Senhor", fiz uma investigação de várias horas que nada me trouxe para além do que sabíamos e que, pelas palavras da própria ministra da Cultura, nem ela conhecia. O quadro era pertença desde os anos 30 da família de Eduardo Pinto Basto, grande coleccionador que chegou a possuir mais 3 ou quatro quadros do pintor.
Classificado em 1939 como obra de interesse nacional, nunca merecera a atenção e o desejo de aquisição por parte dos responsáveis pela Cultura. Agora que foi colocada a sua venda em leilão, depressa andou a ministra para impedir que o Estado falhassse no seu direito (e dever!)de preferência. De onde veio o dinheiro é um mistério!
Há um par de dias, a ministra acusara os serviços do Instituto dos Museus e da Conservação (IMC) de não a terem posto ao corrente do “interesse do Estado em comprar” o quadro de Tiepolo. Em declarações à Lusa no final do debate do Orçamento do Estado para 2008, Isabel Pires de Lima foi ainda mais longe nas acusações ao IMC que é dirigido por Manuel Bairrão Oleiro, ao garantir que o Governo “não está a par com todo o rigor nem do processo em relação ao quadro nem dos montantes” envolvidos - uma afirmação surpreendente, tendo em conta que as notícias dando conta da base de licitação da peça (1 250 000 euros, posteriormente corrigida para 1 500 000) foram publicadas no início da semana.
O que se passa, afinal no Ministério da Cultura?
A ministra diz que não foi informada pelos serviços, dirigidos por Bairrão Oleiro, de uma possível aquisição deste valor; e não é verdade que o mesmo Oleiro foi quem despediu Dalila Rodrigues do cargo de conservadora do Museu Nacional de Arte Antiga?
Irá agora continuar no lugar, mantido pela ministra desinformada?
E quanto ao quadro, não colocando a mínima dúvida sobre o interesse da sua aquisição pelo Estado, também me parece que, ao contrário do que proclamava a leiloeira (20% de comissão é bom dinheiro!...), a verba terá andado dentro daquilo que têm atingido as melhores ofertas para telas do pintor transaccionadas nos últimos anos, como refere O Expresso.
Os 6 Tiepolos mais bem vendidos
Obra - Leilão - Estimativas - Valor Final
A Lamentação Christie's Londres, 2002 €1.400.000 -estimat. a €2.110.000 - estimat. €2.170.000- valor final
Enterro do Senhor Leiria e Nascimento Lisboa, 2007 €1.500.000 - estimat. €1.500.000 - valor final
Alexandre e Campapse no estúdio de Apeles Christie's Nova Iorque, 2000 €1.020.000 - estimat. a €1.360.000 - estimat. €1.500.000 - valor final
'Putti' com molhos de trigo e uvas Sotheby's Nova Iorque, 2000 €680.000 - estimat. a €1.020.000 -estimat. €750.000 - valor final
Rinaldo abandonando Armida Christie's Nova Iorque, 2000 €408.000 - estimat. a €544.000 - estimat. €712.000 - valor final
Apollo a ser homenageado pelas Musas (modelo) Christie's Nova Iorque, 1998 €170.000 - estimat. a €238.000 - estimat. €465.000 - valor final
Poder-se-á dizer que este quadro se trata de um dos últimos de Giovanni Tiepolo, pois datará de 1769/1770, e foi em 1770 que o pintor morreu, em Madrid, onde estava desde 1762 a trabalhar em várias obras, tendo por exemplo pintado os frescos dos quartos do Palácio Real. Mas, se por um lado o seu valor poderia aumentar em função desse dado, por outro, e a crer nas palavras do actual conservador do MNAA, José Augusto Seabra, "Não é uma pintura acabada, é um estudo para uma hipótese de pintura de outra dimensão, mas os esbocetos de Tiepolo são, na definição das formas, muito próximos da obra acabada". Embora não seja um trabalho "do zénite da carreira", é de uma fase em que o autor "está a trabalhar com o pleno domínio das suas capacidades, e é um esboço fascinante". E, já agora que o artigo vai longo, só um pequeno apontamento: Para mim, o grande quadro do enterro de Cristo é de Caravaggio e fora realizado cento e muitos anos antes. Aqui fica.
Entre 1602 e 1604, Caravaggio pintara esta "Deposição de Cristo no Túmulo". Sobre a laje que invade o nosso próprio espaço, com o negro fundo, vemos Cristo abandonado a um corpo tenso que só a ponta quebrada do sudário pode suavizar, o fiel Nicodemus e a tensão muscular das suas pernas hercúleas, a Virgem dolorida e a alma arrebatada nos gestos de Madalena.
Nasceu e morreu em Calcutá (1861-1941). Foi sem dúvida o maior poeta moderno da Índia e o génio mais criativo da renascença indiana. Além de poesia, Tagore escreveu canções (letras e melodias), contos, novelas, peças de teatro (em prosa e verso), ensaios sobre diversos temas incluindo críticas literárias, textos polémicos, narrativas de viagens, memórias e histórias infantis: O Jardineiro, O Carteiro do Rei, e Pássaros Perdidos. Deixou-nos mais de 3 mil poemas em bengali e mais de 2 mil canções e uma extensa obra em prosa de que se destacam 8 novelas e meia centena de ensaios e contos.
Gitanjali (1912), tradução e interpretação de uma obra poética em Bengali do original de 1910, fez com que Tagore ganhasse o Prémio Nobel de Literatura em 1913.
DE GITANJALI (Uma das poesias)
Deixa a cantilena, o cântico e a recitação de contas de rosário! A quem veneras neste recanto solitário e escuro dum templo de portas fechadas? Abre teus olhos e vê que teu Deus não está diante de ti! Ele está onde o agricultor está lavrando o chão duro e onde o pedreiro está rachando pedras. Ele está com eles no sol e na chuva, e sua roupa está coberta de poeira. Remove teu manto sagrado e como Ele desce para o chão empoeirado! Libertação? Onde se encontra essa libertação? Nosso mestre assumiu pessoalmente com alegria os vínculos da criação; Ele está vinculado a nós para sempre. Sai de tuas meditações e deixa de lado tuas flores e o incenso! Que mal há se tuas roupas ficam gastas e manchadas? Encontra-o e fica com Ele na faina e no suor de tua face.
