domingo, 30 de julho de 2006
INFORMAÇÃO
ESTAREI CONVOSCO BREVEMENTE
COM
"RECORTES DE ITÁLIA" aqui ou n'O ARAUTO *
BOAS FÉRIAS BOAS LEITURAS BOA MÚSICA *
ENTRETANTO ~
ENJOY YOURSELVES WITH THE BEST PERFORMER IN THE WHOLE WORLD, I MEAN, IN THE STATES
Jorge G. 30-07-2006
Sino tocado em
julho 30, 2006 -
1 comentários
-> Deixe aqui o seu comentário <-
sábado, 29 de julho de 2006
Obrigado, Herman ! DIZ "RÂ-GUE-BI" e "NUNCA rei-gue-bi"
Há alguns bons anos eu era um dos adeptos fervorosos de Herman José. A sua graça vinha-lhe dos textos que escrevia ou lhe escreviam homens como Tavares Telles, para o "boneco" do Estebes; ou do orelhudo mais conhecido de Portugal, o Miguel Esteves Cardoso; ou, ainda, do alentejaníssimo e bom malandro Mário Zambujal; e, evidentemente, do seu talento. Dessa época de bom humor retenho bem presentes as palavras do Lauro Dérmio que falava de cinema e nos convidava a "let´s look at the treila", depois de nos presentear com expressões únicas de portuglês, como daquela vez em que o Lauro afirmava que um dos Mandamentos era "You won't pirilampampareite the woman of the proxim". Assim se brincava com as dificuldades do comentador Lauro António em pronunciar com alguma correcção vocábulos ingleses. Depois desta fase, de "O Tal Canal" ou o "Herman Enciclopédia", a graça das piadas acompanhou a transformação física do humorista. Tornou-se redonda e sem graça, recorrendo demasiadas vezes a brejeirismos mais ou menos vulgares e repetitivos. Herman perdeu alguns excelentes colaboradores para os textos, Assis Pacheco terá sido um dos últimos, e ... instalou-se na vida, isto é, passou de menino reguila e traquinas a quem tudo era permitido para um tipo de balzaquiano novo-rico, amante da boa comida, de charutos e de carros de luxo. Depois vieram os Rolex de ouro, os óculos dobráveis da Cartier e outras demonstrações de novo-rico que o despiram de toda a imagem que havia muito bem construído. Era o dinheiro a sufocar o talento. Direi que o Herman não soube entrar na maturidade com elegância. Tornou-se mesmo, por vezes, num pateta. Porém, e este é o motivo destas linhas, houve algo em que o Serafim Saudade, o bom Herman José, se manteve sempre igual e sempre merecedor de aplausos: a preocupação com as Línguas, o gosto por falar o melhor possível a Língua em que comunicava. Há alguns anos atrás, forçou-me a um salto de alegria quando pediu, por favor, como eu sempre tenho feito e perante mais de um milhar de alunos, para parar com uma das calinadas mais incrivelmente enraizadas entre nós. Hoje, tendo a TV ligada na Sic Memória, assisti ao mesmo apelo perante uma nova plateia. Trata-se da palavra inglesa "RUGBY". Como acontece a novos vocábulos que vão entrando no léxico português, a palavra sofreu um aportuguesamento na sua escrita e quem o fez agiu correctamente. Passou a escrever-se "RÂGUEBI" com o circunflexo a fechar o "a" e a conferir à palavra a sua indubitável condição de esdrúxula. Aconteceu que "râguebi" passou a calinada quase instantaneamente. Ou porque alguns esqueceram o acento circunflexo, ou porque a ignorância ou a jactância de outros os levaram a entender que pronunciar "REIGUEBI" lhes conferia o título de conhecedores da Língua Inglesa, o que é certo que a asneira ganhou raízes. Desde senhores dos governos e tidos por "bem-falantes", a homens da Cultura com maiores obrigações e até mesmo, pasme-se, a jogadores e treinadores da própria modalidade desportiva, o "RÂGUEBI" tem sido "REIGUEBI" sem que alguém com voz, com audiência e com saber denuncie a patacoada ou insista na necessidade da sua correcção. Todos os anos dou comigo a surpreender os alunos, quando lhes explico as razões do fenómeno e os incito a que transmitam em casa a correcta forma de pronunciar a palavra. Tem sido esta a minha contribuição possível. É que a asneira, à força do seu enraizamento, às tantas pode tornar-se em norma e levar a que seja tomado por tolo quem luta sozinho contra ela! Pois bem, hoje, no programa que vi, Herman voltou à carga após alguns anos e perante convidados que eram, nem mais nem menos, jogadores portugueses campeões europeus de RÂGUEBI. E fê-lo de uma forma didáctica, explicando bem como tudo aconteceu, tal qual faço com os meus alunos. Pena foi que, logo a seguir, o convidado José Cid voltasse a dizer "rei-gue-bi"! Daí, este título: "OBRIGADO, HERMAN!" E, já agora, hoje pareceu-me que estavas muito mais elegante no físico e no humor. Parabéns!
POR FAVOR DIVULGA ESTA MENSAGEM e, já agora,ajuda a combater os "tu dissestes...fizestes,..."
***
JORGE G. 29-07-2006
Sino tocado em
julho 29, 2006 -
0 comentários
-> Deixe aqui o seu comentário <-
Porque partem do meu país ? Continuação
ESPANTÁSTICO !
A notícia é fresquinha e já aparecem os primeiros rabinhos no ar, a dar-a-dar, agitados, anunciando urbi et orbi que não senhor, a Maria João Pires é uma ingrata, trata mal o país que sempre a promoveu e lhe forneceu alimento. Afinal o que queria ela? Desde 2002 o Ministério da Educação investiu 1,8 milhões de euros no projecto! Isto é, a média fabulosa de 90 mil contos por ano ou, ainda mais espantástico, 7.500 contos por mês! Ah, mas não só... a senhora Srª Ministra da Cultura, afirma que a Maria João não prestou contas de 13 mil contos que foram concedidas ao Centro em 2003. E agora, a malandra da pianista foge para o Brasil e põe-se a dizer que foi torturada?! Mas o que terá dado a tão nobres entidades governativas para virem tão céleres a terreiro em defesa da sua honra? A ingratidão de Maria, por certo! E por que motivo esta "se cansou" e afirmou ter"sofrido torturas" para levar por diante o projecto que, agora, tantos afirmam que é bom e vai continuar sem a Maria ao leme dos dinheiros? Claro que logo também aparecem os famosos comentadores anónimos, colocando-se do lado dos ministrozecos do momento!
