Antigas ocupantes da cadeira do Ministério
Ignatia Rodriguez(1227-1330), Minª que inventou o pó aos profs. - À dirª, Honoria Rodriguez (1665-1793) - Minª e Domesticadora de sapos, que fazia engolir vivos.
Mas, falemos a sério :
Desde que, a 16 de Maio de 1974, o MEN ( Min.Educ.Nacional) de José Veiga Simão passou a MEC (Min. Educ.e Cultura) de um tal Eduardo Henrique da Silva Correia que foi Ministro por dois meses (até 18 de Julho de 1974), o Ministério da Educação teve até hoje 26 nomes de Ministros e 5 designações diferentes. De MEC ao actual ME, já foi MEIC, MEC(ciências),MEC(cultura), MEDA e ME.
O último Ministro de que me lembro que percebia de educação e que conferiu alguma dignidade à profissão de Professor, foi Roberto Carneiro há 15anos (17 de Agosto de 1987 a 31 de Outubro de 1991). Esteve, pois, mais de 4 anos à frente do pelouro.
Depois dele, apenas Marçal Grilo, homem inteligente e bem-intencionado, devorado pela política, esteve no Ministério 4 anos também (28 de Outubro de 1995 a 25 de Outubro de 1999).
Desde Roberto Carneiro, e com a excepção referida, nenhum outro chegou a 2 anos de Ministro, salvo a excepção David Justino, que andou 2 anos a ver se percebia alguma coisa do que deveria ser feito no meio dos escombros. Terminou sem nunca se perceber que “trapalhada” foi aquela dos concursos e da empresa a quem foi entregue a colocação de professores naquele ano de 2003/04, se bem me lembro. Nunca mais se ouviu falar do senhor.
Tendo que ser sustituído à pressa, não conseguiram arranjar melhor para queimar do que uma senhora, Maria do Carmo Félix da Costa Seabra (17 de Julho de 2004 a 12 de Março de 2005),que passada a primeira tremenda barracada, lá conseguiu que a colocação de professores fosse entregue a uma empresa que, genericamente, cumpriu a sua missão. Desfez-se em explicações todo o tempo do seu brevíssimo mandato, tentando justificar o injustificável.
Ora bem! Cansado porventura de ministros de passagem, Sócrates, com aquele seu ar de cowboy insolente, terá pensado que precisava de uma espécie de ministro com cara de polícia à paisana e que soubesse fazer bem o que ele próprio ditaria.
Folheando os arquivos de candidatas a madre-superiora de um qualquer convento dos infernos, lá descobriu por catálogo a figura ideal. Esfíngica, nunca sorri e tem aquele ar de doente dos rins que lhe assenta muito bem à composição geral. E é fiel ao amo.
Pois agora, o ME acaba de decretar a poupança de mais uns bons dinheiros e de trabalho para os seus sobrecarregados serviços. Depois de passar o concurso de colocação de professores de um para três anos, vindo argumentar falaciosamente com a estabilidade do corpo docente, o ME decidiu, e está decidido, que já a partir do próximo Janeiro, se destitui de arranjar professores para as escolas onde faltam. Contratem-nos as próprias escolas, façam mais esse servicinho, que estão folgadas, e façam-no elaborando os seus próprios critérios de recrutamento!
Mas, atenção: “Ao contrário do modelo das cíclicas, os concursos não serão organizados em função de critérios como a antiguidade na profissão", (ou a classificação profissional ou académica) "cabendo às escolas definir os requisitos mais importantes.”
Os vínculos também mudam: em vez do contrato administrativo de provimento, passam a ser celebrados contratos individuais a termo certo ou mesmo acordos de prestação de serviços (com recibos verdes). "Para peritos e professores de técnicas especiais, a contratação pelas escolas é feita de forma imediata a partir de Setembro", explicou Ramos André, adjunto da Ministra da Educação.” (In DN de 6/12)/2006)
Haverá, deste modo, maior precaridade dos contratos, são introduzidas quotas de contratação por este sistema, e o mesmo não prevê qualquer mecanismo de recurso aos concursos das escolas pelos candidatos.
E daqui resulta o quê para a melhoria da educação em Portugal? Alguém será capaz de me dizer?
O ME decidiu. Está decidido. Promulgue-se. "A BEM DA NAÇÃO."
Publicação nº 188 - jorgg