Ramala, (de Sal Emergui) A ministra palestina de Turismo do Governo na Cisjordânia decidiu-se a tocar num dos tabus da sociedade da Palestina em particular e árabe em geral: Os erradamente chamados "Crimes de Honra", um eufemismo para explicar os assassinatos de mulheres suspeitas de "manchar a honra familiar", por exemplo, o adultério ou relações sexuais pre-matrimoniais.
Perante uma centena de mulheres convocadas por uma associação feminista palestina em Ramala, a ministra Julud Daibes (na foto do el mundo) anunciou um plano para lutar contra este fenómeno, exigindo o endurecimento das sanções económicas contra os assassinos. Tanto ela como o ministro da Justiça, Ali Al Kashan, sugeriram igualmente modificar alguns artigos da Lei Básica Palestina que são, nas palavras de um assistente ao acto, "muito injustos com as mulheres".
Aproveitando a celebração neste domingo do Dia internacional da Eliminação da Violência contra a Mulher, as palestinas desta convenção querem que o mundo as escute. Infelizmente, é mais fácil cumprir este objectivo do que mudar regras tão antigas que, não sendo oficiais, no entanto têm sido mais aceites do que condenadas pela sociedade. Perder a virgindade antes do casamento (e indiferentemente de ser fruto da vontade própria ou de uma violação), negar-se a casar com o homem escolhido pela família, o adultério, manter relações com um homem de outra religião, punem-se de várias formas e as mais frequentes são: o assassínio, uma marginalização silenciosa ou um humilhante desterro.
Ainda que nos seja difícil de compreender —ou talvez não— muitas vezes o promotor do "castigo" é o pai ou o chefe da familia que prefere "limpar a sua honra e a dos seus sacrificando a sua própria filha". "De contrário, os vizinhos, a rua, a sociedade não respeitarão nem a família nem o chefe incapaz de pôr ordem e restaurar a honra". Honra que é um conceito muito importante neste tipo de sociedade, uma palavra que esconde aspectos positivos mas também muitos negativos.
Alguns dos assassinos detidos reconheceram que as pressões familiares, sociais e psicológicas foram decisivas na hora do crime. Um palestino que havia matado a irmã em 1999, depois desta ser agredida sexualmente, confessava ao diario "Al Jayat": "Antes de o fazer, bebi um chá e o seu gosto era amargo porque a minha honra tinha sido violada. Depois de a matar, senti-me muito melhor. Não desejo a ninguém o estado mental em que me encontrava, sob uma pressão insuportável".
Em 2006 houve 12 casos de "crimes de honra", e no corrente ano o número chegou já a 24 entre Gaza e a Cisjordânia.
A situação nas ruas palestinas não ajuda a reduzir a frequência de "crimes de honra". Os violentos enfrentamentos e a divisão entre Al Fatah e o Hamas têm contribuído para um caos político, social, económico e também jurídico em muitos territórios já de si ocupados por Israel. Levar os presumíveis culpados de um delito aos tribunais é complicado e tratando-se de um homicídio deste tipo ainda mais. Só em uma semana de Outubro morreram quatro mulheres perante a indiferença do mundo, mais pendente do Iraque ou do famoso "por qué no te callas?".
A Turquia começa a controlar a Internet para "prevenir crimes"
(Segundo notícia da Agência EFE ) ANKARA- A Turquia começou a vigiar o conteúdo da Internet para prevenir possíveis crímes, mas algumas organizações temem que a nova lei introduzida para este fim seja aproveitada para exercer a censura.
A nova disposição legal estabelece que 8 potenciais delitos devam ser estreitamente vigiados: crimes contra Mustafa Kemal 'Atatürk', fundador da Turquía moderna; o abuso sexual de menores; o uso de drogas e a sua promoção; propagar artigos que prejudiquem a saúde, conteúdos obscenos, a prostituição e os jogos de azar. Para prevenir o acesso às páginas web deste tipo é requerida uma decisão judicial, mas em situações de emergência o fiscal poderá ditar a proibição por sua conta.
Fikret Ilkiz, advogado de várias organizações turcas de jornalistas, comentou à emissora NTV que "eliminar material prejudicial de uma página 'web' é uma coisa e proibir o acesso à página, outra. Encerrar uma página 'web' significará violar a liberdade de expressão".
Segundo Ilkiz, a definição de obsceno também varía de pessoa para pessoa e "neste caso, o Conselho de Telecomunicações decidirá sobre o que é obsceno ou não, o que constitui, sem lugar a dúvidas, uma forma de censura". O presidente do Conselho de Telecomunicações, Tayfun Acarer, assegurou que o cumprimento da lei não se baseará nas suas próprias decisões mas sim em "critérios internacionais", afirmando ainda que tais medidas nunca se chamarão censura.
