De acordo com o "Jornal de Negócios", os portugueses depositaram mais de 8 mil milhões de euros no primeiro mês do ano.
Curiosamente, o mesmo jornal dá conta de que Portugal é o 4º país da UE com maior taxa de desemprego entre os jovens.
Ora, só estes factos já dão que pensar.
Não duvido que entre os que depositaram os tais milhões estão muitos dos que, em 2012, fizeram aumentar em 30% a venda de Lamborghinis no país.
Perante estas realidades, verifico que há, cada vez mais, um Portugal a duas velocidades.
De um lado os ricos, os novos-ricos, os usurários, os banqueiros, o que é mais ou menos a mesma coisa, os políticos de carreira, os lambe-botas, os corruptos que a Drª Cândida de Almeida dizia que não existem em Portugal.
Na outra face da moeda estão os que sempre foram pobres, os novos pobres, os pensionistas e reformados, toda uma classe média empobrecida à força em nome, como disse o PM, de um futuro enriquecimento do país.
Concluo, pois, que a distribuição dos rendimentos está a ser feita à maneira dos países de regime totalitário, nos quais quem não entra para o(s) partido(s) do governo está condenado a ser a besta a carregar os fidalgos.
Portugal está partido ao meio.