sábado, 30 de setembro de 2006
O seu (SOL) a seu dono!
Amigos, hoje o SOL alumia-nos o céu que despertou cinzento.
A edição nº3 traz, finalmente, o Sol anunciado aos quatro ventos por José António Saraiva. Para começar, a Revista "Tabu", apesar do nome. Equilibrada nos seus conteúdos, sem mais Moura Guedes pelo meio, embora o fenómeno Moura continue. Desta vez, é Moura mas é Souto, o que lhe confere um interesse muito mais abrangente e actual. Souto de Moura fala-nos da sua paixão pela pintura mas, acima de tudo, das pressões enormes sofridas, das tentativas para o apearem do cargo através do envenamento da sua imagem aos olhos do ex-Presidente da República. Depois, o semanário leva-nos ao mundo das gafes de Lula, concorrente de Bush na arte de dizer disparates em actos oficiais. Recorda o artista e humorista José Vilhena, que ficou conhecido pela sua "Gaiola Aberta" mas que tem uma obra com muito mais para dar. Ainda outra entrevista-reportagem com um escritor chileno muito conhecido na Europa, sobretudo em Portugal e em Espanha onde vive há anos nas Astúrias, esse viajante que conheceu Allende e lhe fez guarda pessoal - exactamente, Luís Sepúlveda, o homem que nasceu num hotel no Chile. De muito interesse a revista desta semana ! O seu a seu dono!
No jornal, realce para o facto de um deputado do PSD ser acusado de enganar a justiça e também para a pretensão do projecto da Câmara de Santa Comba de fundar um museu dedicado a Salazar. Mas há mais: Valentim Loureiro não falta; o governo quer mais agentes nos serviços de informações; uma página sobre o recém-falecido Sommer Ribeiro;...
Hoje, sim, o SOL nasceu para todos os gostos, confirmando a minha ideia de que surgiu com duas semanas de avanço, num parto prematuro que me fez duvidar da sua saúde futura. HOJE GOSTEI E RECOMENDO !
Jorge G. 30.09.2006
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sexta-feira, 29 de setembro de 2006
AH NÃO, isto só pode ser mentira!...
Portugal vende mais ligeiros contra queda na Europa, segundo ACEA
As vendas de automóveis novos em Portugal cresceram 4,8% nos primeiros três meses do ano, contrariando a quebra de 3,3% registada no conjunto de 18 mercados europeus (UE + EFTA), revelam as estatísticas provisórias da associação europeia de construtores (ACEA). As estatísticas da ACEA sobre o registo de veículos novos de passageiros na Europa colocam Portugal como o terceiro mercado dos Quinze com maior crescimento relativo no 1º trimestre, atrás da Dinamarca (+22,4%) e da Irlanda (+14,4%).
Assim, o número de ligeiros vendidos no trimestre totalizou 52.460 unidades em Portugal, apesar de uma quebra homóloga de 1,4% em Março (20.857 unidades matriculadas).
In Diário Digital de 29.09.2006
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"Festa dos Cactos"
Estes são só alguns dos 55 mil cactos que vão estar expostos até Domingo em Bolonha. A primeira "Festa de Cactos", durante a qual decorrem conferências alusivas ao tema e concertos, nasceu com o objectivo de construir um Centro de Estudos Botânicos para dar a estas plantas em risco de extinção uma grande casa de ensino da biodiversidade. Jorge G. 29.09.2006
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terça-feira, 26 de setembro de 2006
PORTUGUÊS - Querida Língua-Mátria
Nota: São aqui referidos programas já transmitidos. De qualquer modo, a leitura deste artigo servirá para avisar sobre o que se tenta fazer pela nossa Língua e para despertar a visão ou a audição das futuras edições. - J.G.
- "Cuidado com a Língua!" na RTP-1 (sexta)RTP-N (sábado) e RTP-I (terça)Com apresentação do actor Diogo Infante, na RTP-1, este segundo programa da série semanal “Cuidado com a Língua!” é dedicado à Língua Portuguesa e às sua curiosidades e mil e uma armadilhas, tendo a participação do ex-ministro Bagão Félix, a propósito da pronúncia do seu apelido [sobrenome] e das palavras em português terminadas em "ix". A cena passa-se no histórico Café "Nicola" e é um pretexto para ficarmos a saber a origem da expressão "pior a emenda do que o soneto"... Logo a seguir ao Telejornal, na sexta-feira, dia 22 de Setembro, depois das 21h00, com repetição na RTP-N, aos sábados, às 22h00, e na RTP-Internacional, à terça-feira, às 21h00, 16h00 e 05h00 (hora portuguesa, sempre). Além da apresentação do a(c)tor Diogo Infante e da locução da jornalista Maria Flor Pedroso, “Cuidado com a Língua!” tem a autoria de José Mário Costa, com a participação da professora Maria Regina Rocha e do jornalista João Lopes Marques, que escreveu os guiões de cada um dos 13 programas desta primeira série, produzidos e realizados integralmente pela produtora Até ao Fim do Mundo. - Páginas de Português agora aos domingos na Antena 2 e via InternetCiberdúvidas/Antena 2 /Universidade Autónoma de Lisboa
Já de regresso ao formato alargado e ao novo horário de Inverno, o programa Páginas de Português, neste domingo, dia 24 de Setembro, às 13h30, na Antena 2, é dedicado à nova Terminologia Linguística no Ensino Básico e Ensino Secundário, cujo primeiro congresso se realiza no próximo dia 27, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. A favor e contra, pronunciar-se-ão o presidente da Associação de Professores de Português, Paulo Feytor Pinto, e a professora Maria do Carmo Vieira. Numa realização em parceria com a Universidade Autónoma de Lisboa, Páginas de Português pode ainda ser ouvido em diferido, via Internet, em sistema podcast (pós-difusão), no endereço http://multimedia.rtp.pt/, nos programas aí disponíveis do canal cultural da rádio pública portuguesa. -Ensino do português pedido na GalizaLa Voz de GaliciaNo jornal diário La Voz de Galicia do passado dia 7 de Setembro, um artigo da autoria de Xavier Alcalá defende que o ensino do português na escola é tão importante para as crianças galegas como o do inglês ou do castelhano. A propósito da criação dos neologismos galegos galescolas e inglescolas, Alcalá propõe que se criem portuguescolas ou galegoportuguescolas, apontando inúmeras vantagens. Segundo o articulista, a língua portuguesa, por ser românica, é, para os jovens galegos, mais fácil que inglês. Por outro lado, o português possui, como o inglês, grande riqueza fonética, mas a ortografia é muito mais simples que a inglesa, abrindo caminho para a aprendizagem do francês. Xavier Alcalá sublinha, por fim, que o português permitirá aos galegos abrirem-se ao mundo, visto tratar-se do idioma de 250 milhões de pessoas em quatro continentes. Fonte: www.ciberduvidas.sapo.pt Jorge G. 26.09.2006
