sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
S.TOMÉ e PRÍNCIPE"
Capital: São Tomé Superficie:964 km2. A Ilha de São Tomé tem 854 km2 e a do Príncipe 110 km2. Os ilhéus das Rolas, das Cabras e das Pedras Tinhosas são de pequenas dimensões. Localização: As ilhas de São Tomé e do Príncipe ficam situadas a cerca de 300 km da costa Ocidental de África, sendo atravessadas pelo Equador. Habitantes: 175.883 habitantes Moeda:Dobra Esperança de vida: 65 anos Taxa de mortalidade infantil: 57/1000 nascimentos (dados de 2001) Recursos naturais: pesca, energia hidráulica e petróleo Exportações: cacau, café e óleo de para para Holanda (30,1%), Polónia (11,8%), Canadá (9,7%), Alemanha (7,5%), Filipinas (7,5%), Espanha (7,5%), Bélgica (6,5%), França (4,3%) e Portugal (4,3%). Importações: maquinaria e equipamentos eléctricos, produtos alimentares e produtos petrolíferos de Portugal (51,4%), Alemanha (10,1%), Reino Unido (7,6%) e Bélgica (6,3%). Língua Oficial: Português
História Desconhece-se a data exacta em que os portugueses descobriram São Tomé e Príncipe. A versão corrente é que teria sido descoberto por João de Santarém e Pêro Escobar, em 1470, a encargo do mercador Fernão Gomes, arrendatário dos direitos reais do exclusivo do comércio da costa da Guiné, em contrapartida da obrigação de descobrir 100 léguas de costa por ano, a sul da Serra Leoa. A primeira ilha a ser descoberta terá sido S. Tomé (1470), e no ano seguinte a de Ano Bom e a do Príncipe, a que chamaram Santo Antão. A ocupação não foi imediata, só em 1493 se começaram a fixar os primeiros colonos, tendo-se dedicado ao cultivo da cana-do-açúcar importada da Madeira. No século XVI desenvolvem-se grandes plantações de açúcar, para as quais são importados dezenas de milhares de escravos do continente africano. As ilhas de S. Tomé e Príncipe chegam a contar com cerca de 60 engenhos de açúcar. O séculos XVI é marcado pela revolta dos escravos angolanos, ainda hoje verdadeiros símbolos desta região de África. Estas ilhas assumem uma enorme importância estratégica para os portugueses, como ponto de escala nas rotas de navegação, mas também para o próspero comércio de escravos do Congo e Angola. No século XIX desenvolvem-se as culturas do café e do cacau, criando-se grandes plantações. O primeiro é introduzido em 1800, e o segundo em 1822, como simples planta ornamental. O cultivo intensivo do cacau só se iniciou em grande escala a partir de 1851, para o que muito contribuiu o mestiço João Maria de Sousa e Almeida. A cultura do cacau acabou por rapidamente suplantar todas as outras. A abolição da escravatura, em 1869, à semelhança do que acontecia por todo o mundo não acabou com o trabalho de escravo. Os escravos passam a ser denominados "contratados". Milhares de africanos, sobretudo de Cabo Verde, Angola e Moçambique são forçados a trabalhar para os grandes proprietários. Durante décadas a questão origina campanhas internacionais contra esta nova forma de escravatura. Surgiram revoltas contra o colonialismo dos portugueses, nomeadamente contra as atrocidades e abusos praticados pelos grandes proprietários das plantações . As últimas greves ocorreram em 1972-73. Entre as acções repressivas ficou tristemente célebre a chacina que, em Fevereiro de 1953, realizou o governador do território, coronel Carlos Sousa Gorgulho, na qual pereceram cerca de mil pessoas. O principal problema da ilha, sobretudo a partir do século XIX foi a distribuição muito desigual da terra. De um lado tínhamos grandes plantações extremamente lucrativas, e do outro, uma agricultura de subsistência. As primeiras pertenciam a um grupo reduzido de proprietários, que na sua maioria nem sequer residiam nas ilhas. Em 1950-1955, por exemplo, aos nativos (52% da população) pertenciam menos de 1% dos totais dos produtos ricos que estavam na base das exportações da ilha (cacau, café, oleaginosas, quina, canela, banana). Esta situação acabou por se tornar insustentável. No quadro da resistência contra o colonialismo português, em 1960 é fundado o Comité de Libertação de S. Tomé e Príncipe, transformado em 1972, num Movimento de Libertação (MLSPT). Após a independência, em 1975, foi instaurado um regime monopartidário. Nesta altura as roças foram nacionalizadas, provocando a saída de 4 mil portugueses. As estruturas económicas são desta forma seriamente afectadas. O período de 1975 a 1989 é de uma grande conflitualidade, sucedendo-se as tentativas de golpes de Estado. Em 1980 foram solicitados a entrar no país cerca de 2.000 angolanos, conselheiros soviéticos e cubanos . O desmoronar da Ex-União Soviética, a partir de 1989, provoca o fim dos apoios internacionais deste regime. Em 1990 é aprovada uma nova constituição multipartidária pondo fim ao regime anterior monopartidário. As tentativas de golpes de estado não terminaram. Em 1995, um grupo de oficiais das forças armadas volta a apoderar-se do poder. Esta situação de conflitos latentes acaba por depauperar a frágil economia do país. Problemas cuja solução ainda tarda em ser encontrada. in "Lusotopia" Jorge P.G. - Republicação de 02.12.2006 escrito em "Recantos da Terra"
Sino tocado em
janeiro 21, 2011 -
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