Meus amigos:
Vou procurar não ser muito longo.
Hoje, mais de 6 meses depois de começar este Sino, tenho a certeza de que há gente que o lê e que gosta de cá vir.
E não são simples comparsas de trocas de visita ou de elogios leves e fáceis.
São gente que aqui chegou sem me conhecer de nenhuma parte e a quem lhes disse, apenas, a minha idade, nome profissão e cidade onde resido.
Foram vindo, aos poucos, sem forçar ninguém, parando eu com os avisos de novas postagens que numa primeira fase costumava enviar àqueles de quem possuía o e-mail. Achei por bem fazê-lo. Vir aqui deveria ser um acto de vontade absolutamente livre e despido de retribuições cavalheirescas ou sociais. Em boa hora tomei tal decisão.
Desapareceram os que cá vinham por “dever de reciprocidade”.
Em seu lugar, surgiram os autênticos amigos d’O Sino da Aldeia e, claro, do seu autor, editor, redactor, mecânico, patrão, empregado, chefe, subordinado, guarda-nocturno, enfim, deste açambarcador de tarefas necessárias para se poder apresentar um trabalho limpo e minimamente apresentável.
Fiz blogues, reconstruí alguns dos escombros em que a minha ignorância destas coisas ou o mau serviço do Blogger os deixaram. Cheguei a chorar de raiva por ver perdidos alguns trabalhos , caí algumas vezes e fui-me reerguendo sozinho ou com o auxílio maravilhoso de palavras ou conselhos de alguns amigos.
E sempre tive algumas preocupações fundamentais:
- ter blogues escritos em português de Portugal, o mais correcto de que sou capaz.
- informar, avisar e lançar pistas para que os leitores desenvolvam as suas próprias pesquisas e caminhos.
- tentar contactar com todos, desprezando caminhos elitistas de qualquer espécie.
- e, já agora, ter um mínimo de bom-gosto.
Não vou referir se muitos mais, ou menos, do que pensava vieram, e vêm, até cá.
Vieram, e vêm, os que quiseram e continuam a querer. Estou muito satisfeito !
Alguns são visitas diárias, a tal ponto, que temo por vezes que algo se tenha passado se os não “vejo”.
E o que é extraordinário neste mundo é o facto de não nos conhecermos pessoalmente, mas é como se nos conhecêssemos de há longa data !
Meus amigos, tenho sete blogues, bem sabeis. Escrevo diariamente neste, porque não invento tempo para mais.
Que fazer, então? Abandonar os outros “filhos”? Integrá-los n’O Sino, trazendo para este muitas das publicações lá colocadas? Deixar apenas 3 ou 4? Mas quais, se gosto de todos?
- O Arauto fala de temas da História.
- Recantos da Terra é um recontar de viagens feitas ou um olhar sobre povos e mundos menos conhecidos.
- Lugar ao Som é o meu mundo musical.
- Os Bigodes do Gato já foram transformados num espaço de humor.
- Quentes e Belas é dedicado às mulheres
- Quinta dos Bichos é um projecto difícil, dedicado às crianças, aos pais e à bicharada.
Vou largar qual, ou quais? É esse o dilema para o qual continuo sem resposta.
De uma coisa estou certo, não deixarei de visitar os vossos mundos porque gosto deles e de vós!
Um grande abraço de agradecimento a todos que me têm aturado.
Por mim, continuarei por cá até que queiram e a vida mo permita. – Jorge Sineiro
Publicação nº 244 - jorgg