Em resumo: De acordo com as fontes de informação que temos e que já se referiram ao assunto, publicitando, pressurosos, a revolta dos poderes públicos, poderão os pagantes portugueses ter a certeza de que: 1- A Maria João Pires, essa incómoda comunista, já cá não mora. 2- O Centro de Belgais irá continuar a receber o chorudo subsídio de 7.500 contos mensais, salvo claro está qualquer contenção de despesas a que venham a ser obrigados os senhores ministros dos devidos pelouros. 3- A Cultura nacional continua bem e de mãos dadas com a Educação. 4- As duas responsáveis dos Ministérios em causa são do melhor que o País já conheceu em matéria de competência e de fidelidade ao regime. 5- O Governo da Nação não esbanjará dinheiro com a Cultura, que é coisa de ricos e para ricos. 6- Por fim, as portuguesas e os portugueses tiveram mais uma prova de que o Governo é socialista e o futuro cor-de -rosa.
***
JPG 29-07-2006
Sino tocado em
julho 29, 2006 -
0 comentários
-> Deixe aqui o seu comentário <-
Porque partem do meu país?
A propósito de quem vai desgraçando o País, cito de novo Bernardo Soares: «Tendo visto com que lucidez e coerência lógica certos loucos justificam, a si próprios e aos outros, as suas ideias delirantes, perdi para sempre a segura certeza da lucidez da minha lucidez.»
Belgais - Centro para o estudo das artes
Uma dúzia de dias em Itália, para um banho de história e cultura vivos, não bastaram. Regressado, alagado em suor, cinco a seis litros de água ao dia, dei com uma notícia à chegada que me fez pensar Portugal está à beira de não ter remédio e me aumentou a sede do desejo de viver num país normal, dirigido por gente normal. Maria João Pires fez as malas e partiu para uma espécie de exílio voluntário, como quem vai para umas termas à procura da cura dos seus males. Para a Bahía, não em férias como está na moda, mas para residência permanente. Tentou fazer algo pela música, pela arte, pelas novas gerações...e cansou-se. Os governantes de Portugal não a quiseram. A Ministra da Cultura ainda afirma, em comunicado, que a artista não deu conta do fabuloso subsídio de 65 mil euros que lhe foi concedido. Quantia que nem sequer terá bastado a Maria João para a alimentação dos jovens que procurava instruir, incutir-lhes o amor pela arte e alimentá-los com os frutos que nascem nas árvores da cultura, preservando-os dos morangos açucarados envenenados que os embrutecem e preparam o caminho para uma geração de pobres telecomendados. O projecto da pianista que o mundo conhece, e de quem Portugal já ouviu falar, está a mais para o nível da educação cá do burgo e arredores. Que vá dar cultura aos brasileiros, que por cá ficam as bestas de carga transportando na garupa os novos senhores feudais instruídos e invejosos.
Que triste vai ficando o meu país! Quão pobres as nossas gentes!
Jorge P.G. - Memória de 29-07-2006
Sino tocado em
julho 29, 2006 -
2 comentários
-> Deixe aqui o seu comentário <-
sexta-feira, 14 de julho de 2006
Português e Matemática - subsídios para 2006/07
PROPOSTAS PARA PERGUNTAS NOS EXAMES NACIONAIS DO 9º ANO DE 2006/07
Desde já aqui deixo a minha colaboração para os Exames de Matemática e de Português de 2006/07, tendo em vista um ainda melhor resultado do que o obtido neste ano. Sempre em prol da Educação e em leal cooperação com o seu Ministério. HAVEMOS DE PASSAR A ALBÂNIA ! ***
MATEMÁTICA
- Topa bue bem a cena e dá corda à pen, meu. Vá, koncentrasão e depois arresponde sendo k kk resp está certa, meu. Vá, bora lá!
Kestão 1
Faz uma cruzinha assim (X) por sima do risco (___) para arresponderes, está bem?
- Kom kuantus paus se faxe 1 canoa ? a) 356 _____
b)23 897 _____
c)3 215 _____
Obs: ( para o biltre corrector) - Qualquer resposta deverá ser considerada correcta, pois ela depende do tamanho da canoa que o aluno imaginou.***
PORTUGUÊS
- Oi, topa bem esta sena i curte.
“ O rato brinca com o pato às escondidas do gato que come do prato chato que no mato está”
Agora arresponde, está bem?
Faxe uma cruzinha assim (X) por sima do risco (___), está bem? Bóra lá!
Kestão 1
No texto k deves estar a acabar de ler, - Kom kem brinka o pirú? a) kom o rato não é , pois não? ______
b) kom tu ? ______
c) Sei lá! ______
Obs: ( para o ignorante corrector ) - Qualquer resposta deverá ser considerada correcta, dada a dificuldade da questão formulada. O ignorante corrector deve tomar em consideração que a hipótese a) é capciosa e pode levar ao engano do aluno. Também a hipótese b) poderá ser de difícil interpretação pois parte do princípio de que o aluno sabe o que é um pirú. Ora, a prova é de Português e não de Ciências.
HAVEMOS DE INVERTER A MARCHA DO INSUCESSO!
ESTE MINISTÉRIO FICARÁ NA HISTÓRIA!
E SÓCRATES, O JOSÉ SERÁ O NOVO CONQUISTADOR!
JPG 14-07-2006
Sino tocado em
julho 14, 2006 -
2 comentários
-> Deixe aqui o seu comentário <-
quinta-feira, 13 de julho de 2006
Imagens do Brasil Império
Mulher com dois escravos, Bahia (1860). Esta é a primeira vez que fotografias antigas do Brasil são expostas em França. Os 58 anos do reinado de Dom Pedro II (1841-1889) coincidiram com o desenvolvimento da fotografia no Brasil. O imperador reuniu uma colecção pessoal de mais de 20 mil imagens, que deixou à Biblioteca Nacional. O autor desta foto é desconhecido.