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sábado, 23 de setembro de 2006
O Sol em dia de chuva
É verdade, hoje li o Sol no dia em que sai para as bancas. Ao Sábado. Isto porque, na passada semana, o efeito publicitário e a costumada curiosidade dos portugueses fizeram o novel semanário esgotar ainda antes do dia se fazer à tarde. Só pude ler o 1º número na 2ª feira. Então, com franqueza, não me agradou. A qualidade do papel muito fraca, uma capa sem vida, sem imaginação, a lembrar a de um qualquer diário de menos recursos ou ambições. Por dentro, artigos com títulos de espelho, apelativos, mas de parco sumo. Revista à Expresso, gorda de folhas mas com magreza de temas interessantes. Publicidade a rodos, de páginas inteiras, e uma entrevista de 5 páginas centrais, se não erro, de interesse geral questionável a Guta Moura Guedes. O Director do Sol tinha avisado: - Quero conquistar as mulheres como leitoras! Duvido é que assim o consiga! E disse mais: “O ‘Sol’ pretende ser, numa perspectiva mais pessimista, o maior e mais influente semanário português dentro de três anos”, prometeu José António Saraiva Pois bem, hoje os responsáveis do jornal puseram na rua 210 mil exemplares, um acréscimo de cerca de 60% relativamente ao número 1 ! Não sei se esgotará, porque o comprei cedo, pelas 10:00. Mas duvido, apesar de ainda estar no período das "novidades" e do tempo não convidar a grandes passeatas, deixando mais tempo para a leitura. O Sol de hoje vem mais claro e arrumado. Melhorou a má qualidade do papel, que agora é menos pardo e desagradável, chamou à capa Proença de Carvalho e o anúncio da "verdade sobre a sua saída da Casa Pia", junta um pouco de sal com o nome do major mais famoso de Portugal - ó esquecidos capitães e majores de Abril ! - e acaba por salgar mesmo a capa com uma ponta da notícia desenvolvida nas páginas 22/23, publicando uma sondagem de que resulta que "um quarto dos portugueses preferiam ser espanhóis ( em título) " para logo se corrigir, em letras mais pequenas, para "28% dos portugueses acham que Portugal e Espanha deveriam ser um só país", o que não será exactamente a mesma coisa, embora vá dar ao mesmo beco! Desenvolvendo os resultados da sondagem, o jornal apresenta várias conclusões: Madrid seria por pequena margem a capital (Madrid 41.8% - Lisboa 40.7%). Já quanto à pergunta "Portugal desenvolvia-se mais? " os números são esclarecedores ( Sim 96.5% - Não 1.1%). 63.9% , num hipotético estado único, preferiam a República, contra 23.9% que viam com bons olhos a Monarquia. "Os portugueses seriam descriminados?"- 68.1% acham que seriam tratados em igualdade e 23.5% entendem que não, que seríamos descriminados. Outros resultados são publicados e é curioso um quadro com perguntas sobre a situação actual do país, ainda Portugal!, e a de há 20 anos. Na Agricultura, Indústria, Educação, Saúde, Dependência Externa e Nível de Vida ( este por curtíssima margem) os sondados acham que a situação piorou. Melhorar só no Prestígio Internacional, a que não será alheia a classificação de Bom que os mesmos atribuíram à Presidência de Durão Barroso na UE. Perante tal quadro, pergunto, em que outro país europeu se imagina que estes resultados, embora valham o que valem as sondagens, se poderiam produzir? Alguém será capaz de "ver" os austríacos a desejarem unir-se aos alemães, os cipriotas a verem com bons olhos a sua capital en Atenas, os irlandeses do sul a cantarem o "God save the Queen"?, os belgas a entenderem que viveriam melhor unidos com os holandeses, ou com a sua capital a passar de Bruxelas para Paris, ou os..., ?! O que se passa com os portugueses? Que desespero se apoderou deste povo? E quem serão os culpados? Quanto à revista do Sol, com um nome quase tão fraquinho - Tabu, que me cheira à distância a nome de perfume, repete a mesma receita para a conquista das leitoras, uma entrevista enorme nas páginas nobres, mas desta vez com a Manuela em vez da Guta (Moura Guedes), o que me deixa preocupado com o provável convite que poderá chegar para a minha A. Guedes ! Fiquem bem e divirtam-se! Jorge, Guedes( pois então! ) 23.09.2006
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OUTONO
G. Arcimboldo - Autumn,1573 - Musée du Louvre Giuseppe Arcimboldo (1527 in Milan, Italy - 1593) was a distinctive and eccentric painter who is best known for creating portrait heads made entirely of such objects as fruit or vegetables or flowers, or fish, or inanimate objects such as books that is, he painted representations of these objects on the canvas arranged in such a way that the whole collection of objects formed a recognizable likeness of the portrait subject.In 1562 he became the court portraitist to Maximilian II at the Habsburg court in Vienna, and later, to his son Rudolf II, both of whom seem to have much liked Arcimboldo's extraordinary portraits.He was also the court decorator, costume designer, and general art expert. His style of early pre-surrealist portraiture was much copied by his contemporaries, making it difficult at times to differentiate his work from that of imitators.His paintings are in Vienna's Kunsthistorisches Museum and in the Habsburg Schloss Amras in Innsbruck. In Italy, his work is in Cremona, Brescia, and the Uffizi Gallery in Florence. In France, some of his paintings are in the Louvre Museum, in Paris. Jorge G. 23.09.2006
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sexta-feira, 22 de setembro de 2006
CUIDADO amigos! Hoje anda tudo doido!
