segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
OS FILHOS QUE EU FIZ
Vocês sabem, sobretudo os mais antigos, os mais insistentes, os mais amigos, que sempre procurei fazer posts como quem faz um filho. Primeiro desejado, depois querido, seleccionada a mãe e acarinhada esta ao longo do parto. Um post tem de resultar de um desejo a dois, que se une, que se reune e que finalmente se revela ao mundo, sendo ele parte do nosso rosto e parte de nosso amor. Depois, quando é lido, glosado, comentado, talvez divulgado, a sua pertença é do mundo, de quem o lê e acarinha, ajuda a criar, a fazer crescer e a torná-lo algo de bom e de útil. Escrever, por escrever, é fazer um filho sem gosto, sem alma, sem desígnios nem grande convicção com o seu êxito futuro. Fazê-lo assim é enganarmo-nos, e aos outros, é sermos progenitores mas não pais, meros actores mas não autores, pais, criadores.
Os filhos que fiz foram os que transmitiram sempre a verdade do meu actual pensamento. Vocês sabem, sentem, não se deixam iludir.
Jorge P.G.
Sino tocado em
janeiro 17, 2011 -
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