Confeitaria em Petrópolis (1874). O alemão Revert Henrique Klumb chegou ao Brasil em 1852. Professor da princesa Isabel, Klumb tornou-se o fotógrafo oficial da família imperial brasileira. Em 1865, instalou-se em Petrópolis, onde amadurece as experiências técnicas que lhe permitem colocar "efeitos especiais" nas fotos. Copyright: Instituto Moreira Salles
Escravos em São Paulo (1885) Os primeiros fotógrafos paisagistas começaram a chegar ao Brasil por volta de 1850. O brasileiro de origem francesa Marc Ferrez trabalhou no país entre 1870 e 80, registando vias férreas e os índios da Amazónia para o Museu de Antropologia do Rio. Esta foto mostra escravos encaminhando-se para a colheita de café. Copyright: Instituto Moreira Salles
Rua das Casinhas, SP (1862). O carioca Militão Augusto de Azevedo é o único brasileiro entre os melhores fotógrafos do Império. Em apenas alguns meses de 1862, Azevedo fez mais de cem fotos de uma São Paulo de apenas 25 mil habitantes, onde a presença de um fotógrafo nas ruas causava espanto à população. Copyright: Instituto Moreira Salles
Alto Amazonas (1865). O alemão Albert Frisch foi o primeiro fotógrafo a realizar imagens de índios no Amazonas. Ele foi contratado pelo litógrafo suíço Georges Leuzinger para realizar uma grande reportagem sobre a região. As imagens receberam uma menção de honra na Exposição Universal de Paris, em 1867. Copyright: Fundação Biblioteca Nacional
JPG 13-07-2006
Sino tocado em
julho 13, 2006 -
1 comentários
-> Deixe aqui o seu comentário <-
MODIGLIANI EM LONDRES
Mostra em Londres desnuda estilo sóbrio de Modigliani
Vida boémia do artista contrasta com trabalho sóbrio e equilibrado
Os retratos e nus do pintor Amedeo Modigliani (1884-1920) são o destaque da mostra "Modigliani e seus modelos", em cartaz na Royal Academy of Arts, de Londres, a partir de 8 de Julho. A exposição traz 55 obras do artista italiano espalhadas em museus na Europa, Estados Unidos, Japão e América do Sul, incluindo telas do Museu de Arte Contemporânea de São Paulo (MAC/USP). Descrito pela curadoria como "um dos mais conhecidos e talvez mais incompreendidos artistas do século XX", Modigliani conseguiu, com seu traço e linguagem visual próprios, um lugar de destaque nos primórdios do modernismo. Clique aqui para ver algumas imagens Proveniente de uma família judia de Livorno, em Itália, Modigliani estudou em Florença e Veneza, até se mudar para Paris, em 1906. A vida desregrada do artista no boémio bairro de Montmartre – que levou à sua morte prematura aos 35 anos – pouco se reflecte na sua arte, em que a representação da figura humana desempenha papel central. Bebendo de fontes tão diversas quanto Cézanne, a arte africana (especialmente egípcia), os fauvistas (com quem expôs em 1907) e os expressionistas, Modigliani permaneceu um artista independente de movimentos. Mas as figuras alongadas, o equilíbrio de linhas e cores e a simplificação de sua composição marcaram o seu estilo. A exibição “Modigliani e seus modelos” fica em cartaz até o dia 15 de Outubro.
Bebendo de fontes tão diversas quanto Cézanne, a arte egípcia, os fauvistas (com quem expôs em 1907) e os expressionistas, Modigliani permaneceu um artista independente de movimentos. JPG-13-07-2006
Sino tocado em
julho 13, 2006 -
0 comentários
-> Deixe aqui o seu comentário <-
Exames de Língua Portuguesa e de Matemática - 9ºano
Negativas a Português duplicaram em relação a 2005 Pedro Sousa Tavares in DN
Quarenta e seis por cento dos alunos que fizeram exames de Português do 9.º ano tiveram negativa. Um resultado que ofusca a ligeira melhoria registada nas provas de Matemática, em que a percentagem de negativas caiu de 70% para 64%. Em 2005, as negativas a Português ficaram-se pelos 23%, o que equivale a dizer que, apesar de este ano a maioria dos alunos (54%) ainda registar um desempenho satisfatório à disciplina, a percentagem que não o consegue duplica nesta prova.
Numa primeira reacção à agência Lusa, o secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, destacou o desempenho a Matemática: "Apraz-me registar a melhoria na Matemática, uma vez que as negativas baixaram em seis pontos. Esperamos que este seja o primeiro sinal de uma subida progressiva", disse o governante, que em relação ao Português considerou que os resultados "pioraram um pouco", mas que se encontravam "dentro do intervalo esperado". Mais tarde, contactado pelo DN, o adjunto do Ministério da Educação (ME), Ramos André, ressalvou que essas declarações foram feitas "num determinado contexto" e garantiu que o Governo não ficou satisfeito com estes números: "O senhor secretário de Estado considera que os resultados continuam a ser muito insuficientes." Quanto ao facto de as notas de Português estarem "dentro do esperado", Ramos André explicou que os serviços do ministério já "vinham alertando" para esta possibilidade, até porque as notas do ano passado a esta disciplina estavam "acima" das médias habituais. "É cedo para se dizer se estas flutuações, tanto a Matemática como a Português, se traduzem numa verdadeira tendência", resumiu. "Só no próximo ano será possível verificar isso com clareza." Edviges Antunes Ferreira, da Associação de Professores de Português, também defende que estes resultados "significativamente mais fracos" ainda terão que ser devidamente "analisados". No entanto, reconhece que a quebra não é surpreendente: "Quando vimos a prova, tememos logo que isto acontecesse. De resto, na altura fizemos um comentário sobre esta situação." Segundo esta professora, apesar de estar "dentro do programa" para a disciplina, o exame de Português deste ano foi "muito mais difícil" do que o realizado em 2005: "No ano passado, havia um primeiro grupo de escolha múltipla. Este ano, havia um poema para analisar, o que pode ter criado dificuldades de interpretação adicionais", explicou. Já a Associação de Professores de Matemática (APM) reagiu com satisfação moderada aos resultados: "Esta melhoria é positiva, mas é apenas um caminho", disse à Lusa Cláudia Fialho, da APM. "Satisfação total só com 100% de positivas. Vamos continuar a trabalhar para ver se a aprendizagem dos alunos de facto melhora."