Há algum tempo que se vem falando na necessidade de um controlo dos conteúdos da Internet, que até agora estão ao alcance de um simples carregar na tecla para se entrar em qualquer página. A difusão de diversos conteúdos degeneradores dos costumes sociais absolutamente aceites como bons numa sociedade moderna tem realmente proporcionado que a perversidade de alguns atinja a casa de qualquer de nós. Há dias li a notícia de jovens que ameaçavam cometer suicídio colectivo, levados por uma organização internacional que difunde as suas mensagens exactamente por este poderoso e perigoso meio. Igualmente sabemos que qualquer miúdo em idade de pre-adolescência, tem a natural curiosidade de espreitar tudo o que "é proibido", com o consequente prejuízo, tantas vezes, de um crescimento natural, levando-o a um acelerado e descontrolado contacto com o mundo adulto. Entendo, pois, e desde há muito, que deverá existir uma regulamentação a nível internacional do acesso aos conteúdos da Net, mas sempre após um estudo e uma acção conjunta de associações de cidadãos, pais, educadores, psicólogos, psiquiatras e outros elementos da sociedade que possam ser considerados importantes para a elaboração dessa regulamentação. Enquanto tal não acontecer, são evidentes os perigos que acções avulsas deste ou daquele governo podem trazer, sendo perfeitamente viável que, aproveitando-se de um facto que a todos em princípio satisfará, alguns governos rapidamente se possam aproveitar para a instituição de uma real censura da liberdade de expressão, cuja escalada seria depois muito difícil de travar.Aliás, em Cuba, na China e nos Emiratos Árabes Unidos, a censura política é desde há muito uma realidade!
É urgente uma regulamentação, mas feita com o maior cuidado e abrangendo o maior número de países que for possível. - Jorge G.
Sinceramente, nunca me passou pela cabeça falar das cuequinhas dessa menina que alegrou tantos de nós e que a tantos outros fez chorar.
Heidi era uma pequenita órfã que vivia nas altas montanhas da Suiça com o avô e o cão. Rechonchuda, de cabelinho escuro e bochechas vermelhinhas como tomatinhos, vestia uma camisola encarnada e uma saia rosada. Quando descia das montanhas, com o vento, a saia subia-lhe para a cabeça deixando à mostra, por instantes, umas imaculadamente brancas cuequinhas, peça que qualquer menina limpinha deve usar.
Pois então, o que aconteceu que me leva a falar da doce e inocente Heidi?Os turcos!
É que os meninos turcos de hoje já não poderão ver as cuequinhas da Heidi, pelo menos nos livros "recomendados" pelo seu Ministério da Educação, embora possam ver a Srª Seseman, a avó de Clara (a amiga inválida de Heidi), com a cabeça coberta por um véu islâmico.
A avó de Clara, antes, e agora, à dirª Este famoso livro de Johanna Spyri é um dos 100 recomendados pelo M.E. para as classes elementares na Turquia, mas o desenho da Srª Seseman, uma suiça aristocrata com o véu islâmico, no livro publicado pela editora Karanfil, levantou um aceso debate sobre a política educativa do governo. Uns dizem que este facto prova a tentativa de islamização da educação, como afirmou Alaadin Dincer, presidente do Sindicato de Professores Egitim-Sen. Como é habitual, o Ministério respondeu que nada tem a ver com o livro, obra de uma editora privada, o que para o mesmo Dincer representa, então, a falta de controlo sobre os livros escolares e a abertura do caminho para a distorção dos textos.
Mas, na verdade, não é só Heidi a vítima da censura. Também num livro de História, cobriram os seios da foto de uma mulher na secção de estudo da Revolução Francesa. (A Liberdade, muito provavelmente!)
Mas ainda não é tudo!...
Pinocchio, o pobre boneco de madeira que só queria ser gente, também contém elementos islâmicos nas linhas da sua história. Em "Pinocchio," quando este chega ao final das suas perguntas a Geppetto, exclama para o seu criador : " Graças a Allah, sou um rapaz de verdade!" E antes, no livro, já dissera: " Dá-me por favor um pedaço de pão, assim queira Allah!"
Na "Heidi" de Johanna Spyri, quando a menina pergunta se é benéfico rezar, respondem-lhe que "rezar a Allah é muito reconfortante."
Enfim! O tema do véu continua na ordem do dia.
As estudantes das universidades turcas e as trabalhadoras das instituições estatais têm proibida a entrada nos recintos com véu e algumas escondem-no por baixo de perucas. A esposa do Presidente, Hayrunissa Gül, assim como a do Primeiro- Ministro, Emine Erdogan, e as de outros ministros, levam véu, o que assusta os sectores laicos, incluindo os militares, que acusam o Governo de tentar islamizar o país a pouco e pouco.
Numa sociedade tão fortemente dividida entre laicos e islâmicos, até admito como normais estas questões... mas censurar as cuequinhas da Heidi... é demais! Por Allah! Inch'Allah, claro está!- Jorge G.
"MIRADAS TRASERAS" ou "O lugar onde as costas perdem o nome"
Sem título. De Isabel Muñoz, Série Danza Cubana,La Habana Vieja, 2001
Outros países, outras realidades! Foi este o meu comentário quando soube da existência, em Madrid, do Canal Isabel II -a empresa que faz o abastecimento e o tratamento da água à capital espanhola e área circundante. Fundada em 1851, quando era necessário levar água potável a casa de cerca de 300 mil habitantes, hoje abastece mais de 4 milhões e meio de pessoas, recolhendo águas de 7 rios diferentes. Em 2000, Canal de Isabel II criou uma Fundação com o mesmo nome que tem como missão principal a sensibilização da sociedade para a defesa do meio ambiente e da água, mediante a organização e o patrocínio de actividades artísticas, culturais, históricas, científicas e de investigação aplicada. Mediante a organização de tais activades, pretende devolver aos munícipes parte dos lucros da empresa. A Fundação Canal trabalha com critérios de solidariedade e sem fins lucrativos, querendo contribuir para ampliar a oferta cultural da Comunidade de Madrid. Para tal, criou espaços singulares, ou reabilitou infraestruturas de abastecimento, convertendo-as em centros de arte e salas de exposições.
Actualmente, e desde 3 de Outubro, prolongando-se até 6 de Janeiro de 2008, está patente uma curiosa exposição na Sala de Exposições Depósito Elevado - um antigo depósito elevado de água que data de princípios do séc. XX e cuja reconversão, em 1986, em sala de exposições obteve o Prémio Europa Nostra. Segundo a "Fundação Canal", esta mostra é a primeira dedicada exclusivamente aos traseiros e as fotografias seleccionadas foram feitas do início do século XX até os dias de hoje.
