O PLÁGIO CONSTITUI CRIME punível com pena de prisão até 3 anos pelo artº197 da lei 16/2008,de 01 de Abril, a mesma que, no seu artº1, ponto 1, refere que estabelece medidas e procedimentos necessários para assegurar o respeito dos direitos de propriedade intelectual.
O artª180, no seu ponto 3, diz: "Presume-se artista,intérprete ou executante,aquele cujo nome tiver sido indicado como tal nas cópias
autorizadas da prestação e no respectivo invólucro ou aquele que for anunciado como tal em qualquer forma de utilização lícita, representação ou comunicação ao público."
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quinta-feira, 7 de dezembro de 2006
Portuguesas e portugueses...
Portuguesas e portugueses, amigas e amigos, bom povo em geral : Hoje, não vou falar-vos de política. O Sino tem andado a tocar a rebate há já muitos dias e tem o badalo cheio de lama. Assim, é dia de o lavar. Lavar o badalo e limpar a alma, ultimamente acinzentada pelos ignaros filhos da nação que tudo têm feito para tornar mais pequeno este país que já foi grande entre os grandes e é o mais antigo desta mesma Europa que, agora, limpa os pés em nós.
Pois está decidido. Política, hoje, NÃO!
Venho trazer-vos algo que encontrei , já nem sei como, por estas andanças de ver e visitar outros mundos que não os meus. Provavelmente, alguns de vós lá tereis chegado primeiro. Não importa. Esses, poderão confirmar ou não a qualidade diferente de um blogue de uma senhora com nome oriental : Okawa Ryuko . Tem 4 blogues. São eles:
Uns, só com imagens belíssimas de gente (crianças lindas sobretudo) natural dos países indicados nos nomes. Outro, um espaço lindo e sereno, na escrita e na fotografia e pintura da autora. Lá encontrareis contos interessantíssimos e bem escritos. Pedi-lhe autorização para publicar aqui um deles. Respondeu-me que sim e agradeceu. Acho que vos devo este alerta para espaços desta qualidade, já que por lá as visitas não são muitas e O Sino da Aldeia serve para avisar também das coisas boas.
Leiam o que a Okawa Ryuko escreveu e como é que ela pinta. Uma artista! Perguntei-lhe se era de origem oriental ou o nome era um pseudónimo. Ainda não me respondeu a essa questão. Segue-se este seu trabalho.
Retrato da Senhora Jacinta Wok
A Senhora Jacinta Wok (1884~1945), portuguesa nascida no Porto, foi a protagonista de um dos maiores escândalos que alguma vez abalaram Macau. Deveu-se o escândalo ao facto de ela ter vivido trinta e nove anos em regime de concubinato com um rico negociante chinês, Wok Mei Lo, estabelecido no território desde os finais do séc. XIX. Wok Mei Lo tomou-a como sexta concubina quando a dona Jacinta, cujo apelido era ainda então Santos da Cruz, servia como ama em casa da família Mendes Couceiro.
Juram versões que a ama terá trocado essa família pela casa Wok por se ter tomado de amores pelo negociante; outras explicam-no por um desejo irreprimível de ascensão social ou desilusões com a comunidade portuguesa. O que é certo é que se submeteu às exigências do negociante a ponto de chegar a enfaixar os pés. Sofreu, por isso, dores atrozes durante todo o resto da vida, uma vez que tal operação, em princípio, se destinaria a meninas com cerca de cinco anos de idade. Além disso, teve de suportar as torturas e vexames que lhe infligiam as outras concubinas do negociante, não só devido à sua insignificante posição na casa - concubina número seis - como devido ao facto de ser estrangeira, pior, estrangeira traidora à sua própria comunidade. Rejeitada por ambas as raças, também no negociante Jacinta não encontrou qualquer apoio, pois Wok Mei Lo nunca a conseguiu apreciar, nem mesmo com os pés enfaixados. Segundo consta, servia-se dela nos seus negócios, cedendo-a a outros chineses ricos e curiosos, e exibia-a perante os portugueses como um troféu humilhante.