Os alunos - pelo menos a avaliar por uma ronda por escolas lisboetas feita ontem pelo DN - foram os que menos se preocuparam com estas flutuações. Apesar da percentagem elevada de negativas, foram raras as situações em que os 30% de peso das provas chegaram para afectar decisivamente a nota final a estas disciplinas e muito menos para pôr em causa a passagem de ano. De resto, houve quem confessasse ter abordado as provas com... descontracção: "Para passar, podia ter 2 no exame de Português e 1 no exame de Matemática, por isso nem me dei ao trabalho", disse ao DN Tiago Pires, 16 anos. "Não vou estudar só para ter melhor nota, não é?" No total, 92 144 alunos fizeram os exames de Português e 92 217 as provas de Matemática.
*** O MEU COMENTÁRIO Dos resultados dos exames nacionais do 9º ano nas Disciplinas de Língua Portuguesa e de Matemática, bem como das diversas reacções aos mesmos, resultou para mim o que de seguida se poderá ler. - Tendo o número de alunos "chumbados" a Português duplicado, para o secretário de Estado da Educação tais resultados "...pioraram um pouco" mas encontram-se "...dentro do intervalo esperado". Isto é dizer que 46% de classificações negativas em Português eram perfeitamente esperadas pelos senhores governantes. Ora, num simples raciocínio, chegar-se-á facilmente à conclusão que os 23% do ano passado foram um resultado óptimo para os mesmos governantes. Assim sendo, poder-se-á igualmente concluir que o dobro das negativas agora verificado só pode ter a ver com a política brilhante e acertada seguida pelo Ministério da Tutela. Claro fica que o intervalo previsto para este ano se situaria entre os 23% e os, digamos, 50% de resultados negativos. Não houve, pois, qualquer desvio relativamente às projecções governamentais. O governo, pela voz de um seu secretário de Estado, vem dizer-nos deste modo que a sua política educacional está certa e recomenda-se. Compre quem quiser! - Depois, outro senhor referido no DN como "adjunto do ME", afirma que as declarações do secretário de Estado haviam sido proferidas " ...num determinado contexto" e que o mesmo secretário, afinal, estava descontente com os resultados. Malvados jornalistas que retiram textos dos contextos sem antes avisarem que o que foi dito não foi o que queria ser dito e, portanto, sem fazerem uma ressalva que poderia ser assim: AVISO AOS LEITORES - O que vamos publicar não foi revisto à luz do contexto. Assim, se algum distinto membro do governo achar que não disse o que aqui dizemos que disse, é favor negar e invocar a falta de rigor do jornalista que não pediu ao entrevistado para ter cuidado com o que dizia, nem para ver bem se aquelas palavras seriam avisadas, se não lhe prejudicariam a carreira tão promissora... e outos cuidados mínimos de protecção fraterna ao entrevistado governante. Mais se avisa que, se por qualquer motivo o senhor governante não pretender ter a maçada de invocar a falha do jornalista, poderá sempre enviar recado por um senhor adjunto. - Quanto à reacção da Associação dos Professores de Português, esta conclui que os resultados foram "significativamente mais fracos", o que só abona a seu favor em matéria de Aritmética. De resto, as considerações da sua representante falam por si e enviam tudo para análise. - A outra Associação de Professores, teve o senso mínimo de reagir moderadamente à ligeira quebra do número de resultados negativos, alertando para a necessidade de se continuar a trabalhar na causa da Matemática. - Por fim, mas nada dispicienda e antes bastante significativa, vem publicada a reacção despreocupada e descontraída de um aluno entre vários que terão emitido opiniões em tudo semelhantes. Belo retrato da Educação que temos em Portugal, onde há 25 anos atrás se saía da Escola Primária a saber ler e escrever com poucos erros, a saber que Camões não foi um rei de Portugal e que o Mondego é um rio que passa em Coimbra. E nem digo aqui o que um aluno sabia quando terminava o 5º ano dos Liceus, o que hoje equivale ao 9º ano! Alegremente, pelos vistos, continuam os responsáveis pela Educação do Povo português a achar que o que têm legislado está correctíssimo e de acordo com as necessidades dos cidadãos. Eles lá terão as suas razões ! Um povo ignorante é, sem dúvida, mais dócil e colaborante! O Governo desse povo é que será tudo menos um governo democrático e o Estado nunca se poderá designar como "Estado Democrático". Mas, afinal, o que saberão disto estes novos gestores da miséria?
JorgeP.G. 13-07-2006
Sino tocado em
julho 13, 2006 -
1 comentários
-> Deixe aqui o seu comentário <-
quarta-feira, 12 de julho de 2006
COM QUEM SE PARECE ESTE SENHOR?
Para mim não é fácil responder. Conheço tantas caras parecidas que me é difícil optar. Por isso, solicito a vossa prestimável ajuda!
JPG 12-07-2006
Sino tocado em
julho 12, 2006 -
1 comentários
-> Deixe aqui o seu comentário <-
NOVAS FÁBULAS E MORAIS
E depois das fábulas sérias de autores sérios, vêm estas nada sérias de autor que ainda menos o é. Portanto, não devem ser lidas por crianças, velhinhas, passarinhos ou demais inocentes criaturas de Deus. De facto, elas constituem o verdadeiro e perverso buraco negro da alma humana. Só poderiam, como puderam!, ser rabiscadas por um reles professor.
Se não, atentai bem na escabrosa impudicícia ! *****
Texto para Teste Um rato viajava em contramão na auto-estrada. Do outro lado, avistou-o um bondoso coelho que atravessou a via para o avisar do perigo. Surgiu um tigre todo lançado na sua potente mota e atropelou-o. Moral da história - Os coelhos bondosos, sempre que virem um rato em contramão, devem limitar-se a participar ao gato mais próximo.
*****
A higiene Sentados e muito refastelados na esplanada, dois burros limitavam-se a sacudir as orelhas para enxotarem as moscas que teimavam em beber dos seus frescos sumos de palhas tropicais. Então, um terceiro burro, de avental branco e bandeja na pata direita dianteira, acercou-se e perguntou às moscas se não queriam copos lavados. Moral da história - A higiene, quando Deus manda, é para todos.