"OCULTOS", o nome da exposição, reúne 67 fotografias de prestigiados fotógrafos internacionais.
São retratos de nádegas, sem as caras dos respectivos proprietários. Glúteos sedutores, vulgares, simpáticos ou eróticos. Há nádegas flácidas e com curvas generosas, como as de Marylin Monroe e Jennifer López, ou de prostitutas das ruas de Barcelona e de Paris nos anos 50. Mulheres anónimas numa praia, mas também fotografias onde a nudez é mais natural, como as das tribos indígenas.
"OCULTOS" convida o espectador a descobrir imagens emblemáticas de "culos hermosos y rotundos,captados de forma sugestiva, humorística, documental ou intimista, e mostrando as diversas possibilidades artísticas do corpo humano visto por trás", como explicam os organizadores do certame.Capa, Cartier-Bresson, Mapplethorpe, Man Ray, Lucien Clergue e os espanhóis Joan Colom, Rafael Navarro, Ramón Masats, Isabel Muñoz, Cristina García Rodero e Carlos Pérez Siquier, são os nomes, entre outros, dos grandes artistas presentes.
Convido eu, agora, à contemplação tranquila de alguns dos traseiros expostos.
- Jorge G.
"El Barco", de Ciuco Gutiérrez, 2000
Sem título. Da série 'El carrer', de Joan Colom, 1959
"Isabelle's lesson", de Ellen von Unverth, 1992
Sem título, de Carlos Pérez Siquier,praia de Aguadulce, em Almeria, 1980
MULHERES DO PASSADO E DO PRESENTE - 1 FRANÇOISE GILOT
Nota introdutória: No intuito de revelar ou recordar algumas mulheres, do passado ou do presente, que por algum motivo se destacaram no campo da cultura, dou início hoje à publicação (não-regular) de uma secção intitulada "Mulheres do Passado e do Presente". Nesta rubrica não pretendo mais que uma ligeira e não fastidiosa abordagem das suas identidades, obras, ou feitos, despertando em vós, leitoras ou leitores, a curiosidade sobre essas personagens - que podereis satisfazer investigando mais por vossa conta. Espero que gostem de conhecer muitas destas mulheres. Eu gostei. - Jorge G.
Françoise Gilot
"French Window in Blue", 1939, a 1ª pintura a óleo sobre tela de Françoise Gilot, (41 x 27 cm) é uma cena tipicamente francesa, revelando uma visão de optimismo própria de uma adolescente de 17 anos.
Auto retrato (Figure in the Wind), 1944. Óleo sobre tela, (22 x 33 cm.) Collection Paloma Picasso, Londres.
Durante a sua vida, Françoise Gilot, nascida em França, combinou o talento artístico com as habilitações académicas. Depois de um Grau de Bacharelato em Filosofia pela Sorbonne e um curso de Inglês em Cambridge, começou a expressar-se através da pintura e de outras formas de arte. Por volta de 1945 os seus trabalhos eram internacionalmente aclamados. De 1946 a 1953, trabalhou com Picasso, aprendendo, ensinando, e partilhando da riqueza do fantástico talento do artista, e igualmente com Henri Matisse.
A partir de 1951, Gilot teve exposições só de obras suas em quase todas as grandes galerias do mundo, tendo ainda ilustrado quatro livros com poemas da sua autoria.
Foi ainda professora convidada do departamento de Pintura, Desenho e Gravura da Universidade da Califórnia, em Idyllwild .
O famoso livro " Vida com Picasso"
Em 1964, Françoise Gilot publicou "Life with Picasso", e mais de um milhão de exemplares foram vendidos logo no primeiro ano.
"Life with Picasso" foi já traduzido em mais de uma dúzia de línguas e continua hoje a ser uma obra única de observação do universo humano do génio criativo de Pablo Picasso.
Francoise conheceu Picasso durante a ocupação alemã de Paris, ela então com vinte e um anos e ele com sessenta e dois.
Claude (nascido em 1947) e Paloma (1949) nesta foto de família de 1953
Durante aproximandamente uma década, Gilot viveu com este gigante mundial da arte, sendo mãe de dois dos seus filhos, trabalhando como seu modelo e partilhando da sua vida .
Esta vívida memória leva os leitores ao interior da "lenda Picasso", ficando-se a conhecer melhor o homem por trás da lenda.
Em 1969, Françoise viajou para La Jolla e lá foi apresentada a um tal Dr. Jonas Salk. O seu mútuo interesse pela arquitectura rapidamente levou a uma cerimónia privada de casamento em Paris, em Junho de 1970.
Durante os 25 anos de matrimónio, Françoise Gilot manteve estúdios em La Jolla. New York e Paris, tendo a sua carreira continuado a evoluir.
Este quadro, Red and Gold, mais um óleo sobre tela (60 x 73 cm), é já de 1978. Nele se observa a principal preocupação de Gilot com as relações das cores. A pintura começa abstractamente e evolui gradualmente para elementos estruturais de uma paisagem. Tal como os seus antecedentes em pinturas de paisagens gregas dos finais dos anos 60, aqui é comunicado um sentido de dimensão e espaço através do alinhamento horizontal da composição e da cor como luz, muito mais do que por intermédio do detalhe.
Cartaz de A. Mucha para "Medeia" com Sarah Bernhardt
Les amants - Placard de Alphonse Mucha
A era dos cartazes com pin-ups começou em Paris do fim do século XIX com ilustrações de Alphonso Mucha e Jules Cheret, que criaram as primeiras imagens de mulheres em poses sensuais para posters. Jules Cheret desenvolveu técnicas de litografia e percebeu que este recurso de impressão aliado à imagem de uma bela mulher era uma poderosa propaganda. Alphonso Mucha, um checoslovaco em Paris, ganhou notoriedade em 1894 desenhando cartazes para peças protagonizadas pela famosa actriz Sarah Bernhardt, que ficou tão encantada pela sua imagem retratada pelo artista que o contratou por seis anos. Os desenhos de Mucha, muito trabalhados e cheios de contornos, são a imagem do movimento art-noveau. Nascera "Le style Mucha", como era conhecida nos seus primeiros tempos a Art Nouveau. A arte dos posters passou a constituir uma escola e influenciou artistas durante décadas.
