Já num era sem tiempo!
Ando p'ra aqui a escrebinhare há mais dum ano e nunca faleie da IMBICTA!
Pois saibam, ó murcões, que nasci na naçom azule à beira-Douro plantada! E por lá me crieie até deixare de sere ganapo, catraio, entendeis?, e me bim embora pra Mouralândia...
Na noite que passoue, há muintos anos, andava eu a esfregare o alho puôrro nas cabeças das garuotas desde a Boabista até à rua de Santo António. Era uma festa, carago! Elas a fugir coas tabuletas e eu atrás delas cu alho puôrro bem ao alto, pra lho esfregar nos penteados!
Depois vierom os martelos de plástico e eu, chateado, bim-me imbora pra Lisboua.
Mas num podia deixare passare esta ocasiom-e para prestare a minha homenaigem à naçom-e que é o Puorto, carago!
E assim-e, aqui bos deixo alguns símbolos da nossa Imbicta!
Ficai benhe! E BIBA o SÃE JUÕE!
P.E. (post escrito) - Barreu-se-me da retentiba cuntar-bos o porquê da minha binda pra Lisboa. Ora aqui bai.
Numa noite de Sãe Juõe, uma foliona deu-me uma martelada na tola. Saltou-me a tampa e uns bocados de miolo entrarom num bueiro. Fiquei logo azuratado!
Foi "la catastrophe" ( sempre adorei o franciês...e as francesinhas taménhe, eheheh..., daquelas assim bem recheadas, com pern... hein? ah, num se pode escreb... está benhe!).
Bom, entom-e, a partire dessa altura aqui há atrasado fiquei-e como bós vedes... e chateado vim-me imbora pra Lisboua. Ora bamos, esta é que a razom-e! Prontos! Está cuntado!
Ah! Num fiqueis sentidos comigo porque também sou um filho da naçom portuense e sei muito benhe que nun falamos assinhe...lá bere,...nós falamos é assinhe!...
Publicação nº 407 - J.G.