*****
A formiga e o papa-formigas
Num belo dia de muita chuva e vento forte, ia-se afogando no carreiro uma laboriosa formiga com uma folhinha verdinha às costas. Eis senão quando um papa-formigas que passava de galochas lhe disse: - Como és tola e imprevidente! Porque não sobes para a folha e fazes windsurf ? Sem mais, a formiga assim procedeu, sem se lembrar que não sabia surfar. Caiu de costas e enterrou a cabeça na lama. Então, o papa-formigas agarrou-a pelas patas e papou-a. Moral da história - Nunca aceites conselhos de quem não conheces, especialmente se fores uma formiga e o desconhecido um papa-formigas. *****
Textos de JPG em 12-07-2006
*****
Sino tocado em
julho 12, 2006 -
1 comentários
-> Deixe aqui o seu comentário <-
terça-feira, 11 de julho de 2006
AS FÁBULAS E AS CRIANÇAS - Fábulas sérias de autores sérios
Vêm de há mais de dois milhares de anos. Esopo, Fedro, Jean de la Fontaine, foram os mais conhecidos autores destas histórias de fantasia. Incutiram, em muitas gerações, o gosto pela leitura e desenvolveram o espírito crítico dos seus pequenos leitores, aos quais se destinam. O carácter das personagens desenvolve nos miúdos a sua natural capacidade de distinguir o certo do errado, de avaliar o justo e o injusto, de beber da fonte que produz a harmonia das relações humanas. Com as histórias passadas no mundo encantado dos animais falantes, os mais pequenos são levados ao encontro da convivência saudável com o mundo, sem imposições, sem o "é assim porque assim deve ser" que nenhuma criança algum dia entendeu ou virá a entender. As fábulas sempre encantaram porque são simples, não necessitam de artifícios da escrita, de pomposa adjectivação, de figuras de estilo rebuscadas. Um par de curtos diálogos transmite a mensagem com toda a precisão. No final, lá está a "moral da história", sintetizando um ideal de comportamento humano que se pretende transmitir. Sobreviventes de mil guerras e mil tiranos, de estádios culturais mais ricos ou mais pobres, foram lidas por nobres e plebeus que à aprendizagem da leitura tiveram acesso. Não sofreram influências de modismos da literatura, nunca foram propriedade intelectual. Fábulas são contos de prazer, intemporais e sempre novas.
Fedro - " È pericoloso credere e pericoloso non credere." FÁBULAS DE FEDRO
Fedro (PHAEDRUS) (15 AC - 50 DC ,datas aproximadas) nasceu na Macedónia (Grécia), provavelmente na colónia romana de Filippi, mas foi levado ainda muito jovem para Roma onde seria vendido como escravo. Mais tarde,o Imperador Augusto Ottaviano a quem o próprio Fedro se refere como Divus Augustus haveria de lhe conceder a liberdade. Seguindo Esopo, Fedro fez a sátira dos costumes e personagens importantes da época. As suas críticas causaram grande incómodo a quantos eram dirigidas, o que o levou ao exílio.
O GALO E A PÉROLA
Um Galo comilão andava pela quinta à procura de comer. De repente, viu uma coisa a brilhar no chão.
- Olá! Isto é para mim – pensou ele enquanto desenterrava o que encontrara.
Mas o que era aquilo? Nada mais, nada menos, do que uma pérola que alguém perdera. Desdenhoso, o Galo murmurou: - Podes ser um tesouro para as pessoas que te apreciam. Mas, no que me diz respeito, trocava de bom grado uma espiga de milho por um punhado de pérolas iguais a ti.
Moral da história: Nem todos apreciam do mesmo modo as coisas valiosas.
***** O CÃO E O SEU REFLEXO NO RIO
Era uma vez um cão que encontrou um osso. Abocanhou-o e correu para casa para o saborear com calma. Pelo caminho, teve que passar por cima de uma tábua que unia as duas margens de um riacho.
Nisto, olhou para baixo e viu o seu reflexo na água. Pensando que era outro cão com um osso, resolveu roubar-lho. Para o assustar, abriu a boca e arreganhou-lhe os dentes. Ao fazê-lo, o osso caiu na água e foi arrastado pela corrente.
Moral da história: Contenta-te com o que tens e não cobices o que pertence aos outros.
*****
OUTRAS FÁBULAS DE OUTRAS GENTES *
FÁBULAS PERUANAS
O MORCEGO Se enfrentaron en una cruenta guerra, las aves contra los mamíferos, éstos querían dominar sobre la tierra, aquellas liberarla del yugo mortífero. El murciélago, considerando salvarse sin pelear, escondido aguardaba el resultado de la batalla para unirse al bando triunfador. Las astutas aves consiguieron vencer a los mamíferos. Entonces el murciélago, aleteando alegremente, se incluyó en la celebración del triunfo: –¡Bravo, hermanas! ¡Hemos ganado la batalla! Pero, temeroso que los mamíferos volvieran, el murciélago se mantenía atento para escapar ante el menor peligro. De pronto, los mamíferos inician el ataque sorprendiendo a las aves. El murciélago, sin alcanzar a esconderse, y al ver la batalla a favor de los mamíferos, los alentaba con arengas. –¡Bravo, hermanitos! ¡Ya vencimos a las aves! Pero los mamíferos, lo toman prisionero junto con las aves. Al verse en ese aprieto alegó desesperadamente: –¡Sueltenme, hermanitos! ¿Acaso no han visto que los apoyé durante la batalla? –¡No, tú estabas con ellas! –Sentenció el puma. –...Pero no soy un ave, –replicó tímidamente el murciélago. En ese momento, las aves reaccionaron y contraatacando lograron liberarse, haciendo huir al enemigo. –¡Bravo, hermanas, hemos vencido nuevamente! –Exclamó el murciélago– Ahora, ayúdenme a soltar mis amarras. –¿Soltarte? ¡Nunca! Ya te conocemos y no te queremos ver. ¡Fuera! –Dijeron las aves, y de un puntapié lo arrojaron lejos de sus dominios. "Tal es el destino de aquellos cobardes que sin ningún tino juegan a dos ases"
***** EL PAUJIL Y EL ESCARABAJO
El paujil es un ave de la amazonía, negro y de pico rojo, pariente de las gallinas. Come de todo, incluso objetos pequeños como, aros, anillos, bolitas, etc. que mete a su buche, dicen que para digerir mejor el alimento. Un día encontró unos pequeños escarabajos y se los comió sin tomarle mayor interés al suceso. La mamá escarabajo, muy dolida, reclamó justicia. –¡Eres un monstruo. Algún día pagarás tu crimen! –Gritó el pequeño insecto–. Pero el paujil no le hizo caso. Para el ave, el mal que había causado no tenía ninguna importancia. De igual modo, nadie en la selva se preocupó del sufrimiento de la desgraciada madre y, con el paso de los días, se olvidó totalmente el asunto. Cuando una mañana el paujil salió a buscar alimento, las termitas aprovecharon para subir al nido del ave. –Por aquí haremos un túnel que facilitará nuestro camino a casa –dijeron los insectos–, mientras que con gran esfuerzo le hacían un agujero al nido. Y justo por ese hueco se cayó el huevo del paujil destrozándose en el piso. El dolor del ave fue terrible, toda la selva se estremeció por sus alaridos de pena y muchos opinaron que la maldad de las termitas debía ser vengada. Así, se inició una gran cacería de termitas a la que fue invitada la madre escarabajo; pero ella, mirando a todos con desprecio, dijo: –Cuando perdí a mis hijos, nadie se fijó en mi dolor, ¿ahora quieren que ayude a vengar la desgracia de quien justamente me hizo daño? –Pero un crimen no puede quedar impune –arguyó el paujil. –Exacto, por eso la providencia se encargó de hacerme justicia. Ahora sufres lo que sufrí yo. –Concluyó el insecto. "El sufrimiento del débil pasa inadvertido, el sufrimiento del poderoso es duelo nacional".