Com os posters, vieram os calendários nos primórdios do séc.XX, com mulheres idealizadas pela fantasia masculina da época, de aspecto inocente mas sensual, sempre deixando ver um pedacinho proibido dos corpos esbeltos. E, apesar da censura, os traços elegantes do movimento art noveau tornaram toleradas as figuras femininas que passaram a estampar desde maços de cigarros a caixas de bombons.
Nos anos 20, Raphael Kirchner ilustrou a vida parisiense com mulheres sensuais, muitas vezes em certas situações que denotavam lesbianismo. Aí, pode-se dizer, começa a história das pin-ups em poses bem quentes e picantes, ilustrando calendários de oficinas. Nessa época, era Hollywood que mais produzia posters para divulgar os seus filmes. A revista Esquire também ilustrava as suas páginas com mulheres sedutoras que davam a volta à cabeça dos militares que partiam para a segunda guerra. Elas estavam por toda parte, nas carteiras dos soldados e desenhadas no nariz dos aviões de guerra. Foram elas que, pela primeira vez, mostraram os pelos púbicos numa revista masculina.
Do desenho, surgiram então as pin-ups em carne e osso. As mais queridas então eram Betty Grable e Norma Jean, a Marilyn Monroe cuja estreia, em fotos para um calendário, nua e deitada sobre um fundo de veludo vermelho (ver no final), passou a ser uma imagem reconhecida em todo o mundo.
Também conhecido por S. Martinho de Tours, nasceu na Hungria, em 316 ou 317. Serviu na guarda imperial até aos 40 anos, altura em que foi ao encontro de Santo Hilário, bispo de Poitiers, que lhe conferiu ordens sacras para entrar na vida religiosa, tendo sido nomeado Bispo de Tours. No calendário litúrgico, o dia de S. Martinho celebra-se a 11 de Novembro, data em que este Santo foi a enterrar, no ano de 397. Segundo a igreja, «São Martinho é o primeiro dos Santos não Mártires, o primeiro Confessor, que subiu aos altares do Ocidente". Durante toda a Idade Média e até uma época recente, São Martinho foi o santo mais popular de França; é aliás, o Apóstolo das Gálias. O seu túmulo em Tours, transformado numa Basílica no século V, era o maior centro de peregrinação de toda a Europa Ocidental. Graças à sua generosidade e humildade, e também fama de milagreiro, foi um dos santos mais queridos da população. O facto do dia do seu enterro coincidir com a época do ano em que se celebra o culto dos antepassados e com a altura em que termina a faina agrícola contribui para a componente festiva e popular das celebrações, que assim integram os produtos das colheitas e também um forte espírito de solidariedade.
O Verão de São Martinho
Reza a lenda que, ainda na sua vida de soldado, se deparou com um mendigo a pedir esmola. Sem nada para lhe dar, lembrou-se de cortar a sua capa vermelha com uma espada para dar metade ao homem que enregelava. Satisfeito com este acto altruista e generoso, Deus fez surgir no céu um sol de Verão, para que nem o pobre nem o soldado ficassem com frio. Assim, todos os anos temos o Verão de São Martinho...
O valor nutritivo das castanhas
Se as castanhas são dispensadas do seu regime alimentar por causa das calorias, não sabe o que está a perder! Apesar de muito calóricas, estão recheadas de nutrientes que trazem vários benefícios à saúde, como as gorduras mono-insaturadas e poli-insaturadas, vitaminas e minerais, destacando-se os glícidos, o potássio e as vitaminas C e B. Mas há mais: estas oleaginosas, fazem parte do selectivo grupo de frutos ideais para emagrecer. Estudos indicam que, quando aliadas a uma dieta, auxiliam na perda de peso, pois são ricas em gorduras mono-insaturadas, responsáveis por manter o nível de açúcar no sangue estável e activar o metabolismo da queima de gorduras. Graças à sua composição rica em fibras, proteína, cálcio, ferro, potássio, zinco, selénio, vitamina E, ácido fólico, entre outros, as castanhas actuam no equilíbrio da tiróide (evitando oscilações de peso); previnem tumores; fortalecem o sistema imunológico e protegem contra a acção dos radicais livres. São ainda poderosas na prevenção de doenças cardíacas.
Novilho de São Martinho
Ingredientes:
Novilho: 800 gr
Castanhas: 1 kg
Batatas-doces: 2 kg
Dentes de alho, picados: 2
Fatias de bacon: 6
Margarina: 125 gr
Vinho branco seco: 1 copo
Paprika: 1 colher de chá
Cravinho: 3
Sal e pimenta q.b.
Receita:
Lava-se a carne e esfrega-se com uma pasta elaborada com sal, pimenta e alhos. Numa frigideira leva-se a carne a alourar em margarina. Coloca-se a carne e o bacon numa assadeira com vinho branco e tempera-se com a paprika e cravinho. Juntam-se algumas nozes de manteiga e leva-se a assar em forno quente. Faz-se um corte nas castanhas e polvilha-se com sal.Envolvem-se as batatas doces em papel de alumínio e leva-se tudo ao forno, já a terminar o assado.
Introduzidos nos Estados Unidos em 1957, serviam para transportar pão, sandwiches, fruta e vegetais. Depois, em finais dos 60s, em todo o mundo se vulgarizou o seu uso para depositar o lixo. É evidente que falo dos sacos de plástico. Nunca suportei aquele seu barulhinho irritante, ffr...ffr...ffr...ffr..., que funciona para os meus ouvidos como uma espécie de sinal acústico repelente do meu equilíbrio emocional. Há-os de todas cores, tamanhos e feitios, como sabemos. Para mim, tanto faz! É de plástico, irrita-me.