Mais juízo, por favor!
Logo pela manhã, num noticiário do R.C.P. se não me engano, ouvi umas palavras que me deixaram a pensar se já estaria acordado. Não estava com atenção ao que a locutora dizia, mas ouvi: "...União Ibérica com capital em Madrid..." Não sou capaz de vos dizer a que se referia a senhora, mas imediatamente me lembrei do que ando a prever há muito tempo. Será que ouvi bem?? Depois, ainda esta manhã, houve não sei quantos acidentes de monta. Um camião que galgou uma divisória da estrada, vários carros amassados na A5 - (no sentido Lisboa-Cascais), outro acidente na rotunda de Oeiras, mais um lá para diante, em Carcavelos,... Vai daí, dei comigo a pensar: - Por que motivo se dão tantos acidentes pela manhã, quando os sentidos devem estar mais despertos, a velocidade de reacção mais pronta, a paciência das pessoas menos saturada,...? Penso que os portugueses andam a dormir pouco e, por isso, acordam e acordam os outros dentro das suas viaturas. Só pode ser esse o motivo! A não ser que, hoje, muita gente tenha decidido festejar a despedida do Verão com "uma festa de arromba a chapa!" Esta madrugada, dia 23 pelas 05:03, chega o Sr. Outono. Que seja Bem-Vindo!
Jorge G. 22.09.2006
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quinta-feira, 21 de setembro de 2006
Frases da História - 1
Esta rubrica tem por objectivo demonstrar que as grandes frases não necessitam de muitas palavras. Expressar ideias ou conceitos profundos com curtos períodos, pouco palavrosos, só está ao alcance de poucos. O bom administrador das palavras é o que as trata com pinças de cirurgião. - Jorge G. (Um eterno estudante)Miguel de Cervantes (1547-1616) "Cada uno es como Dios le hizo, y aún peor muchas veces" Este adágio figura no romance "D.Quixote de la Mancha" (II, 4). Ele testemunha o espírito "grinçant" ("revoltado") e desenganado, talvez mesmo desiludido, do seu autor, Miguel de Cervantes Saavedra. Submetido à escravatura no norte de África, feito soldado na batalha naval de Lépante (1571) onde perde um braço,... Cervantes levou uma vida das mais aventureiras, antes de publicar o seu famoso romance já com 57 anos de idade! O escritor põe de parte o romance de cavalaria e a poesia cortês, muito polida, para promover o romance centrado no mundo real e nas suas questões existenciais. O castelhano deve-lhe uma grossa fatia do prestígio que conservou até hoje.
Jorge G. 21.09.2006
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terça-feira, 19 de setembro de 2006
OS MOLUSCOS
Não virá nada a propósito, mas as minhas dúvidas devem ser esclarecidas. Ontem, passando os olhos por um programa da RTP1, transmitido à noite, em que uma senhora da TV fazia perguntas a pessoas num palco e a outras sentadas na plateia - acho que eram na maioria Presidentes de Conselhos Executivos de várias escolas, não sei ao certo - dei comigo a observá-las e às suas reacções. Diziam que sim, ou diziam que sim, ao que a senhora mais importante no palco ia contando sem freio. De repente, sem qualquer razão aparente, aconteceu-me esta coisa estranha de me pôr a pensar em moluscos. Acho que o trabalho e a televisão me andam a perturbar o juízo, pois não entendo que ligação possa haver entre gente tão ilustre e aqueles bichinhos pegajosos e desprovidos de espinha. Para que me possais auxiliar no diagnóstico, abaixo vos deixo algumas características sobre esses bichinhos.
ORA LEDE, POR FAVOR, lede sobretudo as letras que melhor se vêem ! E, se por um acaso tiverdes alguma ideia do que terá provocado em mim tão bizarra associação, agradeço que mo digais, poupando-me talvez uma consulta ao psiquiatra. É que ando mesmo a ficar preocupado com o estado da minha saúde mental ! Obrigado, amigos. Jorge G. 19.09.2006
Filo Mollusca:
Os moluscos representam um dos maiores e mais diversos filos de todo o reino animal. Tanto os moluscos extintos como os vivos compreendem cerca de 11% de todas as espécies animais que já existiram ao longo da história da terra. O nome Mollusca é derivado do Latim Molluscus, que significa mole. Uma das características mais distintas é um corpo interno mole que contrasta com uma concha dura. Por todo o filo a estrutura do corpo é similar. Todos os organismos das diversas classes possuem uma cabeça para alimentação, um pé ventral e muscular usado para movimentação e vísceras que compõem o resto do corpo acima do pé. As vísceras também contêm orgãos internos que acomodam a cavidade do manto de onde todo o lixo é excretado. Os moluscos são divididos em 8 (oito) classes, mas apenas 3 (três) possuem importância geológica. Estes são os bivalves, os cefalópodes e os gastrópodes. Os moluscos são encontrados em todos os ambientes. Podem viver em rios e lagos, no mar e em terra. Uns vivem presos a algum substrato, outros caminham ou nadam livremente e outros vivem escondidos, enterrados. Podem ser carnívoros, parasitas, herbívoras e necrófagos. Apesar da maioria ser marinha, caracóis e lesmas invadiram os meios de água doce e terrestre. A maioria dos moluscos é de vida livre, movendo-se lentamente e em relação íntima com o substrato.
Uma lula
A pedido das inúmeras mensagens recebidas e impublicáveis, por decoro, aqui fica a imagem possível de um senhor da plateia que se encontrava lá atrás, escondidinho, mas sempre a agitar os braços quando a jornalista questionava a senhora importante em palco. Um polvo
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segunda-feira, 18 de setembro de 2006
Entrevista com o Cardeal Walter Kasper (excerto)
"O Islão é uma cultura diferente"
Em entrevista ao “Spiegel”, o Cardeal Walter Kasper, representante ecuménico da Igreja Católica, discute as relações do Vaticano com os muçulmanos e o furor gerado pelas últimas observações do Papa.
SPIEGEL: Cardeal, ficou surpreendido pela forte reacção dos muçulmanos em todo o mundo ao discurso do Papa, em Regensburg?