Nota: Estas fábulas peruanas dos irmãos Ataucuri García baseiam-se em mitos, lendas, crenças, contos maravilhosos da rica literatura tradicional oral do Perú. Talvez porque sou um linguista, sinto que a tradução retira sempre algo de muito importante a uma obra, seja ela de que grandeza e natureza fôr. Eis a razão de ter optado pela versão original destas duas fábulas.
Sino tocado em
julho 11, 2006 -
1 comentários
-> Deixe aqui o seu comentário <-
quinta-feira, 6 de julho de 2006
A VOZ DE UMBERTO ECO
Umberto Eco: "A Europa moderna tem raízes na Idade Média"
Efectuadas há mais de cinco anos, estas entrevistas mantêm toda a actualidade e fazem-nos chegar a voz avisada de um verdadeiro homem da cultura. - JPG
Entrevista (HANS SCHLAMP E RAINER TAUB)
O título original de "Baudolino" era "Número Zero". Pensava noutro livro? Sim, um romance sobre a redacção de um jornal, onde os jornalistas procuravam notícias sensacionalistas. Enquanto pensava qual seria a notícia sensacionalista na Idade Média, lembrei-me da lendária carta do Preste João.Uma falsificação já cientificamente demonstrada.Exactamente por isso. Esse documento falsificado pretendeu convencer as pessoas do século XII que no longínquo Oriente existia um reino cristão onde corria leite e mel. Como até agora ninguém identificou o autor dessa notícia sensacionalista, resolvi criá-lo, chamar-lhe Baudolino, e forjar-lhe uma biografia aventureira. A carta histórica nasceu no tempo do imperador Frederico Barba Roxa, na aldeia de Alessandria no norte de Itália, onde eu também nasci. Depois, transformei Baudolino num filho adoptivo e conselheiro de Barba Roxa, e os dois tiveram uma tarefa utópica: Durante toda a vida teriam de procurar o lendário reino do Oriente. Também se aplica a "Baudolino" o esquema literário do seu primeiro romance, "O Nome da Rosa", uma colagem de fontes originais da Idade Média? Sim, mas com uma diferença: Baudolino é filho de gente de camponeses, não se entretém com citações intelectuais, como as dos frades que no Nome da Rosa formavam a elite do tempo. Mas um narrador nunca poderá criar personagens ao nível dos dramaturgos e dos satíricos. Quanto mais investigamos a história, menos situações imaginárias encontramos. Apliquei esta regra a Baudolino, do mesmo modo que respeitei rigorosamente o que as fontes históricas relatam de Barba Roxa e de sua mulher Beatriz. Segundo as teorias literárias clássicas, o escritor deverá ser útil aos leitores e divertir-se. Para si, destes dois objectivos, qual foi o mais importante? Divertir-me a mim mesmo. Em latim, "delectari" - o infinito passivo. Então o seu romance é uma viagem ao próprio ego? Claro. Mas também pretendi ensinar. Mesmo ao escrever um livro de ficção, torna-se muito difícil a um professor universitário renunciar a ensinar. Até que medida tem presente a actualidade ao escrever sobre mitos e fábulas medievais? Não há autores históricos que não descrevam também a actualidade. Quem escrever, hoje, uma biografia de Napoleão, colocará questões diferentes das equacionadas num livro de há cem anos. Cada época tem sempre um olhar diferente em relação ao passado. Por isso é que as raízes da moderna Europa estão na Idade Média. Poderemos considerar o reino de Carlos Magno como uma forma embrionária da União Europeia. De um universo de várias línguas, nasceu a ideia de uma universalidade europeia, e a única diferença está no facto de, antigamente, a língua universal ser o latim e hoje, o inglês. Acho que os meus leitores vão descobrir mais paralelismos históricos entre o presente e o passado que eu próprio.Baudolino procura sem desistir a utopia do reino do Oriente. Mas na Europa, pelo menos desde o fim do comunismo, o pensamento utópico é tido como anacrónico e obsoleto. A humanidade não pode viver sem utopias? Estou inteiramente convencido disso. Logo que as grandes utopias históricas ruíram, começou o movimento contra a globalização. Isto é, um desejo de uma forma de vida totalmente nova. A actual oposição ecológica contra a globalização tem muita utopia. Mas não tenhamos dúvidas: a utopia só é boa enquanto não se transformar em realidade. Logo que Lenine tentou realizar a utopia de Marx, transformou-a num horror. A utopia não é um objectivo em sim mesmo, mas um horizonte em movimento. Simpatiza com o movimento de protesto contra a globalização? Concordo com os objectivos, repudio os métodos que utiliza.Antes das últimas eleições italianas, escreveu um artigo em que apelava a um "referendo moral" contra Berlusconi. Mas ele agora é primeiro-ministro. Que fazer?Perdemos. Lutei contra Berlusconi e outros por praticarem uma política que só beneficia os ricos. Tentei, em vão, recusar a oferta fiscal que ele ofereceu, a mim e a outros.No mesmo artigo, atacou a "ideologia do espectáculo" que reina a nível mundial.Isso começou em 1960, com a eleição de John F. Kennedy para presidente dos EUA. Ganha as eleições o candidato mais telegénico. E desde os anos 60, propagou-se um novo modelo de democracia nascido nos EUA: dois partidos, controlados pelas mesmas forças económicas, concorrem perante eleitores que decidem segundo a imagem mediática que eles transmitem. O conceito de democracia representativa está ameaçado de esvaziamento na era da globalização. Berlusconi foi só uma espécie de vanguarda. Acredita que a democracia dos meios de