Depois, parece que têm vida própria. Quando esmagados, reduzidos ao mínimo, vingam-se, e é ouvi-los...fffr...ff...ffr... desdobrando-se, retorcendo-se, arreganhando corpo e reganhando alma.
Adereço principal das mulheres portuguesas não autotransportadas, passeiam-se por todo o lado, mais cheios ou mais vazios, publicitando as mais das vezes artigos e marcas. E são elitistas! Repare-se que as marcas de griffe raramente os usam. Preferem outros materiais mais nobres, de acordo com a sua habitual e fina clientela.
Para a grande maioria dos seus hospedeiros, estes parasitas servem de mala, lancheira, guarda-fatos, instrumento de defesa em locais acanhados e apinhados como o Metro ou os autocarros, e ainda, à noite, como contentores de restos de vitualhas e outros lixos. É vê-los, barrigudos, de lacinho feito nas pontas, alinhadinhos à porta de cada um, esperando a recolha pelas porteiras dos prédios, ou encafuados em contentores mal-cheirosos até que passem os homens do lixo.
Para mim, estes aberrantes objectos deveriam pagar bilhete nos transportes públicos, tantas são as vezes que deixam pessoas nas paragens atrasando-se para os empregos ou no regresso a casa, enquanto eles, todos inchados, ali vão levadinhos pela mão da dona, rindo-se da malta que não os usa. E duram estes safardanas...se duram! Mais de 100 anos é quanto pode demorar a desaparecer um destes vírus. Calcula-se que mais de 1 com tantos zeros que nem sei ler deles circule todos os dias pelo mundo, sendo que os Estados Unidos e a Europa, ou seja, os mais desenvolvidos do planeta, são responsáveis por mais de 80% destas pragas.
Claro que já se vão fazendo em plástico biodegradável, o que faz com que morram de vez em 2 meses apenas. Mas ainda são poucos os que os utilizam, pois ficam mais caros.
Assim, continuarei ou passarei a fazer o seguinte:
1 - Não aceito nenhum saco desses se a compra é de reduzido peso e tamanho.
2 - Já me habituei há muito a ter sempre comigo, ou no carro, um saquinho de pano que utilizo para transporte de mercadorias do dia-a-dia.
3 - Tenho pedido, nas lojas que frequento, para que não forneçam essa praga gratuitamente a ninguém e que ofereçam um desconto a quem trouxer consigo o seu próprio contentor.
4 - Da próxima vez que um politiqueiro profissional vier oferecer-me um saquinho plástico em alturas de campanha eleitoral, prometo passar-me da cabeça e enfiar-lhe o saco pela cabeçorra abaixo. É que, por exemplo, a Irlanda introduziu uma taxa de 15 cts. por cada raiva dessas em Março de 2002, conseguindo uma redução de 95% no seu uso !
E todos os que nos dizemos amigos do ambiente devemos saber que:
1 - Um quarto dos sacos de plástico usados nas chamadas nações ricas são hoje produzidos na Ásia, onde é mais elevada a taxa de trabalho infantil.
2 - Anualmente, e falando só nos americanos, estes deitam fora cerca de 100 biliões de sacos de polietileno dificilmente degradáveis.
3 - Actualmente, apenas pouco mais de 0,6% de sacos plásticos são reciclados.
Tendo eu decidido privar os 3 blogues que administro dos comentários de quem os lê, fui confrontado com as mais diversas reacções, o que é natural.
De entre elas, houve as daqueles que me fizeram sentir, quer por mail, quer por outras vias, que a decisão não teria sido a mais correcta pois parecia que estava a bater com a porta na cara a quem sempre respeitou o meu trabalho e aqui, ou nos outros espaços, decidia deixar os seus comentários.
Tenho 3 blogues activos pelos quais assumo manter o maior carinho e que me custaria terminar. Neles, desde sempre, procurei responder a todos que mereciam resposta. Mas 3 blogues, um deles com carácter diário, são difíceis de manter com o nível mínimo que me exijo, tendo ainda que responder, visitar, comentar e ainda responder a mails. Daí, fundamentalmente a minha decisão. Acreditava eu que as pessoas não ficariam privadas de os ler, apenas não tendo que gastar tempo a comentar e eu, a responder-lhes.
No entanto, alguns me fizeram sentir que essa solução não era a mais certa a tomar. Aliás, um blogue pressupõe a possibilidade de interacção, o que sempre defendi, e agora, eu próprio, vim cortar. Têm razão todos os que assim pensaram e mo manifestaram. Mea culpa est!
Em resumo, pedindo desculpa pelo contratempo, nada mais me resta do que um de dois caminhos: terminar com os blogues ou prosseguir na sua edição, abrindo-os a quem quiser comentá-los.
Optei pela segunda hipótese, não podendo, no entanto, garantir que responda sempre aos comentários que possam escrever. Para esse facto, apelo à vossa compreensão.
Um obrigado a todos os que, com as suas palavras, me ajudaram a ver a luzda razão.
Que os foguetes estalem no Guy Fawkes Day!- J. P. G.
A bizarre holiday commemorating England's most notorious traitor.
Born on or about April 13, 1570 /Hung on Friday, January 31, 1606 -Guy Fawkes Night is celebrated in Britain annually on November 5th. The event is accompanied by firework displays, the lighting of bonfires and the ceremonial effigy-burning of one Guy Fawkes.
Guy Fawkes was born on or about April 13, 1570 in Stonegate, Yorkshire. He was the only son of Edward Fawkes of York and Edith Blake.
Fawkes' father had descended from the Fawkes Family of Farnley and was either a notary or proctor of the ecclesiastic courts and advocate of the consistory court of the Archbishop of York. His mother was descended from the Harrington Family, prominent merchants and Aldermen of the City of York.