KASPER: Porque a fé cristã constitui um acto pessoal voluntário, o Papa tem todo o direito de expressar as suas preocupações justificáveis: o conceito de direitos humanos universais, a liberdade religiosa e a distinção entre religiões e políticas. Aliás, a Igreja Católica é uma igreja universal e, hoje, mais um comparsa à escala global, mais do que alguma vez foi. SPIEGEL: O que significa que conflitos com outros religiões são aparentemente inevitáveis.
KASPER: O conflito com o Islão sempre existiu ao longo da história europeia, que era aquilo que o papa salientava. A refrega de agora com o o Islão parece estar a entrar numa nova fase. Muitos lhe têm chamado “um choque de civilizações.” Mas esta fase tem de ser manuseada com grande cuidado para impedir que se torne numa profecia de auto-satisfação. A alternativa ao conflito é o diálogo. Este foi o caminho escolhido pela Igreja e é também a opção que o Papa apoia. Nós queremos uma diferença de opiniões pacífica que, evidentemente, se baseia na reciprocidade. Mas não devemos alimentar quaisquer ilusões sobre as dificuldades que isto envolve.
SPIEGEL: Porque é tão difícil para a Igreja Católica o diálogo com o Islão?
KASPER: Não há um Islão. O Corão é ambíguo e o Islão não é uma entidade monolítica. A distinção entre o Islão radical e os muçulmanos moderados é importante, assim como o são as diferenças entre os sunitas e os shiitas, e entre o Islamismo militante e o místico. O Islão do mundo árabe coexiste com o Islão da Indonésia, do Paquistão e da Turquia. Há uma solidariedade limitada, mesmo dentro do mundo árabe. Os muçulmanos que vivem entre nós (na Alemanha) não lograram construir uma organização que represente todos os muçulmanos. Uma tal organização poderia proteger-nos contra fantasias irracionais conduzidas pelo medo, fantasias que demonizam por completo o Islão. Mas é difícil, nas actuais circunstâncias, encontrar opositores representativos com quem dialogar.
SPIEGEL: Crê que um diálogo em pé de igualdade é possível?
KASPER: Não se pode ser ingénuo quando se faz parte deste diálogo. O Islão merece, sem dúvida, respeito. Tem algumas coisas em comum com o Cristianismo, tais como Abraão como progenitor de ambos, e acrença em um só Deus. Mas desde o princípio que o Islamismo se desnvolveu em oposição ao Cristianismo Ortodoxo e que se considera a si próprio superior ao Cristianismo. Até agora só tem sido tolerante em lugares onde setá em minoria. Onde é a religião maioritária, o Islão não reconhece a liberdade religiosa, pelo menos como nós a entendemos. O Islão é uma cultura diferente. Isto não significa que seja inferior, mas é uma cultura que tem ainda de se relacionar com com os lados positivos da nossa cultura moderna do ocidente: liberdade religiosa, direitos humanos e igualdade de direitos para as mulheres. Estas falhas, estas insuficiências, são uma razão para que tantos muçulmanos sintam uml frustação tal que resulta frequentemente em ódio e violência contra o ocidente, desprezado por ser tido como desprovido de um Deus e decadente. Os ataques suicidas são actos de derrotados que nada têm a perder. Neste caso, o Islão serve-lhes de máscara, de cobertura para o desespero e o nihilismo, mas não como religião.
Excerto da entrevista traduzido por: Jorge G. 18.09.2006
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Boas-Vindas !
Bem-Vindos ! A miudagem, os Professores, os Educadores, as Auxiliares de Acção Educativa, o Pessoal Administrativo, os Pais e Encarregados de Educação.Que todos saibamos cumprir com os nossos deveres para que possamos usufruir dos direitos!A Escola e a Educação, sem nós, são resmas de papel cheias de leis vazias.Que se lembre disto quem manda !
Jorge G. - Professor e eterno estudante - 18.09.2006
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domingo, 17 de setembro de 2006
O Papa não é um terrorista
Sobre o que o Papa disse já estou esclarecido porque fui ler o discurso. Quem se der a esse trabalho ficará, por certo, igualmente descansado. O Papa alemão, que não tem uma aura de simpatia à sua volta, é muito diferente do anterior, não é, porém, um terrorista. Quem ler o seu discurso, e não apenas os vários "discursos" que se fizeram já e continuarão por mais uns dias, ficará descansado. O Papa não é um terrorista na sementeira do ódio. Curioso de espreitar "o outro lado", ou pelo menos uma aresta possível, fui ler a edição on-line, em Inglês, do que é considerado o maior meio de comunicação do mundo árabe: O "Al Jazeerah" Da sua página, deixo-vos as reacções publicadas pelo jornal.
Ora leiam, se fazem o favor, e respondam se souberem às três questões que me coloquei: 1 - Será que a maioria dos muçulmanos se sentiu assim tão ofendida?2 - Por que razão quase todos os que fizeram comentários no Al Jazeerah são ocidentais?3 - Será que o jornal tem duas políticas editoriais, uma voltada para Meca e outra... nem por isso?Jorge G. --------------------------------------------------------------------------------
Your comments: The pope's speech
above is right next to the asp:img closing tag with -->Saturday 16 September 2006, 22:49 Makka Time, 19:49 GMT A selection of comments sent to us in response to the pope's speech and the reaction to it.Could you all maybe do a story covering the irony that due to the pope's "regrettable" misunderstanding of Islam, churches in Palestine are fire bombed by Muslims? Isn't it a little ironic that Muslims are in an uproar about people thinking they are violent and to answer that they cause violence? Where does it end? Jason, US I found the quotation inappropriate. However, the fact that whenever Islam is criticised there are these protests, arson attacks and incitements to murder doesn't quite convince me of Islam's peacefulness. Chris Conrad, Germany
Personally, I have no love of the Catholic faith, nor of any of man's corruption of God's message to man. However, having read the speech, I don't understand what the problem is, he spoke against violence for all religions and called for greater dialogue. Tim Stokes, UK
How many Muslims have reacted to the sectarian violence in Iraq, where Shia and Sunnis kill each other? Why the silence and when someone issues a statement they find displeasing, they get angry? Stephen Hall, Qatar
The pope, and indeed much of Europe, should be the last people on earth to criticise the Muslim world especially in light of the millions who perished for the sake of "the cross". The world needs a history lesson! Joe
This shows the ignorance of the pope and I want Muslims to know that not all Christians bow to him nor do we think as he does. Shirley Peterson, Canada
The pope's thesis is clear: Violence in the name of religion [any religion] is wrong! The pope may have misunderstood the place of the Prophet in Islam [peace be upon him], which is contrary to a Christian view of a prophet, where such reverence is reserved for God alone. But let's engage with this invitation to stamp on men of violence and their evil ways! May Allah grant us peace.
