Desde a sua criação, o Conselho tem desejado munir a Europa de símbolos com os quais os diferentes povos se possam identificar. Depois de cinco anos de procura e de tentatativas falhadas, a 25 de Outubro de 1955 a assembleia escolheu por unanimidade um emblema azul com uma coroa de doze estrelas douradas.
Este símbolo foi concebido pelo austríaco Arsène Heitz, um modesto funcionário, artista nas horas vagas e fervoroso católico. Segundo se diz, Heitz inspirou-se na medalha milagrosa da Rue du Bac, em Paris. Esta, representa a Virgem com a corona stellarum duodecim ou, coroa de doze estrelas, que evoca O Apocalipse de São João ( "Um signo grandioso apareceu no céu, uma mulher revestida pelo sol, com a lua a seus pés, e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas”, Apocalipse 12,1). Arsène Heitz juntou-lhe um fundo azul, a cor tradicional do manto da Virgem.
Para vários dirigentes democratas-cristãos na origem da construção europeia, esta inspiração é bem-vinda. Não coloca ela a Europa, de uma certa maneira, sob a protecção da mãe de Jesus Cristo ? E, por um singular acaso, o texto da adopção da bandeira foi assinado em 8 de Dezembro, data dos festejos da Imaculada Conceição…
O emblema seria solenemente inaugurado em Paris, a 13 de Dezembro do mesmo ano de 1955. E em 1983, por fim, o Parlamento Europeu adopta a bandeira criada pelo Conselho da Europa e preconiza que ele se torne igualmente o emblema da Comunidade Europeia. A partir de então, preside a todas as cerimónias europeias.
Em 1971, o Conselho da Europa completou o seu trabalho propondo também a adopção do Prelúdio à Ode da Alegria da 9ª Sinfonia de Beethoven como Hino europeu, tendo o maestro Herbert von Karajan preparado o arranjo musical e o Hino sido adoptado pela Comunidade em 1986, tornando-se assim um outro emblema comum ao conjunto dos europeus.
-Tradução do original francês por: Jorge G
Tradução do Francês por jorgg - Publicação nº 193 - jorgg