A 5 de Novembro de 1605 foi descoberta em Londres a «Conspiração da Pólvora».
Antigos oficiais católicos, em conluio com os governantes espanhóis e talvez também com os jesuítas, pensaram em fazer ir pelos ares o Parlamento de Westminster no próprio dia da sua sessão inaugural, na presença do rei, James Charles Stuart, James I of England and VI of Scotland e de seus ministros.
JAMES I de Inglaterra e VI da Escócia
Todavia, um dos conjurados, Guy Fawkes, foi preso no momento em que se aprestava para deitar fogo a 36 barris de pólvora.
Estes revoltosos reprovavam ao rei anglicano a sua intolerância para com eles, bem como relativamente aos puritanos.
Foram constrangidos a fugir ou mesmo executados após a sua abortada conspiração.
Em memória deste episódio, as crianças inglesas conservaram o hábito de fazer rebentar petardos no dia 5 de Novembro.
A Guy Fawkes Night é celebrada na Grã-Bretanha anualmente, sendo o acontecimento acompanhado de espectáculos de fogo de artifício, o acender de fogueiras e a cerimónia da queima da figura de um "Guy Fawkes" fantoche.
Celebra-se assim, neste bizarro feriado, o mais famoso traidor de Inglaterra.
A partir desta publicação, os blogues que administro passam a ter desactivada a função de novos comentários. São vários os motivos, sendo o principal a falta de tempo para lhes responder.
Agradeço a todos os que sempre comentaram apenas por absoluta e desinteressada vontade própria. Muito obrigado e um abraço. - J.G.
***
Encouraged by her mother, Vanne, Goodall's lifelong fascination with animals began at an early age. Throughout her childhood she read avidly about wild animals, dreaming about living like Tarzan and Dr. Doolittle and writing about the animals with whom she would live. When a close friend invited Goodall to Kenya in 1957, she readily accepted. Within a few months of her arrival she met the famed anthropologist and paleontologist Louis Leakey. One of Leakey's interests was to study wild chimpanzees to gain insight into the evolutionary past of humans. Goodall's patience and persistent desire to understand animals prompted Leakey to choose her for this pioneering study. He believed that a mind uncluttered by academia would yield a fresh perspective. Leakey intended for Goodall's research to be long-term, yet critics believed she would last no longer than three weeks.
The chimps took some time to accept Goodall.
In the summer of 1960,Jane Goodall arrived in East Africa to fulfill a dream she had had since childhood. It was there she initiated her ground-breaking research on chimpanzees in the junglesof the Gombe Game Reserve in Africa. Now, after thirty-seven years, Dr. Goodall has written six books, countless articles, and won numerous awards. Jane Goodall remains one the most renowned and respected scientists in the world. She is now the world's foremost authority on chimpanzees. Her observations and discoveries are intemationally heralded. Her research offered revolutionary inroads into scientific thinking regarding the evolutions of humans. Dr. Goodall received her Ph.D. from Cambridge University in 1965. She has been Scientific Director of the Gombe Stream Research Center since 1967. In 1984, Goodall received the J. Paul Getty Wildlife Conservation Prize for "helping millions of people understand the importance of wildlife conservation to life on this planet." Her scientific articles have appeared in many issues of National Geographic. She has written scores of papers for internationally known scientific journals. Dr. Goodall's books include Wild Chimpanzees and In The Shadow of Man. Jane Goodall attributes her dedication and insight to her work and her mission in life to her mother, internationally known author, Vanne Goodall. Dr. Goodall has expanded her global outreach with the founding of the Jane Goodall Institute, now based in Ridgefield, CT. She now teaches and encourages young people to appreciate the conversation of chimpanzees and all creatures great and small. She lectures, writes, teaches and continues her mission in many inventive ways, including the ChimpanzeeGuardian Project.
Jorge G 07.10.2006 em "Quentes e Belas" republicado hoje com o nº de publicação 493
Sino tocado em
novembro 04, 2007 -
quinta-feira, 1 de novembro de 2007
A Língua Portuguesa - Um bem a preservar (agora, à 6ª fª, em Os Bigodes do Gato)
Este anúncio da Worten desconhece que o sistema numérico português dispensa pontos e vírgulas em números inteiros.
Assim, anuncia que um seu artigo custa 1 euro e 9 cêntimos quando queria dizer 1099 euros !
Uma Língua não é estática. Ela evolui, cresce, incorpora novos vocábulos e conceitos de correcção gramatical. Se assim não fosse, em Inglaterra continuaríamos a falar e a escrever como o fazia Shakespeare e por cá, o Português seiscentista de D. Francisco Manuel de Melo, por exemplo, ainda seria o Português norma-padrão. A nossa língua desenvolveu-se, como outras, no contacto com outros falantes para além dos europeus e assim se foi enriquecendo. Quero com isto dizer, e sem entrar em complicados conceitos linguísticos que a maioria dos leitores não entenderia por falta de formação académica nessa matéria específica,que não sou um purista da língua. Não defendo um Português único, normativo e espartilho da sua própria evolução. Quando me refiro à premência da defesa da Língua Portuguesa, que tento aplicar ao que publico, estou a procurar fazer uma chamada de atenção para o despudor com que esta vem sendo tratada nos órgãos de comunicação, sobretudo, pois são estes poderosos meios que podem verdadeiramente influenciar para o bem ou o mal falar e escrever. Os brasileirismos semânticos, a grafia de cá ou a de lá, são quanto a mim bem menos importantes no momento. De resto, sempre houve grandes escritores do Brasil escrevendo de acordo com a sua norma, que não a norma-padrão, e não foi por isso que alguma vez se considerou que escreviam em mau português.