Phil,UK I think it's time for Muslims across the globe to stop crying wolf any time someone criticises their beliefs. Ache, UK
How come when a cartoon is drawn or someone makes insulting comments the Ummah rallies and condemns these things; but daily slaughters of Muslims in Palestine, Kashmir, Chechnya, Uzbekistan, Iraq etc go unanswered? A dead child is more insulting to me than ignorant words. Who cares what the pope says? Andrew Yusuf, US
The pope makes reference to a 14th-century Christian emperor who said that Prophet Muhammad had brought the world "evil and inhuman" things.Do the homework. Muhammad did bring "evil and inhuman" things. As did the Catholic Church during those times. So what? That was then, this is now.Muslim, Christian, Jewish, Buddhist...Who cares? Everyone needs to calm down. Let their neighbour practise whatever his or her religion is, and just ignore what others say. My wife is Catholic. I'm Protestant. The family across the street are Muslim. My son is best friends with their son. We respect each other's beliefs. Matt Hensley, US
Anger. It is strange though, that we hardly hear any protests from angry Muslims when radical Islamists urge people to use terrorism in order to promote their goals. Dag, Sweden/Bangladesh
Jorge G. 17.09.2006
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quarta-feira, 13 de setembro de 2006
Um momento de calmaria
Ao solApagados os gritos gestos escritos na memória gasta dos desgostos Enterrados os prantos postos em teus olhos de novo
prontos a suportar
olhos outros
Renasces agora Bem-vinda
À praia já aporta a âncora em cada maré outrora porta da viagem p’ra longe do que era perto
Já se adivinham no baloiço doce das ondas nas sombras que o sol nelas escreve teus cabelos d’água duas gotas dos teus olhos deixadas perdidas diluídas no sal de um imenso mar de arrasto
Sinto perto a tua seda
meus dedos em teus dedos
a melodia de sempre
tocada
na mesma harpa
Renasces agora e um bando de gaivotas
se avista e voa
para em roda te enroupar
Texto-poema de: Jorge G. in "Tentativas" 13.09.2006
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terça-feira, 12 de setembro de 2006
Comece o dia a rir!
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segunda-feira, 11 de setembro de 2006
Para que se não esqueça
Só um pequeno apontamento, para não fazer a propaganda dos terroristas. Aqui vos deixo o início do artigo do "der Spiegel".
FIVE YEARS AFTER 9/11 The Endless Day By Erich Follath and Gerhard Spörl "Nine-Eleven" has entered the English language as a metaphor, an abbreviation even bigger than a millennial milestone: 9/11 broke through Fortress America, turning it into another country. George W. Bush has tried to turn the planet into another world. And failed. http://service.spiegel.de/cache/international/spiegel/0,1518,436054,00.html
SEM COMENTÁRIO! Jorge G. 11.09.2006
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sexta-feira, 8 de setembro de 2006
A ADOZINDA
CAUTION! ADOZINDA ON WORKS! Cada um lá terá sua Adozinda. Com s ou z pouco importa. No caso da minha Adozinda é assim que fica.
De há dois anos para cá, mais mês menos mês, inventei um novo verbo. Mais, um novo conceito, uma nova filosofia, uma praga. Afinal também sou gente e não é apenas o Ernesto de Mello e Castro a ter o direito de criar novas palavras. Adozinda passou a conotar-se, para mim que a conheço, com nome de furacão. Daqueles que, ainda à distância, logo anunciam os estragos que vão causar. O meu furacão tem forma de gente. Metro e meio de altura por um metro de largura. Ombros de acartar cestos vindimeiros,atarrachados no pescoço-tronco e mãos de dobrar tenazes. Cabelo hirsuto grisalho, um nariz farejador, olhos vivos que mal vêem, mas óculos…”Não me caem bem!” É alegre e sorridente, educada como não há, “como está senhor doutor, passou bem? Eu vou bem, muito obrigado.” Não fora o que vos contarei e teríamos entre nós uma empregada doméstica de primeira!
O que acontece é que a Adozinda, entretida em seu labor, já destruiu tanta coisa que valha-me Nosso Senhor! Sete copos, seis chávenas, três bonecos de encantar, um vidro de moldura, uma camisa por estrear, uma gaveta da estante, um ferro de engomar, dois tapetes, três toalhas, um pano da roupa passar, dois gatos, um macaco, mais dois ursos de brincar, uma tampa de panela, uma panela sem tampa, dois garfos, duas colheres, cinco lenços de assoar,… Tira-me as almofadas do lugar, deixa o rádio-despertador de pernas para o ar, aspira o pó às cadeiras e deixa o pano no seu lugar, rebentou-me com um estore ou com o fio de puxar, agarra nas coisas com força para não as deixar cair, partem-se-lhe nas mãos e diz nem lhes tocar. “Eu estava aqui ao lado e, de repente, isto saltou. Valha-me Deus!” – diz, branca que mete dó. E se é coisa que cá haja, logo a vai comprar e não aceita o dinheiro. “ Parti! Vou comprar!” Hoje foi a vez de um sininho comprado em Brugge partir de viagem. “Rest in pieces!” Comentou logo a seguir : - “Ai, meu Deus, ainda se fosse este pratinho…” Um pratinho de Limoges, não sei se estais a ver! Tem 70 anos e sustenta um filho que gasta tudo o que ganha, mais dois netos e as despesas da casa… Que lhe vamos nós fazer? É uma figura trágico-cómica que devemos apoiar. Além do mais, afeiçoei-me a esta máquina de destruir, que quereis?! Então, criei novos vocábulos para os nossos idiolectos. Adozindar, adozindação, adozindado,...e sabeis agora todos qual o seu significado!