comunicação social só fortalece as grandes empresas? Veja os EUA. Se o presidente eleito não tivesse sido Bush, o resultado político seria o mesmo: as grandes empresas teriam rejeitado o protocolo de Quioto, e o presidente seria controlado pelos grandes grupos económicos que financiaram a campanha eleitoral. Além disso, só 50 por cento dos eleitores vão às urnas. Isso significa que o presidente dos EUA só foi eleito por 25 por cento dos eleitores......o que equivale à situação que se vivia no Império romano: uma minoria de famílias ricas e de generais escolhiam o governo. Não pretendo ser profeta, mas tudo indica que o movimento democrático avança nessa direcção. Talvez seja possível, na era da Internet, descobrir uma nova forma da democracia representativa para substituir a que está em vigor há 300 anos: uma espécie de equilíbrio entre Estado e protesto, centro do poder e poder local. Mas será necessária muita fantasia. Exclusivo adaptado DN-"Der Spiegel"
Em finais de 2000, Umberto Eco dá uma entrevista ao jornal La Repubblica antes da publicação do seu livro "Baudolino" que constituiu o regresso do escritor ao romance vinte anos depois de "O nome da rosa". "Baudolino" é a obra mais lúdica e de fantasiosa hilariedade do autor, apesar de se passar no meio de massacres, ocupações bélicas, furtos e incêndios.
Da entrevista, retirei algumas passagens que reproduzo a seguir: Chi è Baudolino? "E' un ragazzo che vive nella campagna presso Marengo, più o meno là dove nel 1168 nascerà la città di Alessandria, il cui patrono sarà appunto San Baudolino. Baudolino è un furfantello(1), simile a quelli che esistono in molte mitologie indigene: in Germania lo chiamano Schelm, in Inghilterra Trikster God. Il libro, che in questo senso è picaresco, racconta le sue avventure in terre diverse. Il padre di Baudolino è il mitico Gagliaudo Aulari, che salva Alessandria dall'assedio di Federico Barbarossa con la storia della sua vacca". (1) - tratantezeco, malandrote Quale storia? Eh, gli alessandrini la sanno e gli altri la leggeranno nel mio romanzo". Lei è nato ad Alessandria: con questo libro torna alle sue radici? "Certamente. Racconto della mia città, cerco di imitarne il dialetto, il modo di parlare. Mi ha sorpreso trovare nei documenti ufficiali dell'epoca i nomi degli alessandrini che hanno fondato la città, sono gli stessi dei miei compagni di scuola! Con la lingua ho avuto qualche difficoltà, perché il primo capitolo è scritto direttamente da Baudolino su pergamena quando aveva quattordici anni, stava appena imparando il latino e scrive in un volgare della sua zona su cui ovviamente non abbiamo alcun documento. Mi sono divertito molto". Pensa che si divertiranno anche i lettori siciliani? "Lo spero. Non ho preteso di fare filologia. Ho inventato un italiano immaginario. Non sono pagine erudite, sono pagine comiche". .............................................................................................................................................................. In ogni caso, come in Il nome della rosa, qui racconta un'altra una vicenda medievale. "Sì, ma con molte differenze. La Rosa raccontava del mondo monastico e dei contrasti interni alla Chiesa, questo parla del mondo laico, della corte imperiale di Federico Barbarossa. Baudolino infatti viene adottato a tredici anni da Federico, e vive con lui tutte gli scontri tra impero e Comuni, la battaglia di Legnano, la Terza Crociata (a cui lo spinge lui stesso) e via continuando. La Rosa è colto, questo è popolare. La Rosa è in stile alto, questo è in stile basso. Il linguaggio è quello dei contadini dell'epoca, o degli studenti parigini che parlano come i ladri. Niente latino, salvo qualche parola. C'è il solito gioco di qualche citazione posteriore, nascosta, ma con l'idea che siano frasi inventate proprio da Baudolino, e gli altri in seguito potrebbero averle copiate". E' un gran bugiardo(2), questo Baudolino. (2) - mentiroso "Eh, sì. Inventa sempre fandonie, ma ogni volta tutti ci credono, e le sue fandonie producono la grande storia. In fondo rileggo la storia di quel periodo come frutto delle invenzioni di un ragazzino, che poi cresce e con una banda di amici inventa la legittimazione dell'impero da parte dei giuristi bolognesi, parte dell'epistolario di Abelardo ed Eloisa, la leggenda del Graal come sarà poi raccontata da Wolfram von Eschenbach". .......................................................................................................................................................... Questo libro è un'apologia della bugia? "Casomai è un'apologia dell'utopia, di quelle invenzioni che muovono il mondo. Colombo ha scoperto l'America per sbaglio: credeva che la Terra fosse molto più piccola. Non è vero che solo lui pensasse che fosse tonda, come la gente dice ancora: che fosse tonda lo sapevano prima di Platone. E che dire dell'Eldorado? Si conquista un continente seguendo un mito". (11 settembre 2000) Para mais informação sobre "Baudolino". http://www.gcwriter.com/baudolino.htm JPG 6-07-2006
Sino tocado em
julho 06, 2006 -
1 comentários
-> Deixe aqui o seu comentário <-
quarta-feira, 5 de julho de 2006
5th JULY - God Bless America Again
Para que não se diga que o poster anterior só mostra as misérias dos States... Não, os USA são GRANDES !
AMERICA is THIIIS BIIIIG... see ?