O que arrepia são os diários atropelos à essência da língua. Os claros erros de concordância entre Sujeito e Predicado, a regência das preposições, o claro adulterar semântico de vocábulos, o falar e o escrever que não constituem desvios à norma, antes são atentados à mesma. Aqui, no Brasil, em Cabo Verde, ou em Macau.
E por isso são úteis todos os programas que as TVs, sobretudo a pública, decidam pôr no ar, ainda que com o tradicional atraso em que somos viciados. Tratar bem a língua é o dever de qualquer falante nativo, é a defesa do melhor património de um povo. Claro está que, sendo o Português tão rico e difícil, não se pode esperar que não se cometam erros. Mas... há "calinadas" ...e calinadas! Atentemos nas seguintes:
a) «Quando a gente confia, arrependemo-nos quase sempre», escreveu Joaquim Letria, na sua coluna diária do jornal “24 Horas” de 24 de Outubro de 2006. Com o termo "a gente", os verbos dependentes (“confiar” e “arrepender-se”) têm de ir para a 3ª pessoa do singular: «Quando a gente confia, arrepende-se quase sempre»” Se se quiser subentender o sujeito “nós”, então, ambos os verbos deverão ir para a 1ª pessoa do plural: «Quando confiamos, arrependemo-nos quase sempre.»
b) Judite de Sousa, Telejornal RTP-1, 22 de Outubro de 2006, sobre o mau tempo em Portugal: «O Porto é um dos onze distritos que está em alerta laranja». O verbo deveria ter ido para o plural («O Porto é um dos onze distritos que estão em alerta laranja»), pois a expressão "um dos"+ "substantivo" + "que", leva o verbo para o plural. No caso, o sujeito de «estar em alerta» são os onze distritos: há onze distritos que estão em alerta e o Porto é um deles.
c) Frase do jornalista e crítico de televisão, Miguel Gaspar, indagado no programa " A Voz do Cidadão" na RTP-1: «(O programa "Prós e Contras") em princípio, é suposto apresentar dois pontos de vista; portanto, os painéis são representativos de posições diferentes». Está a ser bastante utilizada a construção " é suposto" + infinitivo. Trata-se de um modismo, uma adopção do inglês, que deverá ser evitada, pois colide com a nossa construção sintáctica. Efectivamente, não se deverá dizer que «o programa é suposto apresentar», porque «o programa» não é o sujeito; o sujeito aqui é indeterminado: «(…) pressupõe-se que o programa apresente dois pontos de vista». Em português, poderá, assim, dizer-se – em vez de “é suposto” – «pressupõe-se que»; «espera-se que»; «é desejável que»; «pensa-se que»; «considera-se que»; «tem-se como princípio que»…
Estas são apenas amostras dos grandes erros que diariamente lemos e ouvimos, não o "ato" por "acto" ou o "vou xingar você" que são modismos brasileiros e como tal devem ser entendidos, embora tenhamos o dever de não os copiar, tal como os ingleses não usam expressões ou grafias americanas.- Jorge G. - Licenciado em 1977 pela Univ. Clássica de Lisboa, Professor do Q.N.D.
O Papa alerta os fiéis para o dever de pagar impostos !
O Papa Bento XVI afirmou quarta-feira que é dever de um bom cristão pagar os impostos, ainda que sejam «desagradáveis e onerosos», durante a habitual audiência geral aos peregrinos na Praça de São Pedro, em Roma.
O Sumo Pontífice citava São Máximo, bispo de Turim nos séculos IV-V, que defendeu «a relação profunda entre os deveres do cristão e os do cidadão». Bento XVI explicou que, para São Máximo, «viver a vida cristã significava assumir os compromissos civis», inclusive pagar impostos, mesmo que fossem «desagradáveis e onerosos».
«Apesar de terem mudado as condições, serão sempre válidos os deveres dos crentes perante a sua cidade e a sua pátria», assinalou o Papa, reforçando que «o vínculo entre os compromissos do cidadão honesto e os de bom cristão não terminam nunca».
Bento XVI enfatizou ainda que «a fé não afasta o cristão das tarefas temporais mas, ao contrário, como já assinalou o Concílio Vaticano II, obriga ao seu cumprimento exacto, de acordo com a vocação de cada um».
in Diário Digital / Lusa 01-11-2007 8:40:12
Nada como dar uma ajudinha e recomendar aos cristãos que devem pagar os seus impostos, não vá o governo - à míngua de verbas arrecadadas - decidir revogar a isenção de impostos aos negócios do Vaticano, completamente sem nada a ver com religião. Isto é, passarem a pagar impostos os muitos negócios e investimentos que o Vaticano detém em Itália, como a maior imobiliária italiana, a Società Generale Immobiliare, para não falar nas participações em multinacionais como a Morgan Guaranty, Credit Suisse, Chase Manhattan ou a Continental Illinois. Isenção total de impostos que lhe foi concedida por Mussolini e nunca foi revogada, embora Aldo Moro tenha tentado. Foi assassinado, supostamente pelas Brigadas Vermelhas, antes de o conseguir...
"La Santa Sede posee valores en inmuebles, acciones, obligaciones y oro. A ello se suman entradas por arriendos, divisas y especulación monetaria. Estas sumas son administradas por la tercera entidad financiera Istituto per le Opere di Religione (IOR), considerada el banco del Vaticano. No estando supeditado al control monetario del Estado italiano, el IOR no publica balances.
Moral y ganancias Algo de lógica sí hay en los negocios del Vaticano. Pablo VI habría ordenado no invertir en consorcios químicos que produzcan anticonceptivos o condones o en la industria metalúrgica vinculada a la producción de armas. La regulación se ordenó hace 30 años después de publicarse que el Vaticano participaba en negocios contrarios a los sermones de sus pastores. No se sabe con certeza si el Vaticano vendió sus acciones de Chrysler tras la fusión de esta con la Mercedes. Si no es así, el Papa estaría, por lo menos, indirectamente, involucrado en la industria armamentista europea."