Curiosamente, alguns ilustres portugueses das nossas Letras tiveram a sua ADOSINDA, em Eça no cap.XVIII de “Os Maias” e antes, com Garrett, que dois anos após a D.Branca publicou em Londres, em 1828, "ADOZINDA" - um romance em que conta histórias tradicionais em verso. Aqui deixo uns aperitivos para divertidas leituras. E não vos deixeis adozindar ! in "OS MAIAS" - Cap.XVIII“…Carlos parara. Olhava, pasmado para as varandas extraordinárias dum primeiro andar, recobertas como em dia de procissão, de sanefas de pano vermelho onde se entrelaçavam monogramas. E ia indagar - quando, de entre um grupo que estacionava ao portal desse prédio festivo, um rapaz de ar estouvado, com a face imberbe cheia de espinhas carnais, atravessou rapidamente a rua para gritar ao Ega, sufocado de riso: - Se você for depressa ainda a encontra aí abaixo! Corra! - Quem? - A Adosinda!... De vestido azul, com plumas brancas no chapéu... Vá depressa... O João Eliseu meteu-lhe a bengala entre as pernas, ia-a fazendo estatelar no chão, foi uma cena... Vá depressa, homem! Com duas pernadas esguias o rapaz recolheu ao seu rancho - onde todos, já calados, com uma curiosidade de província, examinavam aquele homem de tão alta elegância que acompanhava o Ega e que nenhum conhecia E Ega, no entanto, explicava a Carlos as varandas e o grupo:
- São rapazes do Turf. É um club novo, antigo Jockey da travessa da Palha. Faz-se lá uma batotinha barata, tudo gente muito sympathica... E como vês estão sempre assim preparados, com sanefas e tudo, para se acaso passar por ahi o senhor dos Passos. Depois, descendo para a rua Nova do Almada, contou o caso da Adosinda. Fôra no Silva, havia duas semanas, estando elle a cear com rapazes depois de S. Carlos, que lhes apparecera essa mulher inverosimil, vestida de vermelho, carregando sensatamente nos rr, mettendo rr em todas as palavras, e perguntando pelo snr. virrsconde... Qual virrsconde? Ella não sabia bem. Erra um virrsconde que encontrrárra no Crrolyseu. Senta-se, offerecem-lhe champagne, e D. Adosinda começa a revelar-se um sêr prodigioso. Fallavam de politica, do ministerio e do deficit. D. Adosinda declara logo que conhece muito bem o deficit, e que é um bello rapaz... O deficit bello rapaz - immensa gargalhada! D. Adosinda zanga-se, exclama que já fôra com elle a Cintra, que é um perfeito cavalheiro, e empregado no Banco Inglez... O deficit empregado no Banco Inglez - gritos, uivos, urros! E não cessou esta gargalhada continua, estrondosa, phrenetica, até ás cinco da manhã em que D. Adosinda fôra rifada e sahira ao Telles!...” Jorge G. 08.09.2006
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ATENÇÃO ÀS CURVAS PERIGOSAS !
E PORQUE O FIM-DE-SEMANA JÁ ESPREITA, "O SINO" SEGUE LEVE E FRESQUINHO, CALÇÕES E T-SHIRT MOLHADA, MÚSCULOS RETESADOS COBIÇADOS, DE SANDÁLIAS E CHAPÉU-DE-PALHA, ELE AÍ VAI PELA CALÇADA A CAMINHO DA PRAIA DESEJADA. FAÇAM COMO ELE! A PÉ OU NA CARRIPANA, LEVEM FARNEL QUE A FOME AMAINA, MAS ATENÇÃO, MUITA ATENÇÃO ! SIGAM BEM OS SINAIS DE TRÂNSITO. ELES ESTÃO LÁ PARA VOS GUIAR E PROTEGER! E CUIDADO, SOBRETUDO, COM AS CURVAS PERIGOSAS!
Atentem bem nesta foto, sim claro, a da direita!
Jorge. G. 08.09.2006
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Viva o sexo sem idade!
Mas há mais ! Agora em Inglês, para vosso treino! Faz bem! "Nine Residents Lose Home Due To Orgy" SENSUOUS SEPTUAGENERIAN SEX SHOCKS SCARBOROUGH It's bound to make you smile, it's bound to make your imagination run wild, but for the old folks involved, it ended in tears. A group of nine elderly English residents were kicked out of their nursing home after having decided to celebrate their friend's 90th birthday party in style and with gusto ... by having an orgy in the recreation room! The oldsters, ranging in age from 73 to 98 lit candles, slathered baby oil and played music to create the sexy mood. The three romeos and six seductresses boogied for about twenty minutes until a staffer, on hearing the rumba music, went to investigate. "They hadn't gotten too far -- I guess it was taking some of the gents a while to get started," said the unidentified staffer. "But they were all naked. Believe me, it was the scariest thing I've seen in all my life!" Why were they booted out? "This may sound harmless or amusing to some people, but Scarborough has a reputation to uphold. We cannot tolerate that kind of conduct!" Although the nursing home endeavoured to keep the story out of the press, enough detail was released to force the well respected Edith Scarborough Nursing Home to admit the bizarre story was true. Nota - Esta notícia vem num jornal da Nova Zelândia, e por isso: In contacting a few New Zealand resthomes to see if this activity set some kind of a precedent, it sounds like our pensioners are a much more sedate group. "If it is going on, it's a lot more discrete and probably in someone's private room." said one supervisor. "And that baby oil could be a bit dangerous, someone could slip and break a hip ... or anything, in fact." Entre as duas fontes existem diferenças, como se pode verificar numa leitura atenta. Mas que o episódio aconteceu, disso não haverá dúvidas! Expulsar os foliões é que acho excessivo e imoral. Afinal de contas apenas estariam a fazer o que, certamente, nunca haviam feito. O seu pensamento por certo não andaria longe de darem cumprimento àquele provérbio português que ouvíamos aos nossos avós e que hoje, infelizmente, tanta gente desconhece: "Morra Marta, mas morra farta!" Saúdo-os e com eles estou solidário. Jorge G. 08.09.2006
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quarta-feira, 6 de setembro de 2006
Louvados sejam os Inocentes!