JPG - 5-07-06
Sino tocado em
julho 05, 2006 -
3 comentários
-> Deixe aqui o seu comentário <-
4th JULY - God Bless America
JPG - 4-Julho-06
*****
Sino tocado em
julho 05, 2006 -
1 comentários
-> Deixe aqui o seu comentário <-
domingo, 2 de julho de 2006
RECONSTITUIÇÃO DA MONARQUIA - 1 de Julho de 2006
*****
RICARDO I, O Labreca
E O POVO SAÍU À RUA !
E o vinho escorreu pelas gargantas! E a Festa durou até às tantas! E SÓCRATES, O JOSÉ deixou escapar: "Vou a Munique para a Final !"
Portugal viu o Futebol, agradeceu em Fátima e ouviu fado! Que feliz esteve o meu país!
*****
Sino tocado em
julho 02, 2006 -
0 comentários
-> Deixe aqui o seu comentário <-
Portugal no Campeonato do Mundo de Futebol - plausíveis razões para o êxito
AVISO: O que se segue não representa qualquer falta de respeito pela crença ou fé de quem quer que seja. Antes constitui uma graça com total falta de gosto por parte do autor. Se ainda assim alguém se sentir ofendido, as minhas mais sinceras desculpas. Não era minha intenção!
TELEGRAMA URGENTE
REMETENTE: Eu, Vossa Senhora Localidade: Fátima - Portugal
ENDEREÇO: Santa Maria del Fonte presso Caravaggio Localidade: Caravaggio - Itália
TEXTO: Boa amiga, espero Vos encontreis bem que eu sim graças a Deus stop Recordo-Vos presença selecção portuguesa Mundial Futebol Alemanha 2006 stop Treinador Scollari Vosso mui devoto stop Muitos jogadores portugueses meus fiéis também stop Suas preces todas em dia stop Todos comitiva com medalhinhas benzidas stop Scollari conserva Vossa imagem e cumpriu promessa 20 km a pé entre Caxias do Sul e Farroupilha, Vosso maior santuário Brasil, após Pentacampeonato stop Sou sua testemunha stop Por Vossa distracção Portugal perdeu Europeu contra Grécia stop Rogo não Vos deveis distrair de novo stop Fazei aparecer fonte igual Caravaggio em balneário Selecção Portuguesa antes jogos, intervalos e /ou antes de penalties para jogadores beberem stop Guarda-Redes Ricardo, O Labreca sempre muita sede, fazei ele beber muita água Vossa fonte stop Perdoai minha forma mensagem arcaica mas computador prometido por Gilberto Madaíl presidente FPF ainda não chegou stop E-mail por isso impossível stop Como vai Vossa venda velinhas? Minha está ficando outra vez melhor graças nosso Primeiro Sócrates, o José stop Só falta mais fado para tempos Gloriosos voltarem stop Protegei Selecção Scollari, não Vos olvideis stop Um beijo Vossa Irmã grata admiradora stop Vossa Senhora Fátima stop Fátima, 20 Junho 2006 ( véspera Portugal-México) Stop
P.S.- Rogo-Vos protegei igualmente fado e fadistas stop FIM DE TEXTO ***** Oração à Nossa Senhora de Caravaggio Lembrai-Vos, ó puríssima Virgem Maria, que jamais se tem ouvido que deixásseis de socorrer e de consolar a quem Vos invocou implorando a Vossa protecção e assistência; assim, pois, animado com igual confiança, como a mãe amantíssima, ó Virgem das virgens, a Vós recorro; de Vós me valho, gemendo sob o peso de meus pecados, humildemente me prostro a Vossos pés. Não rejeiteis as minhas súplicas, ó Virgem do Caravaggio, mas dignai-Vos ouvi-las propícia e me alcançar a graça que Vos peço. Amen. (Reza-se três Avé-Marias). Operador: Jorge G. http://osinodaaldeia.blogspot.com/ porque avisar é preciso !
*****
Sino tocado em
julho 02, 2006 -
3 comentários
-> Deixe aqui o seu comentário <-
sábado, 1 de julho de 2006
Soneto atribuível a Camões
Tal soneto foi publicado pela primeira vez na edição das Obras de Luís de Camões, em 6 vols., preparada pelo Visconde de Juromenha (1860-1869). Já havia aparecido em dois textos manuscritos quinhentistas: o Cancioneiro de Cristóvão Borges (1578) e o Cancioneiro de Luís Franco Correa (1557-1589), ambos portanto ao menos iniciados com o poeta ainda vivo, valendo salientar que Franco Correa era amigo íntimo do Poeta e certamente estava bem a par de sua obra. O dia em que eu naci moura e pereça
não o queira jamais o tempo dar; não torne mais ao mundo e, se tornar, eclipse nesse passo o Sol padeça. A luz lhe falte, o Céo se lhe escureça, mostre o mundo sinais de se acabar, nasçam-lhe monstros, sangue chova o ar, a mãe ao próprio filho não conheça. As pessoas, pasmadas de ignorantes, as lágrimas no rosto, a cor perdida, cuidem que o mundo já se destruiu. Ó gente temerosa, não te espantes, que este dia deitou ao mundo a vida mais desaventurada que se viu. Sabemos que, com raras exceções, a obra lírica de Camões (1524?-1580) nunca foi publicada em livro, ficando dispersa nos chamados “livros de mão”, antologias poéticas manuscritas, hoje em grande parte desaparecidas; alguns dos que existem são de escassa confiabilidade e outros apresentam visíveis erros de cópia. Isto propiciou um indevido e abusivo acréscimo das peças líricas do poeta. No caso específico dos sonetos, chegou-se a atribuir a Camões nada menos de 400 textos. Por exemplo, para Faria e Sousa (século XVII), um dos compiladores da obra lírica de Camões, bastava que o soneto fosse belo e bem acabado para ser imediatamente incorporado ao universo lírico do autor de Os Lusíadas. A irresponsabilidade chegou a tal ponto que passaram por ser de Camões sonetos comprovadamente de outros poetas, especialmente Diogo Bernardes (1529?-1596), ou até os que já faziam parte do Cancioneiro geral de Garcia de Resende (1470-1536), publicado em 1516, cerca de dez anos antes do nascimento do poeta!
Sino tocado em
julho 01, 2006 -
1 comentários
-> Deixe aqui o seu comentário <-
UM BLOGUE de Jorge P. Guedes - ©
Powered By: Blogger
FINAL DA PÁGINA
|