sexta-feira, 13 de abril de 2007
Portugal - S.O.S.
ÚLTIMAS, antes de me ir deitar que já nem me aguento Sócrates na Independente Luiz Arouca autorizou transferência mas não era reitor O jornal Expresso diz que quando José Sócrates se transferiu para a Universidade Independente foi Luiz Arouca que autorizou o plano de equivalências do primeiro-ministro. A novidade que o Expresso revela agora é que Arouca não era sequer reitor da Universidade e que o processo passou ao lado de quem estava à frente da Independente. SIC Ernesto Costa, actual professor catedrático da Universidade de Coimbra, era reitor em 1995. Agora, não comenta toda a situação em torno do percurso académico do primeiro-ministro. A verdade é que José Sócrates terá pedido para frequentar a Independente através de uma carta dirigida ao reitor da Universidade e respondida por Luiz Arouca. - Notícia Expresso/Sic Novas incongruências Mais um certificado de Sócrates com dados diferentes Há dois certificados relativos à licenciatura de José Sócrates com notas e datas diferentes. As discrepâncias estão entre o documento entregue à Câmara Municipal da Covilhã e o que foi apresentado na entrevista do primeiro-ministro, quarta-feira, à RTP. SIC Há datas diferentes para a conclusão do curso e notas também diferentes na discriminação por cadeiras em seis disciplinas. O primeiro-ministro diz que os alunos não emitem certificados, limitam-se a requerê-los. De acordo com o certificado da Independente, que está na câmara da Covilhã, o primeiro-ministro ganhou direito ao canudo a 8 de Agosto de 1996, uma quinta-feira. Já o certificado que Sócrates mostrou na RTP dá a licenciatura por concluída a 8 de Setembro, um domingo, dia pouco usual para completar um curso. Entre estes dois documentos, as discrepâncias não se ficam pelas datas. As notas de seis cadeiras não coincidem. Em Computação Numérica José Sócrates teve 14 valores no certificado de Agosto. No que o dá como licenciado no mês seguinte sobe um valor. Já em Mecânica dos Fluidos, os 13 valores descem para 11 no documento mostrado na RTP. E também o 18 a Análise de Estrutura desce para 17. Assim como em Geologia Aplicada em que Sócrates baixa de 16 para um 15. Na disciplina de Betão Armado a nota do primeiro-ministro também é diferente num e noutro certificado. Sobe um valor, como acontece com Projecto e Dissertação, de 17 para 18. Os documentos a que o Público e o Expresso tiveram acesso revelam ainda algumas incongruências no processo de transferência. O certificado da Covilhã dá como feitas na Independente as cadeiras de Computação Numérica e Investigação Operacional, que foram no entanto concluídas por José Sócrates no ISEC e no ISEL. O gabinete do primeiro-ministro diz que os factos declarados ou os lapsos nos certificados são da inteira responsabilidade das Universidades que emitem os documentos. - Notícia SIC
Obs. minha: E um aluno recebe estes dois certificados, diferentes entre si, e permanece tranquilo, sem reclamar nem pedir esclarecimentos. Naturalíssimo...
Eu bem quero falar e escrever sobre temas bem mais interessantes. Há tanto para dizer! Mas, as coisas que não deveriam acontecer sucedem-se a um ritmo imparável. No tempo em que os animais falavam, quando era jovem, os ideais políticos preenchiam parte das nossa vidas. Hoje, época em que os animais mais acenam com a cabeça, sem falar, faz-me muita confusão ver as pessoas confinadas ao dia-a-dia, sem projectos nem objectivos, muitos e muitos sem quaisquer referências até. A sua luta resume-se a manter o emprego para que o pão, e a roupinha, e os bens de consumo da moda, e as feriazinhas numa praia qualquer, não faltem. Ler, aprender, evoluir, pensar? Para quê, se o amanhã é bom se for igual ao hoje? O Governo, os governos, são maus, retiram direitos, vão cerceando liberdades? Para quê lutar, os que vierem serão iguais aos últimos, como estes foram em relação aos que já lá estiveram, confortam-se! E nesta modorra, nesta indolência, neste encolher de ombros ou nos simples protestos de autocarro ou de barbearia, em que todos são valentes, se arrasta um povo perante quem o governa, ou seja, quem detem o poder.
E é por isto que não consigo publicar nada de mais proveitoso. Porque não me calo, sou obstinado contra a pilhéria de que o meu país vem sendo alvo, contra os miseráveis vendilhões do templo, contra a ignorância e iliteracia em que lhes interessa embrulhar o povo. Quero lá saber que as imagens e o som da ministra da Educação de Portugal a dar o exemplo mais deprimente que se lhe poderia esperar, tenham merecido apenas o comentário de meia-dúzia como eu. Talvez este número de hoje tenha a mesma sorte. Não importa. A minha revolta apazigua-se e dá-me mais força para não me calar.
O que se segue é um excerto (sic) do que foi hoje, dia 13 de Abril, publicado pelo CM.
"No dia 3 de Novembro de 2003, às 16.22 horas, Miguel Relvas, secretário de Estado da Administração Local, ligou a Valentim Loureiro. Em causa um problema financeiro na Câmara de Marco de Canaveses, na altura presidida por Avelino Ferreira Torres. Relvas surpreende o major informando-o de que Avelino pretendia concorrer à autarquia de Amarante."
Valentim Loureiro (VL)- Tou. Miguel Relvas (MR) - Senhor Major, Miguel Relvas. VL - Tá bom senhor secretário de Estado, tudo bem? MR - Tá bom? Olhe, ligue ao senhor presidente da Câmara de Marco de Canaveses, resolvemos aquilo que ele me pediu, e vou propor ao senhor ministro que proponha à ministra o acordo do reequilíbrio financeiro. VL- Hã? MR - Vou propor ao meu ministro, já fiz aqui o Despacho. VL- Tá bem. MR - A propor o acordo de reequilíbrio financeiro, para depois se mandar para as Finanças. VL - E que tal, e que tal aquilo? MR- Correu bem, tá resolvido o assunto. VL - Óptimo, mas e ele, e ele não se situa mal? MR- Hã? VL - Você tinha-me dito que ele que fazia mal em fazer aquilo, pá. MR - Ele faz mal, mas ele não tem solução.[. VL - Não tem solução? MR - Não tem solução, ele quer resolver aquilo que é pra depois não dizer que tem dívidas, por causa da candidatura a Amarante, não é? VL - Ah, mas ele quererá? MR- Hã? VL - Ele quer ir pra lá? MR - Foi o que ele me disse. VL - Foi o que ele disse, não é? MR - Disse-me a mim, e tal, que ninguém sabia ainda, que ainda não tinha coisa, e tal, mas que estava a pensar, e que portanto ... VL - Sim, mas não sei se vai ser fácil isso. MR - Ele veio cá com o vice-presidente. VL - Hã? MR - Ele veio cá com o vice-presidente da Câmara. VL - Ai sim? MR - Aquilo que ele lhe pediu a si, que me pediu a mim, está resolvido, agora ... VL - Óptimo, obrigado, no que a mim respeita, eu não tenho interesse directo, mas pronto, o homem andava coiso, olhe, óptimo. Parabéns então, e obrigado! MR - Nada senhor major, um abraço, disponha sempre.
Publicação nº 337 - JPG
Sino tocado em
abril 13, 2007 -
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