BERNINI, Gian Lorenzo "JUSTIÇA" 1645 ? Mármore, altura 280cm Galleria Borghese, Roma DOS JORNAIS : “TOTONEGÓCIO“ -Tribunal isenta Liga de Clubes de pagar 17 milhões ao Fisco
“MP arquivou inquérito a Fátima Felgueiras sobre corrupção” (link)
“Pinto da Costa-2 MP-0”
- “Arquivado mais um processo do “Apito Dourado” em que eram arguidos Pinto da Costa, um empresário, um árbitro e um árbitro-assistente. Em causa estavam suspeitas de crime de corrupção em volta de um jogo de futebol em 2004 entre o Beira-Mar e o F.C.Porto ou, mais propriamente, da visita de Duarte Araújo, o empresário, a casa de Pinto da Costa. Tratar este último por “engenheiro máximo” e “gerente da caixa”, como o empresário e o árbitro Augusto Duarte, de Braga, fizeram; aludir à conversa telefónica de Pinto da Costa com o então Presidente da Comissão de arbitragem Pinto de Sousa em que se refere que o árbitro “…não deu cheirinho nenhum, só nos deixou passar uns livres, o gajo…”; enfim, nada disto é grave, tal como a história mais antiga que até meteu prostitudas enviadas a um árbitro, provavelmente para que este não se sentisse só. Segue, de novo, o arquivamento do processo. E anda o mundo preocupado com o caso Mateus…”(In Record de 05.09.2006, assinado por Hélio Nascimento)
Jorge G. 06.09.2006
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terça-feira, 5 de setembro de 2006
EDUCAÇÃO - Novo Ano, Vida Velha
A Nova Escola Aberta (8:00-19:00)
Há no ensino obrigatório nacional os mais diversos disparates, desmandos e incongruências. Na sua grande maioria, os autores únicos são os altos-comandos do sector que têm sido néscios, lazarentos, prepotentes e impopulares. Não vou aqui, naturalmente, enumerá-los e anunciá-los. O espaço para escrever ficaria semelhante a uma enorme escada rolante de que se não avista patamar. No entanto, nesta questão dos horários há que atentar no seguinte: - Os pais sempre reclamaram por períodos mais dilatados de presença dos seus filhos na escola. - Os governos e os trinta e tal ministros que têm passado pela cadeira ao longo de mais de 30 anos (!) sempre tiveram medo dos pais, medo de medidas desagradáveis às hostes mais populares, medo de não oferecerem um "ensino de massas à moderna...à democrata !" Sempre o medo lhes tolheu uma hipotética acção correctora desatafegante. - Nunca os cérebros pensantes do Ministério da Educação meditaram no país em que vivemos, nos demasiados pais iletrados e impreparados que temos, nas condições de trabalho de professores e de alunos, nos 28 a 30 alunos por turma, ...isto é, nunca entenderam a educação como sinónimo de formação do corpo e da mente. - Se os pais ( grosso modo, claro!) querem um depósito para os filhos, pois façamos-lhes a vontade! - anuíram ufanos da sua perspicácia. E assim se começaram a atamancar espaços que os ministros baptizam com o nome genérico de Escola qualquer coisa. - Foram-se aos poetas, padres e pedagogos de outrora e vá de lhes usurpar do nome e reputação. - Acalmados os tais pais, puseram-se, por fim, a pensar. "Que vamos agora fazer a toda esta miudagem compactada nestes espaços? Se os pomos a brincar parte do dia, vai ser uma "bagunça" dos diabos! - terão concluído, brilhantes e seguros. - Então, um qualquer João sem ser de Deus, ter-se-á decidido a ler qualquer coisa sobre o tema e terá descoberto, num qualquer alfarrabista de Paris ou de Londres, um "Manual de Novas Teorias Educativas", 1ª edição de 1980. O livro estava impecável, bem encadernado e imaculadamente conservado. Os serviços traduziram-no, foi depois lido e aprovado em Conselho de Ministros, nos capítulos de maior interesse, e anunciado como "As novas medidas do Ministério para a Educação", abrindo telejornais e açambarcando primeiras páginas com parangonas garrafais. - Deste modo terão nascido as "Áreas Curriculares Não-Disciplinares" que nunca alguém de boa fé e cabeça arejada conseguiu perceber o que são e para que servem. Às escolas chegou, se e quando chegou, parca e má informação sobre as mesmas e cada uma, lusitanamente, se desenrascou como quis ou pôde. - Mas... os pais ficaram felizes, os miúdos sempre vão estando em salas onde se fazem passar os minutos, os professores (aos pares no 2º Ciclo) descansam e vão trocando impressões, e os senhores ministros de ocasião vão aproveitando o tempo para escrever e reescrever portarias e comunicados, copia daqui, traduz dali, e para a recolha de opiniões alvitradas por quem nunca pisou tábuas de uma sala de aulas do ensino oficial, pelo menos como docente. Tanta gente, afinal, fica contente, excepto alguns professores "chatos" que querem saber bem o que ensinam e para quê.
Assim se brinca ao faz-de-conta num cantinho de Aquém-Mar!
Jorge G. 05.09.2006
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segunda-feira, 4 de setembro de 2006
Olhar sempre para o lado bom da vida
"Always look on the bright side of life" - Words and music by Eric Idle
performed by " THE MONTY PYTHON "
Clicar 2x e aguardar uns segundos
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setembro 04, 2006 -
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Chagas deste Tempo
Alunos britânicos recebem aulas de auto-estima
REMEDEIOS Cerca de dois mil alunos britânicos terão a partir do próximo ano lectivo aulas destinadas a elevar a auto-estima, no quadro de um projecto-piloto iniciado no ano passado num colégio particular de Londres. O projecto poderá ser alargado no caso de obter resultados positivos.
