ADENDA A ESTE POSTAL
AOS VISITANTES DESTE E DOS MEUS OUTROS BLOGUES:
Agradeço a paciência que tiverem a ler estas palavras. Procurarei ser breve.
Há cerca de 1 ano e meio que aqui cheguei. O mundo dos blogues era, então, um perfeito buraco negro para mim.
Caí muitas vezes nos erros mais primários que qualquer um comete quando começa e vai aprendendo sozinho com as asneiras técnicas cometidas. Fui-me sempre levantando e fazendo dessas quedas degraus necessários para a aprendizagem das coisas básicas.
Fi-lo pelo muito prazer que sentia em comunicar, em transmitir ideias e conceitos, saberes adquiridos e/ou propostas de aquisição de mais conhecimentos. E fi-lo sempre com dedicação e o maior empenho num trabalho que quis essencialmente útil e honesto.
Sempre afirmei que partiria como cheguei, em silêncio, sem lamentos inúteis e, muito menos, chorados.
Os blogues que administro deixariam de estar no ar no dia em que não me restasse qualquer prazer na sua manutenção.
Detesto rotinas e obrigações que não sejam as estritamente necessárias na vida.
Pois chegou o momento de reduzir substancialmente a minha participação neste mundo.
Não, não é partir de vez, ainda!
Antes, uma última tentativa de reganhar uma boa dose do prazer perdido nos últimos tempos. Fadiga, desilusão, falta de outras actividades a que me dedicava antes, são alguns dos motivos.
Ao longo destas 500 e tal postagens muita gente aqui veio. Uns ficaram, outros partiram, outros ainda mantêm-se sistematicamente como "visitantes não-comentadores", coisa que sinceramente nunca entendi muito bem nem vejo com bons olhos.
Há os que apenas comentam se eu for comentar nos seus blogues, ainda que me não interesse o assunto. Não o fiz nunca, nem farei.
Encaro esta actividade como um livre exercício de escrita e de troca de opiniões. Quando apeteça ou quando se justifique aos olhos de quem escreve ou lê. Esse é o único compromisso!
Não sou de elogios de circunstância e detesto que mos façam. Deixei isto bem claro em diversas ocasiões.
Não faço dos blogues uma Feira de Vaidades nem de Virtudes. É ridículo e infantil pensar-se que andamos aqui para exibirmos os nossos dotes.
Vou, em resumo, reduzir a minha participação. Aqui e em vossas casas. Não estranhem, pois!
Muito obrigado e um abraço a todos os que ainda vêm por bem!
Até quando quisermos.
Jorge Guedes
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Eu bem não queria, mas é inevitável deixar aqui também a minha ideia, já que toda a gente tem opinião sobre o que é melhor em matérias de aeroportos!
De repente, e à semelhança de deus-pai, temos um país de uma espécie de engenheiros, e de ambientalistas. Todos informados e verdes, naturalmente!
Ora assim sendo, por que não hei-de também de me armar em perito ?
A princípio era a Ota. Prometeram aos autarcas e empresas da região o Eldorado portuga. Uma nova cidade ia nascer, bem asfaltadas vias rodoviárias, comércio vivo, o renascer da indústria de oeste, emprego, desenvolvimento local.
Pegaram no que tinha sido mais ou menos aprovado por anteriores governos e ... Ota é que era, jamé em Alcochete, um deserto, como mandaram palrar ao inefável ministrolino acobertado pelo senhor das engenhocas.
Levantaram-se vozes discordantes, ouviram-se a posteriori os técnicos que não haviam sido ouvidos, as coisas chegaram aos ouvidos do Reich, em Bruxelas, e este, informado dos impactos ambientais e dos avultados fundos a conceder, mandou fazer meia-volta.
Agora, é Alcochete a melhor solução. Mais rápida, mais barata, mais eficaz, mais tudo! Não duvido que a Ota fosse ainda pior!
Mas já hoje, e segundo a Lusa, "a Sociedade Portuguesa do Estudo das Aves (SPEA) considera extremamente preocupante do ponto de vista ambiental, da conservação da natureza e da biodiversidade a decisão do Governo de construir o novo aeroporto de Lisboa em Alcochete."
Ora aí está! Alimentando-se nos arrozais, há uns passarocos que vão ficar sem papinha. Não, dizem os peritos. Desviam-se os arrozais e as aves podem continuar tranquilas nos seus habituais trajectos e repastos.
Muita confusão para a minha cabecinha de comum mortal!
O que eu penso, e desde sempre, é que a Portela está muito longe de se esgotar na sua funcionalidade e operacionalidade. Bastará, e apenas quando necessário, desviar de Alverca para outra base, Beja por exemplo, material e instalações e ali fazer um novo aeroporto de suporte à Portela.
Claro que não haverá novas construções de cimento, nem especulações imobiliárias, nem dinheiritos por fora. e até compreendo que isso é "chato" para quem já vai fazendo as continhas a umas maquias fáceis.
Mas é claro que eu não percebo nada disto e claro é que não sou ministro!
Publicação nº 524 - J.G.