As crianças de onze anos abrangidas por este projecto, alunos do ensino público de uma escola de Manchester e de uma vila próxima, participarão, entre outras actividades, em jogos destinados a ajudá-los a ultrapassar as dificuldades e o stress da vida quotidiana. Estas técnicas comportamentais, importadas dos Estados Unidos, têm como objectivo proteger as crianças contra a depressão, a tendência à auto-depreciação ou fenómenos de assédio físico e psicológico, numerosos entre crianças desta idade. Outra das estratégias a usar passará pela aprendizagem de exercícios respiratórios destinados a ajudar a manter a calma quando assistem a discussões conjugais e a relativizar o acontecimento. O objectivo passa, entre outros, por fazê-las compreender que não se devem sentir responsáveis por acontecimentos que não podem controlar, como o divórcio dos pais. Este projecto surge no seguimento do crescimento inquietante do número de depressões e distúrbios psíquicos que atingem as crianças do Reino Unido. De acordo com estatísticas oficiais, pelo menos dez por cento dos alunos sofrem de depressão severa, incluindo pensamentos suicidários. In "AFP; Jornal a Página da Educação" , ano 15, nº 159, Agosto/Setembro 2006, p. 8."
Jorge G. 04.09.2006
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domingo, 3 de setembro de 2006
Dedicatória - O chedre torna sempre à sua urzeira
Não desisti. Não gosto de o fazer! Começando pelo velhinho Dicionário que sempre me ensinou qualquer coisa, encontrei "chedre" ou "chede", como sendo um pássaro comum em Portugal, também conhecido por "carriça" ou "felosa-do-mato". Depois, num site espanhol, vim a saber que tem um canto forte e prolongado, nada de acordo com o seu pequeno porte, e que é um malandrão que leva as fêmeas ao desespero. É esquivo e dá conta das minhocas. Tendo o nome científico de Troglodytes troglodytes - vá-se lá saber porquê! - os franceses chamam-lhe TROGLODYTE MIGNON, e eu que sempre usei a palavra para designar um sujeito encorpado e meio abrutalhado !... Afinal, é um dos pássaros mais pequenos e existe por toda a Europa à excepção dos países mais a norte. Seguiu-se então a pesquisa de uma foto bem reveladora, bonita, de casamento! E tudo isto para ilustrar umas versejaduras dedicadas à boa amiga que teve o "desplante" de dizer que este simples editor, assalariado mal pago, logo, bem português, lhe fazia lembrar um tal António Aleixo que por cá andou a semear rimas com talento. Na verdade, não é só o amor que é cego. A amizade também. Vamos, pois, à versaria, esperando com fé que este chedre seja um chedre e que possa eu, alguma vez, escrever algo que saiba a poesia.
"LIGAÇÃO" No link para o teu mundo Já lá pus uma urzeira, Desejando bem no fundo Ter um chedre à sua beira. --- Procurei na Net toda, Chedres... só um de apelido! Ter-se-ão ido p'rá boda Da urze c'o seu querido? --- Quedas-te assim alindada Por florinhas d'urze bela. Minha tarefa, findada. O que falta... é tu ires vê-la! --- Do Gato vai-te aos bigodes, Pux'ós p'ra baixo à direita, Junto da minhoca podes Ver, do chedre, a amada eleita. --- E ainda mais te digo, Amiga minha e das letras, Não gasto tempo contigo... Ganho amor a estas tretas! --- Se te recordo Aleixo, Aquele que canta o povo, Não é arte...é desleixo... De escrever algo de novo. --- Mas lá que, em Portugal, Rimar...rima qualquer um, É verdade! Tal e qual ! Nem que seja atum com pum! --- Por isso me atrevo a tanto, Sou descarado sem cura, E se uso do meu canto É p'ra dar a mordedura ! --- Findo como comecei, Chedre à sua urzeira volta, Não sei fingir que não sei Do que a mim tanto revolta.
De "Tentativas poéticas " - Jorge P. Guedes (Maio de 2006) Republicado hoje, 03.09.2006 11:18 a.m.
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sexta-feira, 1 de setembro de 2006
Minhas Amigas, Meus Amigos, Povo em geral !
Hoje, como já tereis notado pela manhã escutando as saudações mútuas de bons-dias entre os automobilistas, é o 1º dia de Setembro. Entrámos no mês das vindimas e com elas, virá dentro de alguns mesitos o vinho novo. Pinguita que adocicará a boca a tantas portuguesas, e portugueses, abstraindo-os dessas coisas horrendas e nefastas que são a tristeza da vida e os telejornais. Bebei, pois, vinho meus filhos, que o vinho é um bom alimento para a carne e para a alma! Foi pensando assim profundamente que cheguei a uma conclusão. Este bulogue anda muito sério, muito "ai, meu Deus", retirando-lhe os "Porcos no Futebol" que ninguém comentou, é tudo muito árido, passadista, choraminguento, as imagens com passarinhos e paisagens muito verdinhas, valha-me Deus! Por isso acabei há bem pouco de decidir que vou botar uma mãozinha de sal neste artigo. Para subir a tensão e ficar tudo mais alegrete!...Atentai! Vêde bem a engenhoca que arranjei para ter tempo de tomar conta dos meus berloques todos. Ora atentai!Então, que me dizeis? Sou um bom engenhocas ou não sou, hein? Já registei a patenta. Faço envios à cobrança e facilito aos pobres. Quando a fui registar o senhor procurou-me assim, com bons modos: - E então? Já sabe que nome vai pôr a esta... - e calou-se, assim de repente! Mas eu disse: - Já, sim. Vou dar-lhe o nome de "Penico Informático". - Não pode. Esse já temos! - disse ele sempre com bons modos, valha a verdade! - Então...então...bote aí "Retrete". - Também já temos. Vá, outro, despache-se! - cheio de paciência comigo, coitado! - Olhe, e se fosse "O canto da Liberdade"... a gente aqui sempre se liberta, não é? - Ah, esse ainda ninguém inventou em Portugal ! Pode ser. Assina aqui e paga na caixa. E foi assim que baptizei a minha engenhoca. O meu Canto da Liberdade.
E pronto. Agora vou às meninas. Ficai só com este intróito. Ora atentai, atentai bem!Não são belas? E tão quentinhas! Ai, que mafarrica de menina! E a desejar-nos saúde!...
Pronto. Já botei o sal! Botai vós a malagueta...ou a pimenta!
Jorge G. 01.09.2006
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setembro 01, 2006 -
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